terça-feira, 29 de setembro de 2020

NP 409 de 25/09 a 01/10/2020 - Agradecimentos ao Companheiro Clausmar pela entrevista referente ao tema do programa - Guerra do Contestado x Interesses eternos dos americanos em nossas terras, com total apoio das autoridades constituídas...

NP 409

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.

Vinheta

EDITORIAL - Conceito de Oligarquia

Módulo I   Essa empresa americana gerou desemprego, insatisfação e oferta de mão de obra desocupada para quem? Houve doação de terras para os americanos? Houve expulsão dos locais?

01/10/2020

 

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Ivan Luiz Jornalista –

Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.

Módulo II Como pequenos madeireiros poderiam disputar com grandes empresas americas? Com equipamentos modernos enviando madeiras para os EUA?

Módulo III  Teve influencia religiosa nesse conflito? E o Supremo Tribunal?

Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI destaque para Guerra do Contestado

Módulo V - Homenageados na cultura brasileira,  destaque para  Roquette Pinto (136 anos) -  Gal Costa (75 anos) -  Tiago Mocotó (43 anos)  Fernando Pamplona (94 anos) -  Tim Maia (78 anos) -  Majó (70 anos) -  Paulão Sete Cordas (62 anos) -  Mariana de Moraes (51 anos) -  Serginho Meriti (62 anos)

Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 25/09 a 01/10

Módulo VII – Aniversário Petrobras em 03 de outubro

                                                                                        


Homenagem Especial:



Momento Furtado - Abertura

Algumas Razões


Os entendidos afirmam
Que o caranguejo
Anda para trás
Verdade?
Quantas inverdades
Malandro que só
Nunca andou para trás
Se isto acontecesse
Jamais chegaria ao lugar desejado
Suas antenas
Ou melhor: seus olhos
Anda sim
Mas é de lado
Sem a mínima pressa
Sendo objetivo
Prevenido e antenado
Não deixando brecha para o azar
Qualquer movimento anormal
Vai célere para a toca
Localizada bem perto
Rapidamente se esconde
Evitando o perigo
Na lama ou no barro
Sempre em estado de alerta
Sabe aonde anda
Acompanha a maré
Só a favor
Existem pessoas
Que se julgam espertas
Dizendo:
- Bobo é o caranguejo
- Que anda para trás
Neste caso
Quem é o mais esperto?
Os que pensam
Ou aquele que anda de lado?

Antônio Furtado

EDITORIAL:
Oligarquia é considerado um tipo de organização do poder do Estado e se refere a grupos que controlam este poder baseado em seus interesses ou visões de sociedade. A palavra deriva do grego e se refere a um governo de poucos, ou seja, de uma pequena elite. Diferentes momentos da história tiveram grupos oligárquicos no poder. Para alguns autores da filosofia, uma oligarquia é um governo corrompido de grupos que manipulam o Estado para seus interesses.

A oligarquia figura entre os tipos de governo a que se refere Aristóteles, em sua obra Política. Para o autor os governos podem ser governados por uma pessoa, poucas ou muitas, e se serão bons dependendo de para quem se governa. Para Aristóteles, um governo justo governa em prol do bem-comum sempre, já o injusto seria governado em torno de interesses particulares. Assim, dos governos justos temos a monarquia, a aristocracia e a politeia. E dos injustos, a tirania, a oligarquia e a democracia. A democracia seria corrompida por defender os interesses de muitos sobre os indivíduos e não trabalhar pelos indivíduos de forma separada. Tomás de Aquino também defende a mesma ideia inspirado em Aristóteles.

 Guerra do Contestado

Essa guerra civil teria como pano de fundo apenas a disputa de limites geográficos? A Brazil Railway Company construtora da estrada de ferro e dona da madeireiraa Southern Brazil Lumber & Colonization Company queriam o que nessas terras?

 O Conflito que surgiu entre 1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que não possuíam terras e também padeciam com a escassez de alimentos. Subsistiam sob a opressão dos grandes fazendeiros e de duas empreendedoras americanas que operavam ali – a Brazil Railway, responsável pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira.

 O governo federal não viu com bons olhos o trabalho do Monge José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse. No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.

