sexta-feira, 24 de abril de 2020

NP 386 em 23/04/2020 Parte 1/2 Abertura - Participação Diretor A. Furtado





Caiu o sinal, continua na 386 parte 2/2

Abaixo Parte 2/2
Programa 386 - Semana de 17 a 23/04/2020 – 17ª Edição do ano Fonte - Ricardo Cravo Albin
Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.
23/04/2020
www.professorivanluiz.com.br
youtube.com/c/IvanLuiz
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Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.
EDITORIAL: Getúlio Vargas VIVE
Módulo I – Alternativa Socialista
Módulo II Indústria petrolífera dos EUA inevitavelmente entrará em colapso – Putin x Trump
Módulo III Entrevista - Neurocientista analisa governo Bolsonaro, protestos em defesa das Universidades e avanço de teorias anti-científicas
Módulo IV Por que falamos da Revolução na América Latina?
Módulo V - Homenageados inesquecíveis da semana destaque para Professor Ivan Luiz (72) - Lincoln Olivetti (66 anos) e Rei Zulu (90 anos) 17 - Pedro Mariano (45 anos) e Zé Trindade (105 anos) 18
Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 17 a 23/04
Módulo VII – Destaques relevantes – FNP - Perfil Miguel Nicolelis: Médico, Neurofisiologista e Cientista
Destaque para Módulo I - Países Socialistas e algumas características
Temas
P1 Países Socialistas: Conheça
P2 As Características do Socialismo
P3 As Correntes do Socialismo
P4 Os Países Socialistas e Aqueles que são Uni Partidários
P5 Como são os Países Socialistas da Atualidade
P6 A Nova Ordem Mundial

Países Socialistas: Conheça

quinta-feira, 23 de abril de 2020

NP 386 em 23/04/2020 Getúlio Vargas presente. A solução é o Socialismo...




Programa 386 - Semana de 17 a 23/04/2020 – 17ª Edição do ano  Fonte - Ricardo Cravo Albin

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.
23/04/2020





Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.
Vinheta
EDITORIAL:
Módulo IAlternativa Socialista
Módulo II  Indústria petrolífera dos EUA inevitavelmente entrará em colapso – Putin x Trump
Módulo III Entrevista- Neurocientista analisa governo Bolsonaro, protestos em defesa das Universidades e avanço de teorias anti-científicas
Módulo IV  Por que falamos da Revolução na América Latina?
Módulo V -  Homenageados inesquecíveis da semana destaque para  Professor Ivan Luiz (72) Lincoln Olivetti (66 anos) e  Rei Zulu (90 anos)17 -  Pedro Mariano (45 anos) e  Zé Trindade (105 anos)18
Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 17 a 23/04
Módulo VII Destaques relevantes – FNP - Perfil Miguel Nicolelis: MédicoNeurofisiologista e Cientista
 
EDITORIAL Getúlio Vargas em 19 de abril
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Destaque para Módulo I - Países Socialistas e algumas características



Temas

P1 Países Socialistas: Conheça
P2 As Características do Socialismo
P3 As Correntes do Socialismo
P4 Os Países Socialistas e Aqueles que são Uni Partidários          
P5 Como são os Países Socialistas da Atualidade
P6 A Nova Ordem Mundial

 

Países Socialistas: Conheça


Postado 6 anos atrás por em Mundo
Antes de falarmos dos países que são socialistas neste momento da história, vamos definir melhor esse sistema político e econômico. Isso mesmo, se trata de um sistema como o capitalismo, que prevalece na maioria dos países do mundo.














O socialismo é um sistema econômico e político com algumas características similares ao do comunismo, que tem como visão geral a igualdade da sociedade. Na prática quem passa a ter os poderes da nação em que o comunismo é colocado em prática é classe trabalhadora.
Na verdade, somente passando pelo socialismo é possível se tornar um país comunista, dizem os especialistas. Seria a fase de transição, que tiraria o poder da sociedade que o controla e dividiria entre os trabalhadores, que fariam Estado e dirigentes, que deixariam de existir.Temas

As Características do Socialismo


Para entender melhor o socialismo vamos ver as suas principais características:
§     No capitalismo se observa as desigualdades sociais e não é só isso, a diferença entre uma pessoa que pertence a uma classe e a que pertence a outra é muito grande. No socialismo a organização social não permite que exista essa imensa diferença entre uma classe e outra.
§     As riquezas e as propriedades são divididas de forma igual, equilibrada, para que as pessoas, todas elas, tenham um estilo de vida justo.
§     As desigualdades sociais já existem há muito tempo e foram tema para estudos de muitos filósofos, que buscavam uma forma de vida em uma sociedade em que as pessoas tivessem as mesmas condições.
§     No socialismo a busca pela igualdade não se limita somente aos direitos, mas também, aos deveres. Vale ressaltar que não é possível precisar um momento em que a sociedade adotou o socialismo ou o comunismo.
§     Socialismo e comunismo ganhou mais evidência no mundo, na Europa, precisamente em Paris, no ano de 1840.
§     De acordo com o idealizador e pensador do socialismo, Karl Marx, o primeiro passo para implantar esse sistema é acabar com a classe burguesa. De acordo com o pensador ela só consegue enriquecer porque abusa do proletariado. Isso se faz no círculo de que ela contrata uma pessoa para trabalhar na sua empresa e em troca faz o pagamento. Mas, sem a burguesia, esses trabalhadores poderiam ir mais longe.
§     No socialismo a sociedade não tem classe sociais, uma vez que todas as pessoas possuem as mesmas condições de se desenvolver e de vida. Ganham o mesmo salário e fazem as mesmas despesas.
§     Os países que adotaram o socialismo no século XX foram: Cuba, China, Alemanha Oriental e a antiga União Soviética.
















