sexta-feira, 22 de novembro de 2019

NP 364 completo

Vídeo da transmissão 364 no final


Programa 364 - Semana de 15 a 21/11/2019 - 47 Edição do ano  Fonte-Ricardo Cravo Albin


Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.
Vinheta

21/11/2019



Jornalista - Reg. CPJ 38.690 - RJ – 1977.
Nossos Homenageados inesquecíveis da semana que proporcionaram grandes impactos na cultura brasileira e internacional destaque para  Zé Pretinho (110 anos) dia 15 -   Bené Nunes (99 anos) –dia 16 -   Renatinho Partideiro (57 anos) – dia 18 -  Tárik de Souza (73 anos) -  Dia 19

Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória

Relação completa dos aniversariantes de  15 a 21/11

EDITORIAL – recomendado pelo Companheiro: Wladimir Muti Mais aqui

HOJE (18/11/2019) SE COMEMORA 72 ANOS DA INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO ( Proletário Guilherme da Silveira Filho) ou DE MOÇA BONITA DE BANGU. O DONO DA FÁBRICA DE TECIDO DA REGIÃO SILVEIRINHA ENTRE OS CONVIDADOS PARA A INAUGURAÇÃO ESTAVA O CAVALEIRO DA ESPERANÇA LUIS CARLOS PRESTES, A PLACA ALUSIVA AO FATO FOI RETIRADA PELOS REPRESENTANTES DA DITADURA DE 1964. A HISTÓRIA PODE SER ESCONDIDA POR UM TEMPO MAS NUNCA EM DEFINITIVO! 

 Alvirrubro Banguzão[1] – torcedor Banguense – Mascote Castor  - Principal rival America - Botafogo -  Flamengo -  Fluminense  - Vasco da Gama - Fundação  - 17 de
abril
de 1904  (115 anos 2019) – Estádio Moça Bonita Capacidade 9.500


No ano de 2001, o Bangu ganho a Medalha Tiradentes, honraria concedida pela Assembleia Legislativa do estado do RJ, por ter sido o Primeiro Clube Brasileiro a escalar atletas negros em seu time, ainda em 1905. Essa foi, é, e será eternamente, a maior conquista do Bangu, dentro ou fora de campo


O Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho ou Estádio de Moça Bonita é um estádio de futebol localizado no bairro de Bangu, Rio de Janeiro, pertencente ao Bangu Atlético Clube. Foi inaugurado no dia 17 de novembro de 1947, para substituir o antigo Campo da Rua Ferrer, fechado em 1943.
O Bangu deixou sua antiga casa da Rua Ferrer quando a fábrica que deu origem ao time vendeu o terreno. O espaço comprado para sediar o novo estádio ficava na antiga Fazenda da Viúva, local conhecido como Moça Bonita - apelido que acabou se estendendo para o estádio. Por quatro anos, o time peregrinou por estádios emprestados, já que o início das obras - e consequentemente sua conclusão - , prevista para 1944, atrasou cerca de um ano. As obras foram bancadas pela Fábrica Bangu. O projeto era mais grandioso do que o que acabou sendo realizado: capacidade era estimada em 60 mil pessoas.[2]
A primeira partida no Estádio Moça Bonita só ocorreu em 28 de março de 1948, na partida vencida pelo Bangu o sobre o Flamengo por 4 a 2. O primeiro gol no estádio foi de Joel Resende, do Bangu.[1]
O Estádio de Moça Bonita teve capacidade de 15.000 pessoas. Após reformas, a capacidade de público oficial em 2017 é de 9.024 pessoas. Por questões de segurança dos torcedores o número de ingressos é reduzido para no máximo 8.000 pessoas.[3]
Em 04 de fevereiro de 2017, o Nova Iguaçu F.C recebeu o Flamengo para partida válida pela terceira rodada do Campeonato Carioca. A partida contou com um público pagante de 6.134 torcedores, 6.984 presentes e renda de R$ 212.375,00. O Flamengo venceu a partida pelo placar de 4 a 0.[4] 

O recorde de público (não confirmado) é de 32.000 espectadores, na partida entre Bangu e a Seleção Brasileira, no dia 14 de março de 1970, que terminou empatada em 1 a 1.[5]

O estádio passou por reformas para o Campeonato Carioca de 2012 com instalação de cadeiras oriundas do Maracanã e reformas nos vestiários, banheiros, cabines de imprensa, sistema de iluminação e gramado.



