sexta-feira, 12 de abril de 2019

NP 332 em 11 abril 2019






Programa 332 - Semana de 05 a 11/04/2019  - 15ª Edição do ano  Fontes – 1 2 – 3 – 4 –

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.
Vinheta 15
1994União e greve em 27 de setembro em 9 dias adesão de 80%

Professor Ivan Luiz Jornalista - Reg. CPJ 38.690 - RJ - 1977

11/04/2019

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Ivan Luiz

Editorial - Petrobrás: assim Paulo Guedes planeja o desmonte
Nova série “OS CONTRATUALISTAS”
Nossos Homenageados inesquecíveis da semana que proporcionaram grandes impactos na cultura brasileira e internacional -   Donga (129 anos) -   Chico Batera (76 anos) -   Waldir Calmon (37 anos)

Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória

Mundo do Petróleo

Política e História, destaque para Coluna Prestes
.
Relação completa dos aniversariantes de  05 a 11/04/2019

EDITORIAL
Petrobrás: assim Paulo Guedes planeja o desmonte




22 Março 2019

Defesa da Petrobrás, feita pela AEPET, continua repercutindo na mídia independente
Leia a seguir matéria publicada no site Outras Palavras
A Associação dos Engenheiros da Petrobrás – um dos maiores repositórios de conhecimentos científicos, tecnológicos e econômicos do país – publicou um estudo avaliando as consequências da política de “desverticalização” da Petrobrás, para a
companhia e para o Brasil. Merece leitura atenta e na íntegra. Aqui, me limito a um copia&cola comentado de pontos que me pareceram mais decisivos.


1.    Direto ao ponto:
Os engenheiros já abrem o texto sem meias palavras: “Em síntese, esse trabalho conclui que a privatização de refinarias, terminais, dutos e distribuidora traz prejuízos muito mais
graves à resiliência e sobrevivência da Petrobrás, na conjuntura de preços relativamente moderados de petróleo, do que presumíveis benefícios pela redução dos gastos com juros decorrentes da antecipação da redução da sua dívida. (…)
As conquistas realizadas pelo País e pela Petrobrás (…), por questões meramente
ideológicas, estão sendo postas em risco.”


2.    De que se trata
Sob a capa de “desendividamento”, os gestores rentistas da Petrobrás querem “passar nos
cobres”, com a maior urgência possível, todo o parque industrial de transformação e a estrutura de distribuição e comercialização da empresa, atendo-se exclusivamente a uma atividade extrativa parcial já que, como anunciou Paulo Guedes na sede do governo em Washington, até todo o pré-sal está à venda.
Dispor-se a renegociar dívidas com credores, além de chato e trabalhoso, é pecado de lesa-banca, pega mal para quem tem em Homer Cado seu herói e referência. Gerar caixa por expansão e otimização das operações exige “ser do ramo” e ter os interesses da Nação e do acionista majoritário – o povo brasileiro – como norte. Nada mais distante da turma do presidente da empresa, um herdeiro do Castello Branco.

3.    A Aepet emite um alerta:
“As refinarias, dutos, terminais e a distribuidora da Petrobrás são indispensáveis para garantir bons resultados empresariais diante da inevitável variação dos preços do petróleo e da taxa de câmbio.
No caso de a atual direção da Petrobrás privatizar refinarias e a infraestrutura do abastecimento, haverá grave redução na capacidade de geração de caixa e de realização de investimentos da companhia. O fluxo de caixa da empresa será mais volátil e aumentará o grau de risco associado, fato que aumentará o custo de captação de recursos de terceiros.
No mesmo sentido, será prejudicada a capacidade de administração da dívida e reduzido o montante do pagamento de impostos. Em suma, a empresa será enfraquecida e será reduzida substancialmente sua contribuição para com a economia brasileira, em favor do
capital privado e estrangeiro.”

