quarta-feira, 26 de agosto de 2020

NP 404 de 21 a 27/08/2020

NP 404

Chamada NP 404
;

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.

Vinheta

EDITORIAL - – Fórum Social Mundial: um espaço para o debate ou para coordenar planos de ação?

Módulo I   – RJ passa dos 15 mil óbitos por Covid e vê média móvel de mortes voltar a subir após 20 dias

200/08/2020

 

www.professorivanluiz.com.br

 

youtube.com/c/IvanLuiz

 

http://twitter.com/profivanluiz

 

https://www.facebook.com/profile.php?i

 

Ivan Luiz Jornalista –

Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.

Módulo II - Presidente da PBIO deixa o cargo

Módulo III  – Importância crescente dos biocombustíveis reforça ainda mais a urgência de barrar a venda da PBIO

Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Séculos XIX, XX e XXI destaque para Luta Armada de Esquerda no Brasil

Módulo V- Homenageados na cultura brasileira,  destaque para  Tantinho da Mangueira (73 anos) 21 -  Ruy Guerra (89 anos) 22 -  Almira Castilho (96 anos) 24 -  Dori Caymmi (77 anos) 26 -  Sandra de Sá (65 anos) e  Sylvia Telles (86 anos) 27

Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 21 a 27/08

Módulo VII – –  TST precisa reconhecer inconstitucionalidade da Lei de Greve

Módulo VII_I – 

Módulo VII_II – Continuam denuncias referentes a P12

Módulo VII_III – Pessoas com mais de 60 anos são expulsas de planos de saúde

Urgente Ao menos 170 anciãos indígenas já morreram de covid-19  

Homenagem Especial: Há 66 anos morria Getulio Vargas


Momento Furtado - Abertura

Assim é Difícil

Sentou-se a mesa, um torresmo ao ponto 
Acompanhando uma dose de conhaque 
Solicitou um violão, dedilhando com suavidade 
Chamou o garçom: 
- Podes descer! 
As garrafas começaram a esvaziar 
Uma atrás da outra 
Repetindo o torresmo, pé de porco 
Sardinha no azeite, de preferência extra virgem 
Pinga com limão espanta resfriados 
Para o Santo a fim cortar os feitos 
Uma colher de sopa de azeite, evita a azia 
Alguém tenta acompanhá-la 
Não aguentando, sai fora 
Ela firme, não vai ao banheiro 
Mesa cheia de cascos 
Horas após, pede a saideira 
Apenas uma? Várias 
Ao som do violão, continua tirado pelos dedos 
Dona Chiquinha 
No copo invencível, ruim de derrubá-la 
- Garçom, por favor, a saideira 
- Outra? 

Antônio Furtado


EDITORIAL:


Fórum Social Mundial: um espaço para o debate ou para coordenar planos de ação?

Por Aram Aharonian 

21/08/2020 18:09




Outro mundo é possível: esse foi o slogan pelo qual nos apaixonamos aqueles que lutamos contra a injustiça e a destruição do planeta, mas, obviamente, o que se tentou foi evitar este mundo de financeirização e desapropriação global. O Fórum Social Mundial (FSM) tornou-se, desde 2001 e por vários anos, um ponto de encontro dos movimentos sociais contra a globalização neoliberal e uma voz alternativa às diretrizes do Fórum Econômico Mundial de Davos.

Hoje, alguns dos fundadores históricos são chamados a repensar objetivos e avaliar potencialidades. Contudo, lamentamos a ausência de vários dos pensadores críticos que deram força ao Fórum, desde o nosso Eduardo Galeano, passando por José Saramago, Samin Amin, Immanuel Wallerstein, François Houtart, Samuel Ruiz… Isso também fala da falta de renovação do pensamento crítico (ou da falta de sua difusão e socialização).

O Fórum Social Mundial, que completa 20 anos em 2021, é apenas um espaço aberto ou pode e deveria ser, também, um espaço de ação? Esse assunto vem sendo discutido há anos em seu Conselho Internacional, e até agora não há como chegar a uma conclusão, segundo o seu manifesto dos fundadores.

“O Fórum Social Mundial ainda tem grande potencial para dar voz e ajudar os movimentos a colocar suas alternativas em um contexto global, onde novos discursos e práticas podem convergir. É por isso que convocamos um fórum social mundial renovado”, afirma o manifesto.

“Estamos enfrentando uma crise global multidimensional; é necessária ação em nível local, nacional e global, com coordenação adequada entre eles. O Fórum é o marco ideal para promover essa ação. É disso que se trata esta iniciativa”, conclui o documento.

Desligue-se do passado

Por muitos anos, muitos “progressistas”, ancorados no passado, tentaram evitar as críticas à realidade do Fórum. Há alguns anos assinalamos que muitos se posicionaram próximos à máxima que diz que “em uma fortaleza sitiada, crítica é traição” (a única coisa que está fora do debate são os princípios). As dúvidas continuam válidas: continue dentro do Fórum para introduzir esses debates tão necessários, ou construir outra ferramenta e, em ambos os casos, com quem.

Claro, tudo isso em plena ofensiva neocolonial e do declínio do progressismo no nível latino-americano e mundial, uma visão conservadora imposta pela mídia hegemônica e redes sociais, e o medo de alguns “organizadores” de perderem seus patrocinadores.

Estamos diante do efeito das novas tecnologias na sobrevivência dos trabalhadores e da economia, bem como das notícias falsas, pós-verdade e inteligência artificial, o que torna necessária uma nova agenda, com enfoque a partir do Sul. Claro, tudo isso nem foi discutido em 2001, em Porto Alegre…

Destacamos que o comitê brasileiro nunca quis sair do poder em um modelo anárquico abstrato, talvez baseado na visão das comunidades católicas brasileiras de base, sem nenhuma relação com a realidade. E o Comitê Internacional, de personalidades, continuou a ser dirigido por pequenos grupos e figuras que, para além do altermundo, representam ONGs (algumas pagas), cada uma delas com linhas e finalidades tão concretas quanto as suas, e muitas vezes apenas elas mesmas.

A única possibilidade de refundá-lo é se o objetivo é o de voltar a ser um espaço de ação (e não apenas de debate) que afeta o mundo, revisando sua carta de princípios de acordo com a realidade de um mundo pior que há 20 anos, concordando nos temas a serem debatidos, incluindo mudanças climáticas, migrações, guerras, dívida externa, o domínio das novas tecnologias, finanças especulativas, enorme desigualdade, fome, modelos de desenvolvimento.

No fórum de San Salvador, por exemplo, não houve menção à crise climática. Foram impostos temas canalizados por ONGs europeias e norte-americanas, interessadas em temas que não são urgentes ou importantes para as nossas sociedades, mas que têm financiamento para a sua organização.

Por muitos anos, o discurso da horizontalidade foi permanentemente contrariado pelo autoritarismo e manipulação das estruturas de poder do Fórum, mais entusiastas da organização de eventos (tudo é temporário, não há continuidade ou acompanhamento das questões e debates) entre os convictos do que da luta por um pensamento anticapitalista crítico.

