terça-feira, 4 de agosto de 2020

NP 401 de 31 a 06/08/2020 - O poder das multinacionais e o retorno do Estado - ExxonMobil e Chevron registram perdas milionárias por pandemia. Destaque para a República Dominicana; BB faz 'negócio de pai pra filho' com o BTG Pactual. Estatal vende carteira de crédito de R$ 3 bilhões por R$ 300 milhões para banco fundado por Paulo Guedes. Petrobras desaponta construção naval nacional.

NP 401 em 06 de agosto de 2020
Chamada NP 401 em 04 de agosto 2020

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.

Vinheta

EDITORIAL O desastre do neoliberalismo salta aos olhos. Só não vê quem não quer

Módulo I ExxonMobil e Chevron registram perdas milionárias por pandemia

06/08/2020

 

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Ivan Luiz Jornalista –

Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.

Módulo II    SINAVAL contesta Petrobrás e diz que contratação da indústria local ajudaria o Brasil na retomada pós-pandemia 

Módulo III  Privatização de refinarias da Petrobrás pode provocar desabastecimento 

Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Séculos XIX, XX e XXI destaque para a República Dominicana

Módulo V - Homenageados na cultura brasileira,  destaque para   Naná Vasconcelos (76 anos) 02 -  Carlos Cachaça (118 anos) 03 -  Dominguinhos do Estácio (79 anos)  -  Paulo Jobim (70 anos) 04 -  Orlandivo (83 anos) 05 -  Adoniran Barbosa (110 anos) -  Baden Powell (83 anos) -  Paulo Sérgio Valle (80 anos)

Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 31/07 a 06/08

Módulo VII – Como uma das principais petrolíferas se destacou quando os preços caíram

Módulo VII_I –  BB faz 'negócio de pai pra filho' com o BTG Pactual. Estatal vende carteira de crédito de R$ 3 bilhões por R$ 300 milhões para banco fundado por Paulo Guedes

Módulo VII_II –  Reforma tributária de Guedes cobra mais da sociedade e facilita privatizações com dinheiro da Previdência

Módulo VII_III –Petrobras desaponta construção naval brasileira

Urgente -  Como o nosso petróleo atiçou a cobiça dos EUA

Homenagem Especial:




Momento Furtado abertura

Momento Furtado                             Domingo

 


Dona Maria alegre

No início da semana

Deu-me a grande ‘notícia’:

- Domingo que vem

- Mamãe vem almoçar conosco

Meio cabreiro argumentei:

- Ela e quem mais?

Senti fechar o tempo

Dona Maria na bronca

Secamente respondeu:

- Por quê? Algum problema?

Sem graça retruquei:

- Não há nada não

Domingo contra mim

Dia bom, forte calor

Vendo a ‘patroa’ feliz

Geladeira cheia, cervas, refrigerantes, quentão

Fogão lotado de panelas

Na pia, carnes e peixes

Ela toda faceira

Cantando

Fiquei esperando

“Papai” dançou

Meio dia

Chega a galera

Sogra, tio, tia, primos, sobrinhos

Papagaios, periquitos

Confirmei: sambei

Vieram com uma fome danada

Rasparam até o fundo das panelas

Geladeira esvaziou, sobraram os cascos

Da sobremesa, não senti nem o cheiro

Se não chego junto

O estômago ia ficar a roncar

A conta sabe para quem ficou?

Claro, para mim, sem dó nem piedade.


 

Antônio Furtado - 

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EDITORIAL: 

O poder das multinacionais e o retorno do Estado

O desastre do neoliberalismo salta aos olhos. Só não vê quem não quer

Por Liszt Vieira   -   30/07/2020 15:07

A organização não governamental Global Justice Now publicou um estudo comparando as cifras de negócios das principais empresas com a receita orçamentária dos países. Segundo essa lista, se a rede norte-americana de supermercados Walmart fosse um Estado, ocuparia o décimo lugar, atrás somente dos EUA, China, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália, Brasil e Canadá. No total, 69 das 100 principais entidades econômicas são empresas. As 25 corporações de maior valor superam o PIB de numerosos países.

Hoje, a concentração de poder é especialmente clara no setor tecnológico. As cinco grandes – Apple, Google, Microsoft, Facebook e Amazon – são as mais valiosas da Bolsa. Se a Apple fosse um país, teria um tamanho similar ao da economia turca, holandesa ou suíça. O Google abocanha 88% da fatia de mercado de publicidade on-line. O Facebook (incluindo Instagram, Messenger e WhatsApp) controla mais de 70% das redes sociais em celulares. A Amazon tem 70% da fatia de mercado dos livros eletrônicos e, nos Estados Unidos, absorve 50% do dinheiro gasto em comércio eletrônico (El País, 7/11/2017).

A Apple vale US$ 1,098 trilhão, enquanto a Microsoft está avaliada em US$ 1,078 trilhão. Uma diferença de US$ 20 bilhões, lembrando que o valor de mercado das empresas oscila. A Amazon e o Google já teriam atingido 1 trilhão e estariam hoje na faixa de US$ 874 bilhões (Amazon) e US$ 872 bilhões (Google).

É esclarecedor comparar o valor dessas empresas com o PIB de alguns países, pequenos ou médios. Vejamos alguns, escolhidos ao acaso, por continente. Os dados variam conforme o ano e segundo a fonte, mas permitem uma visão geral comparativa com o valor de mercado das empresas multinacionais. Os dados estão em bilhões de dólares.

Precisamos dar um basta nisso
Impressionante a covardia

1) América:
Chile: 294
Argentina: 922
Colômbia: 331
Uruguai: 59,6
Honduras: 21,52
Paraguai: 40,5
Bolívia: 40.3
2) Europa:
Bélgica: 532
Suiça: 715
Áustria: 456
República Checa: 376
Bulgária: 153
Romênia: 267
Sérvia: 73
3) África
Argélia: 250
Marrocos: 211
Tanzânia: 162
Senegal: 27,5
Angola: 95
Quênia: 54
C. do Marfim: 34,15
4) Ásia
Irã: 549
Turquia: 790
Bangla Desh: 244
Cazaquistão: 450
Filipinas: 92,5
Israel: 387
Vietnam: 300

O orçamento das maiores empresas multinacionais é superior ao PIB da maioria dos países que se converteram em verdadeiras províncias. Num mundo globalizado, o capital entra e sai de um país deixando atrás uma crise cambial, econômica e política. As comunicações eletrônicas não respeitam as fronteiras nacionais, o tráfico de drogas e armas tampouco.

 O poder hegemônico das empresas multinacionais, e seu controle sobre os fluxos tecnológicos, financeiros e comerciais, impactou a maior parte do desenvolvimento industrial e subdesenvolvimento dos países periféricos. As consequências foram nocivas, como devastação ambiental, baixos salários e abandono dos direitos de proteção social. Os governos recorreram à prática de realizar desregulamentações fiscais e trabalhistas, a fim de atrair investimentos diretos estrangeiros em troca de empregos pouco qualificados, resultando em baixa receita fiscal, baixa produtividade, desequilíbrios na balança de pagamentos e baixos resultados sociais.

A teoria subjacente era a de que os países deveriam seguir suas vantagens comparativas e deixar o mercado determinar preços de mão-de-obra e bens, a fim de ser competitivo no mercado mundial. Mas essa teoria foi criticada desde o início pelo abandono do papel do Estado na política do desenvolvimento. Afinal, as instituições públicas sempre desempenharam um papel fundamental não apenas na criação quantitativa da acumulação capitalista, mas também em seus resultados qualitativos de distribuição e desenvolvimento.

Nesse debate, enfatizou-se que o Estado deve ser visto como um facilitador (auxiliando as empresas nas transações de mercado); um regulador (para mitigar a desigualdade e as externalidades negativas do mercado); um comprador (contratos públicos); um produtor (empresas estatais) e um financiador (fundos soberanos e bancos de desenvolvimento).

Essas funções do Estado podem levar a uma estratégia dirigida aos objetivos de desenvolvimento. Portanto, o crescimento econômico, se efetivamente planejado, coordenado e sustentável, pode levar a benefícios sociais. Os objetivos de desenvolvimento não podem ser perseguidos apenas por atores privados. Para atingir as metas de desenvolvimento a longo prazo, é necessário destacar o papel estratégico do Estado como estabilizador, investidor, protetor, prestador de serviços e empreendedor (Laura Carvalho, Curto-circuito, O vírus e a volta do Estado).

Em combate à visão neoliberal, surgiu uma nova literatura econômica apoiada na realidade social que reconhece o simples fato de que, para além do mercado, intervenções estatais coordenadas são fundamentais para garantir a sustentabilidade das transformações socioeconômicas. Cada vez mais o capitalismo neoliberal é questionado em toda a parte, e agora ainda mais com os problemas colocados pela economia pós-COVID. A crise trazida pela pandemia obrigou os Governos a colocar no centro das atenções a questão da saúde pública. Isso enfraqueceu a essência da política econômica neoliberal baseada na proposta da “austeridade” fiscal, um eufemismo usado para justificar e ao mesmo tempo esconder a transferência de recursos públicos da área social para o mercado financeiro.