O que é a “nova” ultra direita?


18 Novembro Escrito por Marilena Chauí

Tornou-se corrente nas esquerdas o uso de termos fascismo e neofascismo para descrever criticamente nosso presente.

Estamos acostumados a identificar o fascismo com a presença do líder de massas como autocrata. É verdade que, hoje, embora os governantes não se alcem à figura do autocrata, operam com um dos instrumentos característico do líder fascista, qual seja, a relação direta com “o povo”, sem mediações institucionais e mesmo contra elas. Também, hoje, se encontram presentes outros elementos próprios do fascismo: o discurso de ódio ao outro – racismo, homofobia, misoginia; o uso das tecnologias de informação que levam a níveis impensáveis as práticas de vigilância, controle e censura; e o cinismo ou a recusa da distinção entre verdade e mentira como forma canônica da arte de governar.
No entanto, não emprego esse termo por três motivos: (a) porque o fascismo tem um cunho militarista que, apesar das ameaças de Trump à Venezuela ou ao Irã, as ações de Nathanayu sobre a faixa de Gaza, ou a exibição da valentia do homem armado pelo governo Bolsonaro e suas ligações com as milícias de extermínio, não podem ser identificados com a ideia fascista do povo armado; (b) porque o fascismo propõe um nacionalismo extremado, porém a globalização, ao enfraquecer a ideia do Estado-nação como enclave territorial do capital, retira do nacionalismo o lugar de centro mobilizador da política e da sociedade; (c) porque o fascismo pratica o imperialismo sob a forma do colonialismo, mas a economia neoliberal dispensa esse procedimento usando a estratégia de ocupação militar de um espaço delimitado por um tempo delimitado para devastação econômica desse território, que é abandonado depois de completada a espoliação.
Em vez de fascismo, denomino o neoliberalismo com o termo totalitarismo, tomando como referência as análises da Escola de Frankfurt sobre os efeitos do surgimento da ideia de sociedade administrada.
O movimento do capital transforma toda e qualquer realidade em objeto do e para o capital, convertendo tudo em mercadoria, instituindo um sistema universal de equivalências próprio de uma formação social baseada na troca pela mediação de uma mercadoria universal abstrata, o dinheiro.
A isso corresponde o surgimento de uma prática, a da administração, que se sustenta sobre dois pilares: o de que toda dimensão da realidade social é equivalente a qualquer outra e por esse motivo é administrável de fato e de direito, e o de que os princípios administrativos são os mesmos em toda parte porque todas as manifestações sociais, sendo equivalentes, são regidas pelas mesmas regras. A administração é concebida e praticada segundo um conjunto de normas gerais desprovidas de conteúdo particular e que, por seu formalismo, são aplicáveis a todas as manifestações sociais. A prática administrada transforma uma instituição social numa organização.
Uma instituição social é uma prática social fundada no reconhecimento público de sua legitimidade e de suas atribuições, num princípio de diferenciação que lhe confere autonomia perante outras instituições sociais, sendo estruturada por ordenamentos, regras, normas e valores de reconhecimento e legitimidade internos. Sua ação se realiza numa temporalidade aberta ou histórica porque sua prática a transforma segundo as circunstâncias e suas relações com outras instituições.