§     A experiência socialista que deu mais certo durante toda a história mundial foi em 1917, que aconteceu depois da Revolução Russa. Foram os bolcheviques que implantaram o sistema na União Soviética.
§     O sistema entrou em colapso diante de um mundo voltado para o acúmulo de riquezas e lucro. O país enfrentou muitas dificuldades.














§     A União Soviética começou a deixar o sistema socialista no final da década de 1980, no governo de Mikail Gorbachov. Ele começou a implantar um sistema visando a abertura tanto da economia quanto da política do país. E no mesmo momento, alguns países da Europa Oriental que eram socialistas também começaram a abandonar o sistema.
§     Se queremos falar de um país 100% socialista no mundo em 2014, o único é Cuba, que ficou sendo governada por anos por Fidel Castro, que passou o governo para o seu irmão Raúl Castro.
§     Cuba sendo um país socialista enfrenta um grande desafio, o bloqueio econômico dos Estados Unidos. Para manter o sistema, o governo vem usando ausência da democracia e a repressão. Temas


As Correntes do Socialismo
















O socialismo deu origem a várias correntes, sendo que as principais são: socialismo árabe, socialismo africano, socialismo democrático, comunismo, social anarquismo, socialismo utópico, social democracia, eco socialismo, socialismo revolucionário e socialismo de mercado. Temas

Os Países Socialistas e Aqueles que são Uni Partidários


São países socialistas: a República Popular da China, Cuba, Coreia do Norte, República Democrática Popular do Laos e Vietnã. Lembrando que de todos eles, somente Cuba tem todas as reais características de um país socialista. Temas

Como são os Países Socialistas da Atualidade

















Falar que um país é socialista atualmente gera uma certa polêmica. Cuba, China, Coreia do Norte, Vietnã são considerados como tal, mas estudiosos garantem que é necessário fazer uma análise profunda. Segundo eles, cada país possui suas particularidades, o que faz ser muito genérico falar de país socialista.
A indústria do turismo, por exemplo, faz parte das características do sistema econômico do capitalismo, mas pode ser observada em Cuba. Porém, o Estado exerce um poder muito grande, principalmente, no planejamento, na educação e na saúde.
A China, que implantou o sistema econômico e político socialismo no ano de 1949 não copiou os moldes da antiga União Soviética. Para alguns especialistas, na verdade o país é dividido, de um lado o sistema econômico capitalista e do outro o sistema político socialista. O que caracteriza o socialismo é a participação dos trabalhadores na administração das empresas, a propriedade pública e o planejamento. Por outro lado, fazem parte do sistema capitalista: o salário, o lucro e a propriedade privada. Temas

A Nova Ordem Mundial


Os estudiosos apostam que os países que ainda se intitulam socialistas podem ter visto na queda do país realmente socialista, União Soviética, uma necessidade de mudanças no sistema. O mesmo falando dos países do Leste da Europa. As mudanças devem ser lentas, com planejamento e agora o que chamam de Nova Ordem Mundial não tem a ver com o socialismo, mas o dinamismo da economia e da política do mundo todo.
Um país para entrar num sistema completamente diverso daquele que predomina o mundo porque está presente na grande maioria das nações, compromete-se, principalmente, com os bloqueios e a pressão que com certeza virão. 
Um processo de implantação do socialismo respeitando todas as suas características, deve representar um bloqueio com os demais países e um “fechar” as portas. A ideia da igualdade do socialismo entre a população parece estar ficando a cada dia mais longe da realidade e mais próxima a um sonho de muitas pessoas. Atualmente, o socialismo é aplicado em “pequenas doses”.Topo ou Temas 
17 Abril Escrito por  Scott Ritter

Indústria petrolífera dos EUA inevitavelmente entrará em colapso

“Ao fazer com que os EUA concordem em participar de uma cúpula do G20 sobre produção de petróleo, os russos atraíram os EUA para uma armadilha política da qual não há escapatória.”
O presidente está anunciando um acordo que compromete a Rússia a cortar a produção de petróleo, mas um olhar mais atento revela um caminho mais complicado.