É verdade que o Brasil de hoje sofre com uma radical política neoliberal que santifica o mercado e demoniza o Estado. Tudo indica que está na contramão, pois a tendência após a pandemia do coronavírus é a recuperação do papel do Estado em detrimento do reinado absoluto do Mercado. Cedo ou tarde, acabará chegando aqui esse resgate do papel do Estado. O desastre do neoliberalismo salta aos olhos. Só não vê quem não quer.

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 Fonte: Carta Maior - Por Liszt Vieira   -   30/07/2020 15:07

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Destaque para Módulo I

ExxonMobil e Chevron registram perdas milionárias por pandemia

AFP

© Johannes EISELE (Arquivo) Vista aérea de uma instalação de armazenamento de petróleo bruto em Cushing, Oklahoma, em 5 de maio de 2020

As petrolíferas americanas Chevron e ExxonMobil, afetadas pela queda nos preços do petróleo devido ao coronavírus, perderam bilhões de dólares no segundo trimestre do ano e planejam continuar reduzindo os custos nos próximos meses. 

A ExxonMobil registrou um prejuízo líquido de US$ 1,1 bilhão. É a segunda vez desde a fusão da Exxon-Mobil em 1999 que a empresa, que já estava no vermelho no primeiro trimestre, perdeu dinheiro. 

A companhia petrolífera viu sua produção diminuir 7% durante o período, equivalente a 3,6 milhões de barris de petróleo por dia, e suas vendas caíram mais da metade, para US $ 32,61 bilhões. 

O grupo iniciou medidas drásticas para reduzir custos. 

A Chevron, afetada por encargos relacionados à queda dos preços do petróleo e suas operações na Venezuela, registrou uma perda líquida de US$ 8,3 bilhões no segundo trimestre na sexta-feira. 

"Os últimos meses apresentaram desafios únicos", disse o presidente da Chevron, Michael Wirth, em comunicado. "O impacto econômico da resposta ao COVID-19 reduziu bastante a demanda por nossos produtos e reduziu os preços das matérias-primas. 

Com as incertezas associadas à recuperação econômica e ao abundante suprimento de petróleo e gás, analisamos nossa perspectiva sobre os preços das commodities, que se traduz em depreciação de ativos e outros encargos ", explicou. 

O grupo registrou em suas contas uma cobrança de US$ 1,8 bilhão relacionada à queda nos preços do petróleo. A Chevron também registrou uma taxa de depreciação de US$ 2,6 bilhões por seus ativos na Venezuela devido a "incertezas sobre o ambiente atual" de suas operações naquele país, bem como uma taxa de US$ 437 milhões por efeitos cambiais e outra de 780 milhões relacionados à saída de funcionários.

Excluindo elementos excepcionais, o grupo registrou uma perda de 3.000 milhões. Ajustado por ação, a perda é de US$ 1,59, enquanto os analistas preveem 93 centavos. 

Sua receita no período caiu 56%, para US$ 15,9 bilhões, significativamente abaixo do esperado pelos analistas, que previam US$ 21,9 bilhões.

jum/bh/ll/lp/piz/cc

Fonte:         
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SINAVAL contesta Petrobrás e diz que contratação da indústria local ajudaria o Brasil na retomada pós-pandemia 31 Julho


Em 2014, setor naval oferecia 82 mil empregos diretos. Hoje são 15 mil.

O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, deu nesta semana um recado para a indústria naval: "o Brasil tem vantagens em recursos naturais e os chineses tem o potencial industrial". Ou seja, a companhia pretende continuar contratando suas plataformas na Ásia e, em especial na China. Mas parece esquecer que colocar frente a frente o mercado da Ásia e do Brasil é o mesmo que uma luta entre Mike Tyson e um peso pena. Afinal, o setor brasileiro possui mais impostos, leis trabalhistas, exigências de QSMS e um cipoal de regulação que dificultam a competição.

Diante das declarações de Castello Branco, o Petronotícias foi ouvir o setor naval sobre as opiniões e o posicionamento do presidente da estatal. A resposta foi dura: "Essa é a cabeça de quem acha que o Brasil sempre será colônia", disse o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sergio Bacci. Para o entrevistado, o governo brasileiro deveria, por meio da Petrobrás, fazer um grande acordo para realizar a construção de embarcações no Brasil e gerar emprego no período de pós-pandemia. "Eu acredito que muitos comércios vão fechar e a mão de obra ficará desempregada. A indústria teria um papel importante de assimilar boa parte desta mão de obra", avaliou.

Nossa reportagem tentou também ouvir o Presidente Castello Branco, apelando para o famoso "fator sua mãe". Será que o presidente teria o mesmo discurso se ele, a mãe ou um filho tivessem uma pequena ou média empresa brasileira fornecedora da Petrobrás? E uma segunda pergunta: Qual o conselho ele daria para o empresariado brasileiro da cadeia de petróleo e gás que, na grande maioria, estão com suas empresas praticamente despedaçadas, depois de uma sequência de graves crises. Tanto política quanto econômica. Perguntamos isso porque o executivo tem uma formação bem substanciosa e, talvez, tivesse uma dica importante de como ser competitivo nas atuais circunstâncias do país. A assessoria de imprensa da Petrobrás, no entanto, disse que o executivo não iria responder. Vejam agora as considerações de Sergio Bacci:

1.     Gostaria de começar pedindo sua avaliação da postura da atual gestão da Petrobrás de desprezo em relação à indústria naval brasileira.

Na realidade, a postura de desprezo da Petrobrás não é só com a indústria naval. É com a indústria brasileira. Na medida em que decide contratar tudo na China, a Petrobrás não está desprezando só a indústria naval mas toda a indústria nacional que fornece para a empresa. Se antes da pandemia essa postura já era um equívoco, no pós-pandemia será um equívoco ao quadrado.

2.     Por quê?

Porque ficou provado na pandemia que a dependência em tudo da China resulta em problemas. Haja visto a questão dos respiradores. O Brasil está com um trabalho enorme para comprar estes equipamentos porque só são feitos na China. Se o Brasil resolver comprar tudo na China, em algum momento teremos problemas.

Mas eu vou além. No pós-pandemia, estamos avaliando que teremos uma quantidade de desempregados formais na casa de 20 milhões a 25 milhões. Fora os informais. Esses são números que beiram, guardadas as devidas proporções, a Depressão de 30 nos Estados Unidos. E como os americanos saíram da crise na Depressão de 30? Foi em um grande acordo entre o governo, as indústrias e os trabalhadores. Este grande acordo e concertação que permitiram aos EUA sair da crise. E foi um processo demorado.

 3.     O mesmo deveria ser aplicado no Brasil na pós-pandemia?

Oferta-de-emprego-e-mapa-de-estaleiros-no-BrasilEntendemos que o ideal no pós-pandemia para o governo brasileiro, isto é, a Petrobrás, seria fazer uma concertação onde daria a prioridade para a construção no Brasil e geraria emprego aqui. Eu acredito que muitos comércios vão fechar e a mão de obra ficará desempregada. A indústria teria um papel importante de assimilar boa parte desta mão de obra.

O presidente da Petrobrás trata a companhia como uma empresa privada. Mas ele precisa entender que 50,26% do capital da Petrobrás é público. Então, ele não pode tratar a Petrobrás como se fosse uma empresa dele. Mais da metade desta companhia é da população brasileira. Portanto, seria bom o presidente atender a população brasileira, que é o seu chefe maior.

Não quero ser radical. O que temos falado, até internamente dentro da Petrobrás, é que se eles querem construir na China porque é mais barato, que pelo menos dividam algumas encomendas com o Brasil. Se, por exemplo, vão construir dez plataformas, que construam quatro delas no Brasil para não deixar a nossa indústria na mão.

A cabeça de Castello Branco é de quem está lidando com uma lojinha particular, dele mesmo. Mas acho que a Petrobrás não é a lojinha dele, e sim do conjunto dos brasileiros. Por isso, ele deveria pensar mais no conjunto dos brasileiros do que no capital privado.

 4.     O presidente da Petrobrás, durante uma transmissão online nesta semana, disse que os chineses produzem plataformas e o Brasil produz petróleo. Esta é a melhor estratégia para o país?

Essa é a cabeça de quem acha que o Brasil sempre será colônia. É importante exportar commodities, mas se conseguirmos exportar produtos e bens, com certeza teremos uma balança comercial muito melhor. Além disso, essa história que a China produz plataformas e nós só as commodities não é verdade. O Brasil produz plataformas e barcos de apoio também. Vale lembrar que por 10 anos, só para a Petrobrás, foram construídos aqui no país mais de 250 barcos de apoio.

Nós sabemos produzir. Só que para isso precisamos ter encomenda. E nós entregamos também, porque é mentira a história de que a indústria naval brasileira não entrega. Nós não atrasamos. Também não é verdade que a China entrega tudo no prazo, porque eles entregam com atraso, fora que os produtos chineses chegam ao Brasil e precisam passar por ajustes nos nossos estaleiros.