4.    A falsa “falha de mercado”
Desde a ida de Pedro
Parente para a presidência da Petrobrás – mais do que uma aliteração, um crime
– ganhou corpo e repercussão programada a tese do “monopólio estatal no refino”. Uma algaravia premeditada para dar foro de “necessidade nacional” à entrega a estrangeiros de um elemento essencial na geração interna de valor. 
Como explica a entidade: “Desde 1997, não há monopólio no segmento de refino exercido pela Petrobrás. O mercado brasileiro é aberto e competitivo. De acordo com a ANP, existem 18 refinarias em operação no Brasil, das quais 14 pertencem à Petrobrás.
A alegação de que existe ‘monopólio de fato’ no setor de refino do Brasil, implicaria na possibilidade de a Petrobrás praticar preços acima do nível competitivo e, mesmo assim, não incorrer em perda de mercado.
Essa hipótese é falsa, conforme mostram os dados de perda de participação no mercado da Petrobrás nos anos de 2016 e 2017, quando a empresa perdeu parcela significativa de
participação no diesel (acima de 20%, ou 200 mil bpd) para refinarias estadunidenses, localizadas no Golfo do México, ao praticar preços acima da paridade de importação (PPI), de acordo com a política de preços iniciada pelo então presidente Pedro Parente.
O aumento expressivo da ociosidade do parque de refino brasileiro em 2017 e no primeiro trimestre de 2018 (quando se aproximou de 30%), de acordo com o balanço trimestral da
Petrobrás, também comprova a nulidade do conceito de ‘monopólio de fato’ no refino do Brasil, uma vez que mostra a incapacidade da Petrobrás sustentar preços acima da PPI sem perda de market share.”

5.    Qual é o problema de fato?
O de sempre, a gula pelo capitalismo sem riscos, a apropriação de ganhos embutidos na engenharia de obra pronta, a “orientação” do capital financeiro transnacional do tipo “faça o que eu quero, não o que fazem seus concorrentes inteligentes”.
“[E]xistem outras refinarias privadas operando no País, que podem ampliar sua capacidade, de acordo com seu apetite de assumir riscos de investimento, assim como a Petrobrás fez, com objetivo de atender ao crescimento do mercado nacional de combustíveis.
Obrigar a Petrobrás a se desfazer de seus ativos em favor de empresas privadas representa uma ação contra a natureza de uma companhia de petróleo, cujo valor da integração é um dos principais pilares de sucesso, em uma indústria que precisa superar muitos desafios para se manter forte e resiliente, com capacidade de investir para encontrar, produzir e agregar valor ao petróleo cru.”
(…)
Entregar refinarias ao setor privado irá enfraquecer a Petrobrás, em um movimento na contramão da indústria, em um contexto onde as empresas internacionais de petróleo (IOC)
retomaram os investimentos no parque de refino mundial e, notadamente, as empresas nacionais de petróleo (NOC), que estão se fortalecendo em todo o mundo, inclusive através da expansão e integração da capacidade de refino com a petroquímica, a exemplo dos países da Ásia (China, Índia, Indonésia, Malásia), da Rússia (Rosneft e Gazprom) e do Oriente Médio (SaudiAramco).”

6.    Resumo da má opera
“A integração vertical e os ativos do refino, logística, transporte e distribuição são fundamentais para garantir os resultados corporativos da Petrobrás, assim como para evitar que o País retorne à dependência do capital estrangeiro como ocorreu no setor até 1937. São os ativos do Abastecimento que garantem a geração de caixa nos períodos de valorização do dólar, desvalorização do real e do petróleo no mercado internacional.
A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, permite que a companhia disponha de recursos para seus investimentos para repor a exaustão das reservas de petróleo e para agregar valor ao petróleo cru, além dos investimentos para produção das energias
potencialmente renováveis. A capacidade de gerar caixa, mesmo diante da queda do preço do petróleo e da desvalorização do Real, é fundamental para a administração da dívida da companhia, assim como para o pagamento dos impostos ao Estado Nacional e seus entes federados.”
É na própria Petrobrás verticalmente integrada; sob controle nacional; agregando valor em cada etapa da cadeia de petróleo&gás; desenvolvendo ciência&tecnologia aqui para uso aqui e no mundo todo (como ocorre com a exploração em águas profundas); empregando brasileiras e brasileiros; dando suporte e razão econômica de ser a uma enorme malha de empresas nacionais de todos os portes em todas as regiões do país; é em uma Petrobrás assim que serão gerados os recursos não somente para pagar credores mas, principalmente, para financiar o desenvolvimento nacional e o bem estar dos cidadãos, nós, seus donos.


Data
Nossos homenageados inesquecíveis da semana de grande impacto cultural
05
 Donga (129 anos)
06
 Cachimbinho (84 anos)
07
 Adilson Ramos (74 anos)
08
 Chico Batera (76 anos)
09
 Mestre Marçal (25 anos)
10
 NoiteIlustrada (91 anos) - Aniversário Maria Lopes que manda um grande abraço e
desejo de muitas felicidades. Está sempre dando maior força para as nossas transmissões.
11
 Waldir Calmon (37 anos)  Zeca Baleiro (53 anos)