Lembramos que quando os movimentos políticos começaram a se aproximar do Fórum, tudo foi feito para afastá-los, com a desculpa de evitar a contaminação. E nossos presidentes progressistas não eram bem-vindos. E ainda, lembre-se, o grupo brasileiro impediu o Comitê Internacional de fazer uma declaração contra o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff. A democracia nem mesmo foi defendida.

Nos primeiros fóruns, por exemplo, o painel organizado sobre a utopia demonstrou a necessidade do debate, da batalha de ideias na guerra cultural contra o capitalismo e as forças neocoloniais.

Há alguns anos, as personalidades que deram vida e prestígio ao Fórum concordaram em apontar a profunda crise, como indicam os números e a falta de repercussão e entusiasmo, e insistiram na necessidade de dar lugar a uma horizontalidade sempre inclusiva e transparente, mas acolhedora, pois um mínimo de organização e estruturação é necessário.

Desde o início do processo, os meios de comunicação alternativos insistiram na necessidade de criar instrumentos para compartilhar com quem não compareceu aos eventos. Mas o Fórum se prendeu a iniciativas endogâmicas: de cada edição, nada das experiências saiu para o resto do mundo. Hoje a mídia eletrônica torna possível o que era impensável há 20 anos.

O desenho antigo do Fórum buscava facilitar a fragmentação, que cada painel fosse pensado para destacasse a sua luta como a mais importante, e não aquela que lhe deu origem, a necessidade de inventar um mundo diferente, justo, equitativo, de paz, de respeito. a natureza. Como dizia Galeano, nos Anos 70: enquanto alguns faziam a revolução, Brigitte Bardot luta em defesa das baleias azuis…

Em mais de três décadas, o Fórum correu os perigos de rotinização, energização, cooptação, burocratização, falta de participação em movimentos reais, dispersão, infiltração e dominação. E esta realidade o confirma. Em meio à crise sistêmica do capitalismo, com crises climática, política, social, sanitária, migratória e alimentar inéditas, se priorizou a aposta na tão falada horizontalidade, que só beneficia o pensamento único e a imobilidade.

O Fórum perdeu peso e influência em nossa região, talvez porque aqueles movimentos sociais que trouxeram nossos presidentes reformistas ao governo tenham sumido das ruas, porque também foram cooptados (e burocratizados) para tarefas governamentais e movimentos desmobilizados.

Hoje, muitos ex-altermundistas buscam fóruns sobre temas de interesse de ONGs europeias e norte-americanas, e fogem de questões urgentes para o futuro de seu próprio povo, talvez para não perder a ginástica forista… e seu financiamento.

O desafio é saber por onde andar, e com quem andar. Antônio Machado dizia que “não há caminho, o caminho se faz caminhando”.

Aram Aharonian é jornalista e analista de comunicação uruguaio. Mestre em Integração. Fundador da TeleSur. Ele dirige o Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE) e preside a Fundação para a Integração Latino-Americana (FILA)

*Publicado originalmente em 'Other News' | Tradução de Victor Farinelli

Fonte https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Movimentos-Sociais/Forum-Social-Mundial-um-espaco-para-o-debate-ou-para-coordenar-planos-de-acao-/2/48511

Topo                                                                                                                                              

 


Destaque para Módulo I

RJ passa dos 15 mil óbitos por Covid e vê média móvel de mortes voltar a subir após 20 dias
Com 161 óbitos registrados em 24 horas, média aumentou 20%; última 'alta' foi em 31 de julho.
Por G1 Rio
20/08/2020 15h41 Atualizado há 3 dias
Área destinada aos sepultamentos de vítimas da covid-19 no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju — Foto: ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Após 20 dias de queda ou estabilidade, a média móvel de mortes por Covid-19 no Rio de Janeiro voltou a subir nesta quinta-feira (20), segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde. No total, o estado passou a marca das 15 mil mortes e tem quase 206 mil casos confirmados.
Desde quarta (19), foram registradas 161 mortes, o que elevou a média móvel de mortes diárias para 95. Na comparação com duas semanas atrás, houve um aumento de 20% – especialistas consideram "alta" um aumento de 15% ou mais. A última alta havia sido em 31 de julho.
Também nas últimas 24 horas, foram registrados quase 3 mil casos. A média móvel atingiu 2.548 casos confirmados por dia.
Principais dados
15.074 mortes -- eram 14.913 na quarta
205.916 casos confirmados -- eram 202.993
161 óbitos e 2.923 casos confirmados em 24 horas
917 óbitos em investigação e 339 foram descartados
Taxa de letalidade: 7,32%
184.641 pacientes recuperados -- eram 182.513
Na quarta-feira, o Governo do Rio de Janeiro publicou um decreto com normas para uma nova fase de reabertura da economia. Entre as medidas, está a liberação, já nesta quinta-feira, de cinemas e teatros em regiões onde o risco é considerado "baixo" há pelo menos duas semanas seguidas.
A norma depende, no entanto, das prefeituras – as de Rio e Niterói, por exemplo, não reabrirão ainda.
O decreto também prevê a volta às aulas presenciais, tanto no ensino privado (com previsão a partir de 14/9) como na rede estadual, incluindo universidades (previsão para 5/10). A determinação de uma data para o retorno às aulas dividiu opiniões entre os representantes das escolas e professores, que fizeram um protesto virtual nesta quinta.


Mortes por município
Rio de Janeiro – 9.127
São Gonçalo – 636
Duque de Caxias – 621
Nova Iguaçu – 484
São João de Meriti – 365
Niterói – 342
Campos dos Goytacazes – 276
Belford Roxo – 239
Itaboraí – 186
Magé – 182
Volta Redonda – 166
Petrópolis – 157
Mesquita – 151
Angra dos Reis – 141
Nilópolis – 140
Macaé – 125
Itaguaí – 105
Cabo Frio – 102
Teresópolis – 98
Maricá – 89
Nova Friburgo – 88
Barra Mansa – 83
Rio das Ostras – 67
Resende – 62
Três Rios – 55
Araruama – 51
Saquarema – 51
Guapimirim – 50
Seropédica – 47
Queimados – 46
Rio Bonito – 46
Barra do Piraí – 42
Tanguá – 39
Itaperuna – 34
Mangaratiba – 31
São Pedro da Aldeia – 30
Iguaba Grande – 29
Paracambi – 28
Paraty – 27
Cachoeiras de Macacu – 26
Japeri – 24
Sapucaia – 23
Paraíba do Sul – 22
São Francisco de Itabapoana – 22
Vassouras – 21
Casimiro de Abreu – 19
Itaocara – 18
São Fidélis – 18
Bom Jesus do Itabapoana – 16
Quissamã – 15
São José do Vale do Rio Preto – 14
Miguel Pereira – 12
Piraí – 12
Armação dos Búzios – 11
Porciúncula – 11
Rio Claro – 11
Valença – 11
Conceição de Macabu – 10
Pinheiral – 10
Santo Antônio de Pádua – 9
São João da Barra – 9
Sumidouro – 9
Itatiaia – 7
Porto Real – 7
Aperibé – 6
Arraial do Cabo – 6
Italva – 6
Areal – 5
Paty do Alferes – 5
Carapebus – 4
Silva Jardim – 4
Bom Jardim – 3
Comendador Levy Gaspeariam – 3
Engenheiro Paulo de Frontin – 3
Miracema – 3
Natividade – 3
Cambuci – 2
Carmo – 2
Macuco – 2
Mendes – 2
Rio das Flores – 2
Santa Maria Madalena – 2
Cantagalo – 1
Cardoso Moreira – 1
Cordeiro – 1
Duas Barras – 1
Quatis – 1
São Sebastião do Alto – 1


