quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

SP 276 20171205




Sindipetro RJ - Núcleo 5

Secretaria

 

Empresas Privadas

 

Empresas Terceirizadas

 

Plataformas e Secretaria Petroquímica

Diretores

Antonio Furtado         - Manguinhos

Brayer Grudka           - Ventura

Hugo Queiroz             - Ventura

Ivan Luiz                     - Edicin

Thiago Macedo          - Ventura






Abertura
 Cartola

Eliete Negreiros

Oswaldo
Nunes

Maria
Gadú

Egberto
Gismont


www.radiopetroleira.org.br

Programa
276 - Semana de 29/11/2017 a 05/12/2017 48º Programa do ano –
Fontes –1 2 – 3 – 4 –Ricardo Cravo Albin

Série “Revolução
Russa 1917 a 2017 – 100 anos”
Previsto
Realizado
Tema
SPM
Início
07/11/2017
Revolução Russa
272

07/11/2017
Rússia C(T)zarista

07/11/2017
A Revolução compreendeu duas fases distintas:

14/11/2017
O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado
273

21/11/2017
O aumento do poder dos Bolcheviques
274

05/12/2017
O novo governo 276

05/12/2017 Líder da União Soviética Josef Stalin 276


A guerra civil


Significado da palavra czar


A formação da URSS e as consequências da revolução


A Revolução Russa e a formação da URSS


A Rússia Pré-Revolucionária (Estrutura Agrária)


A Questão Operária




Tema Para linha de busca da Rádio Petroleira

  Revolução Russa – Parte V  - Balaiada – Adeus Mestre Cartola – Câmara aprova texto-base de MP que reduz tributação para o setor de petróleo e gás.

Data
Fatos Relevantes

29

1961 – É criado o Instituto de Pesquisas e estudos Sociais ( IPÊS), organismo da elite orgânica da burguesia nacional e dos militares golpistas. Seu objetivo é disputar a hegemonia e preparar o golpe de 64. Sua atuação será destacada no livro 1964: a Conquista do Estado, de René Dreifuss. O maior financiador do IPES foi o governo dos E.U.A com o presidente John Kennedy, por receio a um crescimento de um movimento comunista no Brasil que poderia resultar em uma Revolução Comunista e instalar o socialismo no país, assim, criando uma "nova China".

1969 – Primeiro sequestro de avião por grupos de esquerda para exigir a libertação de presoso políticos a caminho de serem assassinados e aumentar a lista dos desaparecidos.

1979 – Manifestação do povo de Santa Catarina contra o ditador Figueiredo puxada pelos estudantes, que ficou conhecida como a Novembrada. Foi a primeira diretamente contra um ditador, pós-64. 

1951 - Aniversário Eliete Negreiros – cantora


30

1937 - Aniversário Miucha (Maria Buarque de Holanda)

1962 -  No Rio, começa a greve de uma semana de 20 mil operários dos estaleiros, por aumento e outras reivindicações.
Parcialmente vitoriosa

1980 – Morre no Rio de Janeiro, um dos mais importantes compositores da música brasileira, Angenor de Oliveira, o CARTOLA. Carioca, nascido em 11 de outubro de 1908, deixou mais de 500 canções, entre elas as marcantes Acontece, O mundo é um moinho, As rosas não falam, Tive sim e Alvorada.


01

Mês dedicado à Balaiada – Resistencia popular e conflitos sociais no Maranhão.

1912 – No Rio, João Cândido é julgado e absolvido, após dois anos preso em quarteris e hospícios por liderar a Revolta
da Chibata
, um levante contra a violência dos oficiais com os marinheiros rasos.


1998 – A greve dos portuários de Capuaba/ES desafia a recém-privatizada Vale do Rio Doce e se insere na grande batalha contra as privatizações. Violento confontro com a PM deixa seis trabalhadores feridos e 22 presos.


02

1930 – Nasce Oswaldo Nunes, cantor e compositor. 

Dia Nacional do Samba

1958 – Coroando o ano no qual aconteceram quase mil greves, em São Paulo, realiza-se uma greve geral contra a carestia, contra a “inflação galopante”. 

1986 – Explosão contra o Plano Cruzado II, em Brasilia. O fato marcante foi uma violenta batalha do povo enraivecido contra a PM na Rodoviaria. Vários veículos oficiais, inclusive da policia, foram destruídos.

1999 – Em Brasília, durante uma greve da empresa Novacap, é assassinado pela policia do governador Roriz, o gari José Ferreira da Silva.