Módulo Destaque Cultural
Biografia   Donga -  Ernesto Joaquim Maria dos Santos -   5/4/1890 RJ -   25/8/1974 RJ - Compositor. Violonista. Filho de Pedro Joaquim Maria e Amélia Silvana de Araújo, casal que teve ao todo nove filhos. Seu nome de batismo era Ernesto Joaquim Maria, mas gostava de assinar Ernesto dos Santos. O pai era pedreiro construtor, e tocava bombardino nas horas vagas. A mãe, a famosa Tia Amélia do grupo das baianas do grupo da Cidade Nova, gostava de cantar modinhas e promovia inúmeras festas e grandes reuniões de samba. Seu primeiro instrumento foi o cavaquinho, que começou a aprender aos 14 anos de idade, ouvindo as músicas de Mário Cavaquinho, de quem era grande admirador. Pouco depois passou a tocar violão. Em 1932, casou-se com a cantora Zaíra de Oliveira, com quem viveu até a morte desta, ocorrida em 1952. Tiveram uma filha, Lígia dos Santos, pesquisadora e personalidade influente na vida musical carioca. Em 1953, casou-se novamente, com Maria, que, no ano 2001, lançou-se como cantora, já aos 90 anos de idade, chegando a gravar um CD, editado pelo ICCA em 2003

Biografia        Chico Batera (76 anos) -  Francisco José Tavares de Souza 8/4/1943 RJ. Iniciou sua carreira profissional em 1960, apresentando-se na boate Night and Day, em show de Carlos Machado. Em seguida, acompanhou, no Beco das Garrafas (RJ), Johnny Alf, Bossa Três e Sérgio Mendes, com quem viajou pela primeira vez para os Estados Unidos. Em 1966, formou o conjunto Folclore, Samba e Bossa Nova, com o qual participou de um festival de jazz em Berlim. Acompanhou Luís Carlos Vinhas na boate Flag (RJ), fez parte do Trio 3-D e atuou com Sérgio Barroso e Dom Salvador, com quem se apresentou nos Estados Unidos. Mudou-se, em seguida, para Los Angeles e começou sua especialização em instrumentos de percussão exóticos, como frigideira, tamanco, tímpano, sinos chineses, chaves, badalos, triângulo, queixada, caxixi e vibrafone. Nos Estados Unidos, gravou com Michel Legrand, Gerald Wilson, Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Quincy Jones, Joni Mitchel,Tom Jobim e The Doors, entre outros, além de ter integrado grupos musicais latino-americanos. Em 1972, após gravar com João Gilberto no México, retornou ao Brasil. Participou, nesse ano, da gravação do disco "A matança do porco", do grupo Som Imaginário. Atuou ao lado de Gal Costa, em Cannes (França), e no show "Índia", realizado no Teatro Teresa Raquel (RJ). Em 1975, participou da gravação do disco "Numbers", de Cat Stevens, com quem realizou duas turnês pela Europa e Estados Unidos, num total de 70 shows. Ainda na década de 1970, lançou os discos "Ha, ha, ha" (1977), "Uno mundo" (1978) e "Ritmo" (1979). Acompanhou vários artistas, como Elis Regina, João Gilberto, Milton Nascimento, Djavan e Gilberto Gil, entre outros.  Participou da gravação de trilhas sonoras de filmes de Hollywood com Michel Legrand e David Grosin. Em 1989, gravou, em Londres, o disco "Cabana Cocktail".  Nos anos 1990, lançou os CDs "Dia/noite" (1995) e "Salsa com alma" (1997).  Em 2006, lançou o CD “Lume” (Biscoito Fino), tendo a seu lado Kiko Continentino (piano) e Luiz Alves (contrabaixo). O disco contou com a participação de Marcos Nimrichter (acordeom), em duas faixas, e também de Chico Buarque, na canção “Iracema voou”, de autoria do compositor com quem o instrumentista atua, em shows e gravações, desde 1978. Também no repertório, sua composição “Acaba logo com esse choro”, além de "Quebra-Pedra" e "Mojave", ambas de Tom Jobim, e “André de sapato novo" (André Victor Correia), entre outras. Além de seus instrumentos, toca vibrafone em quatro faixas do disco.

Biografia     Valdir Calmon Gomes  30/1/1919 Rio Novo, MG -   11/4/1982 RJ   Pianista. Compositor. Por volta dos 11 anos de idade, começou a aprender piano orientado por sua mãe. Na época de estudante, formou um conjunto em Juiz de Fora, onde atuava como cantor. Em 1936, a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu o flautista e compositor Benedito Lacerda. Em princípos da década de 1940, decidiu abandonar a música, empregando-se como bancário, até 1942 quando foi convocado para o serviço militar.