G20 se reuniu em uma sessão virtual em 10 de abril, para tratar aparentemente do golpe soco-debilitante causado pelo impacto econômico do coronavírus e pelo colapso simultâneo do preço do petróleo resultante da Rússia e da Arábia Saudita inundarem um mercado já deprimido.
No final, os principais produtores de petróleo do mundo finalizaram um acordo sobre cortes na produção de petróleo, com base em um acordo anterior entre a Rússia e a Arábia Saudita para interromper a guerra de preços. Os Estados Unidos estão recebendo crédito por essa descoberta, no entanto, citando o papel que desempenhou em ajudar a encerrar o México.
Mas a contribuição dos EUA foi e é ilusória – o presidente Trump não está em posição de prometer cortes na produção de petróleo dos EUA e, como tal, permanece incapaz de contribuir significativamente para o esquema global de redução da produção de petróleo. Sem qualquer acordo final substantivo, os mercados globais de energia continuarão a sofrer à medida que a produção ultrapassar em muito a demanda. Para os produtores de petróleo dos EUA, que já viram uma redução de 2,5 a 3 milhões de barris por dia na produção, os resultados serão catastróficos, levando muitos à falência e ajudando a empurrar a economia dos Estados Unidos para uma situação que levará a uma depressão potencialmente pior do que aquela dos anos 30.
O único recurso de Trump pode ser recorrer à Rússia para ajudar a compensar as cotas de produção de petróleo dos EUA, o que parece ter sido o plano russo o tempo todo.
Na segunda-feira, 30 de março, o presidente Trump falou ao telefone com o presidente russo Vladimir Putin. O preço suprimido do petróleo e o papel da Rússia em facilitar isso diante da recusa em cortar sua produção de petróleo, desencadeando assim uma guerra de preços com a Arábia Saudita, foram o tópico dominante. Uma leitura do Kremlin da teleconferência observou que “foram trocadas opiniões sobre o estado atual dos mercados globais de petróleo. Foi acordado que haveria consultas russo-americanas sobre isso através dos ministros da energia.”
Durante a ligação, Trump mencionou a necessidade dos EUA de suprimentos médicos que salvam vidas, incluindo ventiladores e equipamentos de proteção individual. Putin perguntou se a Rússia poderia ser útil e Trump disse que sim.
A decisão de permitir a ajuda russa (comprada pelos EUA) no país, no entanto, contradiz diretamente as orientações que foram emitidas pelo Departamento de Estado dos EUA uma semana inteira antes da ligação de Trump com Putin. Em 22 de março, o Departamento de Estado enviou um e-mail interno a todas as embaixadas dos EUA com orientações sobre como prosseguir na busca de suporte crítico. “Dependendo das necessidades críticas, os Estados Unidos podem procurar comprar muitos desses itens na casa das centenas de milhões com a compra de equipamentos de última geração, como ventiladores na casa das centenas de milhares”, afirmou o email. O e-mail observou que a solicitação se aplica a todos os países “menos Moscou”, indicando que os Estados Unidos não pediriam apoio à Rússia.
Enquanto os dois líderes, de acordo com a Casa Branca, “concordaram em trabalhar em conjunto no G20 para conduzir a campanha internacional para derrotar o vírus e revigorar a economia global”, o telefonema de 30 de março aparentemente não tocou diretamente no assunto das sanções dos Estados Unidos sobre a Rússia. De fato, Trump disse à Fox News, antes da troca de líderes, que ele esperava que Putin a apresentasse. Ele não disse como responderia se Putin o fizesse.
A confiança de Trump em um pedido de sanção a Putin provavelmente decorreu de uma declaração feita pelo presidente russo a uma reunião virtual dos líderes do G20 em 22 de março, onde observou que “idealmente devemos introduzir uma… moratória conjunta sobre restrições a bens essenciais, bem como em transações financeiras para sua compra.” Os comentários de Putin foram mais direcionados ao levantamento de sanções para fins humanitários a nações como Irã e Venezuela, mas sua conclusão sugeriu um objetivo maior: “Esses assuntos devem ser libertados de qualquer política”.
A Rússia está operando sob sanções dos EUA e da Europa após a anexação da Crimeia em 2014 e seu papel na crise da Ucrânia. Mas as sanções que mais irritaram a Rússia – e que contribuíram para a guerra de preços da Rússia com a Arábia Saudita visando os produtores de petróleo dos EUA – foram aplicadas contra o NordStream 2, o oleoduto russo destinado a abastecer a Alemanha e a Europa com gás natural. Trump assinou um projeto de lei autorizando essas sanções em dezembro de 2019. A Rússia condenou imediatamente essa ação.
Em vez de pedir a Trump que levante sanções, Putin conseguiu que Trump ajudasse a enfatizar a posição da Rússia de que as sanções eram um impedimento desnecessário às relações entre os EUA e a Rússia durante a pandemia de coronavírus. Ao concordar em permitir que a aeronave russa AN-124 entregue suprimentos médicos para os EUA, Trump inconscientemente jogou uma propaganda cuidadosamente russa.
Entre a ajuda prestada pela Rússia estavam caixas de ventiladores Aventa-M, produzidos pela UPZ (Ural Instrument Engineering Plant). A UPZ é uma subsidiária da Concern Radio-Electronic Technologies (KRET) que, juntamente com sua controladora ROSTEC, está sob sanções dos EUA desde 2014. Segundo o Departamento de Estado, que pagou 50% do equipamento no voo, as sanções não se aplicam à compra de equipamento médico. Mas, ao adquirir equipamentos médicos críticos de empresas sancionadas, o Departamento de Estado violou simultaneamente suas próprias orientações contra a compra de equipamentos russos, ao mesmo tempo em que ressaltava o argumento de Putin – as sanções deveriam ser dispensadas para fins humanitários.
Mas a armadilha de Putin teve mais uma reviravolta. Segundo os russos, metade da remessa de ajuda foi paga pelo Departamento de Estado dos EUA e a outra metade pelo Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF), um fundo soberano russo que, como o ROSTEC, foi colocado na lista negra de empréstimos dos EUA em 2014, após a intervenção da Rússia na Crimeia. A chegada de um avião cheio de equipamentos médicos críticos, ostensivamente pagos em parte por um fundo soberano russo sancionado, proporcionou uma janela de oportunidade para Kirill Dmitriev, CEO da RDIF, obter acesso à grande mídia americana para impulsionar a linha russa.
Em 5 de abril, Dmitriev publicou uma OpEd na página da CNBC na web intitulada “Os EUA e a Rússia devem trabalhar juntos para derrotar o coronavírus”. Dmitriev comparou a atual luta global contra a pandemia de coronavírus à luta contra a Alemanha nazista. “Durante a Segunda Guerra Mundial, soldados americanos e russos lutaram lado a lado contra um inimigo comum”, escreveu ele. “Conseguimos a vitória juntos. Assim como nossos avós ficaram lado a lado para defender nossos valores e garantir a paz para as gerações futuras, agora nossos países devem mostrar unidade e liderança para vencer a guerra contra o coronavírus.”
Mas o verdadeiro alvo de Dmitriev era o petróleo e, por extensão, as sanções. “Em tempos como este”, observou ele, “são necessárias novas abordagens para explorar uma colaboração estreita entre os EUA, a Rússia e outros países para estabilizar a energia e outros mercados, coordenar as respostas políticas e revitalizar a atividade econômica. Por exemplo, a Rússia propôs realizar conjuntamente cortes significativos na produção de petróleo com os EUA, Arábia Saudita e outros países para estabilizar os mercados e garantir emprego na indústria petrolífera.”
Fazer com que os EUA levantassem sanções era uma grande pergunta, algo que Dmitriev reconheceu. “Mudar a visão da Rússia em um ano eleitoral pode ser um desafio insuperável. Mas o mesmo aconteceu em 1941, quando os EUA e a União Soviética deixaram para trás as diferenças do passado para combater o inimigo comum.”
Embora o “inimigo comum” referido por Dmitriev fosse claramente a pandemia de coronavírus, ele também poderia estar falando sobre o senador Ted Cruz e outros de sua classe, que lideraram a acusação de sancionar o NordStream 2. A atual crise do petróleo atingiu o Texas particularmente difícil. Em uma indicação do que está por vir, a Whiting Petroleum, uma das principais empresas do setor de óleo de xisto, entrou com um pedido de proteção contra falência no Capítulo 11. Whiting se especializou na fraturação de Dakota do Norte, que exigia preços economicamente viáveis ​​de petróleo a US$ 60 por barril. O preço atual de menos de US$ 25 condenou a empresa. O fracking do Texas é um pouco mais barato, com uma margem de rentabilidade de cerca de US$ 49. Com os preços do petróleo em baixa, as empresas do Texas estão sentindo o aperto e estão à beira do colapso.
Trump concordou em participar da reunião do G20 por causa da promessa de um corte na produção russo-saudita; sobre isso, Putin entregou. Mas os russos fizeram qualquer acordo final contingente de Trump concordando com uma redução significativa na produção de petróleo dos EUA. Isso nunca foi uma possibilidade – enquanto a Rússia e a Arábia Saudita têm empresas nacionais de petróleo cujas operações são uma questão de política nacional, a indústria petrolífera dos EUA é de propriedade privada em sua totalidade e depende de equações de oferta e demanda derivadas de um mercado livre para determinar lucratividade.
Enquanto a reunião do G20 resultou em cortes coletivos de quase 10 milhões de barris por dia, a queda na demanda por petróleo provocada pela pandemia de coronavírus criou um excesso no qual o mundo produz cerca de 27,4 milhões de barris por dia além das necessidades globais. O ponto principal é que os cortes no G20 não resolverão o problema de excesso de petróleo e, sem cortes adicionais, o fundo continuará caindo no mercado de petróleo, condenando os produtores americanos.
Trump não pode ativar ou desativar a torneira de produção de petróleo dos EUA, fato que a Rússia sabe muito bem. Quando Trump tentou obter crédito por uma redução de 2,5 milhões de barris na produção provocada pela falência, a Rússia se recusou a permitir isso. Da mesma forma, quando Trump prometeu cortes na produção de petróleo para ajudar o México a cumprir as metas do G20, foi uma promessa que o presidente americano não pode cumprir. Ao fazer com que os EUA concordem em participar de uma cúpula do G20 sobre produção de petróleo, os russos atraíram os EUA para uma armadilha política da qual não há escapatória.
Sem qualquer acordo final, a indústria petrolífera dos EUA inevitavelmente entrará em colapso. Trump afirma que a cúpula virtual do G20 apresentou cortes totalizando até 20 milhões de barris por dia, sem explicar como ele chegou a esse número. Esse número é fictício; a crise de produção dos EUA não é. A única esperança de Trump é um abrandamento adicional da posição russa na produção. Mas isso não acontecerá sem um preço, e esse preço será o levantamento das sanções do setor energético contra a Rússia.
Autor: Scott Ritter
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
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Módulo III  ENTREVISTA