Em contrapartida, uma organização se define por sua instrumentalidade, fundada nos pressupostos administrativos da equivalência.
Está referida ao conjunto de meios particulares para obtenção de um objetivo particular, ou seja, não está referida a ações articuladas às ideias de reconhecimento externo e interno, de legitimidade interna e externa, mas a operações, isto é, estratégias balizadas pelas ideias de eficácia e de sucesso no emprego de determinados meios para alcançar o objetivo particular que a define. É regida pelas ideias de gestão, planejamento, previsão, controle e êxito, por isso sua temporalidade é efêmera e não constitui uma história.
Por que designar o neoliberalismo como o novo totalitarismo?
Totalitarismo: por que em seu núcleo encontra-se o princípio fundamental da formação social totalitária, qual seja, a recusa da especificidade das diferentes instituições sociais e políticas que são consideradas homogêneas e indiferenciadas porque são concebidas como organizações. O totalitarismo é a afirmação da imagem de uma sociedade homogênea e, portanto, a recusa da heterogeneidade social, da existência de classes sociais, da pluralidade de modos de vida, de comportamentos, de crenças e opiniões, costumes, gostos e valores.
Novo: por que, em lugar da forma do Estado absorver a sociedade, como acontecia nas formas totalitárias anteriores, vemos ocorrer o contrário, isto é, a forma da sociedade absorve o Estado. Nos totalitarismos anteriores, o Estado era o espelho e o modelo da sociedade, isto é, instituíam a estatização da sociedade; o totalitarismo neoliberal faz o inverso: a sociedade se torna o espelho para o Estado, definindo todas as esferas sociais e políticas não apenas como organizações, mas, tendo como referência central o mercado, como um tipo determinado de organização: a empresa – a escola é uma empresa, o hospital é uma empresa, o centro cultural é uma empresa, uma igreja é uma empresa e, evidentemente, o Estado é uma empresa.
Deixando de ser considerada uma instituição pública regida pelos princípios e valores republicano-democráticos, passa a ser considerado homogêneo ao mercado. Isto explica porque a política neoliberal se define pela eliminação de direitos econômicos, sociais e políticos garantidos pelo poder público, em proveito dos interesses privados, transformando-os em serviços definidos pela lógica do mercado, isto é, a privatização dos direitos, que aumenta todas as formas de desigualdade e exclusão.
O neoliberalismo vai além: encobre o desemprego estrutural por meio da chamada uberização do trabalho e por isso define o indivíduo não como membro de uma classe social, mas como um empreendimento, uma empresa individual ou “capital humano”, ou como empresário de si mesmo, destinado à competição mortal em todas as organizações, dominado pelo princípio universal da concorrência disfarçada sob o nome de meritocracia.
O salário não é visto como tal e sim como renda individual e a educação é considerada um investimento para que a criança e o jovem aprendam a desempenhar comportamentos competitivos. O indivíduo é treinado para ser um investimento bem sucedido e para interiorizar a culpa quando não vencer a competição, desencadeando ódios, ressentimentos e violências de todo tipo, destroçando a percepção de si como membro ou parte de uma classe social e de uma comunidade, destruindo formas de solidariedade e desencadeando práticas de extermínio.