Data
Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória
05
1996 A fazenda Pinhão Ralo, no Paraná, é ocupada pelo MST.
06
1984 São distribuídos 2 milhoes de panfletos convocando para o comício do dia 10, no Rio de Janeiro, pelas Diretas Já. Foi o maior comício do Brasil nesta campanha.
07
1997 sebastião Salgado lança o livro Terra, com texto de José Saramago, acompanhado de um CD com músicas de chico Buarque. Direitos autorais são cedidos ao MST.
08
1979 durante a greve dos metalúrgicos do ABC, o jornal alternativo ABCD Jornal circula diariamente, com 100 mil
exemplares. É distribuído nas assembleias e nos bairros, em substituição à Tribuna Metalúrgica, fechada pela intervenção.
09
2013 na Colombia mais de um milhão de pessoas marcham em todo o país em apoio ao processo de paz iniciado em novembro de 2012 entre as Forças Armadas Revolucionarias da Colombia (FARC) e o governo colombiano.
10
1984 no Brasil a ditadura empresarial militar  está chegando ao fim, mas  não admite a realização de eleições diretas para presidente. No Rio de Janeiro, acontece o maior comício, com cerca de 1 milhao de pessoas, da campanha pelas Diretas Já.
11
1927 a união de tenentes rebeldes de SP e RS dá inicio, o PR, àquela que será conhecida como Coluna Prestes. Percorrerá 25 mil km combatendo as tropas legalistas, polícias e exércitos de jagunços de latifundiários. A Coluna
pretendia derrubar as oligarquias, modernizar o país e fazer a Reforma Agrária, que beneficiaria milhões de brasileiros.











 Política e História Destaque.Coluna Prestes.      

Por Cláudio Fernandes
Por Me. Cláudio Fernandes
A chamada Coluna Prestes ocorreu entre os anos de 1925 e 1927 e ficou conhecida por esse nome porque o seu principal líder era o militar gaúcho Luís Carlos Prestes. Esse movimento formou-se a partir de duas frentes revolucionárias de militares vinculados ao Tenentismo.
Tais frentes atuaram nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, respectivamente, e tinham como objetivo principal derrubar os representantes oligarcas da República Velha, encarnados nas
figuras dos presidentes Arthur Bernardes (que governou até 1926) e Washington Luís, que foi
deposto pela Revolução de 1930.
A matriz paulista daquilo que se tornou a Coluna Prestes teve origem na fuga dos tenentes que participaram da Revolução de 1924, na cidade de São Paulo. Não podendo mais resistir à ofensiva do governo federal, os revoltosos debandaram em direção ao Rio Grande do Sul, onde o foco revolucionário também havia tido destaque, sobretudo pela atuação do capitão Luís Carlos Prestes. Prestes e os demais revoltosos do Rio Grande do Sul marcharam em direção ao Paraná, onde se encontraram com os paulistas em abril de 1925.
Desse encontro nasceu a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos Prestes, que leva os nomes do representante paulista e do representante gaúcho, respectivamente. Nas palavras do historiador Boris Fausto:
[…] A coluna realizou uma incrível marcha pelo interior do país, percorrendo cerca de 24 mil quilômetros até fevereiro/março de 1927, quando seus remanescentes deram o movimento por
terminado e se internaram na Bolívia e Paraguai. Seus componentes nunca passaram de 1.500 pessoas, oscilando muito com a entrada e saída de participantes transitórios. A Coluna evitou entrar em choque com forças militares ponderáveis, deslocando-se rapidamente de um ponto ao outro. O apoio da população rural não passou de uma ilusão, e as possibilidades de êxito militar eram praticamente nulas. Entretanto, ela teve um efeito simbólico entre setores da população urbana insatisfeitos com a elite dirigente. Para esses setores, havia esperanças de mudar os destinos da República, como mostravam aqueles heróis que corriam todos os riscos para salvar uma nação
.” [1]

Ao longo dos 24 mil quilômetros que os tenentes da Coluna Prestes percorreram, eles pretendiam disseminar uma perspectiva insurrecional no Brasil. Essa perspectiva era herdeira do “salvacionismo” do início da República, ideologia disseminada pelo ex-presidente marechal Hermes da Fonseca, que imbuía os membros do exército da “missão” de transformar radicalmente o país. Ao fim da jornada, os membros da Coluna dispersaram-se nas fronteiras do Brasil com a Bolívia e o Paraguai, exilando-se nesses dois países.
NOTAS
[1] FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2013. pp. 266-267.

Relação completa dos aniversariantes da semana.     
Intervalo
compreendido do dia 05 a 11/04/2019


Aniversariantes






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