03

1968 – Os jornais noticiam ataque do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), ao grupo de Teatro Opiniao, no Rio, tradicionalmente combatido pela ditadura. Às vésperas do AI-5, são atacados pelo mesmo grupo o Teatro de Arena, de SP e o Centro Popular de Cultura.

1973 – A policia do Paraná prende posseiros em luta pela terra em Palmital. A repressão a serviço do latifúndio faz cinco mortos durante o ano.


04

1986. - Aniversário Mayra Corrêa Aygadoux Maria Gadu

Em Santo André/SP, na fábrica Pirelli, com 2 mil operários, circula um abaixo-assinado pedindo o 13° salário que até o momento só existia como “Abono de Natal”, pago em espécie, em algumas fábricas. A Pirelli cede.


05

1919 – Nasce no Espirito Santos do Pinhal (SP), (Otavio Henrique de Oliveira, “O General da Banda”. Morreu em 09 de fevereiro de 1983.

Adeus a Oscar Niemeyer

Aniversário Egberto Gismont

1931 – Durante esse ano, circulou o Boletim do Ariel, com 30 mil exemplares. Publicação politico-cultural de esquerda que teve a participação de intelectuais do PCB, como Jorge Amado, e trotskistas, como Mario Pedrosa.

2017 – Assembléia Schulumberger aprovada proposta da empresa
2017 – MI Swaco rejeitada a proposta da empresa.

 Destaques l
1.  
Reforma Trabalhista:  
07/11/2017 - 10 anos da Rádio Petroleira, resistindo a tudo e a todos.

Aniversariantes 29 a 05 de dezembroAniversariantes

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 Revolução Russa de 1917

Introdução

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois cerca de 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.

A Revolução compreendeu duas fases distintas:

A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.


Czar da Rússia Nicolau II

A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético. 




1º presidente do Partido Bolchevique e líder da União Soviética Vladmir Ilitch Ulianov

Lênin

O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.



Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em
escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como
demonstração de força.

 

O aumento do poder dos Bolcheviques

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado. Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes. Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.

O novo governo

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lênin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.




Líder da União Soviética Josef Stalin

Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das principais potências mundiais. 
A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).

 

Próximo programa

A guerra civil



O IPES foi fundado por um grupo de empresários de São Paulo e do Rio de Janeiro durante o período politicamente conturbado da década de 1960, tendo sua articulação inicial em novembro de 1961, logo após João Goulart assumir a presidência do Brasil, em setembro.
Pouco após a sua fundação, em 29 de novembro de 1961, o IPES passou a ser dirigido pelo general Golbery do Couto e Silva, um dos professores da Escola Superior de Guerra e estudioso da geopolítica e, anos depois, um dos artífices da ditadura militar, logo após pedir para passar para a reserva do Exército Brasileiro.
Financiadores
O maior financiador do IPES foi o governo dos E.U.A com o presidente John Kennedy, por receio a um crescimento de um movimento comunista No Brasil que poderia resultar em uma Revolução Comunista e instalar o socialismo no país, assim, criando uma "nova China".
Os acordos sobre esse financiamento foram intermediados pelo embaixador dos E.U.A no Brasil, Lincoln Gordon, visando desestabilizar o governo de João Goulart.
Outras cinco empresas que financiaram: Refinaria UniãoLightCruzeiro do SulIcomiListas Telefônicas Brasileiras, além de trezentas empresas de menor porte (desde indústrias alimentícias até farmacêuticas), além de diversas entidades de classe. Também foi importante o apoio econômico do político e banqueiro José de Magalhães Pinto. O capital inicial liberado para o instituto foi de quinhentos mil dólares. Muitas entidades filantrópicas de senhoras cristãs, de orientação conservadora, também colaboraram com dinheiro em espécie, jóias e trabalho voluntário.

Mobilização
Políticos, empresários, jornalistas, intelectuais e grupos de donas-de-casa, estudantes e trabalhadores militavam sob a orientação ideológica da cúpula do IPES/IBAD.
A base de apoio, direta ou indireta, incluiu sobretudo os políticos da UDN e de setores do PSD.Empresários como Walther Moreira SallesMário Henrique SimonsenAugusto Frederico Schmidt, também poeta, Alceu Amoroso Lima, também escritor e pensador católico, entre tantos outros, militavem pelo IPES, que tentou cooptar para o movimento escritores como Rachel de QueirozFernando Sabino e Rubem Fonseca, que chegou a fazer roteiros para os documentários do IPES. O elenco de apoio ia desde o general Jurandir de Bizarria Mamede, que em 1955 fez um discurso violento contra a vitória de Juscelino Kubitschek durante o enterro do general Canrobert da Costa, até o então apenas empresário Paulo Maluf, que mais tarde  tornaria famoso como político brasileiro.