Quais são as consequências do novo totalitarismo?
– social e economicamente, ao introduzir o desemprego estrutural e a terceirização toyotista do trabalho, dá origem a uma nova classe trabalhadora denominada por alguns estudiosos com o nome de precariado para indicar um novo trabalhador sem emprego estável, sem contrato de trabalho, sem sindicalização, sem seguridade social, e que não é simplesmente o trabalhador pobre, pois sua identidade social não é dada pelo trabalho nem pela ocupação, e que, por não ser cidadão pleno, tem a mente alimentada e motivada pelo medo, pela perda da autoestima e da dignidade, pela insegurança;

– politicamente põe fim às duas formas democráticas existentes no modo de produção capitalista: (a) põe fim à social-democracia, com a privatização dos direitos sociais, o aumento da desigualdade e da exclusão; (b) põe fim à democracia liberal representativa, definindo a política como gestão e não mais como discussão e decisão públicas da vontade dos representados por seus representantes eleitos; os gestores criam a imagem de que são os representantes do verdadeiro povo, da maioria silenciosa com a qual se relacionam ininterruptamente e diretamente por meio do twitter, de blogs e redes sociais – isto é, por meio do digital party –, operando sem mediação institucional,pondo em dúvida a validade dos parlamentos políticos e das instituições jurídicas, promovendo manifestações contra eles; (c) introduz a judicialização da política, pois, numa empresa e entre empresas, os conflitos são resolvidos pela via jurídica e não pela via política propriamente dita. Em outras palavras, sendo o Estado uma empresa, os conflitos não são tratados como questão pública e sim como questão jurídica, no melhor dos casos, e como questão de polícia, no pior dos casos; (d) os gestores operam como gangsters mafiosos que institucionalizam a corrupção, alimentam o clientelismo e forçam lealdades. Como o fazem? Por meio do medo. A gestão mafiosa opera por ameaça e oferece “proteção” aos ameaçados em troca de lealdades para manter todos em dependência mútua. Como os chefes mafiosos, os governantes também têm os consiglieri, conselheiros, isto é, supostos intelectuais que orientam ideologicamente as decisões e os discursos dos governantes, estimulando o ódio ao outro, ao diferente, aos socialmente vulneráveis (imigrantes, migrantes, refugiados, lgbtq+, sofredores mentais, negros, pobres, mulheres, idosos) e esse estímulo ideológico torna-se justificativa para práticas de extermínio; (e)transformam todos os adversários políticos em corruptos, embora a corrupção mafiosa seja, praticamente, a única regra de governo; (f) têm controle total sobre o judiciário por meio de dossiês sobre problemas pessoais, familiares e profissionais de magistrados aos quais oferecem “proteção” em troca de lealdade completa (e quando o magistrado não aceita o trato, sabe-se o que lhe acontece);
– ideologicamente, com a expressão “marxismo cultural”, os gestores perseguem todas as formas e expressões do pensamento crítico e inventam a divisão da sociedade entre o bom povo, que os apoia, e os diabólicos, que os contestam. Por orientação dos consiglieri, pretendem fazer uma limpeza ideológica, social e política e para isso desenvolvem uma teoria da conspiração comunista, que seria liderada por intelectuais e artistas de esquerda. Os conselheiros são autodidatas que se formaram lendo manuais e odeiam cientistas, intelectuais e artistas, aproveitando-se do ressentimento que a extrema direita tem por essas figuras. Como tais conselheiros estão desprovidos de conhecimentos científicos, filosóficos e artísticos, empregam a palavra “comunista” sem qualquer sentido preciso:
comunista significa todo pensamento e toda ação que questionem o status quo e o senso comum (por exemplo: que a terra é plana; que não há evolução das espécies; que a defesa do meio ambiente é mentirosa; que a teoria da relatividade não tem fundamento, etc.). São esses conselheiros que oferecem aos governantes os argumentos racistas, homofóbicos, machistas, religiosos, etc., isto é, transformam medos, ressentimentos e ódios sociais silenciosos em discurso do poder e justificativa para práticas de censura e de extermínio;
– a dimensão planetária da forma econômica neoliberal faz com que não exista um “fora” do capitalismo, uma alteridade possível, levando à ideia de “fim da história”, portanto à perda da ideia de transformação histórica e de um horizonte utópico. A crença na inexistência da alteridade é fortalecida pelas tecnologias de informação, que reduzem o espaço ao aqui, sem geografia e sem topologia (tudo se passa na tela plana como se fosse o mundo) e ao agora, sem passado e sem futuro, portanto sem história (tudo se reduz a um presente sem profundidade). Volátil e efêmera, nossa experiência desconhece qualquer sentido de continuidade e se esgota num presente vivido como instante fugaz;

– a fugacidade do presente, a ausência de laços com o passado objetivo e de esperança em um futuro emancipado, suscitam o reaparecimento de um imaginário da transcendência. Assim, a figura do empresário de si mesmo é sustentada e reforçada pela chamada teologia da prosperidade, desenvolvida pelo neopentecostalismo. Mais do que isso. Os fundamentalismos religiosos e a busca da autoridade decisionista na política são os casos que melhor ilustram o mergulho na contingência bruta e a construção de um imaginário que não a enfrenta nem a compreende, mas simplesmente se esforça por contorná-la apelando para duas formas inseparáveis de transcendência: a divina (à qual apela o fundamentalismo religioso) e a do governante (à qual apela o elogio da autoridade forte).
Diante dessa realidade, muitos afirmam que vivemos num mundo distópico, no qual as distopias são concebidas sob a forma da catástrofe planetária e do medo