 5.     Poderia traçar um panorama atual da situação da indústria naval brasileira?

No ano 2000, tínhamos aproximadamente 1.000 empregos na indústria naval. Depois, com a retomada da indústria nos anos seguintes chegamos a um auge, em dezembro de 2014, de 82 mil empregos diretos no setor. Isso correspondia a aproximadamente a 320 mil empregos indiretos. Hoje, a indústria tem no país cerca de 15 mil empregos. Levando em conta só o Rio de Janeiro, o número baixou de 30 mil em 2014 para 3 mil.

Existiam 42 estaleiros funcionando no Brasil e hoje temos 15 unidades abertas. Mas muitos deles não estão produzindo embarcações. Estão fazendo reparos e servindo de estacionamentos para embarcação e terminais para contêiner. Tínhamos uma quantidade de estaleiros que atenderia toda a demanda que o Brasil viesse a ter. Hoje, existem de três a quatro estaleiros em recuperação judicial. Enfim, a situação é muito ruim.

Mas vamos ser otimistas. Esperamos que quando a pandemia acabar, o governo vai perceber a importância da indústria. E quando eu falo em indústria, não estou falando só de naval, mas a indústria como um todo. Ou o governo entende que a indústria terá um papel fundamental na retomada da economia brasileira ou teremos problemas seríssimos no país.

 6.     Ao que se deve essa sua previsão?

O setor de comércio e serviços vai demorar muito tempo para ser retomado. Está claro que a população vai empobrecer e o consumo vai diminuir. Consequentemente, o comércio e os serviços vão diminuir também. A nossa tábua de salvação será a indústria. Ou o governo entende isso ou tenho dificuldade em ver o futuro deste país.

7.     A indústria naval teme perder cérebros e talentos que foram sendo desenvolvidos durante a fase vertiginosa do setor?

Já estamos perdendo. Basicamente, a indústria está parada há cinco anos. A tecnologia se altera ano a ano. Então, evidentemente, se houvesse uma retomada hoje, teríamos que fazer um treinamento para readequação de mão de obra. Não perdemos tudo, mas perdemos uma parte do que foi preparado pelo setor até 2014. Se a situação atual permanecer, vamos voltar aos idos dos anos 2000. E aí, em uma possível retomada, será muito difícil por conta do custo caro para treinar a mão de obra. E no pós-pandemia dificilmente teremos recursos para atender essa demanda.

 8.     Citando novamente o webinar com os presidentes das petroleiras, muito se falou sobre a falta de competitividade do Brasil. Queria que o senhor falasse da competitividade do setor naval do país.

Bom, primeiro é preciso entender o que eles chamam de ser competitivo. Se ser competitivo para eles é conseguir disputar com a China, eu digo que nenhuma indústria consegue. Nenhuma. Se tirarmos a China e considerar apenas os demais países, conseguimos ser competitivos.

Provamos isso com os barcos de apoio. Quando falei que fizemos mais de 200 barcos de apoio no Brasil, é importante lembrar que no início dessas construções o país não era competitivo. Mas à medida que o Brasil foi construindo embarcações, passou a ser competitivo. Conseguimos nos tornar competitivos por conta da demanda da época.

Quando há demanda, é possível melhorar os índices de produtividade para poder se tornar competitivo. Nós somos competitivos. É verdade que podemos melhorar. Precisamos discutir formas. Sempre estamos dispostos a isso. Nunca deixamos de ser abertos ao diálogo. Quem não é aberto é o governo.

Em um ano e meio do [atual] governo, fomos recebidos uma vez pelo ministro de Infraestrutura. Um segmento importante como o nosso ser recebido uma vez pelo governo mostra como está o tratamento da indústria. Difícil...

 9.     Por fim, o senhor pode nos falar quais serão os próximos passos do Sinaval para ajudar o setor?

O Sinaval está disposto a dialogar e ver o que é possível para ajudar o país. O mais importante de tudo é, no pós-pandemia, termos uma grande concertação para sairmos melhores desta pandemia. Isto é o mais importante neste momento: diálogo. Ver o que é o possível para ajudar os brasileiros, que terão muitas dificuldades no pós-pandemia. E aí, o Sinaval está aberto ao diálogo para dar sua contribuição e ajudar o país a sair da grande crise que enfrentaremos nos próximos anos.

 Fonte: Petronotícia

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Módulo III

Privatização de refinarias da Petrobrás pode provocar desabastecimento 30 Julho


Um dos riscos do processo de venda é que sejam criados pequenos monopólios regionais, com aumento de preços para o consumidor

Enquanto a população sofre com o novo coronavírus, o governo Bolsonaro aproveita a pandemia para acelerar a privatização de refinarias da Petrobras. A medida pode provocar desabastecimento.

De acordo com reportagem de Dayane Ponte (TVT), um acordo entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras foi formado recentemente para a venda de refinarias no Norte, Nordeste e Sul do país. Estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro apontou impactos, em médio e em longo prazo, da privatização dessas unidades.

"Em uma primeira etapa fizemos uma análise das áreas de influência das refinarias que estão sendo ofertadas pela Petrobras. São oito refinarias colocadas para privatização", afirma o professor Antônio Márcio Thomé, do Departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio.

"Numa segunda etapa nós buscamos entender como o mercado estaria reagindo a essa iniciativa de privatização. Não necessariamente se aumenta a competitividade pela privatização. A segunda grande conclusão que nós tiramos do estudo foi da necessidade de estabelecimento de período de transição com regras claras. E também reforço dos órgãos reguladores de controle", disse ainda.

Ele entende que qualquer transição deve se dar protegendo o aumento de competitividade e o barateamento do combustível para o consumidor.

No acordo para venda dos ativos há uma determinação de que refinarias localizadas na mesma região não sejam adquiridas pelo mesmo comprador ou por empresas do mesmo grupo econômico para evitar monopólio. Mas é possível que a concorrência seja limitada ou até mesmo que determinadas regiões não sejam atendidas.

Atratividade dos ativos

"Você precifica os ativos a partir da expectativa do fluxo de caixa que eles vão gerar no futuro. E com a deterioração do preço dos derivados, tanto no mercado nacional como no internacional, você de fato tem um impacto na precificação dos ativos. A Petrobras vai sentir. Isso provavelmente faz com que alguns dos possíveis compradores que estariam dispostos a entrar no processo não entrem, você diminui as empresas interessadas nesses ativos", afirma o pesquisador Henrique Jager, do Inep. Ele entende que é grande a possibilidade de serem criados pequenos monopólios regionais

Para Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), nenhuma empresa vai ter interesse em vender combustíveis em áreas remotas do sertão do Nordeste, ou áreas remotas no Norte do país.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as refinarias respondem por quase 40% da operação de importação de gás de cozinha. A privatização pode provocar desabastecimento porque o sistema de integração, atualmente promovido pela Petrobras, das oito refinarias pode acabar se cada uma delas passar para grupos diferentes. Segundo Deyvid, isso também vai repercutir no preço ao consumidor.

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Fonte: Seu Jornal

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Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI



A ditadura de Rafael Trujillo

Rafael Leónidas Trujillo Molina chegou ao poder na República Dominicana em agosto de 1930 e de lá só saiu em 1961, assassinado numa emboscada financiada pela Agência Central de Inteligência (CIA). Talvez seja um dos poucos casos na história da América Latina em que o governo norte-americano tenha agido para depor um ditador que sempre teve seu apoio quase irrestrito. Isso diz muito sobre o desgaste que representava, para o governo dos Estados Unidos, ter sua imagem associada à de Trujillo, um dos ditadores mais emblemáticos e autoritários da história do continente.

A família de Trujillo era dona de aproximadamente 70% das terras cultiváveis da República Dominicana — não por acaso, em 1936 ele rebatizou a capital, Santo Domingo, de Ciudad Trujillo, nome que se manteria até 1961. Fez da tortura e dos assassinatos seletivos sua arma contra as figuras políticas e civis, eliminando assim quem se pusesse no caminho. Por meio de um organizado sistema de vigilância e inteligência, auxiliado pelas forças armadas e com o apoio da igreja católica, Trujillo exerceu poder quase absoluto.

Rafael Leónidas Trujillo governou o país por 31 anos (Foto: Reprodução)


Ao longo da Era Trujillo surgiram alguns movimentos de resistência, porém incapazes de ameaçar a ordem política estabelecida. No início de 1960, a polícia dominicana prendeu milhares de pessoas acusadas de tramar clandestinamente a derrubada do “Benfeitor da Pátria”. Os presos, que pertenciam às células secretas da organização clandestina Movimento Patriótico 14 de Junho, foram torturados pelo Serviço de Inteligência Militar (SIM), chefiado por Johnny Abbes García.

O centro de detenção, chamado “La 40”, era na verdade um centro de tortura equipado com artefatos modernos, onde os prisioneiros eram interrogados — não raro durante meses — para dar informações sobre o Movimento.