Destaque para Guerra do Contestado - Guerra civil
Marcos históricos da Guerra do Contestado (Museu do Contestado).
Data:22 de outubro de 1912 - Agosto de 1916
Local:Região do Contestado, entre Paraná e Santa Catarina, no sul do Brasil
Desfecho:Acordo de limites entre os governos de Paraná e Santa Catarina
Beligerantes:Brasil x Rebeldes       
Comandantes:José Maria de Santo Agostinho e Maria Rosa e Adeodato Manuel Ramos
Brasil: João Gualberto Gomes de Sá Filho,
Carlos Frederico de Mesquita, Tertuliano Potiguara e Marechal Hermes da Fonseca

Forças
10 000 soldados do Exército Encantado de São Sebastião     
7000 soldados do Exército Brasileiro, 1000 soldados do regimento de segurança do Paraná PMPR e 1000 civis contratados

Baixas
5000-8000 entre mortos, feridos e desaparecidos 800-1000 entre mortos, feridos ou desertores


A Brazil Railway obteve do governo, como forma de remuneração pelos serviços prestados, o equivalente a 15 mil metros de terras, uma em cada margem da estrada de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros. Porém, o que a Brazil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da floresta nativa ali existente, que ostentava sua erva-mate, seus pinheiros e imbuias. As empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na exploração de madeira. Deram início então à retirada forçada dos nativos, que ocupavam ilegalmente um pedaço de terra, na qual trabalhavam para que se tornasse fértil.

Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica sócio-política. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus –, figuras muito respeitadas por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria, une-se aos sertanejos revoltados, institui vários povoados com autoridade própria e igualdade social, ignorando a partir de então qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade da República Velha. Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica, sendo conhecido também como Guerra Santa. José Maria era estimado pelos seus seguidores - pessoas socialmente desprovidas de tudo - como uma alma boa que surgira para restabelecer a saúde dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica, para melhorar a assistência de quem o procurasse.

O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse. No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.

A Guerra do Contestado acabou com a capitulação dos revoltosos e muitas mortes, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.
 Fonte aqui
Topo                                                                                                                                              

 


Destaque para Módulo I
Essa empresa americana gerou desemprego, insatisfação e oferta de mão de obra desocupada para quem? Houve doação de terras para os americanos? Houve expulsão dos locais?

O conflito do Contestado

No começo do século XX houve um violento conflito de terra que envolveu posseiros pobres, negros, mestiços e indígenas, numa área de 25 mil quilômetros quadrados, região disputada pelas províncias do Paraná e Santa Catarina.

Uma companhia norte-americana, a Brazil Railway, que construiu a estrada de ferro São Paulo – Rio Grande, recebeu do governo, como parte do pagamento, terras em uma faixa de quinze quilômetros de cada lado da ferrovia. Essa empresa deveria colonizar a área com imigrantes, mas o seu principal interesse era a exploração da floresta nativa, rica em pinheiros e imbuias.

A população que morava nessas terras como posseiros foi expulsa, e essa gente veio a se unir aos quase 8 mil trabalhadores da estrada de ferro que haviam sido recrutados nas grandes cidades e que, após o término da construção, se viram completamente abandonados. Também foram arruinados os pequenos madeireiros, pois não podiam competir com uma grande empresa estadunidense instalada na região do Contestado, a mais moderna serraria da América Latina, e que exportava a madeira para os Estados Unidos.

Há tempos aquela região era freqüentada por beatos, que se ocupavam da vida religiosa do povo. Há registros de um João Maria, a partir de 1840, que se seguiu a outro monge com o mesmo nome. O mais famoso foi um terceiro José Maria, que se dizia irmão do anterior e liderou, em 1912,a primeira revolta. O povo se uniu para lutar pela posse da terra, por uma sociedade mais justa, orientada por princípios religiosos.

Em 1914 houve um novo confronto em Taquaruçu que resultou em uma verdadeira carnificina. Os sobreviventes se reuniram em novo arraial, Caraguatá. Ali o movimento começou a receber novas adesões e a revolta ganhou um caráter mais organizado. Os rebeldes conseguiram manter o controle sobre a vasta região com inúmeras vilas onde viviam os seguidores do monge e alguns redutos estratégicos.

O movimento foi liquidado em fins de 1915, após quase um ano de intensa luta. Pela primeira vez o governo brasileiro utilizou aviões de bombardeio e de reconhecimento. Os remanescentes refugiaram-se no vale do rio Santa Maria, onde foram esmagados por 6 mil soldados do Exército e da Polícia dos dois estados, além de mais mil homens fornecidos pelos coronéis da região.

A violência e crueldade foram marca da ação das forças governamentais. Casas incendiadas, mais de 6 mil pessoas mortas, inclusive mulheres e crianças.

Nesse movimento participaram também indígenas Kaingang e Xokleng, sendo que até hoje os Kaingang de Santa Catarina realizam o batismo de São João Maria. Os remanescentes do Contestado, chamados de cafusos, ainda vivem em Santa Catarina, mantendo uma organização comunitária, sendo seus líderes chamados de cacique e vice-cacique. 

Guerra do Contestado

Guerra do Contestado foi um conflito que alcançou enormes proporções na história do Brasil e, particularmente, dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Semelhante a outros graves momentos de crise, interesses político-econômicos e messianismo se misturaram ao contexto explosivo.

Ocorrido entre 1912 e 1916, o conflito envolveu, de um lado, a população cabocla daqueles Estados, e, de outro, os dois governos estaduais, apoiados pelo presidente da República, Hermes da Fonseca.