Vale a pena, entretanto, mencionar brevemente a diferença entre utopia e distopia.
A utopia é a busca de uma sociedade totalmente outra que negue todos os aspectos da sociedade existente. É a visão do presente sob o modo da angústia, da crise, da injustiça, do mal, da corrupção e da rapina, do pauperismo e da fome, da força dos privilégios e das carências, ou seja, o presente como violência nua. Por isso mesmo é radical, buscando a liberdade, a fraternidade, a igualdade, a justiça e a felicidade individual e coletiva graças à reconciliação entre homem e natureza, indivíduo e sociedade, sociedade e poder, cultura e humanidade. Uma utopia não é um programa de ação, mas um projeto de futuro que pode inspirar ações que assumem o risco da história, fundando-se na ação humana como potência para transformar a realidade, tornando-se imanentes à história, graças à ideia de revolução social.
A distopia tem um significado crítico inegável ao descrever o presente como um mundo intolerável, porém corre o risco de transformá-lo em fantasma e rumar para o fatalismo, a imobilidade e o desalento do fim da história. A utopia também parte da constatação de um mundo intolerável, mas em lugar de curvar-se a ele, trabalha para colocá-lo em tensão consigo mesmo para que dessa tensão surjam contradições que possam ser trabalhadas pela práxis humana. A imobilidade distópica decorre de sua estrutura fantasmática: nela, o intolerável não é o ponto de partida e sim o ponto de chegada. Ao contrário, a mobilidade utópica provém de sua energia como projeto e práxis, como trabalho do pensamento, da imaginação e da vontade para destruir o intolerável: o intolerável é seu ponto de partida e não o de chegada.
Se a utopia é a visão do presente sob o modo da angústia, da crise, da injustiça, do mal, da corrupção e da rapina, do pauperismo e da fome, da força dos privilégios e das carências, do presente como violência intolerável, não podemos abrir mão da perspectiva utópica nas condições de nosso presente.

Serviço social dentro dos postos do INSS será extinto em todo país

Medida Provisória assinada por Bolsonaro acaba com o trabalho dos assistentes sociais dentro dos postos. Para defensor público da União, população pobre e analfabeta será a mais prejudicada


A extinção do serviço social dentro dos postos do INSS em todo país – prevista na Medida Provisória 905, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro -, vai deixar sem informação e amparo uma parte da população que encontra no assistente social o caminho para saber sobre seus direitos previdenciários, inclusive em relação a concessão de benefícios. Entre eles o de Prestação Continuada, pago a idosos e deficientes de baixa renda, que equivale a um salário mínimo, hoje R$ 998. A decisão do governo pegou de surpresa um leque de pessoas, entre servidores, gestores, representantes sindicais, segurados e a Defensoria Pública da União.
“O serviço social realizado dentro do INSS é de grande importância. O Brasil ainda tem um alto grau de analfabetismo. 
A exclusão digital então é uma realidade ainda mais perversa. Sem pessoas preparadas para atender tanta gente que não sabe minimamente dos seus direitos, os direitos destas pessoas fica inviabilizado”, adverte o defensor público da União, Thales Arcoverde Treiger. Para se ter uma ideia, hoje em todo Estado do Rio existem 118 assistentes sociais. No país esse número chega a 1.596.

“Com a MP 905 esperamos um aumento ainda maior pelo atendimento da Defensoria. Nem sempre conseguimos atender a estas pessoas que ficam perdidas, sem ter a quem recorrer. Isso tudo ainda possibilita que aproveitadores ajam para atuarem como procuradores e que acabam se beneficiando desta parcela da população que é a mais vulnerável”, alerta o defensor público Thales Treiger.