Esse episódio levou bispos e sacerdotes da igreja católica a pedir, em cartas pastorais, a libertação dos prisioneiros a Trujillo. Ao invés de atendê-los, porém, o ditador atacou a igreja, acusando-a de “comunista e ingrata”, já que o governante sempre oferecera apoio financeiro à construção de templos e instituições de caridade. A campanha contra os sacerdotes, encabeçada pelos agentes do SIM, culminou numa série de episódios de intimidação e abusos, em que alguns deles foram presos e também enviados a “La 40”.

Diante das denúncias das prisões e torturas, delegados da Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiram, em agosto de 1960, expulsar a República Dominicana e impor sanções diplomáticas e econômicas ao país. Mas nem a oposição nem a comoção internacional conseguiram frear o autoritarismo de Trujillo. Foi assim que, a um só tempo, o ditador começou a perder o apoio tanto da igreja quanto do seu maior aliado, os Estados Unidos.

Em novembro de 1960, Trujillo ordenou o assassinato das irmãs Minerva, Patria e Maria Tereza Mirabal, presas por pertencerem ao Movimento 14 de Junho. Apesar de terem sido libertadas graças à intervenção da Comissão de Paz da OEA, Trujillo estabeleceu um plano violento para eliminá-las:  mandou transferir os respectivos maridos, detidos em Santo Domingo, para a prisão de Puerto Plata, a duas horas de onde vivia a família, obrigando-as a viajar para visitá-los. Numa dessas viagens, as irmãs Mirabal foram detidas numa emboscada, torturadas e assassinadas, juntamente com o motorista, Rufino de La Cruz. Seus corpos foram colocados de volta no carro e lançados num precipício, a fim de simular um acidente.

Esse brutal assassinato marcou o início da queda de Rafael Trujillo. O caso das irmãs Mirabal despertou a solidariedade de grande parte da sociedade dominicana, cansada do autoritarismo do governo. Em 30 de maio de 1961, numa emboscada preparada por seus próprios funcionários e financiada pela CIA, Trujillo foi assassinado.


Galeria 


Sessenta tiros: jornalistas observam o carro, perfurado de balas, no qual Trujillo foi assassinado, em Ciudad Trujillo (Santo Domingo), dias após a investida. Segundo a versão oficial, dois dos assassinos foram mortos no tiroteio com a polícia
(Foto: Bettmann/Getty Images) 



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Biografia       Naná Vasconcelos (76 anos)  Juvenal de Holanda Vasconcelos  2/8/1944 Recife, PE  9/3/2016 Recife, PE -   Instrumentista (percussionista). Compositor. Aprendeu a tocar sozinho ainda na infância, batucando em panelas e penicos. Aos doze anos, apresentava-se profissionalmente em bares e clubes. Jamais frequentou nenhuma escola de música, tendo, por toda sua carreira, sido autodidata. Em uma entrevista declarou: “Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de bicicleta. Seu corpo se lembra.”. Foi eleito oito vezes, entre 1983 e 1990, pela revista Down Beat, considerada a Bíblia do Jazz, o melhor percussionista do mundo.  Em 2015, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). No mesmo ano, descobriu um câncer no pulmão esquerdo e passou quase um mês internado.  Morreu no ano seguinte, vitimado por complicações derivadas do câncer. Permaneceu internado por dez dias no hospital Unimed III, no Recife, onde sofreu uma parada respiratória a qual não resistiu. O velório ocorreu na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Segundo familiares, o músico se sentiu mal após apresentar-se em Salvador, num show com o violoncelista Lui Coimbra. Seu corpo foi sepultado no cemitério de Santo Amaro, no dia seguinte a sua morte. Sobre sua partida, o governador Paulo Câmara declarou: “Pernambuco acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”. Foi decretado luto oficial de três dias.


Biografia    Carlos Cachaça (118 anos) Carlos Moreira de Castro 3/8/1902 RJ 16/8/1999 RJ Compositor. Cantor. Filho de funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil, nasceu no morro da Mangueira, em uma das casas que a companhia alugava para seus funcionários. Seu pai, Carlos, abandonou a família. D. Inês, sua mãe, vendo-se em dificuldade para criar seus seis filhos menores, o entregou ao padrinho, o portuguêsTomás Martins, dono de vários barracos no morro da Mangueira. Logo, o menino passou a  fazer cobranças, lidar com recibos e anotações dos aluguéis, substituindo o padrinho analfabeto. Aos16 anos, atuava como pandeirista no conjunto de Mano Elói (Elói  Antero Dias). O pseudônimo "Cachaça" surgiu em uma das reuniões na casa do tenente Couto (do Corpo de Bombeiro), na qual estavam presentes três Carlos. Para diferenciá-lo, o anfitrião sugeriu "Cachaça", bebida preferida do compositor, na época com 17 anos. Em 1922, conheceu Cartola, com quem mais tarde comporia diversos clássicos.
Fundou, em 1925, juntamente com Cartola, Marcelino José Claudino, Francisco Ribeiro e Saturnino Gonçalves, o Bloco dos Arengueiros, que mais tarde deu origem à Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, da qual também foi um dos fundadores, participando de todas as reuniões preliminares sem, contudo, comparecer à reunião de fundação por estar de serviço.
No ano de 1926, entrou para Estrada de Ferro Central do Brasil, galgando vários cargos, permanecendo até o ano de 1965, quando se aposentou como oficial de administração. Com sua primeira mulher, Maria Aída da Silva, teve três filhos: Luco, José Carlos e Marinês.
Casou-se com Menininha (Clotilde da Silva, falecida em 1983), irmã de Dona Zica, com a qual viveu durante 45 anos.
Foi presidente de honra da Mangueira e da Academia Brasileira da Cachaça, da qual constam apenas 40 membros acadêmicos. Em 1998, antes de falecer, fez seu último desfile pela Mangueira. Já debilitado em uma cadeira de rodas, presenciou a escola sagrar-se campeã com o enredo "Chico Buarque da Mangueira", desfilando ao lado do homenageado, que o beijou repetidas vezes. Co-autor do livro "Fala, Mangueira", com Marília T. Barboza da Silva e Arthur L. Oliveira Filho em 1980, lançado pela Editora José Olympio. Autor de "Alvorada", livro de poemas e letras, publicado pela Funarte em 1989, organizado por Marília Trindade Barboza.


Biografia      Dominguinhos do Estácio (79 anos) Domingos da Costa Ferreira 4/8/1941 RJ - Cantor. Compositor. Nasceu no Morro de São Carlos, no local denominado de Terreiro Grande. Começou a carreira como puxador de samba-enredo para a Escola de Samba Estácio de Sá, passou pela Grande Rio e Imperatriz Leopoldinense. Em 1996 transferiu-se para a Unidos do Viradouro, escola da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.

Paulo Jobim (70 anos) Paulo Hermanny Jobim   4/8/1950 Rio de Janeiro, RJ  Compositor. Instrumentista. Arranjador. Arquiteto. Filho do compositor Antonio Carlos Jobim. Estudou com Evandro Ribeiro (piano), Monina Távora (violão), Wilma Graça (solfejo e teoria), Odete Ernest Dias (flauta), Guerra Peixe (harmonia, contraponto e composição), Hans Koelreutter (harmonia, contraponto de Palestrina e arranjo), Don Sebesky (arranjo e “film scoring”), Jeffrey Langley (música contemporânea, “eartraining” e composição). Formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. 


Biografia –    Orlandivo (83 anos) Orlandivo Honório de Souza 5/8/1937 Itajaí, SC  8/2/2017 RJ - Compositor. Cantor.  Começou a tocar gaita de boca aos seis anos de idade. Em 1946, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família. Morou com a família por 12 anos no Hotel Rio Minas na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro. Trabalhou como baleiro de cinema. Nessa cidade, conheceu Paulo Silvino Neto Filho, parceiro de suas primeiras composições: "Cinderela", "João e Maria" e "Saudade dói demais".  