Miguel Nicolelis: "O mundo está perplexo com o desmonte da educação no Brasil"

Neurocientista analisa governo Bolsonaro, protestos em defesa das universidades e avanço de teorias anti-científicas.
                                                                                                                                                                                            Foto:
José Luiz Somensi




Rute Pina - Brasil de Fato | São Paulo (SP) |  26 de Junho de 2019 às 04:57
Ouça o áudio: Download
Nicolelis foi considerado, em 2009, um dos 20 maiores cientistas da atualidade

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis vive há três décadas no exterior e roda o mundo para divulgar sua pesquisa científica. Por isso, não tem dúvidas ao sentenciar: a comunidade internacional está perplexa com os desmontes e cortes na educação pública anunciados pelo governo brasileiro, chefiado por Jair Bolsonaro (PSL)“O mundo inteiro está pasmo. Revistas internacionais de ciência dedicaram espaços que o Brasil nunca ganha, como por exemplo na Nature, para falar do total espanto e choque que é qualquer governo de um país como o nosso tentar criminalizar e afogar as universidades, ao invés de promover, defender e ampliar seus horizontes”, diz.


Nicolelis é um dos principais nomes da ciência brasileira. O engenheiro biomédico foi considerado, em 2009, um dos 20 maiores cientistas da atualidade pela revista Scientific American.  Professor da Duke University, nos Estados Unidos, ele lidera o Projeto Andar de Novo. O trabalho já logrou que dois paraplégicos voltassem a caminhar por meio do desenvolvimento de um dispositivo de estimulação muscular e de uma interface cérebro-máquina.
De passagem por São Paulo (SP), o cientista conversou com o Brasil de Fato antes de uma palestra no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. 
Na entrevista, ele lembra que o extinto programa Ciência Sem Fronteiras levou o Brasil para outro patamar no mercado científico internacional. “Foi um dos maiores programas de fellowships científicas do mundo”, defende.
Ele afirma que o asfixiamento das universidades públicas, a perseguição das ciências humanas e a redução científica impactam em perda de soberania do país. “Nenhum país distribui colaboração ou know-how espacial.
O Brasil teve que construir tudo na força da sua própria competência científica, no CTA [Centro Técnico Aeroespacial] de São José dos Campos e aplicando na base de Alcântara. E nós estamos dando de mão beijada isso.” 
O pensamento crítico, lembra o cientista, é o antídoto para conter o avanço de pensamentos anticientíficos como o terraplanismo e teorias que negam as mudanças climáticas -- que cada vez mais ganham espaço internacionalmente. 
Abaixo, confira a íntegra da conversa.