Casos por município
Rio de Janeiro – 84.488
Niterói – 10.314
São Gonçalo – 10.282
Duque de Caxias – 7.374
Macaé – 6.713
Belford Roxo – 6.442
Nova Iguaçu – 5.025
Volta Redonda – 4.941
Angra dos Reis – 4.461
Campos dos Goytacazes – 4.032
Itaboraí – 3.784
Teresópolis – 3.404
Magé – 2.802
São João de Meriti – 2.793
Maricá – 2.755
Itaperuna – 2.334
Queimados – 2.170
Três Rios – 2.122
Nova Friburgo – 2.047
Itaguaí – 2.038
Cabo Frio – 1.864
Resende – 1.623
Petrópolis – 1.617
Rio das Ostras – 1.557
Rio Bonito – 1.417
Barra Mansa – 1.374
Guapimirim – 1.350
Mesquita – 1.160
Nilópolis – 1.079
São Pedro da Aldeia – 1.018
Santo Antônio de Pádua – 930
Araruama – 921
Saquarema – 901
Barra do Piraí – 846
Paraíba do Sul – 773
São João da Barra – 709
Tanguá – 697
Casimiro de Abreu – 696
Seropédica – 653
Bom Jesus do Itabapoana – 645
Mangaratiba – 634
Vassouras – 620
Paraty – 608
Piraí – 571
Paracambi – 548
Cachoeiras de Macacu – 517
Porciúncula – 493
São Francisco de Itabapoana – 489
Conceição de Macabu – 458
Iguaba Grande – 444
Valença – 427
Pinheiral – 403
Natividade – 394
Quissamã – 385
São José do Vale do Rio Preto – 374
Armação dos Búzios – 349
Miracema – 346
Sapucaia – 315
Itaocara – 306
Italva – 299
Itatiaia – 277
Japeri – 276
Cardoso Moreira – 272
Varre-Sai – 266
Carapebus – 255
Porto Real – 248
Rio Claro – 247
Miguel Pereira – 232
São Fidélis – 224
Laje do Muriaé – 219
Aperibé – 167
Paty do Alferes – 161
Cambuci – 157
Areal – 150
Arraial do Cabo – 148
São José de Ubá – 133
Silva Jardim – 133
Quatis – 122
Bom Jardim – 119
Cordeiro – 116
Engenheiro Paulo de Frontin – 114
Mendes – 114
Comendador Levy Gaspeariam – 112
Carmo – 110
Santa Maria Madalena – 86
Sumidouro – 77
Cantagalo – 65
Duas Barras – 54
Trajano de Moraes – 53
Macuco – 43
São Sebastião do Alto – 21
Rio das Flores – 14
 

 

Módulo II


20 ago, 2020 Presidente da PBIO deixa o cargo

Postado 21:07h em Destaque 1Destaque 2 

Sem expressar motivações, na quinta (20), em comunicado por e-mail aos empregados, o presidente da Petrobrás Biocombustível (PBIO) deixou o cargo. Assumiu a direção da PBIO, interinamente, o diretor financeiro administrativo.
Muito provavelmente, o episódio se relaciona com o fato da PBIO ter sido colocada à venda em julho, durante a pandemia, apesar de ter superado todos os desafios e de ser uma das maiores do setor no Brasil.

Para sabermos mais sobre a PBIO, em artigo publicado na segunda (17) pela Associação dos Engenheiros da Petrobrás, várias denúncias e constatações são apresentadas em importante histórico sobre a entrada da Petrobrás na produção de óleo de palma, a implantação e o desenvolvimento do projeto da Belém Bioenergia Brasil (BBB) e a solução para o impasse da construção das extratoras de óleo. Confira:

” (…) avaliada em R$ 205 milhões, vendida por apenas R$ 24,7 milhões. Essa diferença de valores foi revelada horas depois do fechamento do negócio, levantando dúvidas sobre a venda, que teria sido apenas uma forma de se livrar da participação na coligada (BBB).

O popular provérbio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com perfeição à venda da participação da Petrobras na Belém Bioenergia Brasil (BBB), uma joint venture com a petrolífera portuguesa Galp para a produção de óleo vegetal e biocombustível no estado do Pará. A compra pela sócia lusitana, no final de 2019, se deu pelo valor de R$ 24,7 milhões.

Mesmo após anos de investimentos vultosos e com prognósticos promissores no setor, a saída da estatal brasileira por preço irrisório levanta fundadas suspeitas sobre a higidez do negócio. A desconfiança fica ainda maior quando com a notícia de que a participação societária teria sido avaliada em valor 9 vezes superior no mesmo dia da transação original.(…)”

Conclusão: “(…) Em 2017, foi aprovada uma parceria da BBB com a empresa Dendê Tauá S.A. (Dentauá), a fim de produzir óleo a partir dos 22 mil hectares plantados no Polo Tailândia. A nova parceria, constituída em 2018, viabilizou o ingresso de recursos de terceiros para implantação de uma extratora de óleo. Mesmo com a parceria fechada, cujos valores não foram informados, a Petrobras Biocombustível, sob as ordens da Petrobras, investiu mais R$ 110,2 milhões para suprir necessidades operacionais da BBB (9).”

Fonte: Sindipetro RJ

 

 

Módulo III

21 ago, 2020 Importância crescente dos biocombustíveis reforça ainda mais a urgência de barrar a venda da PBIO

Postado 16:58h em Destaque 2petrobrás 

A anunciada intenção da gestão Bolsonaro/Guedes/Castello Branco de vender a participação da Petrobrás na PBIO (Petrobrás Biocombustível) — uma das seis maiores do setor no país — é ainda mais inaceitável se for levada em conta a crescente importância dos biocombustíveis nas matrizes energéticas do Brasil e de vários outros países. Importância que foi muito reforçada sobretudo a partir do chamado ‘Acordo de Paris’, de 2015, quando quase 200 países se comprometeram com metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera.

Dois artigos sobre o assunto biocombustíveis, publicados em 2016 e 2017 (veja links ao final), já abordam o tema, com destaque para a introdução do etanol de 2ª geração (E2G), que, após longo período de pesquisa e desenvolvimento, finalmente atingiu a escala de plantas industriais, com perspectivas de ampliação do consumo em nível mundial.