Biografia      Adoniran Barbosa (110 anos) João Rubinato 6/8/1910 Valinhos, SP  
 23/11/1982 São Paulo, SP -   Compositor. Cantor. Humorista. Ator.  Filho de imigrantes italianos. Ainda muito jovem em Jundiaí, passou a ajudar  o  pai no serviço de cargas em vagões da E.F. São Paulo Railway, atual E.F.Santos - Jundiaí. Ainda em Jundiaí,  trabalhou  como entregador de marmitas e varredor numa fábrica. Em 1924, transferiu-se com a família para Santo André,  onde  exerceu as funções de tecelão, pintor, encanador,  serralheiro e garçom, na casa do então Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras. Posteriormente, foram para São Paulo, onde aprendeu o ofício de metalúrgico - ajustador no Liceu de Artes e Ofícios. Foi obrigado a abandonar a função porque seus pulmões  ficaram afetados pelo pó do ferro esmerilhado. Empregou-se em outras funções, entre as quais a de vendedor.  Foi apelidado de "Noel Rosa paulista". E um símbolo quase unânime do chamado samba paulista/paulistano do Brás. Seu nome artístico surgiu a partir do aproveitamento do nome Adoniran, do amigo Adoniran Alves, colega de boemia, e Barbosa, do cantor e compositor Luiz Barbosa, pioneiro do samba de breque


Biografia       Baden Powell (83 anos) Baden Powell de Aquino 6/8/1937 Varre-Sai, Itaperuna, RJ - 26/9/2000 Rio de Janeiro, RJ - Violonista. Compositor. Nasceu em Varre-Sai, distrito de Itaperuna. Aos três meses de idade, foi com a família para o Rio de Janeiro. Morou nos bairros de Vila Isabel e São Cristóvão, Zona Norte da cidade, onde passou toda a sua infância. Filho do sapateiro e músico amador Lilo de Aquino e de Adelina, recebeu o nome em homenagem ao britânico Robert Stephenson Smyth Baden Powell, o fundador do escotismo. Filho mais novo do casal, teve dois irmãos: Jackson, que morreu ainda bebê, e Vera. Começou sua vida musical brincando com o violino do pai, sendo, mais tarde, presenteado com um violão. Apesar de canhoto, tocava o instrumento como destro. Teve sólida formação violonística, e, desde criança, era possível perceber seu talento para a música. Seu primeiro professor de violão foi Meira (Jayme Florence), então violonista do regional de Benedito Lacerda, com quem começou seus estudos, aos oito anos de idade. Teve ainda influências de Garoto e Dilermando Reis. Por volta dos 12 anos, ingressou na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro. Sua primeira apresentação pública foi aos nove anos de idade, no programa "Papel carbono" (Rádio Nacional), de Renato Murce, no qual recebeu o Prêmio de Melhor Violão Solo, por sua interpretação da música "Magoado", de Dilermando Reis. Em seguida, apresentou-se em outros programas populares da época, como "Programa do guri" e "Calouros do Ary", comandado por Ary Barroso. Conheceu muitos músicos famosos, apresentados por Meira, entre eles Pixinguinha. Aos 13 anos, tocava em bailes nos subúrbios cariocas e shows, como solista ou acompanhando cantores. Em 1950, Renato Murce reuniu calouros talentosos no show "Arraia miúda", apresentado no Teatro João Caetano(RJ). Nesse show, apresentaram-se, também, Claudette Soares e Alaíde Costa, em uma temporada de três meses, com grande sucesso. Renato Murce também promoveu excursões pelo interior do país, no período das férias escolares, impulsionando a carreira de quem seria um dos maiores violonistas brasileiros. Mais tarde, estudou, também, com Moacir Santos. Segundo ele mesmo, em entrevista ao jornal O Globo, em março de 2000, "Moacir me passava exercícios de composição em cima dos sete modos gregos (...). Foram esses exercícios que viriam a se tornar mais tarde os afro-sambas." Casou-se com Heloísa Setta, em março de 1963, tendo como padrinho o parceiro Vinicius de Moraes. No fim de 1965, separou-se de Heloísa, começando namoro com Tereza Drummond, com quem viveu até 1969. Em 1970, conheceu Márcia Siqueira Toledo, então com 16 anos de idade, com quem começou a viver. Em 1975, casou-se com Sílvia Eugênia, com quem teve dois filhos, Philippe Baden Powell e Louis Marcel Powell. No fim dos anos 1990, separou-se de Sílvia, passando a viver com Elizabeth Amorim do Carmo. Por diversas vezes, internou-se para desintoxicar-se do abuso do álcool. Morreu na manhã do dia 26 de setembro, do ano de 2000, na Clínica Sorocaba, no bairro de Botafogo(RJ), onde estava internado desde o dia 24 de agosto. O corpo foi velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. O enterro foi realizado às 11h do dia 27 de setembro no Cemitério de São João Baptista, em Botafogo(RJ).


Biografia    Paulo Sérgio Valle (80 anos) Paulo Sérgio Kostenbader Valle 6/8/1940 Rio de Janeiro, RJ Compositor. Irmão do instrumentista, compositor e cantor Marcos Valle. Formado em Direito pela antiga Universidade Estadual da Guanabara.

Fonte: Ricardo Cravo Albin

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Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana.  Topo


Intervalo compreendido do dia 31 de julho a 06 de agosto

31

01

02

 Aquiles Medeiros (95 anos)
Barbeirinho do Jacarezinho (70 anos)
Carvalhinho (50 anos) 
Clodo Ferreira (69 anos)
Dennis DJ (40 anos)
Eduardo Pepato (33 anos)
Luciana Coló (52 anos)
Luís da Câmara Cascudo (34 anos)
Marco César (60 anos)
Max Pierre (72 anos)
Pedro Amparo (30 anos)
Pernambuco do Pandeiro (96 anos)
Rosinha de Valença (79 anos)
Silvana Stiévano (58 anos)
Susanne Brandão (51 anos)
Ted Moreno (88 anos)

Arlindo Marques Júnior (107 anos)
Bastos Tigre (63 anos)
Buci Moreira (111 anos)
Capitão Barduíno (53 anos)
Gaby Amarantos (42 anos)
Levita (75 anos)
Ney Matogrosso (79 anos)
Nilo Roméro (60 anos)
Orlando Dias (97 anos)
Renata Fronzi (95 anos)
Roberto Paiva (6 anos)
Silvia Duffrayer (35 anos)
Victor Simon (104 anos)

 Alberto Pittigliani (17 anos)
 Alexandre Paiva (64 anos)          Edna Fagundes (83 anos) 
Gervásio Horta (83 anos)
Giselle Tigre (48 anos)
 Luiz Gonzaga (31 anos)
Manoel de Elias (106 anos)
Morgana (86 anos)
Naná Vasconcelos (76 anos)
Ovídio Chaves (42 anos)
Paulinho Nogueira (17 anos)
Paulo Márcio (63 anos)
Sérgio Murilo (79 anos)

03

04

05

Antônio Garcia Miranda Neto (117 anos)
Antúlio Madureira (63 anos)
Arnoldo Medeiros (75 anos)
Carlos Cachaça (118 anos)
Carlos Careqa (59 anos)
Casé (88 anos)
Clauky Boom (49 anos)
Dom Um Romão (95 anos)
Estevam Moura (113 anos)
Ezio Filho (52 anos)
Franco Paulino (79 anos)
Ladário Teixeira (56 anos)
Luis Nonato (68 anos)
Lúcio Alves (27 anos)
Marcus Viana (67 anos)
Nonato Luiz (68 anos)
Paulinho Pedra Azul (66 anos)
Roberto Seresteiro (37 anos)
Severino Araújo (8 anos)
Vassourinha (78 anos)
Zeca Costa (52 anos)

Abraão Valério (80 anos)
Claudio Celso (65 anos)
Cleber Augusto (70 anos)
Dick Farney (33 anos)
Dominguinhos do Estácio (79 anos)
Ed Maciel (9 anos)
Esmeralda Ortiz (41 anos)
Evaldo Rui (66 anos)
Freire Júnior (139 anos)
Luiz Melodia (3 anos)
Nadinho da Ilha (11 anos)
Nilton Rangel (71 anos)
Paulo Jobim (70 anos)
Sinhô (90 anos)
Voninho (81 anos)
Zérró Santos (66 anos)

Adalto Magalha (4 anos)
Airto Moreira (79 anos)
Arnaldo Amaral (108 anos)
Ataulpho Alves Júnior (77 anos)
Batatinha (96 anos)
Carlos Colla (76 anos)
Carmen Miranda (65 anos)
Claudê Lopes (50 anos)
Fabio Girão (61 anos)
Iso Fischer (68 anos)
J. M. Alves (113 anos)
Jaime Ovalle (126 anos)
João Pacífico (111 anos)
Luiz Carlos de Paula (68 anos)
Luiz Celso de Carvalho (71 anos)
Orlandivo (83 anos)
Rodrigo Y Castro (45 anos)
Rogério Lopes (50 anos)
Salvador Correia (49 anos)
Serafim Adriano (13 anos)
Vander Lee (4 anos)
Xerém (109 anos)
Zabé da Loca (3 anos)
Zezé Fonseca (105 anos)
Zé Carlos (77 anos)
Zé Carlos Bigorna (68 anos)

06

Adoniran Barbosa (110 anos) - Alan Sommer (49 anos) - Albertino Pimentel (91 anos)- Alberto Calçada (91 anos) - Anilza Leoni (11 anos) Baden Powell (83 anos) Carramona (91 anos) Celso Blues Boy (8 anos) Chatim (105 anos) Geraldo Flach (75 anos) Geraldo Flach (75 anos) Gilberto Teixeira (67 anos) Isa Taube (55 anos) Johnny Hooker (33 anos) Jorge Amado (19 anos) Lúcio Sherman (47 anos) Marvio Ciribelli (60 anos)- Moacir Santos (14 anos) Paulo Sérgio Valle (80 anos) Ricardo Duna (60 anos) Thiago Marques Luiz (41 anos) Thiago Marques Luiz (41 anos) Tiago Souza (39 anos) Xisto Bahia (179 anos)
































Fonte: Dicionário Ricardo Cravo Albin

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Módulo VII

Como uma das principais petrolíferas se destacou quando os preços caíram

    28 JulhoEscrito por  Alex Kimani

 


Quando os preços do petróleo caíram para mínimos históricos em abril, a maioria dos produtores de petróleo,

incluindo os países da OPEP +, respondeu cortando drasticamente a produção para se livrar do enorme excesso de oferta. No entanto, uma empresa de petróleo respondeu fazendo exatamente o contrário: aumentando a produção e armazenando o excesso de petróleo em antecipação a uma recuperação do mercado. A gigante estatal norueguesa de petróleo e gás Equinor é uma das poucas empresas de petróleo que conseguiram lucrar nesse mercado tumultuado depois que sua aposta no armazenamento de petróleo valeu a pena. A Equinor divulgou um lucro líquido  surpresa de US $ 646 milhões no segundo trimestre, superando as expectativas de Wall Street de uma perda de US $ 250 milhões, graças aos enormes lucros comerciais, apesar de uma queda de 53% na receita, para US $ 8,04 bilhões.