Objetivos

A função do IPES era coordenar a oposição política ao governo Jango, e para tal tinha financiamento de grandes empresas nacionais e multinacionais.
O objetivo do instituto, era fazer um levantamento da maneira de expressão do brasileiro de forma a mapear o comportamento social do público alvo, que era a classe média baixa da população, além dos formadores de opinião, como entidades religiosas diversas, para elaborar filmes publicitários, documentários, confecção de panfletos, e propagandas.

Atividades

Basicamente o IPES trabalhava com pesquisas e estatísticas para coleta de informações para elaborar filmes publicitários,
documentários, panfletos, e propagandas contra o governo de João Goulart e seus aliados.
O IPES colaborou com diversas entidades de tendência direitista, como a União Cívica FemininaCampanha da Mulher pela Democracia, além de outras entidades ligadas à Igreja Católica
Também tentou cooptar os estudantes e operários para a oposição antijanguista, sendo um dos livros publicados intitulado "UNE, instrumento de subversão", de autoria de Sônia Seganfredo, estudante de tendência anticomunista.
O discurso adotado pelo IPES e pelos movimentos que colaboravam com o mesmo era o da defesa da democracia. Segundo consta, Um dos pontos estabelecidos para as militantes era nunca dizer que estavam combatendo o comunismo, mas, sim, trabalhando em defesa da democracia[4], assim se fez a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março de 1964,[5] que definitivamente desencadeou a queda de Jango].
Na verdade, havia uma mobilização para extinguir todo o legado do populismo varguista, no qual o IPES e o IBAD fizeram parte. A princípio, viram em Juscelino Kubitschek, apesar de ligado a um partido político conservador, um mal-disfarçado herdeiro de
Vargas, tendo sido o último governador que recebeu o então presidente antes do suicídio deste, em 1954. Várias instituições tinham seus métodos específicos. O IBAD era mais militante, enquanto o IPES mais "racional". O IPES agia na defensiva, pregando o lado "positivo" do capitalismo dos países ricos e as "vantagens" do Brasil de se subordinar a eles. Por outro lado, já havia entidades de ação ofensiva, como o Grupo de Ação Patriótica (GAP) e o Comando de Caça aos Comunistas (CCC). O CCC, entre outras ações, promoveu o incêndio da sede da UNE, em 1964, e o confronto sangrento com estudantes da USP, em 1968.
Durante o período anterior ao Golpe de 1964, o IPES encomendou a elaboração de documentários que seriam exibidos em salas de cinema, bairros de baixa renda, entre outros lugares. Os principais documentários foram:[6]
·        A vida marítima
·        Conceito de empresa
·        Criando homens livres
·        Deixem o estudante estudar
·        Depende de mim
·        História de um maquinista
·        Nordeste problema número um
·        O Brasil precisa de você
·        O IPÊS é o seguinte
·        O que é democracia
·        O que é o IPÊS
·        Portos Paralíticos
·        Uma economia estrangulada



Os métodos
A propaganda do IPES baseava-se na égide da defesa da moral e dos bons costumes da família brasileira, do direito   propriedade privada e à livre iniciativa empresarial, além de estimular a ampla participação de investidores estrangeiros na economia brasileira.
Dentre os métodos utilizados pelo IPES para mobilizar a população contra o trabalhismo de Goulart, houve palestras
direcionadas às mães e donas de casa alertando para o possível dano que o comunismo causaria a entidade familiar.
Aliás, muitas palestras, panfletos, documentários e livros foram feitos no sentido de difundir uma "racionalidade" ideológica capaz de convencer as pessoas sobre a suposta falência do governo Goulart.
Simultaneamente eram distribuídos panfletos entre a população, endereçados aos fazendeiros e agricultores,[7] outros panfletos davam ênfase à palavras chave, como democracia, subversão, liberdade,[8] o clero fazia publicar mensagens dirigidas ao Presidente.[9]
Por fim, o IPES mantinha contato estreito com a Igreja Católica e mantinha diversos programas de rádio em cadeia local e nacional, aonde personalidades da direita brasileira apresentavam seus discursos. Sua atuação não era ostensiva, daí sua sobrevida diante da CPI que os parlamentares da linha governista (favoráveis a Jango) instauraram contra o IBAD, cujas provas de participação de capital estrangeiro fizeram o governo a decretar a extinção desta. O IPES desapareceu em 1972, quando o AI-5 parecia ter controlado todos os focos de manifestação antidireita no país.