Entre outras qualidades do E2G, os textos citam estudos que apontam a capacidade do etanol de 2ª geração de elevar a produção do combustível limpo em até 50%, minimizando assim a necessidade de ampliação das áreas agrícolas para produção de matérias-primas, uma vez que as matérias-primas do processo de geração do E2G são subprodutos ou coprodutos do processo convencional de produção do combustível.

Outra qualidade do E2G apontada pelos artigos é a de ser um combustível ainda mais limpo que o etanol de primeira geração, com capacidade de reduzir as emissões de CO2 da gasolina em até 90%.

As perspectivas abertas pelos biocombustíveis, no Brasil e no mundo, reforçam ainda mais a importância da luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e da concepção de empresa integrada de energia, contemplando várias etapas e cadeias de produção no setor. Tudo o que a gestão Bolsonaro/Guedes/Castello Branco quer destruir e fragmentar por meio da entrega de importantes ativos ao capital privado.

Veja a seguir os links dos artigos sobre biocombustíveis e etanol de segunda geração:


Acordo de Paris

Etanol 2G – Competitividade relativa com o barril aos US$ 40,00

Fonte: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/noticias/noticia/biocombustiveis-transportes-baixo-carbono

 


 

Data

Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI



luta armada no Brasil foi uma série de ações promovidas por diversos grupos de esquerda, especialmente entre 1968 e 1972, durante a ditadura militar. Embora tenha assumido um caráter de resistência ao regime, os grupos mais proeminentes que integraram a luta armada não tinham como objetivo o retorno à ordem democrática anterior ao golpe militar, mas sim a realização de uma revolução socialista no Brasil, inspirando-se na Revolução Chinesa e na Revolução Cubana. Apesar de algumas ações realizadas entre 1965 e 1967, o confrontamento aprofundou-se após a proclamação do Ato Institucional nº 5 (AI-5) em 1968 e, com o acirramento do autoritarismo do regime militar, diversas organizações se convenceram de que somente o recurso às armas poderia derrubar a ditadura militar. Neste cenário, lançaram-se à luta armada dezenas de organizações, das quais destacaram-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Embora almejassem iniciar a guerrilha rural, as organizações revolucionárias se notabilizaram por suas ações urbanas. Vistas como atos de propaganda armada da revolução, estas ações — que incluíam assaltos a agências bancárias e a carros pagadores, roubos de armamentos do Exército e, posteriormente, o sequestro de embaixadores e diplomatas com objetivo de trocá-los por presos políticos — serviam para arrecadar fundos para desencadear a guerrilha no campo e sustentar a infraestrutura clandestina destas organizações.

A guerrilha urbana, qualificada como terrorismo pelo governo ditatorial e pela imprensa do país, inicialmente surpreendeu o aparelho repressivo do Estado, que, no entanto, não tardou em aperfeiçoar-se e profissionalizar-se no combate aos guerrilheiros. Para isso, o alto comando militar iniciou a construção de uma estrutura policial e burocrática calcada na espionagem, na coleta de informações, em operações policiais voltadas à captura e ao interrogatório de opositores políticos do regime através do uso sistemático da tortura.

A despeito de seu sucesso inicial, as organizações revolucionárias foram caminhando para um crescente isolamento social, que piorou muito após a escalada repressiva e a campanha de desinformação perpetrada por alguns setores da ditadura, que chegaram a realizar atentados terroristas de bandeira falsa contra civis e militares, que foram efetuados por paramilitares ligados à autoridades do próprio governo federal, com a finalidade de erodir o apoio popular aos revoltosos e justificar o aprofundamento do autoritarismo. As ações armadas nas cidades duraram pouco tempo. De todas as organizações envolvidas na luta armada, apenas o PCdoB conseguiu promover efetivamente a guerrilha rural. O desmantelamento da guerrilha do Araguaia em 1974 marcou a desarticulação total da luta armada no Brasil, ao custo de centenas de mortos, exilados e desaparecidos durante a ditadura.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_armada_de_esquerda_no_Brasil

 


Módulo_V  - Módulo Destaque Cultural  - Topo

Biografia –      Tantinho da Mangueira (73 anos) 21 - Devani Ferreira -  21/8/1947 RJ -  12/4/2020 RJ Cantor. Compositor. Partideiro. Nascido e criado na Morro de Mangueira, na favela de Santo Antônio, frequentador assíduo das rodas de partido-alto no Buraco Quente, Chalé e Três Tombos, favelas que também integram o morro, onde conviveu desde pequeno com personagens emblemáticas da localidade, Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Neuma, Padeirinho, Nelson Sargento, Pelado, Carlos Cachaça, Geraldo das Neves e Jorge Zagaia, entre outros.
Aos 13 anos de idade Dona Neuma o apresentou a Cartola. Neste mesmo ano de 1961 compôs o samba-enredo para o desfile da Mangueira em Brasília.
Trabalhou como office-boy, laboratorista e em agência de publicidade. Aposentou-se como funcionário da Funarte em 1996. Faceleu em 2020 em decorrência de complicaçoes de uma diabetes.

 

Biografia       Ruy Guerra (89 anos) 22 Cineasta. Compositor. - Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira -  22/8/1931 Maputo, Moçambique. Tem entre seus parceiros ilustres compositores da MPB. Deu início às suas atividades como compositor através do Centro Popular de Cultura, no Rio de Janeiro, onde conheceu Sérgio Ricardo, com quem compôs -Esse mundo é meu-. Em seguida, compôs músicas com Edu Lobo, que foram incluídas nos discos do parceiro -A música de Edu Lobo- (1965/Elenco), -Edu Lobo- (1967/Philips) e -Cantiga de longe- (1970/Elenco). Foi também parceiro de Marcos Valle e Milton Nascimento.
Participou do antológico disco -Clube da Esquina 2-, lançado pela EMI em 1978, com sua parceria com Milton na faixa -E daí (A queda)-.
Foi o autor da trilha de seu filme -Os deuses e os mortos-, de 1971, ao lado de Milton Nascimento. Nesse mesmo ano, compôs com Edu Lobo a trilha da peça -Woyzeck-, de Georg Büchner, com direção de Matilda Pedroso.
Compôs, com Chico Buarque, a trilha de -Calabar-, peça escrita junto com Chico, mas que foi censurada, sendo publicada na forma de livro. As músicas foram posteriormente gravadas no LP -Chico canta-, lançado pela Philips em 1974. A música -Não existe pecado ao sul do Equador-, que fazia parte da trilha, fez bastante sucesso, anos depois, na voz de Ney Matogrosso, e a gravação foi tema da novela -Pecado rasgado- (Rede Globo), em 1978. Ao lado de Chico, fez também a versão intitulada -Sonho impossível-, da música de J. Darion e H. Leigh, e que fez parte do show -Chico Buarque & Maria Bethânia-, realizado em 1975 no Canecão (RJ).
Foi também parceiro de Francis Hime e dirigiu shows com Alaíde Costa, Baden Powell, Chico Buarque, Dory Caymmi, Dulce Nunes, Milton Nascimento, MPB-4, e o -Som Imaginário-.
Em 1999, o filme -Estorvo-, escrito com Chico Buarque, baseado no livro homônimo deste último, foi lançado com trilha de Egberto Gismonti.