Procurados, Ministério da Economia, INSS e Secretaria de Previdência não responderam aos questionamentos de O DIA sobre o fim do serviço social nos postos.

Três casos onde o serviço social foi primordial 
O DIA vai contar o caso de três mulheres que tiveram – ao que elas denominam – “anjos” para ter o benefício e poder dar um mínimo de dignidade a seus filhos e à própria vida. “Não tem direito”. Essa foi a frase que acompanhou Ezilene Cunha da Fonseca, a Ziza, de 32 anos de idade, mãe do jovem Andray Antony, 12, por anos. O pequeno Andray, com apenas 1 ano e nove meses, foi diagnosticado com paralisia cerebral, síndrome de deleção 1T36,  e outras anomalias que dificultam fala, locomoção e outras atividades.

A condição do menino e da sua mãe – que se enquadram em baixa renda – dá direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) do INSS, que equivale a um salário mínimo, hoje R$ 998. Mas a concessão do benefício, que deveria ser ágil, até mesmo por uma questão de humanidade, se prolongou por quase dois anos, com sucessivas negativas do instituto na concessão do benefício.
O suplício de Ziza, mãe do jovem, somente chegou ao fim quando uma assistente social do INSS fez o devido acompanhamento do caso, orientou na juntada de documentos, laudos, exames, e no pedido do benefício previdenciário. Que enfim foi concedido. “O benefício do meu filho só foi possível por causa da ajuda da assistente social, muitas mães nas mesmas condições que eu, nem sabem que têm direito e como proceder no INSS”, aponta Ziza.
O caminho de Priscila Justen, 38, mãe do pequeno Theo Justen, de 6 anos, não foi mais tortuoso porque uma dupla de assistentes sociais de Volta Redonda, no Sul Fluminense, entrou em campo e deu todo o suporte para que ela conseguisse o BPC. O menino Theo tem autismo e demanda atenção e cuidados em tempo integral. “Não sabia que tinha direito a receber o benefício e graças a uma palestra do serviço social na minha região, pude tomar conhecimento e dar entrada no benefício”, conta Priscila, que é enfermeira e está desempregada.
“Quando passei a ficar mais com o Theo e com o atendimento de uma equipe multidisciplinar, que tem fonoaudióloga, terapeuta, psicóloga, ele começou a se desenvolver bem melhor. Aos quatro anos ele começou a falar”, conta emocionada. “É uma tristeza se o serviço social do INSS acabar. Muitas pessoas, como eu, ficarão sem ajuda”, lamenta. E acrescenta: “O valor do benefício já é baixo, ele muitas vezes não cobre as despesas que uma criança especial tem. Imagina quem não tem esse auxílio”, afirma.
Aos 65 anos de idade, a moradora de Campo Grande Jorcilene Langoni, teve que recorrer ao benefício de R$ 998. Ela conta ao DIA que recebia uma Bolsa Família de R$ 89 todos os meses, quando em uma consulta de rotina, o médico afirmou que ela não teria mais condições de trabalhar e a orientou a procurar o Centro de Referência da Assistência Social (Cras), que tem em todos os municípios.

“Procurei o Cras e lá tive a informação de que deveria ir ligar para agendar atendimento no INSS”, conta Jorcilene, que mesmo morando em Campo Grande só conseguiu vaga para atendimento em Angra dos Reis, uma distância de 111 quilômetros. Uma viagem que seria de 1h50 de carro, de ônibus leva 3h. E com uma bolsa de apenas R$ 89 é de se imaginar o sacrifício feito pela segurada. “Saí de casa às 4h da madrugada e só voltei às 20h”, diz. “Somente com a ajuda da assistente social consegui ter meu benefício. Ele não dá pra muita coisa porque tomo muitos remédios, mas ajuda muito”, finaliza Jorcilene.
Muitos desconhecem o papel do servidor