1.    Brasil de Fato: A pauta da educação movimentou, neste semestre, os maiores protestos no país. E o tema também esteve no centro de algumas crises do governo, que culminou em queda, por exemplo, do primeiro ministro nomeado para pasta. Qual sua avaliação da gestão da educação pelo governo federal nestes seis meses?

Miguel Nicolelis: O fato que a educação mobilizou tanta gente no Brasi mostra que ela é central no discurso e no pensamento da sociedade brasileira. O grande drama, que sinto, é a falta de aprofundamento dessa questão. Falar que é a favor da educação, todo mundo é a favor. E a gente viu que o tema foi capaz de mobilizar talvez o maior número de pessoas [nas ruas] desde a eleição. O que é surpreendente, por um lado. Mas, por outro, não é porque todas as famílias e camadas sociais brasileiras sabem que a esperança de seus filhos, netos e todos os jovens têm — e o país tem — de um futuro melhor reside nas oportunidades educacionais.
Eu acho que o que mobilizou mais ainda, que é muito diferente de qualquer outra coisa que a gente viu em muito tempo — eu não me lembro nem no governo militar de ter visto nada semelhante — é a perspectiva de asfixiamento das universidades e institutos federais. Eles correspondem a mais de 90% da produção científica do Brasil. E o almejo da grande maioria dos jovens brasileiros de cursar um ensino superior de alto nível, que se transformou em uma das maiores malhas educacionais de ensino superior público do mundo. 
Então, eu acho que no momento em que a sociedade brasileira começou a ver declarações, medidas e decretos que claramente apontavam para um estrangulamento das universidades federais, gerou-se um fator catalisador. Essas expressões, curiosamente, se desenvolveram a partir da perspectiva de se perder esse grande patrimônio nacional, que é a rede universitária federal. E, evidentemente, que até agora a gente não viu qual é a proposta do governo para os ensinos superior, básico nem ensino nenhum. O que a gente viu foi uma crise atrás da outra.  Não só eu, mas o mundo inteiro está pasmo. Revistas internacionais de ciência dedicaram espaços que o Brasil nunca ganha, como por exemplo na Nature, para falar do total espanto e choque que é qualquer governo de um país como o nosso tentar que criminalizar e afogar as universidades, ao invés de promover, defender e ampliar seus horizontes. Basicamente usar o corte de verbas como a grande estratégia para calar o pensamento intelectual, o pensamento dos jovens, dos professores e dos funcionários. É uma grande calamidade.

2.    O governo tem como alvo prioritário as ciências humanas, fala muito da ideologização da sociologia e filosofia, mas a extensão desses cortes também afeta a totalidade da produção científica…

Em nenhuma das duas bandeiras faz nenhum sentido, né. Eu sou um cientista biomédico. E não existiria ciência biomédica sem a filosofia. A ciência humana é a ciência do homem, por definição. O estudo do homem, das suas relações sociais, antropológicas, as suas ambições e anseios. Então, não se pode criar essa separação. Essa separação não faz o menor sentido. E evidentemente ela não contribui em absolutamente nada para o avanço da educação dos nossos jovens. Você remover oensino de filosofia, sociologia do Ensino Médio, por exemplo, é um descalabro tão grande do ponto de vista intelectual que fica até difícil comentar. Você não vê qual o parâmetro que pode levar esse tipo de proposta. 
E não é só aqui  [que isso é visto com preocupação], mas fora do Brasil também. Eu estava dando uma palestra na Universidade de Lisboa há quase dois meses. Era o dia da primeira manifestação dos estudantes no Brasil. Quando eu contei aos estudantes e professores da universidade o que estava acontecendo no Brasil e pedi o apoio deles, foi um choque. O Brasil forneceu estudantes para Portugal, por exemplo, com o Ciência Sem Fronteiras, que Portugal nunca teve. Os EUA tiveram um fluxo de 25 mil estudantes brasileiros. E, pela primeira vez na minha vida, eu vi universidades americanas como o MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts] e [Universidade de] Harvard abrirem escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro para recrutar os melhores estudantes brasileiros. Eles viram não só que o talento humano era muito grande, mas eles recebiam o dinheiro do governo brasileiro para receber cada um desses alunos. 
[O Ciências Sem Fronteiras] foi um dos maiores programas de fellowships científicas do mundo. Quando eu fui para a China, os chineses estavam falando desse programa e da admiração do fato de que 108 mil brasileiros foram para o exterior estudar, no limite do conhecimento humano, para ver o que existia e voltar para cá, né. Então, na realidade, o que choca é a própria falta de lógica e noção da proposta. Você iniciar o governo tratando como inimigo a universidade pública brasileira, você está pedindo para ter problemas de grande porte. 
É preciso dar continuidade a essa manifestação de desagravo. Não adianta se ela for pontual, apenas. Claro que passa a emoção daquele dia de manifestações, que foram muito parecidas com as manifestações das Diretas Já, quando eu era aluno aqui no Brasil. Mas você precisa dar continuidade a isso porque é óbvio que é uma estratégia que não vai ser posta de lado. Ela vai continuar. E existem universidades que daqui a alguns meses não tem como funcionar. Elas não têm como desempenhar suas funções.