 

Biografia      Almira Castilho (96 anos) 24 Almira Castilho de Albuquerque Figueiredo  24/8/1924 Olinda, PE -  26/2/2011 Recife, PE - Cantora. Compositora. Dançarina. De beleza brejeira e nordestina, era linda de se ver no palco, ao lado do exuberante pandeirista, cantando, dançando e arrebatando olhares e sorrisos de Jackson do Pandeiro, seu parceiro e marido. Antes de seguir a carreira artística atuou como professora. Dançava e cantava bem, também compunha e ficou famosa exatamente pela parceria com Jackson do Pandeiro, que ela conheceu em 1952, na rádio Jornal do Commercio, onde era rádio-atriz e cantora. Sua última aparição pública se deu 2009, quando, na cidade de Recife, recebeu homenagem póstuma em nome de Jackson do Pandeiro. Faleceu aos 87 anos, vítima de mal de Alzheimer, o qual era portadora desde 2009.

Biografia  Sylvia Telles (86 anos)  Sylvia Telles  27/8/1934 RJ -  17/12/1966 Maricá, RJ - Cantora. Irmã do compositor e cantor Mário Telles. Mãe da cantora Cláudia Telles. Iniciou sua carreira profissional em 1955, participando da revista musical -Gente de bem e champanhota-, realizado no Teatro Follies (RJ), em que interpretava -Amendoim torradinho- (Henrique Beltrão). Ainda nesse ano, gravou, pela Odeon, o 78 rpm contendo -Amendoim torradinho- e -Desejo- (Garoto, José Vasconcelos e Luiz Cláudio), acompanhada pelo violonista Candinho, com quem se casou. Lançou em seguida mais um 78 rpm com -Menina- (Carlos Lyra) e -Foi a noite- (Tom Jobim e Newton Mendonça), considerado um dos discos precursores da bossa nova. Nessa época, apresentou com Candinho o programa -Música e romance-, transmitido pela TV Rio, em que o casal recebia convidados como Dolores Duran, Tom Jobim, Johnny Alf, Garoto e Billy Blanco, para cantar e conversar. Após o nascimento da filha Cláudia, o casal separou-se.
Em 1957, lançou, pela gravadora Odeon, seu primeiro LP, -Carícia-, que incluiu -Chove lá fora- (Tito Madi), -Se todos fossem iguais a você- (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e -Canção da volta- (Ismael Neto e Antonio Maria), entre outras.
Em 1958, apresentou-se no Grupo Universitário Hebraico (RJ), em show que reuniu Carlos Lyra e Roberto Menescal, entre outros músicos ligados à bossa nova.
No ano seguinte, gravou o LP -Silvia-, com destaque para -Estrada do sol- (Tom Jobim e Dolores Duran) e -Mágoa- (Tito Madi). Ainda em 1959, lançou mais um LP, -Amor de gente moça-, com as canções de Tom Jobim -Só em teus braços-, -A felicidade- (c/ Vinicius de Moraes), -Sem você- (c/ Vinicius de Moraes) e -O que tinha de ser- (c/ Vinicius de Moraes). O disco, que apresentava um refinado acompanhamento orquestral, consagrou-a como cantora profissional. Participou, também nesse ano, do Iº Festival de Samba Session, realizado no anfiteatro da Faculdade Nacional de Arquitetura, na Praia Vermelha (RJ).
Em 1961, viajou para os Estados Unidos, onde gravou -Silvia Telles USA-, com destaque para -Canção que morre no ar- (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) e -Manhã de Carnaval- (Luis Bonfá e Antonio Maria). A produção musical do disco foi assinada por Aloysio de Oliveira, com quem veio a casar-se dois anos depois. Em sua discografia, constam ainda os LPs -Silvia Telles: amor em hi-fi- (Philips), -Bossa, balanço, balada- (Elenco), -The face I love- (Kapp), não editado no Brasil, e -The music of Mr. Jobim- (Elenco). Interpretou vários sucessos da bossa nova, como -Corcovado- (Tom Jobim), -Se é tarde me perdoa- (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli), -Amor e paz- (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), -Insensatez- (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), -Você- (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), -Balanço zona sul- (Tito Madi), -Preciso aprender a ser só- (Marcos e Paulo Sérgio Valle) e -Eu preciso de você- (Tom Jobim e Aloisio de Oliveira), entre outros.
Em 1964, participou do show -O remédio é bossa-, realizado no Teatro Paramount (SP), ao lado de Tom Jobim, Os Cariocas, Alaíde Costa e Carlinhos Lyra, entre outros.
Em 1966, apresentou-se na República Federal da Alemanha, ao lado de Edu Lobo. Faleceu nesse ano, vítima de um desastre de automóvel ocorrido na Rodovia Amaral Peixoto, que também tirou a vida de Horacio de Carvalho Filho, então seu namorado, quando se dirigiam à fazenda de Horacinho, em Maricá.
Em 2000, o selo Kapp (agora da Universal Music), relançou dois discos da cantora no mercado europeu e japonês: -The face I love-, cuja faixa-título é uma versão de -Seu encanto- (Pingarilho e Marcos Valle), e -Sylvia Telles sings the wonderful songs of Antonio Carlos Jobim-, com destaque para a primeira gravação da canção -Bonita- (Tom Jobim).
Em 2002, seu disco -Bossa, balanço, balada- foi relançado em CD pelo selo Dubas.
Segundo João Máximo, em matéria assinada no jornal -O Globo-, -Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de -Ponto final-, com Dick Farney, e -Amargura-, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de -Orfeu da Conceição-.






Biografia     Sandra de Sá (65 anos)  - Sandra Christina Frederico de Sá  27/8/1955 RJ - Cantora. Compositora.
Filha de baterista, nasceu e foi criada no subúrbio carioca de Pilares em uma vila da Rua Guarabu.
No período de carnaval se juntava com seus familiares, com os quais formou duas bandas.
No fim dos anos 60, passou a frequentar os bailes de soul music da região organizados pelo Movimento Black Rio, ganhando vários prêmios como dançarina de soul music nos festivais locais de -black music-.
Em 1980 abandonou o curso de psicologia para dedicar-se exclusivamente à música.
Em 2010 assumiu o cargo de Diretora-Vogal da UBC (União Brasileira de Compositores), da qual é filiada como cantora e compositora.




Biografia       Dori Caymmi (77 anos) 26 Dorival Tostes Caymmi -  26/8/1943 RJ Instrumentista. Arranjador. Compositor. Cantor. Produtor musical.
Filho de Dorival Caymmi (cantor e compositor) e de Adelaide Tostes Caymmi (a cantora Stella Maris). Irmão de Nana Caymmi (cantora) e de Danilo Caymmi (instrumentista, compositor e cantor). Iniciou seus estudos de piano aos 11 anos de idade, com Lúcia Branco e, depois, com Nise Poggi Obino. Foi aluno do Conservatório Lorenzo Fernandez (teoria musical). Mais tarde, estudou harmonia com Paulo Silva e Moacir Santos.