A divisão de marketing da Equinor apresentou resultados recorde, com os ganhos ajustados no segundo trimestre da divisão de marketing, midstream e processamento da empresa chegando a US $ 696M, contra apenas US $ 74M um ano atrás.

Curiosamente, a Equinor também se destacou de seus pares europeus, mantendo suas previsões de preços de petróleo a longo prazo, evitando assim uma potencial baixa contábil. A companhia de petróleo controlada pelo estado manteve sua previsão anterior do preço do barril a US $ 80 em 2030.

O impressionante trimestre da Equinor pode ser diretamente atribuído à execução perfeita dos chamados jogos de óleo de contango.

Quando os preços do petróleo caíram em abril, a diferença de preço entre um contrato Brent para contrato a prazo de seis meses e outro para entrega imediata - uma medida fundamental do grau de contango - caiu para um recorde de quase - US $ 14 o barril, superando o último grande contango testemunhado durante a crise financeira de 2008-09.

A Equinor aproveitou a oportunidade e começou a armazenar milhões de barris da commodity, enchendo seus navios com petróleo bruto, transformando-os em instalações de armazenamento flutuantes e alugando armazenamento em terra em outros lugares. A empresa fez isso antecipando que seria capaz de aumentar seu estoque de petróleo com lucro quando os preços se recuperassem posteriormente no famoso  jogo de contango.

E os preços se recuperaram.

Após acumular a média de uma baixa de vários anos de US $ 18,38 / barril em abril, os preços do Brent tiveram uma recuperação significativa, com média de US $ 29,38 em maio e, posteriormente, cruzando e mantendo acima da marca de US $ 40 / barril no final de junho. A Equinor aproveitou a alta do preço do petróleo para vender seus estoques, o que, combinado com outras atividades de comércio de petróleo, ajudou a entregar um recorde de cerca de US $ 1,16 bilhão em ganhos ajustados antes dos impostos em apenas um trimestre.

"O aumento deveu-se principalmente ao mercado de contango durante o trimestre e aos bons resultados do comércio de refinados", disse a empresa durante seu último relatório de resultados.

A Equinor foi jogador duro e solitário no jogo contango.

Empresas de petróleo experientes, como a Royal Dutch Shell, bem como casas comerciais como Glencore, Vitol e Trafigura, foram feridas durante a queda do preço do petróleo. Enquanto isso, a Reuters informou em junho que a unidade de negociação de commodities da Goldman Sachs registrou mais de US $ 1 bilhão em receitas de negociação, depois de prever corretamente o colapso e posicionar suas mesas de acordo. A BP P, a Total SA, Eni SpA e a Lukoil PJSC também possuem grandes mesas de negociação cujos lucros podem ajudar a compensar as perdas devido aos baixos preços do petróleo.

Obviamente, um componente-chave de uma execução bem-sucedida do contango é o acesso a um amplo armazenamento. Felizmente, a Equinor era bem dotada nesse departamento, com suas cavernas subterrâneas de Mongstad, Eldar Saetre, capazes de conter quase 9,5 milhões de barris. A empresa também disse que havia alugado capacidade de armazenamento na Coréia por anos e também usava extensivamente armazenamento flutuante.

Infelizmente, a falta de espaço de armazenamento é a principal razão pela qual os preços caíram em território negativo em abril - e a razão pela qual muitos outros traders foram impedidos de obter os suculentos lucros do contango.

Fonte: Oilprice.com

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Módulo VII_I

ECONOMIA

BB faz 'negócio de pai pra filho' com o BTG Pactual


Estatal vende carteira de crédito de R$ 3 bilhões por R$ 300 milhões para banco fundado por Paulo Guedes

Por MARTHA IMENES

BB, na gestão Novaes, vendeu carteira para banco criado por Guedes - Agência Brasil
Pechincha, substantivo feminino, que quer dizer benefício expressivo e significante; vantagem, barganha, lucro obtido de maneira inesperada e/ou imerecida. No caso do banco BTG Pactual, desembolsar R$ 300 milhões pela carteira de empréstimo do Banco do Brasil, que tem R$ 3 bilhões a receber, foi uma verdadeira pechincha. A denúncia do negócio "de pai pra filho" foi feita pelo ex-governador e pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT-CE) em seus perfis nas redes sociais.

Na web, Ciro denunciou a negociata, que ele classificou de "roubo moderno". "Estão roubando de braçada. É um negócio absolutamente escandaloso o governo do 'seu' Jair Bolsonaro", conclui. O vídeo com do ex-governador pode ser visto em https://www.instagram.com/tv/CDPpyS1BZNO/?igshid=1vsj0cknxhz2c.

A transação do BB, que é estatal, com o BTG Pactual, fundado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, pode ter sido o estopim para o pedido de demissão do presidente da instituição Rubens Novaes. O BB nega. Em entrevista, Novaes afirmou que "não se adaptou à cultura de privilégio, corrupção e compadrio de Brasília".

Fake news
Só para lembrar: além da venda de créditos por quase 10% do seu real valor, o BB é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos em publicidade em sites que divulgam notícias falsas. O caso levou à suspensão dessas propagandas do BB em blogs, portais e redes sociais suspeitos de propagar mentiras.

Os sites e blogs, que são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, também são alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga as fake news. Seus proprietários, inclusive, chegaram a ser conduzidos para prestar contas à Justiça e seus perfis em redes sociais foram desativados.

Respostas
Procurado pelo jornal O DIA, o BB informou que a negociação passou por licitação e que é prática comum no mercado. Salientou ainda que todas as transações são feitas com aval de um comitê e que não se trata de decisão individual. Já o BTG Pactual disse que não vai comentar o assunto.

Senador quer ouvir ex-presidente
O fato de o BB estar no centro de polêmicas nos últimos meses, como a das fake news e o negócio com o BTG Pactual, fez o Senado acender a luz amarela. A afirmação de Rubens Novaes de que o banco precisa de renovação para enfrentar a inovação no mercado e que ele não se acostumou com os esquemas de Brasília, preocupou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que quer ouvir o ex-executivo.

"Trata-se de colocação que traz enorme preocupação, pois pode indicar que grupos criminosos estão interessados em avançar sobre o gigantesco patrimônio do BB, assim como pode evidenciar que o senhor Rubem Novaes tomou conhecimento de tentativas de práticas de corrupção na sua gestão", disse.

 Fonte: Jornal O Dia

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Módulo VII_II

Reforma tributária de Guedes cobra mais da sociedade e facilita privatizações com dinheiro da Previdência

30 Julho  Escrito por  Maria Lucia FattorelliO ministro da Economia Paulo Guedes entregou ao Congresso Nacional a primeira fase da proposta de reforma tributária, referente à criação de uma nova contribuição social que incidirá sobre operações com bens e serviços, a CBS.face-mulher Carga maior continua sobre os mais fracos

Apesar da propaganda de que estariam promovendo uma grande simplificação e facilitando a vida do contribuinte, na prática, a proposta provocará aumento da carga tributária e a simplificação é pífia, tendo em vista que a nova CBS engloba apenas duas contribuições sociais já existentes: a Cofins (contribuição para o financiamento da Seguridade Social) e PIS/Pasep (contribuições para os programas de integração social e formação de patrimônio do servidor público).

Na Câmara, a proposta recebeu o número de PL 3.887/2020, e determina que CBS incidirá sobre o auferimento da receita bruta, à alíquota de 12%, exceto para instituições financeiras, que terão tratamento privilegiado: alíquota de 5,8% e ainda poderão fazer diversas deduções da base de cálculo.

A alíquota de 12% será repassada aos consumidores e destacada na nota fiscal referente à venda de bens e serviços, ou seja, os consumidores pagarão essa contribuição majorada.

Porém, as empresas não recolherão esses 12% aos cofres públicos, pois a CBS não será cumulativa, ou seja, os contribuintes poderão escriturar os valores pagos em suas compras e compensar com o valor que incidiu sobre suas vendas, recolhendo somente a diferença.

Conforme exposição de motivos do PL 3.887/2020, "todo e qualquer crédito vinculado à atividade empresarial poderá ser descontado da CBS devida e os créditos acumulados serão devolvidos."