3.    E como todo esse contexto reposiciona o país, geopoliticamente, e em relação à soberania?

O Brasil estava tendo uma ascendência meteórica com os investimentos que foram feitos tanto pelo Ministério da Educação quanto pelo Ministério da Saúde e [Ministério da] Ciência e Tecnologia. Essa ascendência foi notada em número de publicações, na qualidade das publicações, na qualidade de alunos brasileiros, na penetração dos cientistas brasileiros no mercado internacional de ciência... Isso era tudo muito claro. Era tangível. Você podia medir, ver. 
O mercado internacional de ciência não é fácil de se penetrar. Existem uma série de preconceitos. Eu vivo há 31 anos nos EUA, conheço de cor e salteado como você faz para impedir que certas áreas da ciência de ponta tenha a participação de países como Brasil. Na pesquisa aeroespacial, por exemplo. Na minha visita à Alcântara [no Maranhão] uns anos atrás, eu descobri que nenhum país distribui colaboração ou know-how espacial. O Brasil teve que construir tudo na força da sua própria competência científica, no CTA [Centro Técnico Aeroespacial]de São José dos Campos e aplicando na base de Alcântara. E nós estamos dando de mão beijada isso. Nem sabemos o que vamos acontecer ali dentro. 
Então, esse momento, que já vem desde 2015, quando o Brasil deixou de ser governável, com a preparação do impeachment e do golpe, e depois, no governo [de Michel] Temer, a curva, eu chamo, é de ascensão e o crash da ciência brasileira. De repente, se puxou o tapete. Então imagina, você foi para fora do Brasil com uma bolsa do governo brasileiro para fazer uma pesquisa em astrofísica na Harvard e, agora, você é um doutor em astrofísica e quer voltar para o Brasil... Você vai para onde? Você vai trabalhar onde? Você vai reposicionar o Brasil nessa área como? A conclusão é essa: é uma grande tragédia que compromete drasticamente a soberania do Brasil. Não agora, somente, mas em várias décadas que estão por vir ainda.

4.    Uma pesquisa do INCT, divulgada nesta semana, mostra que 67% dos jovens brasileiros têm interesse por ciência, o que é um dado...

Maravilha!

5.    ...muito positivo. Mas, em contrapartida, um a cada quatro, acredita que vacinas fazem mal. E 54% afirmam que os cientistas exageram, por exemplo, com relação a mudanças climáticas. Teorias terraplanistas, por exemplo, estão ganhando espaço em todo o mundo... Como o sr. enxerga o avanço dessas teorias anti-científicas?

É um fenômeno histórico da humanidade, né. O que é mais assustador no momento atual é que, com a interconectividade global que existe, você consegue espalhar esse tipo de absurdo muito rapidamente. Você consegue criar movimentos, por exemplo, teve um congresso de terraplanistas nos EUA, perto de onde moro. Quer dizer, os caras foram no espaço, fotografaram a terra... Se você tinha qualquer dúvida, teve gente lá em cima que fotografou. A evidência é óbvia. Circunavegaram  a terra antes de sair para o espaço. Não dá nem para entrar em um debate como esse…
 Sobre a questão climática, toda a evidência disponível e experimental de gente séria que trabalha na área evidente que demonstra o impacto humano...

6.     Então o que explica essa negação de evidências?

A falta da formação do pensamento crítico. Os sistemas educacionais ao longo do mundo não estão conseguindo dar conta de formar pessoas que conseguem pensar criticamente. E isso não é um fenômeno nacional. Nos EUA, eu moro em uma região do país onde isso é muito frequente. E os cientistas são atacados até mesmo fisicamente.
Então, é quase curioso que depois de todo o desenvolvimento que nós experimentados cientificamente nós estejamos voltando para uma época, com toda a tecnologia que foi desenvolvida, toda a hiperconectividade... Eu falo isso no meu livro, inclusive: estamos voltando para uma época em que parece que voltamos 800 anos atrás. Estamos negando princípios básicos da descoberta científica que são clássicas. E isso é muito preocupante.
Para mim, isso é um reflexo claro do momento em que o mundo vive de como as tecnologias digitais estão reprogramando nossos cérebros, como elas estão alterando nossa percepção da realidade e como é tão fácil uma pessoa criar uma realidade paralela e conseguir administrar ela para milhões de outras pessoas. Na minha opinião, esse é um dos problemas mais sérios que nossa espécie enfrenta nesse instante: como não transformar o ser humano em um robô, num autômato, que não tem mais a capacidade de pensar por si só e de ser crítico. 
É um bombardeio, se você for parar para pensar. Se você olha para o que sai hoje nas redes sociais, é um contínuo bombardeio de teorias da realidade. E se você não tiver o mínimo de formação, o mínimo de capacidade de discernir o que é real e o que não é, fica muito difícil. Às vezes, quase impossível com as manipulações de imagens e de vídeo que são feitas hoje. 
Edição: Vivian Fernandes

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Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI



8 de Dezembro de 2017, por Elaine Santos



Por Elaine Santos [1], Carlos Eduardo Bao [2] e Vitor Cordova [3]
Em meio às discussões acerca das possibilidades de pedagogia decolonial e descolonial a partir das ideias da professora Catherine Walsh, pesquisadora, professora e diretora do Doutorado em Estudos Culturais Latino-americanos da Universidade Andina Simón Bolívar do Equador (Quito), que retoma as ideias de Freire e Fanon e por meio de um jogo semântico aponta possibilidades criativas de transformação, de intervenção, resolvemos falar da Revolução Latino-americana. No trabalho de Catherine [4]  ela nos traz uma introdução bastante rica e comprometida com a América Latina, recuperando o peruano Felipe Gaumán Poma de Ayala e sua luta a favor dos indígenas, combatendo as injustiças e a violência dos colonizadores. Catherine também disponibiliza sua obra de forma gratuita e virtual, um mecanismo de popularizar e capilarizar formas críticas de análise, algo pertinente e importante considerando que os acessos à maioria da população são cada vez mais escassos.
O trabalho da professora enfatiza nas “grietas” (fendas) do sistema como forma de luta e ação, uma pedagogia da práxis. 
Entretanto, a visão pertinente numa América Latina dotada de tamanha abrangência étnica deveria ser abrangida em um potencial de transformação que perpassa o reconhecimento de classe como potencialidade revolucionária a partir do que é entendido por latinidade. Isso significa que os povos indígenas, afrodescendentes entre outros que fizeram parte da composição do povo brasileiro, peruano, boliviano, venezuelano, equatoriano... não poderiam ser vistos de forma esgarçada, fracionada. O jogo semântico de transformação aqui não tem como intuito ganhar unilateralidade, mas sim envolver uma gama de problemas específicos a um continente outrora colonizado, onde o avanço do capital salientou a diferença, seja na condição de acesso informacional, de necessidades da básica subsistência, pela cor de pele ou de gênero. É desta forma que a palavra Revolução ganha substancialidade e clareza abaixo da linha do Equador.
E porque falamos da Revolução? Porque dada a nossa origem de classe, de mulher negra periférica, de homem periférico, de filho de agricultores temos em comum o vínculo que nos une, viemos de baixo, da subalternidade e queremos uma transformação radical. Nunca pensamos num socialismo a imitar o Europeu, ao contrário, aprendemos a reivindicar a Revolução todos os dias em todos os espaços, na fila do pão, no café da manhã, nos canaviais, na falta de condição que nos foi imposta e foi assim que resistimos em todas as nossas ações, mesmo as menores, garantindo que o contraponto existisse e não sucumbíssemos. Também porque sabemos que o capitalismo, este que nos joga para fora a todo o momento, tolera muito bem as iniciativas progressistas inofensivas e estas não prolongam a nossa existência. Avançamos um passo, retrocedemos dez.
Contudo, as reformas não são ruins, mas elas devem apontar ao coração do sistema já que o capital usa do reformismo em seu benefício, como bem disse Roque Dalton [5] , a efetividade do reformismo pode amansar qualquer iniciativa de rebeldia, de jovens feministas e de todos os explorados. Quando a esquerda revolucionária abandonou o campo da economia e passou a tratar apenas do político, do cultural e de muitos outros modismos que existem por aí, fomos abandonados, isto porque o capitalismo é política, economia e também relações sociais. 
Mariátegui, em 1928, tentava estabelecer conectividade com o povo peruano indígena, dizia que muitas das terminologias usadas como “esquerda”, “revolução”, “renovação” só podem ser novas se a nova geração for absolutamente adulta e criadora no mundo. Mariátegui nos retirou desta ilusão que é sustentada por toda a falsa esquerda em abrangência mundial, que julga ser possível chegar a uma sociedade mais igualitária através somente da política. Esta inocente ou inventiva concepção deturpa, tira de foco as armas de seu alvo. E isto não significa fazermos apologia às revoluções burguesas europeias, tratamos de uma luta nossa, uma luta anti-imperialista.
Desistir da Revolução, da possibilidade de mudar e de uma mudança para todos e todas, e não somente para alguns, é acreditar que a história é duração, como bem falou Mariátegui, na desconhecida Revista Amauta. Nosso autor, um dos primeiros revolucionários a tentar compreender, a partir de uma análise materialista da história, a América Latina, afirmou neste número, que nada vale gritar sozinho. Por mais alto que seja o som e por mais eco que faça, nada mudará, o que vale é uma ideia que potencializa a ação, que seja germinal.
Por outro lado, ninguém tem o direito do nos fazer sentir vergonha do que somos pautando a tese de empreender esforços apenas nas pequenas causas, nas fendas do sistema. Recusamo-nos a pautar nossas ações desta maneira, porque isto tornaria nossa existência inútil, nosso futuro ausente e nebuloso. Para além do fato de que pequenas ações são premissas de quem descende da resistência dos lutadores latino-americanos, o desafio no qual vivemos é exatamente o de ir além, com o intuito de, aproximarmo-nos cada vez mais do real, ir limpando o terreno para trilhar um rumo adequado cujos dispêndios de nossas energias sejam em ações contra o capital e a favor da humanidade.


Notas
[1]  Socióloga, doutoranda em Sociologia no Centro de Estudos Sociais.
[2] Sociólogo – Doutorando em Sociologia Política na UFSC e realiza estágio no Centro de Estudos Sociais. 
[3]  Sociólogo, Doutorando em Urbanismo na PUC-Campinas e realiza estágio no Centro de Estudos Sociais. 
[4]  WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013. 553 p
[5] Un libro rojo para Lenin
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Módulo_V  - Módulo Destaque Cultural
Biografia       Ivan Luiz (72) Professor, Compositor, Diretor Sindipetro RJ

Biografia      Lincoln Olivetti (66 anos)  17/4/1954 Nilópolis, RJ  13/1/2015 Rio de Janeiro, RJ - Instrumentista (pianista). Arranjador. Compositor. Produtor musical. Iniciou seus estudos de piano ainda menino. Aos 13 anos de idade, formou um conjunto, com o qual se apresentava em bailes do subúrbio. Cursou engenharia eletrônica e música mas não chegou a se graduar. Morreu em 2015, vitimado por um infarto

Biografia  Rei Zulu (90 anos)  Wilson do Nascimento   17/4/1930 RJ  2/1997 RJ - Figura folclórica do carnaval carioca, facilmente reconhecida pela elegância com que representava seu personagem, quase sempre encontrado em vários blocos que desfilavam na zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com Hiram Araújo no livro "Carnaval - Seis Mil Anos de História", Rei Zulu trabalhou como roupeiro de Aída e Colé. Trabalhou também como porteiro de diversas boates, sempre deterno branco, chapéu panamá e camisa pele-de-ovo. Desfilava na Banda de Ipanema, encarnando a figura que criou: "Rei Zulu", convidado por Albino Pinheiro, Hugo Bidê e Fredy Nascimento. Mais tarde, entrou para o quadro da Riotur a convite do então presidente João Roberto Kelly. Neste órgão, desempenhou a função de ajudante de portaria, permanecendo até à administração de Trajano Ribeiro. Pouco tempo depois, adoeceu, vindo a falecer no mês de fevereiro de 1997

Biografia    Pedro Mariano (45 anos)  - Pedro Camargo Mariano    18/4/1975 - Cantor. Filho da cantora Elis Regina e do pianista César Camargo Mariano. Irmão do músico João Marcelo Bôscoli e da cantora Maria Rita. Começou a tocar guitarra aos 10 anos de idade.