Ver também

·        Conservadorismo brasileiro

Bibliografia
·        DREIFUSS, Rene Armand. 1964: A Conquista do Estado. 1 ed. Petrópolis: Vozes, 1981. 814 p. ISBN 8532632327
·        RAMÍREZ, Hernán Ramiro. "Os institutos econômicos de organizações empresarias e sua relação com o Estado em perspectiva comparada: Argentina e Brasil, 1961-1996". (Tese de Doutorado). Porto Alegre, UFRGS, 2005.
·        RAMÍREZ, Hernán Ramiro. Corporaciones en el poder. Institutos económicos y acción política en Brasil y Argentina: IPÊS, FIEL y Fundación Mediterránea. Buenos Aires, Lenguaje Claro, 2007. En prensa.

Referências

2.    Ir para cima COLBY, Gerard; DENNETT, Charlotte. Seja feita a vossa vontade: a conquista da Amazonia: Nelson Rockefeller e o evangelismo na idade do petróleo. Rio de Janeiro:
Record, 1998. ISBN 8501045322. tradução de Jamari França.1059 p. - Pág. 502
3.    Ir para cima Birkner, Walter Marcos Knaesel. O realismo de Golbery. Itajaí, Ed. Univali. 2002. pág. 20.
6.    Ir para cima Corrêa, Marcos. O discurso golpista nos documentários de Jean Manzon para o IPES (1962/1963).
Campinas, São Paulo. 2005. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas.

Ligações externas

·        IPES segundo a FGV
·        A Country Study, Brazil
·         Global Security, Brasil



Novembrada é o nome pelo qual ficou conhecida a grande manifestação popular contra o Regime Militar implantado em 1964
no Brasil, ocorrida no movimentado centro de Florianópolis em 30 de novembro de 1979.
Vivia-se o período da "Abertura". Cogitava-se que o presidente que sucederia General João Figueiredo seria civil, mas escolhido em eleições indiretas. Em tal dia, o general Figueiredo foi à capital catarinense para participar de solenidades oficiais, como o descerramento de uma placa em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. Além disso, conhecer o projeto de criação de uma indústria siderúrgica para posterior liberação de recursos financeiros necessários à sua implantação. A recepção ao presidente-general foi organizada pelos Arenistas Esperidião Amin e Jorge Bornhausen (ambos ainda participantes no meio político nacional) que tentaram de todas as formas camuflar o ambiente hostil que se formou na cidade.
Traçou-se um paralelo entre o atual general-presidente e o Marechal de Ferro, que deu o nome à cidade. Ao Marechal Floriano vinha sendo atribuída a prática, à sua época, das mesmas arbitrariedades que as do regime militar vigente. Este enfoque histórico era difundido nos meios estudantis locais, granjeando adeptos para uma proposta da troca do nome "Florianópolis" pela denominação anterior - "Desterro". Embora seja corrente afirmar que a placa em Homenagem a Floriano Peixoto foi o estopim, muitos participantes da manifestação deixam claro atualmente que o descontentamento era mesmo pela ditadura, levando em conta o constante aumento do custo de vida, em especial dos combustíveis.
Após ser recepcionado no Palácio Cruz e Sousa, Figueiredo dirigiu-se ao "Senadinho", tradicional ponto de encontro no centro da cidade. Neste pequeno trajeto entre o Palácio e o café, Figueiredo foi hostilizado e dispôs-se a discutir. Na praça 15 de Novembro, Figueiredo foi recepcionado por uma manifestação estudantil, com cerca de 4 mil pessoas, organizada pelo Diretório
Central dos Estudantes
 da Universidade Federal de Santa Catarina. A manifestação foi abafada pela Polícia Militar, resultando em muita confusão e violência e na prisão de sete estudantes que foram indiciados pela Lei de Segurança Nacional. Nas semanas que seguiram várias manifestações foram organizadas exigindo a libertação dos estudantes presos. Algumas contaram com até 10 mil pessoas (número bastante relevante se comparado com o total da população florianopolitana na época). A TV Cultura e TV Barriga Verde (atual Band Santa Catarina), que fizeram a cobertura da reportagem, tiveram todo o material
apreendido.
O episódio está descrito no livro Revolta em Florianópolis, do cientista político Luís Felipe Miguel (publicado pela Editora
Insular em 1995) e depois virou um curta-metragem — Novembrada, de Eduardo Paredes —, premiado pelo Festival de Gramado, em 1996.

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