Preço será cobrado da população

O PL 3.887/2020 trouxe para a legislação federal a Súmula 509 do STJ, referente ao ICMS, e admite que "a pessoa jurídica adquirente de boa-fé, na hipótese de declaração de inidoneidade do documento fiscal ou da pessoa jurídica emitente, poderá apropriar crédito da CBS desde que comprove a ocorrência da operação e o pagamento do preço".

Sem dúvida, está havendo uma facilitação para o aproveitamento de créditos, porém, não são todas as empresas que possuirão créditos para compensar, em especial algumas do setor de serviços.

Compensando ou não, a sociedade que consome pagará pela nova alíquota de 12%, que certamente impactará no aumento dos preços cobrados da população.

Atualmente, na modalidade de não-cumulatividade (modalidade que permite a compensação de créditos), as alíquotas da Cofins e do PIS/Pasep são respectivamente de 7,6% e 1,65%, portanto, somadas, correspondem a uma carga tributária de 9,25%. As instituições financeiras já possuem tratamento privilegiado atualmente e pagam 4% e 0,65%, respectivamente, a título de Cofins e PIS/Pasep.

A outra modalidade, na qual não há compensação de créditos, tem sido utilizada pelas milhões de empresas tributadas pelo Lucro Presumido, em especial as prestadoras de serviços, que não possuem muitos créditos para compensar. Atualmente, as alíquotas da Cofins e do PIS/Pasep para quem não compensa créditos são respectivamente de 3% e 0,65%, totalizando 3,65%. Essa modalidade está sendo extinta pelo PL 3.887/2020.

Mais pesado para as pessoas de baixa renda

É inegável o aumento da carga tributária sobre o consumo, o que agrava a regressividade do modelo tributário brasileiro, e o seu ônus muito mais pesado, proporcionalmente, sobre as pessoas de baixa renda, que empregam tudo que ganham para adquirir produtos necessários à sua sobrevivência.

Mais da metade da arrecadação tributária brasileira advém de tributos que incidem sobre o consumo, o que coloca o Brasil como um dos países mais injustos do mundo em matéria tributária.

A nova CBS vai piorar essa condição, quando deveríamos estar buscando o contrário, tendo em vista a dramática desigualdade social já existente no Brasil. O sistema tributário pode e deveria ser a via mais óbvia para distribuir renda, desde que os tributos sejam cobrados diretamente sobre os grandes lucros e fortunas dos mais ricos. Estamos fazendo o inverso!

A proposta de Guedes ainda representará um risco financeiro ao financiamento da Seguridade Social, que atualmente tem a garantia de receber a totalidade do que se arrecada a título de Cofins e passará a receber um percentual do que se arrecadará com a CBS.

De acordo com o PL 3.887/2020, apenas uma parte da arrecadação da CBS irá diretamente para o caixa da Seguridade Social, tendo em vista que está mantida a destinação de recursos às finalidades do Art. 239 da Constituição Federal, que destina no mínimo 28% das contribuições do PIS/Pasep para o BNDES.

Com a criação da CBS, a destinação de recursos arrecadados pela contribuição ao Pis/Pasep foi modificada, conforme artigos 89 e 90 do PL 3.887/2020, que destinam, respectivamente, 12,95% da CBS ao FAT e 5,3% ao BNDES.

Privatizações do patrimônio público

Conforme tabela no final deste artigo, em 2019, a arrecadação do Pis/Pasep foi de R$ 67,5 bilhões, enquanto a Cofins arrecadou mais de R$250,5 bilhões, ou seja, quase quatro vezes mais.

A atual garantia de destinação da totalidade da arrecadação da Cofins ao financiamento da Seguridade Social passa a ficar sujeita a um percentual da CBS, que pode ser alterado a qualquer momento, por exemplo, aumentando-se a parcela destinada ao BNDES, que tem financiado privatizações de patrimônio estratégico, contrariamente aos interesses da sociedade e da economia do país, e na contramão do que o resto do mundo está fazendo.

Assim, na prática, sob a justificativa de simplificação tributária, a proposta de Guedes aumenta a carga tributária que recai sobre o consumo, penalizando os mais pobres, e fragiliza o caixa da Seguridade Social, podendo ainda facilitar o direcionamento de recursos para a priorização de seu objetivo de "privatizar tudo"!

É preciso que o Congresso Nacional aprofunde o debate para que a reforma tributária necessária aconteça em direção oposta, aumentando-se os tributos diretos que incidem sobre os lucros, grandes fortunas e demais ganhos sobre aplicações financeiras.

Fonte: ExtraClasse

 Fonte:

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Módulo VII_III

Petrobras desaponta construção naval nacional: Estaleiros perdem o Filé mignon de obras para 3 navios plataformas do tipo FPSO no gigantesco campo de Búzios, no pré-sal

Representantes da Petrobras disseram em entrevista online que a estatal vai seguir o que está na LEI e que os interesses concentram-se em preço, qualidade e segurança. 


A construção naval brasileira executará apenas 25% das obras

Os principais estaleiros do Brasil estavam contando com a solidariedade da Petrobras nesses últimos tempos. O anúncio da estatal para afretar 3 navios plataformas do tipo FPSO (Unidade flutuante de armazenamento e transferência) para o gigantesco Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, deixou a construção naval nacional em alerta, junto com a esperança de que estas obras fossem executadas no país, gerando emprego e reaquecendo a economia deste setor. Mas parece que não foi desta vez.

Houve uma entrevista online com dois representantes da Petrobras na última sexta-feira(31): Carlos Alberto de Oliveira, diretor de E&P e Roberto Castello Branco, atual presidente da estatal.

Oliveira disse que seguirá o que está na lei, ou seja, a obrigatoriedade de cumprir pelo menos 25% de conteúdo local nacional, que geralmente são apenas montagens de módulos, topsides, cascos e outros pequenos serviços modulares. A maior parte, cerca de 75%, ficará no exterior. ( Amadores asiáticos, naturalmente).

 

Castello Branco disse nessa mesma mesma entrevista que a Petrobras deve trabalhar em cima de 3 vertentes fundamentais: preço, qualidade e segurança.

 

Construir em estaleiros asiáticos é barato no curto prazo

A construção naval brasileira é referência em qualidade técnica e segurança na execução de obras em navios plataformas do tipo FPSO e outras unidades destinadas ao segmento offshore / marítimo. A principal barreira que este setor enfrenta no momento recai sobre custos de produção.

 

Construir em estaleiros da China, Cingapura, Sul Coreanos e outros países asiáticos é barato, pois não há quase nada de direitos trabalhistas. A moeda brasileira (REAL) está muito desvalorizada, ressaltando que o petróleo é uma commoditie, então quase tudo que é negociado neste mercado são em dólares comerciais (USD).

Temos a questão da regulação tributária brasileira, sendo este um dos grandes impeditivos para obras e projetos de grande porte sejam executados aqui com mais vigor.

 

Você sabe onde fica o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo? O Campo de Búzios fica no Brasil e já responde por mais de 20% da nossa produção. Confira: petrobr.as/buzios-curiosi #EnergiaParaTransformar #JuntosNossaEnergiaFicaMaisForte

Resumo da metodologia que a Petrobras utiliza para contratar ou afretar navios plataformas do tipo FPSO

Nas palavras de Oliveira nesta mesma entrevista, ele passou um resumo em três etapas de como funciona o processo de contratação das plataformas, até começar de fato a serem construídas:

1.             A Petrobras usa um sistema de pré-qualificação de empresas e escolhe que detém expertise técnico para participar das licitações dos FPSO’s

2.             Em seguida, haverá um processo de competitivo no tocante à contratação de unidades próprias

 

3.             Neste ponto, as empresas vencedoras detém autonomia para decidir em quais estaleiros desejam construir, desde que 25% destas obras sejam feitas no Brasil, que é o conteúdo local.

Há 6 FPSO sendo construídos no exterior neste momento:

·                     FPSO Carioca – China

·                     FPSO Guanabara – China.

·                     FPSO Almirante Barroso – China

·                     FPSO Anita Garibaldi – China

·                     FPSO Anna Nery – Malásia

·                      FPSO Sepetiba – China


Para mais detalhes técnicos da construção destas unidades, empresas envolvidas e respectivos estaleiros, acessem o Petronoticias aqui.