A região do conflito, localizada entre os dois Estados, era disputada pelos governos paranaense e catarinense. Afinal, era uma área rica em erva-mate e, sobretudo, madeira. Originalmente, os moradores da região eram posseiros caboclos e pequenos fazendeiros que viviam da comercialização daqueles produtos.

Fonte: geocities.yahoo.com.br

 

Guerra do Contestado

A história da Guerra do Contestado, que se desenrolou no Planalto catarinense entre os anos de 1912 e 1915, ainda não foi totalmente elucidada.

Há muito a ser descoberto e muito a ser admitido.

Afinal, num episódio onde devotos religiosos viram guerrilheiros e militares são transformados em jagunços sedentos por vingança, a verdade tende a ser escamoteada para favorecer a um ou a outro lado.

Mas o fato é que a memória está lá, viva e mais inquietante do que nunca, inspirando até os dias de hoje os moradores da região que um dia foi tão violentamente disputada entre os estados de Santa Catarina e do Paraná.

CRONOLOGIA E FATOS DA GUERRA

1910: A Brazil Railway conclui o trecho da Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande do Sul, chegando ao Rio Urugaui. Cerca de 8 mil trabalhadores são dispensados e ficam perambulando pela região.
1911: 
É criada a Southern Brazil Lumber and Colonization company. É iniciada as expulsões de famílias de agricultores das margens da ferrovia e das terras próximas que eram ricas em pinheiros.
1912: 
Aparece em Campos Novos o monge José Maria.
Agosto, 6: 
Festa do Senhor bom Jesus na localidade de Taquaruçú, no município de Curitibanos. Convidados pelos festeiro no lugar, o monge José Maria comparece. A festa reúne uitos desempregados e famílias expulsas de suas terras pela Lumber and Colonization. Após a festa muitas famílias permanecem no local e passam a construir um núcleo de fiéis do monge. José Maria lê a História de Carlos Magnos e dos Doze Pares de França e ali constitui 24 homens como seus Doze Pares.
Outubro: 
Ameaçado pelo “coronel” Albuquerque, de Curitibanos, José Maria retira-se para o Irani (a oeste) seguido por 40 cavaleiros armados.
Outubro, 22: 
Batalha do Irani. Tropas do Regimento de segurança do Paraná atacam o monge e seus seguidores. No combate morre o coronel João Gualberto, comandante das tropas paranaenses, e o místico José Maria.
1913 Dezembro, 1º : 
início do reduto de Taquaruçu, sob a iderança de Euzébio dos Santos e Chico Ventura. Um filho de Euzébio, Manoel, é tido como vidente.
Dezembro, 29: 
Primeiro ataque a Taquaruçú, por tropas do Exército e da Polícia Militar Catarinense. Os atacantes são repelidos.
1914 Janeiro: 
Início do reduto de Caraguatá.
Fevereiro, 8: 
Segundo ataque a Taquaruçú. O reduto é bombardeado e arrasado. Os sobreviventes vão juntar-se ao reduto de caraguatá. ali, está no comando a viregem Maria Rosa.
Março, 9: 
Ataque de forças do Exército a Caraguatá. Grande vitória da Irmandade. Segue-se uma epidemia de tifo e o reduto é transferido para Bom sossego (vale do Timbozinho).
Abril: 
Assume o comando da repressão ao movimento o general Carlos de Mesquita. em sua ofensiva encontra o reduto de caraguatá já abandonado, limitando-se a queimar os ranchos que ainda encontrou. Dá sua missão por cumprida e deixa na região apenas uma tropa comandada pelo capitão Matos Costa, sediada em Vila Nova do timbó.
Junho: 
Lideranças populares da região de Canoinhas aderem à irmandade. Entre essas, Aleixo Gonçalnves de Lima, bonifácio Papudo e Antônio Tavares Jr. Também numeroso grupo da oposição de Curitibanos, liderado por Paulino Pereira. Formam-se diversos novos reduto menores.
Julho, 15: 
Ataque da Irmandade a Canoinhas.
Agosto: 
Mudança do reduto principal para Caçador.
Setembro, 5: 
Destruição da Estação Calmon e da Serraria da Limber naquela localidade por um piquete da Irmandade comandado por Francisco Alonso.
Setembro, 6: 
Destruição da Estação São João. Emboscada ao trem militar comandado por Matos Costa, quando este perde a vida.
Setembro, 11: 
Chega à região o general Fernando Setembrino de Carvalho, para dirigir a guerra contra a Irmandade.
Setembro, 26: 
Piquete da irmandade ocupa Curitibanos. Na mesma época , outros piquetes ocupam, ao norte, Salseiro, Iracema, Moema, Papanduva.
Outubro, 26: 
Tropas do Exército ocupam Salseiro.
1915, Janeiro 8: 
Reduto Tavares, o mais oriental, é tomado.
Janeiro, 19: 
Operação de reconhecimento aéreo pelos aviadores capitão Kirk e Darioli.
Fevereiro: 
Operação “limpeza” do capitão Tertuliano Potyguara (com 200 soldados e 500 vaqueanos) no vale do Timbozinho. Destrói os redutos de São Sebastião e Pinheiros. Mais grupos vão reunir-se ao reduto principal de Santa Maria.
Fevereiro, 8: 
Primeiro ataque ao reduto Santa Maria, por tropas sob o comando do tte. Cel. Estillac Leal. A guarda do reduto repele ao ataque. Março, 1º: Cai o aeroplano Morane-Saulnier do capitão Kirk, quando realizaa vôo de reconhecimento indo unir0se às tropas que atacariam o Santa Maria no dia seguinte. O piloto morre no acidente e a aviação não participou mais da guerra.
Março, 2: 
Novo ataque contra Santa Maria pela coluna Sul (Estillac Leal). Lançam-se obuses. Não tem êxito.
Março, fim do mês: 
Destacamento especial sob comando do capitão Potyguara avança pelo norte, tomando uma a uma as Guardas e os redutos anexados ao reduto principal. Entra finalmente em Santa Maria, mas fica cercado pela tática de defesa da Irmandade. Consegue socorro dos 2 mil homens de Estillac Leal. Santa Maria é totalmente incendiado.
Abril/Maio: 
Sob o comando de Adeodato muitos sobreviventes reagrupam-se em novos redutos (São Miguel depois São Pedro e Pedras Brancas) e, após a retirada do grosso das tropas, reiniciam a guerra. Muitos dos que tentaram se apresentar às tropas militares foram sumariamente fuzilados no mato.
Outubro, 17: 
O reduto de Pedras Brancas é tomado.
Dezembro, 17: 
O último reduto, São Pedro, é destruído por uma força de vaqueanos.
1916, Agosto: 
Adeodato Manoel de Ramos, último comandante “Jagunço” é preso e enviado para a cadeia em Florianópolis. 7 anos depois tenta fugir e é morto por um oficial… (Nos anos que se seguiram, os sobreviventes sertanejos continuaram sendo caçados e fuzilados, ou degolados, por policiais e piquetes de vaqueanos, a mando dos coronéis).
Outubro, 20: 
É assinado o Tratado dos Limites, entre o Paraná e Santa Catarina, pondo fim ao mais sangrento conflito camponês dos tempos modernos.