Topo


Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana.  Topo



Intervalo compreendido do dia 21 a 27/08

21

22

23

 Cybele (6 anos)
 Dom (76 anos)
 Eveline Hecker (63 anos)
 Francisco José Flores (94 anos)
 J. Bulhões (139 anos)
 José Barbosa (2 anos)
 Juliana Farina (43 anos)
 Juliano Barbosa (50 anos)
 Jurema Paes (47 anos)
 Lourenço Vasconcellos (35 anos)
 MURILO ROSA (50 anos)
 Pedro de Alcântara (154 anos)
 Petrúcio Maia (73 anos)
 Raul Seixas (31 anos)
 Sebastião Rosendo (100 anos)
 Tantinho da Mangueira (73 anos)
 Vavá (2) (87 anos)
 Ventania (58 anos)
 Zanna (35 anos)

 Ana Gregati (65 anos)
 Ana Rita Mendonça (56 anos)
 Ari Lobo (40 anos)
 Ary Toledo (83 anos)
 Cândido Canela (110 anos)
 Francisco Mário
 Gildo Moreno (104 anos)
 Glauber Rocha (39 anos)
 Lu Horta (49 anos)
 Luis Carlos Vinhas (19 anos)
 Luiz Américo (74 anos)
 Lysia Condé (47 anos)
 Marcio Pereira (75 anos)
 Milton Amaral (31 anos)
 Ruy Guerra (89 anos)
 Silas de Andrade (76 anos)
 Sylvio Barbosa (85 anos)
 Tavinho Fialho (27 anos)
 Toinho Alves (77 anos)

 Aguinaldo (30 anos)
 Edson (46 anos)
 Edu da Gaita (38 anos)
 Hugo Pena (42 anos)
 Jacinto Silva (87 anos)
 João Mineiro (85 anos)
 João Mineiro (85 anos)
 Mauricy Moura (43 anos)
 Paula Toller (58 anos)
 Raul de Souza (86 anos)
 Renata Celidônio (43 anos)
 Sylvinho (55 anos)
 Tupy (26 anos)
 Vicente Celestino (52 anos)
 Álvaro Carrilho (3 anos

24

25

26

 Almira Castilho (96 anos)
 Bira Quininho (78 anos)
 Fernando Guimarães (59 anos)
 J. B. de Carvalho (41 anos)
 Joel Menezes (80 anos)
 João Tomé (49 anos)
 Lenita Bruno (33 anos)
 Mamão (82 anos)
 Neil Teixeira (51 anos)
 Paulo Coelho (2) (73 anos)
 Paulo Leminski (76 anos)
 Raul Marques (107 anos)
 Samuel Araújo (68 anos)

 Caçula Hilário (77 anos)
 Cobrinha (2) (112 anos)
 Dolly Ennor (120 anos)
 Donga (46 anos)
 Fernanda Takai (49 anos)
 Omar Cavalheiro (64 anos)
 Paulo Steinberg (64 anos)
 Sérgio Vid (67 anos)

 Alan Rocha (40 anos)
 Alok (29 anos)
 Antônio Almeida (109 anos)
 Bhaskar (29 anos)
 Bob Nelson (11 anos)
 Chuca-Chuca (105 anos)
 Claudia Telles (63 anos)
 Dircinha Costa (90 anos)
 Dori Caymmi (77 anos)
 Dori Edson (74 anos)
 Dori Edson (12 anos)
 João Cabete (33 anos)
 Kleber (62 anos)
 Luiz Bokanha (64 anos)
 Manacéia (99 anos)
 Mauro Duarte (31 anos)
 Nonato Buzar (88 anos)
 Paulo Molin (16 anos)

27

 Alberto Ribeiro (118 anos)  Anna Setton (37 anos)   China (93 anos)  Cláudia Villela (59 anos)  Iracema Werneck (72 anos)  Lorenzo Fernandez (72 anos)  Luis Chaves (89 anos)  Lupicínio Rodrigues (46 anos)  Mauro Aguiar (52 anos)  Moska (53 anos)  Nazareno de Brito (39 anos)  Ricardo Imperatore (58 anos)  Sandra de Sá (65 anos)  Sylvia Telles (86 anos)  Wilson das Neves (3 anos)

Topo

 Módulo VII

TST precisa reconhecer inconstitucionalidade da Lei de Greve

Julgamento da greve petroleira de 2018 pode corrigir inconstitucionalidade - 19 de Agosto de 2020 


A Constituição Federal garante a plenitude do direito de greve, sem que outras leis ou decisões de tribunais tirem sua amplitude. Greve política é legítima e legal!

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem em suas mãos a possibilidade de corrigir uma injustiça histórica e garantir o cumprimento da Constituição Federal, no julgamento do dissídio coletivo da greve petroleira contra a privatização da Petrobrás, realizada em 2018.

Em sessão nesta segunda-feira (17), os Sindipetros SJC e AL/SE pediram à corte para que seja instaurado o incidente de arguição de inconstitucionalidade da Lei de Greve (lei 7783/89), que há 31 anos fere a Constituição no que diz respeito à liberdade de realização de greves no país. A sessão foi suspensa após o pedido de vista regimental feito pelo ministro Vieira Melo.

Instrumento que remete ao espírito da Ditadura Militar, e apelidada entre os trabalhadores de Lei “Antigreve”, a lei 7783/89 restringe o direito de greve à data base ou para garantir o cumprimento do acordo coletivo, o que revoga o artigo 9º da Constituição. Criada com objetivo de impedir greves políticas, este instrumento vai de encontro ao espírito expresso por ampla maioria da Constituinte, que visou garantir aos trabalhadores a plenitude do direito de greve sem que outras leis ou decisões de tribunais tirassem sua amplitude.

Sob a letra da Constituição Federal, a greve petroleira de 2018 é legal e legítima. Desde 1989, a categoria, assim como outras, é penalizada pela lei antigreve, que a impede de lutar contra o desmonte da empresa e, portanto, em defesa da seus direitos e empregos. 

Os petroleiros da Revap foram os primeiros a sentir seus efeitos quando, ainda em 1989, 14 foram demitidos e outros 12 suspensos em razão da greve pelo turno de seis horas. Depois, as demissões foram revertidas.

A Constituição assegura os trabalhadores o direito de greve de solidariedade, a greve de protesto, enfim, a greve como instrumento político, pois é assim que se resolvem as diferenças entre patrões e empregados, entre o Estado e a sociedade. Já é hora de que essa excrecência anticonstitucional seja banida do ordenamento jurídico. Porque sendo banida, não há dúvidas que nossa greve é legal e não é abusiva.