 Afinal, qual o papel do serviço social no INSS? Segundo um assistente social do instituto, que pediu para não ser identificado, seu papel é “esclarecer os usuários os seus direitos previdenciários e sociais e como exercê-los de forma individual e coletiva”. Dessa forma, acrescenta, é estabelecida uma relação visando a solução dos seus problemas na Previdência.
“Na atual conjuntura vivida dentro do INSS de repasse do atendimento aos canais remotos (telefone e internet), o serviço social é um dos últimos espaços de atendimento presencial para a população, em especial para idosos, pessoas com deficiência e pessoas com dificuldade de acesso digital”, acrescenta.
De acordo com Pedro Américo Turl, diretor do Sindisprev, o trabalho desempenhado pelos servidores que são assistentes sociais, é fundamental para acompanhar os menos favorecidos. “Jogaram todos os serviços para a internet, antes uma pensão por morte que era concedida na hora – caso os documentos estivessem corretos – agora leva até quatro meses”, reclama Turl. “Criou-se uma fila virtual monstruosa, onde segurados amargam longas esperas, e otrabalho do servidor, ao invés de ter alguma melhora, está mais precarizado”, adverte.

Data
Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória

15

1988 em claro apoio à luta dos trabalhadores de Volta Redonda/RJ, o bispo D. Waldyr Calheiros celebra a missa de sétimo dia dos três operários mortos pelo exército durante a greve, Seu bispado marcou a aproximação da Igreja aos movimentos sociais e a resistência à ditadura. Em 1967, ele se recusou a celebrar uma missa do aniversário da “Revolução”.
Dia Nacional da Umbanda

16

1974 nasce o jornal Convergência Socialista, órgão do grupo trotskista Liga Operária. Em seguida, a Liga se configura no Partido Socialista dos trabalhadores e cria o jornal Versus.

17

1983 no México seis revolucionáios mexicanos se instalam na Selva Lacandona, em Chiapas, para se aliar aos indígenas e iniciar um movimento revolucionário. Durante anos a organizações se fortalecerá nas estratégias militares e na formação politica. Este é um dos primeitos passos do Exercito Zapatista de Libertação Nacional, que terá sua primeira aparição publica dez anos depois

18

2008 no Equador, em Quito, o coordenador da Comissao da Auditoria da Dívida Externa declara, na conclusão dos trabalhos: “finalmente o pais sabe que o endividamento externo foi um assalto milionário”. Uma brasileira, Maria Lúcia Fatorelli, participou ativamente desta comissão.

19

1980 o Inimigo do Rei, jornal anarquista, no seu quinto ano de existência, enfatiza as lutas operarias na Polonia. O tema do ano foi o Solidarnosc como exemplo de autogestão.

20

1695 Zumbi dos Palmares é surpreendido em seu reduto.
Apunhalado, resiste, mas é morto junto com 20 guerreiros. Tem a cabeça cortada, salgada e levada ao governador da Provincia (hoje AL). Em 1995 será proclamado herói da luta pela liberdade e o 20/11 se torna o Dia Nacional da Consciencia Negra.

21

2004 ganha repercussão o massacre ocorrido no dia anterior em Felisburgo (MG). Pistoleiros invadiram e atiraram contra o acampamento Terra Prometida, do MST, deixando cinco mortos e 20 pessoas feridas. A luta contra a impunidade gandou a adesão de políticos, jornalistas e militantes sociais, como o dirigente do MST em MG, Silvio Netto. Essa data transformou-se em o “Massacre de Felisburgo e a Luta por Justiça”.


Circula na internet o abaixo-assinado virtual ( http://chng.it/qSrcQ249) para sensibilizar o governo sobre a importância e relevância do trabalho prestado por assistentes sociais no INSS.

Com Informações do Jornal O Dia – RJ

Módulo Destaque Cultural

Biografia     Zé Pretinho (110 anos) dia 15 - Manuel do Espírito Santo   15/11/1909 Capela, SE - Compositor. Fez seus primeiros estudos com professora particular e mais tarde na Escola de Aprendizes Marinheiros. Aos 16 anos foi para o Rio de Janeiro, e além de ter ingressado na Marinha, começou a compor. Dividia suas atividades musicais com o emprego na  Marinha, de onde mais tarde deu baixa, passando a trabalhar em casas comerciais.