Fonte: www.transrodace.com.br


Guerra do Contestado

O povoamento do planalto serrano foi diferente da do litoral catarinense na sua composição de recursos humanos. As escarpas serranas, densamente cobertas pela Mata Atlântica, junto com os povos indígenas, representavam sérios obstáculos para o povoamento da região.

A ocupação se deu de através do comércio de gado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo já no século XVIII, fazendo surgir os primeiros locais de pouso.

A Revolução Farroupilha e Federalista também contribuíram para o aumento de contigente humano, que buscavam fugir dessas situações beligerantes.

Em 1853 começa a disputa de limites entre Santa Catarina e Paraná, quando este último se desmembra de São Paulo e firma posse sobre o oeste catarinense.

Com a constituição de 1891, é assegurada aos Estados o direito de decretar impostos sobre as exportações e mercadorias, como também indústrias e profissões, o que acirra ainda mais a questão dos limites, pois a região era rica em ervas.

Em 1904 Santa Catarina tem ganho de causa perante o Supremo Tribunal Federal, mas o Paraná vai recorrer perdendo novamente em 1909 e 1910. Porém a discussão não finda por aqui, sendo resolvida em 1916 quando os governadores Felipe Schmidt (SC) e Afonso Camargo (PR), por intermédio do Presidente Wenceslau Bráz, assinam um acordo estabelecendo os limites atuais entre os dois estados.

Vale lembrar que essa disputa não tinha muita relevância na população, pois o poder era sempre representado pelos coronéis, tanto fazia pertencer à Santa Catarina ou Paraná.


Assinatura do Acordo no Palácio do Catete, em Outubro de 1916


Imbuia com 10 metros de circunferência

A região planaltina vai excercer grande cobiça entre os Estados de Santa Catarina e Paraná, assim como para o Grupo Farquhar (Brazil Railway Company, como veremos adiante), apropriando-se do maior número de terras possíveis.

A vida econômica da região, durante muito tempo, vai girar em torno da criação extensiva do gado bovino, na coleta da erva mate e na extração de madeira, material empregado na construção de praticamente todas as residências. Os ervais encontravam seu mercado na região do Prata.

Nas terras dos coronéis os agregados e peões podiam servir-se das ervas sem qualquer proibição, porém quando o mate adquiriu valor comercial, os coronéis começaram a explorar a coleta abusiva do mate em suas terras.