O diretor executivo de Desenvolvimento da Produção, Rudimar Andreis Lorenzatto explica que trabalha em um cenário que à atual pandemia não vai atrapalhar o andamento destes projetos três projetos para o campo de Búzios: “Como nós temos um processo que está se iniciando agora e só vamos assinar esses contratos em 2021, esperamos que o efeito da Covid-19 para a construção desses três FPSOs já tenha passado”

Fonte: CPG

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Como nosso petróleo atiçou a cobiça dos EUA

03 AgostoEscrito por  José Álvaro de Lima Cardoso 

face-homem Pré-sal poderia abrir grande ciclo de mudanças sociais e criar, na América do Sul, contraponto ao poder de Washington. Era preciso destroçar a aventura — por meio da Lava Jato, do golpe de 2016 e do ultraliberalismo de Bolsonaro-Guedes

"Em matéria de petróleo, tudo o que a nossa imaginação sugerir é pouco em face do que pode acontecer" (Getúlio Vargas, senador, ao defender o monopólio estatal de petróleo no Brasil em 1947)

O The Intercept Brasil publicou, no dia 1º de julho, novos diálogos que revelam a relação íntima entre a Polícia Federal brasileira e o FBI, durante as investigações da operação Lava Jato. Fica muito evidente que a operação funcionou através de uma cooperação muito estreita com as autoridades americanas, completamente à revelia da lei. A conspiração foi dirigida contra a maior empresa da América Latina, importante motor da economia nacional, que recém tinha anunciado a maior descoberta de petróleo do milênio. Mas durante o desenrolar da operação, os EUA aproveitaram para liquidar as grandes empresas brasileiras, que concorrem (concorriam) diretamente com as empresas estadunidenses. A Odebrecht, por exemplo, teve prejuízos que superaram os R$ 6 bilhões. O setor de processamento de carnes teve também uma operação específica, Carne Fraca, impondo prejuízos bilionários às empresas do setor, o que, no caso da JBS, representou um prejuízo na casa dos bilhões.

Na realidade, Sérgio Moro foi o "chefe de fato" da operação, como ficou evidente pelos vazamentos trazidos nas reportagens da Vaza Jato em 2019. Desde o seu início, em março de 2014, já haviam indícios de que a operação Lava Jato tinha sido arquitetada fora do Brasil, possivelmente no Departamento de Estado norte-americano. A Lava Jato foi o grande instrumento do golpe arquitetado pelo imperialismo que, aliás, teve dimensão latino-americana, pois um conjunto de países na América Latina sofreram golpes de estado, com adaptações, claro, às realidades nacionais. Os golpes fazem parte de uma estratégia dos EUA para a região, visando a recuperação de um terreno político e econômico perdido, principalmente na primeira década dos anos 2000.

Em 2014, já era evidente que o golpe se armava pela via da Petrobrás. Mas não era fácil tentar denunciar que a Lava Jato era basicamente uma armação para desmontar a Petrobrás e tomar as riquezas reveladas pela descoberta da maior jazida de petróleo do milênio, o pré-sal. A força da operação Lava Jato, e o enraizamento daquelas ideias no meio da população, disseminada pela grande mídia em peso, já deixava evidente que havia alguém muito poderoso por trás do "Mussolini de Maringá" e seu grupo: era simplesmente a maior força da terra, o imperialismo norte-americano.

Por que a Petrobrás foi o alvo central da operação? Basicamente porque:

1-Se trata de petróleo: produto fundamental e maior causador de todos os conflitos bélicos nos últimos 100 ou 150 anos e sem substituto no curto prazo como fonte de energia e matéria-prima da indústria;

2-A Petrobrás não é uma empresa e sim uma nação amiga: é a maior companhia da América Latina, produzia em 2013, 2,6 milhões de barris de petróleo diários, tinha uma força de trabalho de mais de 100 mil trabalhadores, operava em 25 países, tinha um lucro de R$ 23,6 bilhões e era a 13ª maior companhia de petróleo do mundo no ranking da revista Forbes. Era uma empresa (ainda é, não conseguiram destruí-la) maior do que a economia de muitos países. Como já falou alguém: "a Petrobrás é uma outra nação. Felizmente é uma nação amiga".

Em função da descoberta do pré-sal em 2006, o governo Lula sancionou em 2010, a lei de Partilha, que visava uma retenção maior da renda petroleira por parte da nação brasileira. Por isso foi tão combatida pelas multinacionais do petróleo e seus aliados dentro do país. Pelo sistema de concessão, que defendem os que tentam derrubar a Lei de Partilha, as multinacionais ficam com 67% do valor do petróleo extraído, em óleo, e deixam no Brasil 10% do valor dele em royalties, pagos em dinheiro, além dos impostos. No sistema de Partilha as multinacionais do petróleo têm que dividir com o Brasil o petróleo retirado, além da Petrobrás ter a exclusividade na operação, o que evita roubos do petróleo retirado.

Se o Brasil não fosse um país subdesenvolvido e dependente, a extração de todo o petróleo brasileiro teria que ser um monopólio do Brasil, um monopólio da Petrobrás, a exploração não teria que ser aberta às multinacionais. Todo o subsolo deveria ter esse tipo de política. Mas as multinacionais não "suportaram" nem mesmo a moderada lei de Partilha.

Para termos uma ideia, para exploração do poço de Libra, leiloado em 2013, foi montado um consórcio com uma participação societária de 40% da Petrobrás. Segundo os especialistas no setor (especialmente a AEPET), se a Petrobrás não tivesse participação nesse consórcio, o Estado brasileiro arrecadaria R$ 246 bilhões a menos e as áreas de Educação e Saúde perderiam R$ 50 bilhões em royalties, conforme previa a Lei. Além disso, se a Petrobrás fosse contratada diretamente, tendo 100% de participação em Libra ao invés de abrir para leilão, o Estado brasileiro arrecadaria R$ 175 bilhões a mais.

O que explica um país, que tem uma "nação amiga" como a Petrobrás, que é a maior especialista em exploração em águas profundas e ultraprofundas do mundo, abrir negócios para empresas estrangeiras, em uma área na qual o país gastou bilhões de dólares (de dinheiro público) para explorar e mapear? O fato de ser um país subdesenvolvido, ter forças armadas fracas, e ser subserviente aos interesses imperialistas. Além de ter, é claro, uma burguesia extremamente entreguista e inimiga do povo.

A estratégia dos EUA para a América Latina é impedir o surgimento de potências regionais, especialmente em áreas com abundância de recursos naturais, como é o caso do Brasil. O modelo dos norte-americano proposto para a região é o de países com Forças Armadas limitadas, incapazes de defender suas riquezas naturais, especialmente o petróleo. Só se consegue entender o caso da Venezuela, se compreender-se a estratégia do império estadunidense para a região. Eles não suportam a Venezuela, porque há mais de dez anos, este país reaparelhou suas forças armadas e armou a população para aguentar uma invasão dos norte-americanos, se precisar.

A partir do anúncio do pré-sal pelo Brasil, em 2006, os EUA reativaram a 4ª Frota Naval, dedicada a policiar o Atlântico Sul e rejeitaram a resolução da ONU que garantia o direito brasileiro às 200 milhas continentais. A proposta dos americanos, e dos entreguistas, sempre foi tirar a Petrobrás do caminho e possibilitar às multinacionais do petróleo a apropriação dos bilionários recursos existentes no pré-sal que podem chegar a 300 bilhões de barris de petróleo. Quando a Petrobrás anunciou o pré-sal, os críticos, bafejados pelas multinacionais do petróleo, diziam que o petróleo naquelas profundidades não teria viabilidade comercial. Chegaria tão caro na superfície, em função do custo de petróleo, que não teria viabilidade comercial. Hoje os custos de extração do barril do petróleo, do pré-sal, está a US$ 5, praticamente o custo da Arábia Saudita que retira petróleo praticamente à flor da terra.

Os vazamentos seletivos da Lava Jato, sempre contra símbolos populares e tudo que significasse promoção do Brasil, somado a um trabalho da grande mídia, despertaram uma reação histérica da classe média, que já sido verificada em outros momentos, como no golpe que levou ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Tal reação, de caráter extremamente preconceituoso e intolerante, desferida contra tudo que pudesse sugerir a soberania do Brasil, foi mais uma demonstração, sem maquiagem, do caráter entreguista da Lava Jato. Mais cedo do que alguns possam imaginar, um dia ficará claro para a maioria da população que a Lava Jato não passou de uma estratégia do império para desmontar a Petrobrás e tomar os imensos recursos do pré-sal, como já está fazendo.

Fonte: Outras Palavras

Fonte:

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Homenagem Especial


 Fonte:

Topo                                                                                                                                              

 

Momento Furtado - Encerramento 

Mãe, onde estão Carlão e Maria?

 


Ainda criança, sempre perguntava

Pelos irmãos. Carlão e Maria

Mãe pouco falava, um dia vi

Homens armados, levaram pai

Mãe ficou apreensiva, calada

Depois de dias

Pai apareceu

Cheio de hematomas

Cuspindo sangue

Mãe em silêncio

Passados dois dias

Pai não resistiu, foi embora

Só ficando a saudade

Mãe deixou de sorrir

Vovó rezou pela alma de pai

Vovó falava bem baixinho:

- Filho a tua chama de igualdade jamais se apagará

Vovó chorou bastante

Lembro-me pouco de Maria

De Carlão menos ainda

Novamente vieram os homens

Dando tapas em mãe, agressivos:

- Sua vaca! Cadê Maria e Carlão?

- Aquela puta e aquele veado

Mãe e vovó calmas

Por que mãe nunca chorou?

Na minha frente, a vi levando uma bofetada

De um estúpido, canalha

Mãe soube ser forte

Resistiu com dignidade

Maria e Carlão nunca retornaram

Eram tempos difíceis

De ódio e rancor

Fonte: Antonio Furtado

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