·                     GREVE PETROLEIRA



Topo

 

Módulo VII_I

Topo

Módulo VII_II

Petrobras aumenta efetivo offshore da P-12 para acelerar entrega da unidade vendida e gera surto de coronavírus na plataforma, alerta petroleiros do NF

 Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos apresenta novo surto de coronavírus. Segundo a entidade, quinze trabalhadores tiveram suspeita de contaminação nas últimas duas semanas

 

Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), a plataforma de P-12 na Bacia de Campos, da Petrobras apresentou nos últimos 14 dias um surto de coronavírus a bordo da unidade. Comperj: Petrobras abriu ontem (18/08) licitação para obras de Construção Civil, Montagem Eletromecânica, Interligações, Comissionamento e Testes

Leia também

§     Emprego de nível fundamental em Macaé na função Cozinheiro onshore anunciada pela Techocean, na tarde de hoje (19/08)

§      Em contrato Petrobras, Infotec recebe currículo neste dia (19) para vagas de emprego de nível médio e superior em Macaé, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Manaus

§     Gigante na construção naval brasileira, o Estaleiro Brasfels está com vagas de emprego para nível médio e superior em Angra dos Reis

§     Petroleiras Halliburton e Baker Hughes foram as únicas empresas a apresentar propostas em uma licitação da Petrobras para contratar serviços de estimulação de poços

De acordo com a entidade, quinze trabalhadores tiveram suspeita de contaminação nas últimas duas semanas. Seis deles testaram positivo para a doença. Sete pessoas ainda aguardam os resultados do exame. Duas já apresentaram sintomas.

O Sindipetro-NF afirma que os trabalhadores reivindicam que seja feita testagem também no desembarque, para que não levem o vírus para casa. “No dia 10 de agosto, dez trabalhadores desembarcaram normalmente na troca de turma e nenhum deles apresentava sintomas. Só que em casa três trabalhadores apresentaram sintomas, dois com resultado positivo para covid-19 e um aguardando resultado de testagem”, afirmou o sindicato.

Ainda segundo entidade, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da P-12 solicitou redução do número de pessoas a bordo. A unidade está em acelerado processo de desativação, o que fez com que o número trabalhadores subir de 60 para 79, quando o limite seguro seria de, no máximo, 62.

A CIPA solicitou, ainda, que uma empresa fizesse a testagem dos trabalhadores da P-12. O embarque aconteceu no dia 17, apesar da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) da Petrobras, que monitora o novo coronavírus, ter informado que este “não é o protocolo que está sendo aplicado e que faz o monitoramento adequado da força de trabalho quanto a condição de saúde e sintomas da covid-19”.

“Há uma denúncia grave de que trabalhadores que tiveram covid-19 estão sendo demitidos após receber alta. Isso está provocando constrangimento entre a categoria na hora de relatar que está com sintomas e muitos nem relatam com medo de perder seus empregos. Por isso a necessidade do cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina a emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os trabalhadores contaminados. Isso já foi solicitado a gestão que não respondeu”, adiciono.

Por fim, o Sindipetro-NF denunciou o afastamento de um membro da CIPA que teria feito “fortes cobranças” à Petrobras e afirmou que tem “pressionado autoridades ligadas à Operação Ouro Negro para que tomem atitudes concretas exigindo das empresas de petróleo ações para enfrentamento à pandemia do novo coronavírus”.

Plataforma P-12 da Petrobras leiloada

A P-12 é uma das plataformas que foi leiloada e ainda está ancorada, então a Petrobrás está correndo para entregar a unidade, porque o custo de todo o processo de retirar a plataforma deve passar de R$ 100 mil por dia. 

Topo

Módulo VII_III

Pessoas com mais de 60 anos são expulsas de planos de saúde

Publicado em 6Economia

Idosos estão sendo expulsos de vários planos de saúde, especialmente os de menor porte, sob a alegação de que não interessa mais às empresas mantê-los entre seus clientes.

 

A comunicação do desligamento unilateral acontece por meio de uma mensagem via e-mail, sem chance de contestação por parte dos consumidores. Essas pessoas com mais de 60 anos entraram em planos de saúde coletivos, por meio de corretores.

 

O sistema é tão maluco, que uma pessoa do Rio de Janeiro começou como cliente da Unimed de Angra dos Reis, depois passou para a Unimed da Cidade do Aço, migrou para a Unimed Norte/Nordeste e, antes de ser expulsa, estava na Unimed Vertente do Caparaó, com sede na cidade mineira de Manhuaçu.

 

Os idosos rejeitados pagavam caro pelos convênios médicos, entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil por mês.

 

No desespero, foram orientados pelas empresas que os expulsaram a procurarem, por conta própria, outros planos, mas nenhum quer saber de pessoas com mais de 60 anos.

 

Ao recorrerem à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), esperam, no mínimo, 10 dias úteis por uma resposta, sempre a favor das administradoras.

 

Brasília, 10h46min


Topo

 

Urgente

21/08/202017:52


Foto: Pedro Stropasolas/Brasil de Fato

PERDER UM ANCIÃO É A MESMA COISA QUE QUEIMAR UM LIVRO — Mais de 25 mil indígenas já foram infectados pelo novo coronavírus em todo o Brasil. Das 678 mortes de indígenas registradas até agora, pelo menos 170 são de anciãos.

Um deles foi Aritana Yawalapiti, era cacique do povo yawalapiti e um dos últimos falantes do idioma tradicional da etnia, que vive no Parque do Xingu, em Mato Grosso. São guardiões da sabedoria de cada povo, responsáveis por repassar a cultura e os costumes para os mais jovens.

“Perder um ancião é o mesmo que fechar um livro. Ou mesmo queimar um livro. A sabedoria deles, vai com eles. Embora eles repassem, mas não é a mesma coisa. Então eles têm uma importância fundamental, são pilares da cultura indígena”, disse Eliane Xunakalo, assessora da federação povos e organizações indígenas de Mato Grosso.

Diante de um número absurdo de mortes e contaminações desses povos, organizações pedem apoio para que o coronavírus não coloque em risco a história e a cultura indígena.

Os dados são do levantamento mais recente da articulação dos povos indígenas do Brasil (APIB).

Siga Casa NINJA Amazônia e saiba mais sobre outros assuntos da região.

Topo

 

Homenagem Especial



Há 66 anos morria Getúlio Vargas24 Agosto

Getúlio Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete.
Deixou uma Carta Testamento onde afirmava que "as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se" de forma a impedir a defesa "do povo e principalmente os humildes". Na Carta, Getúlio também afirmava que "quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma."

No momento atual, quando a Petrobrás novamente é alvo daqueles que sempre negaram o papel fundamental da Petrobrás no aprofundamento da Soberania Nacional, a AEPET julga oportuno republicar a Carta Testamento e um artigo de Barbosa Lima Sobrinho

Leia abaixo:

“Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente. Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.“

O Homem do Século

por Barbosa Lima Sobrinho

É natural que ao final do século os jornais e revistas procurem indicar as personagens que mais se sobressaíram nesse espaço de tempo.