Como região fornecedora de gado para a feira de Sorocaba e erva mate para os países do Prata, o planalto catarinense inseria-se economicamente a nível nacional, no modelo agrário-comercial-exportador dependente.

 

Locomotiva da estrada de ferro

Com a expansão da área cafeicultora brasileira, surgiu a necessidade de se interligar os núcleos urbanos com a região sulina, para que esta os abastecesse com produtos agro-pastoris. É criada então uma comissão para a construção de uma Estrada de Ferro para ligar esses dois pólos.

A concessão da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, iniciou com o engenheiro João Teixeira Soares em 1890, abandonando o projeto em 1908, transferindo a concessão para uma empresa norte-americana Brazil Railway Company, pertencente ao multimilionário Percival Farquhar, que além do direito de terminar a estrada, ganha também o direito de explorar 15 Km de cada lado da estrada.




Tropa de segurança montada pela Lumber

Farquhar cria também a Souther Brazil Lumber and Colonization Co., que tinha por objetivo de extrair a madeira da região e depois comercializá-la no Brasil e no exterior. Além disso, a empresa ganha também o direito de revender os terrenos desapropriados às margens da estrada de ferro. Esses terrenos seriam vendidos preferencialmente aos imigrantes estrangeiros que formavam suas colônias no sul do Brasil.

Para a construção do trecho que faltava da ferrovia, a empresa contratou cerca de 8000 homens da população urbana do Rio de Janeiro, Santos, Salvador e Recife, prometendo salários compensadores.

Ao encerrar a construção da ferrovia, esses funcionários foram demitidos, sem ter para onde ir pois a empresa não honrou o acorde de levá-los de volta ao término do trabalho. Passam então a engrossar a população carente que perambulava a região do Contestado.

A Brazil Lumber providencia a construção de duas grandes serrarias, uma em Três Barras, considerada a maior da América do Sul, e outra em Calmon, no qual dão início a devastação dos imensos e seculares pinherais.


Região envolvida na guerra

A guerra inicia-se oficialmente em 1912, com o combate do Irani, que resultou nas mortes do monge José Maria e também do coronel João Gualberto, e vai até a prisão de Adeodato, último e mais destacado chefes dos fanáticos, em 1916. É também neste ano em que é assinado o acordo de limites entre Santa Catarina e Paraná.

Durante esse período, podemos observar uma mudança nos quadros dos fanáticos com a adesão dos ex-funcionários da Brazil Railway Company. Juntam-se também ao movimento um expressivo número de fazendeiros que começavam a perder terras para o grupo Farquhar e para os coronéis. Com essas mudanças o grupo vai tornar-se mais organizado, distribuindo funções a todos, utilizando também táticas de guerrilha.

No episódio em que o José Maria monta sua “farmácia do povo” nas terras do coronel Almeida, cresce absurdamente sua popularidade, sendo convidado para participar da festa do Senhor do Bom Jesus, em Taquaruçu – município de Curitibanos. Atendendo ao convite José Maria participa acompanhado de 300 fiéis, ao terminar a festa José Maria continuou em Curitibanos atendendo pessoas que não tinham mais onde ir. Curitibanos era uma cidade sob o domínio do coronel Francisco de Albuquerque, que preocupado com acúmulo dos “fiéis” manda um telegrama para a capital pedindo auxílio contra “rebeldes que proclamaram a monarquia em Taguaruçú”, sendo atendido com o envio de tropas.


Caboclos moradores da região do Contestado

Diante dessa situação, José Maria parte para o Irani com toda essa população carente. Porém na época Irani pertencia a Palmas, sob controle do Estado do Paraná, que via nesse movimento de pessoas uma “estratégia” de ocupação por parte do Estado de Santa Catarina. Logo é enviada tropas do Regimento de Segurança do Paraná, sob o comando do coronel João Gualberto, que junto com José Maria, morre no combate.

Terminada a luta com dezenas de corpos e com a vitória dos fanáticos, José Maria é enterrado com tábuas para facilitar a sua ressurreição, que aconteceria acompanhado de um Exército Encantado, ou Exército de São Sebastião. Os caboclos defendiam a Monarquia Celeste, pois viam na República um instrumento do diabo, dominado pelas figuras dos coronéis.

Em dezembro de 1913, organiza-se em Taquaruçú um novo reduto que logo reuniu 3000 crentes, que atenderam ao chamado de Teodora, uma antiga seguidora de José Maria que dizia ter visões do monge. Ao final deste ano, o governo federal e uma Força Pública catarinense, atacam o reduto. O ataque fracassa e os fanáticos se apoderam das armas. A partir de então começam a surgir novos redutos, cada vez mais em locais afastados para dificultar o ataque das tropas legais.