Biografia  Zé Trindade (105 anos)   - Milton da Silva Bittencourt   18/4/1915Salvador, BA  1/5/1990 RJ - Ator. Comediante. Cantor. Compositor. Começou a trabalhar com 11 anos de idade, devido à morte de seu pai, empregando-se como boy no Hotel Meridional em Salvador. O nome artístico Zé Trindade surgiu como disfarce, porque na época o artista morava com uma tia rica que não via com bons olhos que o sobrinho seguisse a carreira artística.o

Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana.



Intervalo compreendido do dia 17 a 23/04
Aniversariantes
17
18
19
 Ivan Luiz (72)
 Arnaldo Paes (112 anos)
 Armando Cavalcanti (106 anos) 



20
21
22
 Acyr Marques (1 ano)
 Angelino de Oliveira (132 anos)
 Adauto Santos (80 anos)



23
 Adriana Peixoto (41 anos)  Biu Roque (10 anos)  Carmo Bartoloni (64 anos)  Cláudia Barroso (88 anos)  DadoBrother (46 anos)  Dom Mita (80 anos)  Fardel (105 anos)   Geraldo Pereira (102 anos)  Jerry Adriani (3 anos)  Jorge Fernando dos Santos (64anos)   Léo Jaime (60 anos)  Mangabinha (5 anos)  Milton Banana (85 anos)  Ozéias de Paula (69 anos)  Pixinguinha (123 anos)  Rafael Mallmith (39 anos)  Renato Guimarães (81 anos)  Robson Jorge   Severino Araújo (103 anos)  Silveirinha (90 anos)  Voninho (12 anos)   Zeca da Casa Verde (93 anos)

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Módulo VII – Notícias verdadeiras da Categoria Petroleira Petrobras - FNP
A Federação Nacional dos Petroleiros – FNP – vem denunciando o uso de fake news pela direção da Petrobrás para enganar a força de trabalho. Recentemente, a empresa disseminou uma fake news sobre a realocação de trabalhadores de ativos hibernados. Dentre os ativos estão: as plataformas de Águas Rasas, no Ceará; do Rio Grande do Norte; de Sergipe; plataformas dos campos de Cherne (PCH-1 e PCH-2), de Garoupa (PGP-1), de Namorado (PNA-1 e PNA-2) e de Corvina (P-09), na Bacia de Campos.
No texto enviado para a categoria, a empresa afirma que tem se reunido sistematicamente com as entidades sindicais para tratar do cenário atual desde o dia 19 de março. “Mais de 10 reuniões com os sindicatos foram realizadas para tratar das ações adotadas pela companhia. ” MENTIRA!

A FNP já denunciou que a empresa se limita a comunicar a decisão, sem nenhuma negociação com as entidades, sem acatar nenhuma das sugestões, conforme comportamento equivocado de Jair Bolsonaro, que teima em contrariar as orientações dos especialistas para combater a propagação do coronavírus.  “Informamos aos sindicatos as medidas aprovadas previamente à divulgação ao público em geral, conforme os termos do parágrafo 1, da cláusula 41 do ACT vigente”. ISSO É FAKE!

Ou seja, a Petrobrás segue na direção contrária das medidas que estão sendo tomadas no mundo, de forma unilateral e autoritária, sem qualquer tipo de negociação. Mas, Castello Branco não nos engana! O uso desse método é parte da moral do vale-tudo, que se manifesta em todo tipo de atos de corrupção, fraudes e manobras desleais para privatizar a Petrobrás.

Além disso, no momento em que se defende o isolamento social e cuidados com a vida, Castello Branco propõem expor os trabalhadores a mais risco, mandando trabalhadores para o Amazonas, que já tem colapso na saúde por causa do coronavírus.
Segundo informações locais, cerca de 80 trabalhadores da UN-SEAL (Alagoas e Sergipe) e de sondagem terrestre (CPT) serão transferidos para o Amazonas e para o Rio Grande do Sul. Uma estratégia clara para forçar o trabalhador a pedir demissão, sendo enviados para longe de seus familiares, sem falar no impacto cultural que isso pode causar.
Transferências desnecessárias, pode se dizer, uma vez que os ativos de Alagoas, que não hibernaram, possuem postos de trabalhos vagos, capazes de absorver esses 80 trabalhadores.
Por isso, estamos firmes nessa luta para impedir os desinvestimentos e as demissões dos trabalhadores, especialmente, neste momento de pandemia do Covid-19. 
Fazemos ainda a defesa de uma ampla democracia para o debate e defesa de ideias. Inclusive, denunciamos constantemente a falta de negociação com os sindicatos. O uso de fake news é antidemocrático!   
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Miguel Nicolelis: Médico

Descrição

Miguel Angelo Laporta Nicolelis é um médico e cientista brasileiro, considerado um dos vinte maiores cientistas em sua área no começo da década passada pela revista de divulgação para leigos Scientific American. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Wikipédia
Nascimento7 de março de 1961 (idade 59 anos), São Paulo, São Paulo
NacionalidadeBrasileiro

 

Miguel Nicolelis ‘o vírus está ganhando a guerra no Brasil’ - 18 de abril de 2020, 13:52

247 - O neurofisiologista e o cientista Miguel Nicolelis alertou para o fato de que "no Brasil, sem duvida, o vírus está ganhando a guerra". "Quando a política bate de frente com a biologia, a biologia ganha de goleada", afirmou ele à GloboNews, após comentar a crise política na crise do coronavírus. 
De acordo com o médico, o "distanciamento social é vital, achata a curva e nos ajuda a reduzir curva que virá depois". "Os estados não estão recebendo ajuda financeira, estratégia, logística, que precisam receber", acrescentou. O Brasil tem pelo menos 34,4 mil confirmações e 2.181 mortes provocadas pelo coronavírus. 




 São Januário 21 abril de 2020 - 93 anos https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Vasco_da_Gama