Perguntado por um jornal de São Paulo qual seria, na minha opinião, o homem do século no Brasil, não hesitei ao responder: Getúlio Vargas. Sei que ainda existem resistências ao nome, sobretudo quanto ao seu primeiro período, depois de assumir o poder através da Revolução de 30.

Resistências mais dirigidas à sua polícia política que procurou afastar, de forma arbitrária, os que se opunham ao seu governo.

Uma arbitrariedade, diga-se, em bem menor escala do que as praticadas pelo posterior regime militar, num período que se tornou popularmente conhecido como os “anos de chumbo”. E leve-se em conta, a favor de Getúlio Vargas, que ele governou em meio à ascensão do nazismo, que ameaçava inclusive o Brasil, e à conturbação geral provocada pela Segunda Guerra Mundial.

Nesse clima de convulsão, tanto interna como externamente, Vargas não só administrou como implantou os pilares de uma nova sociedade e, diga-se o que disser, modificou a estrutura básica do país. Não preciso ir longe. Revejo em estudo meu, publicado em 1980, frases pertinentes: “Parece-me interessante acentuar, à margem da Revolução de 30, o que poderia classificar como a evolução do nacionalismo de Getúlio Vargas.

Como homem de fronteira, teria tido, de início, um nacionalismo de frases feitas, um nacionalismo retórico, terreno próprio para multiplicações de flores de oratória. Um nacionalismo que o levaria a apresentar-se como voluntário para a luta contra a Bolívia, no momento em que surgia o episódio para o domínio do Acre, um litígio, talvez, menos com os bolivianos do que com os donos do Bolivian Syndicate”.

Já a plataforma de 2 de janeiro de 1930 (que viria se tornar realidade), lida pelo então candidato Vargas na Esplanada do Castelo, incluía alguns pontos de um programa de desenvolvimento econômico do país. Queria o aproveitamento do carvão nacional. Dava ênfase à utilização gradual das quedas-d’água. Defendia o emprego do álcool-motor, adicionado em percentagens razoáveis aos óleos importados do exterior. Invocava a subdivisão da terra. Condenava as indústrias artificiais que dependessem da importação de matéria-prima estrangeira. E afirmava que “o surto industrial será lógico, entre nós, quando estivermos habilitados a fabricar, se não todas, a maior parte das máquinas que lhe são indispensáveis”.

Daí, concluía, “a necessidade de não continuarmos a adiar, imprevidentemente, a solução do problema siderúrgico. Não é só o nosso desenvolvimento industrial que o exige: é, também, a própria segurança nacional, que não deve ficar à mercê de estranhos na constituição dos seus mais elementares meios de defesa.”

Vale notar que, por menores que fossem os recursos, o seu pensamento era sempre tão grande ou maior que o país. Afirmativo, peremptório como quando dizia, na Bahia, que “quem entrega o seu petróleo, aliena a sua própria independência”. E, ao mesmo tempo, confessa que não é contrário ao capital estrangeiro, até deseja que ele venha. Mas o que não aceita é “a entrega de nossos recursos naturais, de nossas reservas, ao controle de companhias estrangeiras, em geral a serviço do capital monopolista”. Porque “o que é imprescindível à defesa nacional, o que constitui alicerce da nossa soberania, não pode ser entregue a interesses estranhos...”

Na sua passagem pela presidência, com os dois períodos, o de 30 a 45 e o de 50 a 54, nota-se claramente que vai acumulando conhecimento e evoluindo no seu nacionalismo econômico.

Devo dizer que não fui eleitor de Getúlio Vargas, preferindo Júlio Prestes em 1930 e Cristiano Machado em 1950. Uma condição que me confere liberdade maior para, agora, estar escolhendo-o como homem do século. Ensinou-me a história a visão mais ampla, que corresponde também ao pensamento sempre maior do estadista. E daquele país despovoado de gente e ideias, como se dizia, amesquinhado numa política subalterna do café-com-leite, abrimos o foco da lente e divisamos hoje uma nação vibrante e pujante, a oitava economia do mundo, com uma opinião pública dada vez mais influente e também (por que não?) progressivamente pensando mais alto.

Se no minuto histórico presente predomina uma política liberal de retrocesso e dependência, se somos obrigados a ver aberrações ridículas como as de um ministro da Fazenda criticando o FMI por pretender ter algum foco social, se nos revoltamos contra as perseguições aos pobres funcionários e aposentados, se temos que engolir declarações indignadas contra uma decisão unânime do Supremo, contrariando até o mais elementar sentido de convivência democrática, se ainda restam louvações às privatizações espúrias, tudo isso que aí está presente, não devemos esquecer que esses são apenas alguns efêmeros instantes, diante da estrada maior do tempo. E é nessa visão maior, nessa grande estrada da história, que vejo Getúlio Vargas como o homem do século. O presidente que deu nova face ao Brasil a ponto de que algumas recaídas eventuais não serão suficientes para mudar-lhe o destino. Um futuro grande, audacioso e generoso, com o qual, ensinou Vargas, todos estamos comprometidos, como elevação maior do espírito nacional. E afinal, ele tinha total razão quando, na sua carta testamento, afirmava que deixava a vida para entrar na história, talvez antevendo que só ele, o tempo, poderia ter condições de coloca-lo no seu justo e merecido patamar.

Ex-Presidente da Associação Brasileira de Imprensa

Artigo publicado no “Jornal do Brasil” de 10/10/1999.

Topo                                                                                                                                              

Momento Furtado Encerramento

                          Hoje

Coitado, numa pindaíba danada
Ajudante de obras, pedreiro
Travando batalha terrível
De uma vida de “duro”
Mulher com cinco filhos
Cobrando insistentemente
O que dava o dia e a noite
Mesma ladainha:
- Cadê o dinheiro?
Luta diária, trem lotado
Ainda por cima, todo quebrado
Calorento de torrar
No frio, as janelas emperradas
O tornando uma geladeira
Asma, bronquite, resfriados
Faziam a festa nos passageiros
Marmita, além-dormida
Vez ou outra chegava estragada
Mestre de obras a cobrar:
- Tá enrolando seu malandro
Pedreiro invocado
- Rápido com essa massa, não deixa passar do ponto
Única satisfação, beber fiado no bar do Manelão
Vendo as ‘primas’ passeando
Rostos carregados de pintura
Pernas a mostras
Música alta, de furar os tímpanos
Ah! Branquinha descendo suave
Libertava-se das mágoas, cobranças
Que eram intermináveis
Em casa, a mulher o esperava
Repetindo as mesmas lamentações
Coitado. Vida de um ‘duro’

Antônio Furtado
 
Olá, sou o professor Ivan Luiz, jornalista, bacharel em geografia, petroleiro e diretor do Sindipetro RJ. Minha missão é contribuir com conhecimento, informação, reflexões  e soluções para que nós, cidadãos brasileiros, tenhamos maior qualidade de vida com dignidade e respeito. Quer conhecer mais sobre minha trajetória e meus projetos? Então acesse minhas redes sociais. Os canais são abertos para que somarmos forças.