Escombros da serraria da fazenda Santa Leocádia queimada pelos caboclos


Vista parcial do reduto

Em janeiro de 1914 um novo ataque feito em conjunto com os dois Estados e o governo federal que arrasa completamente o acampamento de Taquaruçú. Mas a maior parte dos habitantes já estavam em Caraguatá, de difícil acesso. No dia 9 de março de 1914 os soldados travam uma nova batalha, sendo derrotados.

Essa derrota repercute em todo o interior, trazendo para o reduto mais e mais pessoas. Neste momento, formam-se piquetes para o arrebanhamento de animais da região para suprir as necessidades do reduto.

Mesmo com a vitória é criado outro reduto, o de Bom Sossego, e perto dele o de São Sebastião. Este último chegou a ter aproximadamente 2000 moradores.

Os fanáticos não ficam só a esperar os ataques do governo, atacam as fazendas dos coronéis retirando tudo o que precisavam para as necessidades do reduto.

Partiram também para atacar várias cidades, como foi o caso de Curitibanos. O principal alvo nesses casos eram cartórios onde se encontravam registros das terras, sendo incendiados. Outro ataque foi em Calmon, destruindo a segunda serraria da Lumber, destruindo-a completamente.

No auge do movimento, o território ocupado equivalia ao Estado de Alagoas, totalizando 20.000. Até o fim do movimento haviam morrido cerca de 6000.


Este grupo de caboclos mostrou a um fotógrafo anônimo que estava disposto a se defender

O contra-ataque do governo

General Setembrino

Com a nomeação do General Setembrino de Carvalho para o comando das operações contra os fanáticos, a guerra muda de posição. Até então os rebeldes haviam ganho grande parte dos combates e as vitórias do governo eram inexpressivas. Setembrino vai reunir 7000 soldados, dispondo também de dois aviões de observação e combate.

Em seguida manda um manifesto aos habitantes das áreas ocupadas garantindo a devolução de terras para quem se entregasse, e tratamento inóspito para quem continuasse.

Setembrino vai adotar uma nova postura de guerra, ao invés de ir ao combate direto, cerca os fanáticos com tropas vindas de todas as direções: norte – sul – leste – oeste.


Avião usado na Guerra do Contestado

 

Oficiais do Estado-maior do Exército, com quepes franceses, oficiais da Polícia Militar do Paraná, com quepes alemães, e dois civis em Porto União, região do Contestado. Da esquerda para a direita: Capitão João Alexandre Busse (PMPR); Dr. Urbano; Tenente Antônio Guilhon; Coronel Fabriciano do Rego Barros (PMPR); Capitão José Ozório; Capitão Oscar Paiva; Tenente Ricardo Kirk (aviador); Tenente Daltro Filho; General Setembrino de Carvalho; Tenente Euclides Figueiredo (pai do futuro presidente João Batista Figueiredo); Capitão Souza Reis; Ernesto Darioli (aviador); e Tenente João Niemeyer.

 


Sertanejos do Contestado após serem aprisionados

Com esse cerco, começa a faltar comida nos acampamentos, fazendo com que alguns fanáticos começassem a se entregar, mas na sua maioria eram velhos, mulheres e crianças, talvez para que sobrasse mais comida aos combatentes. Começa a se destacar do reduto a figura do Adeodato, o último líder dos fanáticos, que muda o reduto-mor para o vale de Santa Maria, que contou com cerca de 5000 homens.

Na medida em que ia faltando comida, Adeodato começa a se revelar autoritário, não aceitando ser desafiado.

Aos que queriam desertar, ou se entregar, era aplicada a pena máxima: a morte. Em dezembro de 1915 o último reduto é devastado pelas tropas de Setembrino.

Adeodato foge, vagando com tropas ao seu alcanço, conseguindo escapar de seus perseguidores, mas a fome e o cansaço faz com que Adeodato se entregue em início de agosto de 1916.

Em 1923, sete anos após ter sido preso, Adeodato é morto numa tentativa de fuga pelo próprio diretor da cadeia, chegava ao fim a trajetória do último comandante dos fanáticos da região do Contestado.


Detalhe do monumento erguido no município de Irani às
milhares de vítimas da Guerra do Contestado.

Fonte: br.geocities.com

Guerra do Contestado

No período compreendido entre 1912 a 1916, na área então disputada pelos Estados de Santa Catarina e Paraná, denominada região do Contestado, uma luta pela posse de terra levou às armas, cerca de 20 mil sertanejos.

Revoltados com os governos estaduais, que promoviam a concentração da terra, nas mãos de poucos e com o governo federal, que concedeu uma extensa área, já habitada, à empresa norte-americana responsável pela construção da estrada de ferro São Paulo – Rio Grande do Sul no território, os cablocos enfrentaram as forças militares dos dois Estados e do Exército Nacional, encarregados da repressão

Liderados inicialmente por um monge peregrino, que um ano mais tarde, após sua morte, faria eclodir um movimento messiânico de crença na sua ressurreição e na instauração de um reinado de paz, justiça e fraternidade, os revoltosos chegaram a controlar uma área de 28 mil quelômetros quadrados.