Biografia      Bené Nunes (99 anos) –dia 16 - Benedito Francisco José da Penha Nunes    16/11/1920 RJ 7/6/1997 RJ - Pianista. Compositor. Aos quatro anos de idade começou a aprender piano, tendo tido aulas durante apenas seis meses. Aperfeiçoou-se por conta própria, explorando sua grande musicalidade. Foi casado com Dulce Nunes, cantora que participou do surgimento da Bossa Nova grande amigo e protegido do Presidente JK, foi delegado fiscal do governo, tendo se aposentado na década de 1980. Viveu seus últimos anos, com a família, no Rio de Janeiro. Considerado um virtuose do piano, orgulhava-se de ser autodidata e um intuitivo do
instrumento.



Biografia   Renatinho Partideiro (57 anos) – dia 18 - Renato Cardoso Neves   18/11/1962 RJ -   11/5/2013 RJ - Cantor. Compositor. Partideiro. Foi criado nas comunidades do Morro do Urubu, em Pilares (RJ), frequentando desde pequeno a quadra da escola de samba Caprichosos de Pilares, fundada por membros de sua família.
Nessa época comprou um gravador, para testar seus improvisos.
Faleceu aos 50 anos de idade, com um quadro de insuficiência renal crônica, logo após sua internação no Hospital Salgado Filho, no Méier Zona Norte do Rio de Janeiro. Seu corpo foi velado na Capela Velha de Inhaúma, no Rio de Janeiro.


 Biografia   Tárik de Souza (73 anos)-  Dia 19 - Tarik de Souza Farhat - 19/11/1946 RJ - Jornalista.Crítico musical. Poeta.  Curador de projetos musicais. Segundo matéria eentrevista ao jornalista João Penido (revista Carioquice - Ano XIII - Nº51/2016) é neto de imigrantes libaneses e seu pai, o publicitário Emil Farhat,foi diretor, e depois presidente, da Agência MCann Erickson Publicidade, em SãoPaulo, para onde a família se transferiu no ano de 1961. Estudou na Faculdadede Direito do Largo de São Francisco (USP). Fez o curso de Jornalismo daEditora Abril, onde passou a trabalhar na recém fundada revista Veja. Retornoua o Rio de Janeiro no ano de 1973.

Relação completa dos aniversariantes da semana.

Intervalocompreendido do dia 15 a 21/11 Aniversariantes
15  Adeilton  Bairral (61 anos) -  Ademar Silva (76 anos)  Ailton Rios (57 anos)  Amor  (130 anos) -  Aurélio  Cavalcanti (104 anos)  Celso Fonseca (63 anos)Daniel
Barenboim (77 anos)
-   Gustavo (49 anos)  Hélio  Turco (84 anos) -  Jesy  Barbosa (117 anos) -  Júlio Barroso (66 anos)  Marcelo  Sandmann (56 anos) -  Plauto Cruz (90 anos) -   Roberto  do Acordeom (71 anos) -  Vanja Orico (90 anos)  Zé Pretinho (110 anos)
16 Antônio Martins de Araújo (100 anos)  Bené Nunes (99 anos)  Boss in Drama (32 anos)  Candeia (41 anos)  Carla Perez (42 anos)  Jane Duboc (69 anos)  Luiz Carlos Saroldi (9 anos)  Marinês (84 anos)  Márcio Menezes (57 anos)  Paulinho Guitarra (65 anos)  Pero Vaz de Caminha (519 anos) -  Xande Figueiredo (52 anos




ersariantes 
20 Ana Rabello (34 anos)- André Diniz (49 anos)- Benil Santos (88 anos)- Bruno Moritz (37 anos)- Eli Joory (58 anos)- Guarabyra (72 anos)Jorge Sanglard (65 anos)- João Martins (35 anos)- Neuzinha Brizola (65 anos)- Pablo Lapidusas (45 anos)- Wilson Bombeiro (4 anos)

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