Com o propósito de garantir direito de terras, combateram a entrada do capital estrangeiro, que explorava a madeira e vendia a terra a colonos imigrantes.

A “Guerra do Contestado“, como ficou conhecido o episódio, terminou em massacre e a rendição em massa dos sertanejos que, embora tivessem se empolgado com as primeiras vitórias, não puderam resistir à superioridade bélica das forças repressivas. Além do fuzil do canhão e da metralhadora, pela primeira vez na América Latina era usada a aviação com fins militares.

Terminada a Guerra, Paraná e Santa Catarina chegam a um acordo sobre a Questão dos Limites e a colonização da região é intensificada.

Surgem as primeiras cidades e uma cultura regional começa a ser delineada.

A economia extrativista da erva-mate e da madeira vai cedendo lugar aos novos empreendimentos de processamento da matéria-prima.

A modernização atinge também a propriedade rural. A região passa a viver uma nova realidade sócio-econômica e cultural.

O desenvolvimento, que acontece a passos largos, preserva, contudo, o espírito inconformista e empreendedor do homem do Contestado, que venceu as adversidades de uma região inóspita e conflitante na luta por sua sobrevivência e na busca de seus direitos.

A lição está estampada na cultura e nas marcas que hoje se erguem por todo o território como marcos e referências turísticas porque resgatam um dos mais importantes episódios da história brasileira.

Os fatos históricos e culturais inerentes à Questão do Contestado, associados à natureza e aos produtos da região, constituem importante roteiro turístico regional.

Fonte: www.radarsul.com.br

Guerra do Contestado

A disputa travada entre as províncias do Paraná e Santa Catarina, pela área localizada no planalto meridional entre os rios do Peixe e Peperiguaçu, estendendo-se aos territórios de Curitibanos e Campos Novos era antiga, originada antes mesmo da criação da província do Paraná, em 1853, permanecendo em litígio até o período republicano.

Em 1855, o governo da província do Paraná desenvolvia tese de que a sua jurisdição se estendia por todo o planalto meridional. Daí em diante, uma luta incessante vai ter lugar no Parlamento do Império, onde os representantes de ambas as províncias propunham soluções, sem chegar a fórmulas conciliatórias.

Depois de vários acontecimentos que protelaram as decisões – como a abertura da “Estrada da Serra” e também a disputa entre Brasil e Argentina pelos “Campos de Palmas” ou “Misiones” – o Estado de Santa Catarina, em 1904, teve ganho de causa, embora o Paraná se recusasse a cumprir a sentença.

Houve novo recurso e, em 1909, nova decisão favorável a Santa Catarina, quando, mais uma vez, o Paraná contesta. Em 1910, o Supremo Tribunal dá ganho de causa a Santa Catarina.

A Guerra do Contestado e as operações militares

A região contestada era povoada por “posseiros” que, sem oportunidade de ascensão social ou econômica, como peões ou agregados das grandes fazendas, tomavam, como alternativa, a procura de paragens para tentar nova vida.

Ao lado desses elementos sem maior cultura – mas fundamentalmente religiosos, subordinados a um cristianismo ortodoxo – vão se congregar outros elementos como os operários da construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, ao longo do vale do rio do Peixe.

Junto a esta população marginalizada, destaca-se a atuação dos chamados “monges”, dentre os quais o primeiro identificado chamava-se João Maria de Agostoni, de nacionalidade italiana, que transitou pelas regiões do Rio Negro e Lages, desaparecendo após a Proclamação da República.

Após 1893, consta o aparecimento de um segundo João Maria, entre os rios Iguaçu e Uruguai. Em 1987, surge outro monge, no município de Lages. Em 1912, em Campos Novos, surge o monge José Maria, ex-soldado do Exército, Miguel Lucena de Boaventura, que não aceitava os problemas sociais que atingiam a população sertaneja do planalto.

O agrupamento que começou a se formar em torno do monge, composto principalmente de caboclos saídos de Curitibanos, se instala nos Campos do Irani. Esta área, sob o controle do Paraná, teme os “invasores catarinenses” e mobiliza o seu Regimento de Segurança, pois esta invasão ocorre, justamente, naquele momento de litígio entre os dois Estados.

Em novembro de 1912, o acampamento de Irani é atacado pela força policial paranaense e trava-se sangrento combate, com a perda de muitos homens e de grande quantidade de material bélico do Paraná, o que fez desencadear novos confrontos, além do agravamento das relações entre Paraná e Santa Catarina.

Os caboclos vão formar, pela segunda vez, em dezembro de 1913, uma concentração em Taquaruçu, que se tornou a “Cidade Santa”, com grande religiosidade e, na qual, os caboclos tratavam-se como “irmãos”. Neste mesmo ano, tropas do Exército e da Força Policial de Santa Catarina atacam Taquaruçu, mas são expulsas, deixando, ali, grande parte do armamento.

Após a morte de outro líder, Praxedes Gomes Damasceno, antigo seguidor do monge José Maria, os caboclos se encontram enfraquecidos. No segundo ataque, Taquaruçu era um reduto com grande predomínio de mulheres e crianças, sendo a povoação arrasada.

Outros povoados, ainda, como Perdizes Grandes, seriam formados e diversos outros combates, principalmente sob a forma de guerrilhas, se travariam até que o conflito na região realmente terminasse.

Fonte: www.viegasdacosta.hpg.ig.com.br

Guerra do Contestado

Movimento Messiânico (1912-1916)

Em 1912, numa região contestada por Santa Catarina e Paraná, houve um conflito bastante semelhante ao de Canudos, ou seja, camponeses expulsos de suas terras e sem trabalho decidem organizar uma comunidade, sob o comando de um monge.

Uma empresa norte-americana, ao construir a estrada de ferro que iria ligar São Paulo ao Rio Grande do Sul, desapropriou as terras que margeavam a ferrovia e, em troca, muito gentilmente ofereceu trabalho às famílias camponesas na construção da mesma.

Quando as obras terminaram, uma população enorme de camponeses ficou sem ter o que fazer nem para onde ir. Esta situação era semelhante a dos camponeses expulsos de suas terras por poderosas empresas madeireiras que, também, vinham se instalando na região.

Esses camponeses se uniram aos ‘monges’ João Maria e José Maria e fundaram alguns povoados – “Monarquia Celeste” -, com ordem própria a semelhança de Canudos.

 

O governo rapidamente tratou de dizimar esse movimento camponês (utilizando até aviões). As forças ficaram assim compostas: peludos (representavam o governo) contra os pelados (massa camponesa marginalizada).

Em 1916, os últimos núcleos foram arrasados por tropas do governo.

Desenrolar da Guerra e Conflitos

Os coronéis da região e o governo começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair camponeses. O governo passou a acusa ele de ser um inimigo da república, que tinha como objetivo desestruturar o governo. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados ao local, com o objetivo de acabar com o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir José Maria e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, morrerem em torno de 5 mil à 8 mil rebeldes. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

José Maria pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar, por isso, conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.

Fonte: leandrobrito.br.tripod.com

 


Foto do segundo monge João Maria

A figura dos monges teve valor fundamental para a questão do Contestado, sendo mais destacado o José Maria. O primeiro monge foi João Maria, de origem italiana, que peregrinou entre 1844 a 1870 quando morre em Sorocaba. João Maria levava uma vida extremamente humilde, e serviu para arrebanhar milhares de crentes, porém não exerceu influência dos acontecimentos que viriam a acontecer, mas serviu para reforçar o messianismo coletivo.

O segundo monge, que também se chamava João Maria surge com a Revolução Federalista de 1893 ao lado dos maragatos. De começo vai mostrar sua posição messiânica, fazendo previsões a respeito dos fatos políticos. Seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf, provavelmente de origem Síria. João Maria vai exercer forte influência sobre os crentes, que vão esperar pela sua volta após seu desaparecimento em 1908.

Essa espera vai ser preenchida em 1912 pela figura do terceiro monge: José Maria. Surgiu como curandeiro de ervas, apresentando-se com o nome de José Maria de Santo Agostinho. Ninguém sabia ao certo qual a sua origem, seu verdadeiro nome era Miguel Lucena Boaventura e, de acordo com um laudo da polícia da Vila de Palmas/PR, tinha antecedentes criminais e era desertor do exército.


José Maria com três virgens

Dentre as façanhas que deram fama ao monge José Maria, podemos destacar foi a ressurreição de uma jovem, provavelmente vítima de catalepsia, e a cura da esposa do coronel Francisco de Almeida, acometida por uma doença incurável. O coronel ficou tão agradecido que ofereceu terras e uma grande quantidade de ouro, mas o monge não aceitou, o que ajudou ainda mais o aumento de sua fama, pois passou a ser considerado santo, que veio à terra apenas para curar e tratar os doentes e necessitados.

José Maria não era um curandeiro vulgar, sabia ler e escrever, anotando propriedades medicinais em seus cadernos. Montou a “farmácia do povo” no rancho de um capataz do coronel Almeida, onde passou a atender diariamente até tarde da noite.




Módulo II

Como pequenos madeireiros poderiam disputar com grandes empresas americas? Com equipamentos modernos enviando madeiras para os EUA?

Também foram arruinados os pequenos madeireiros, pois não podiam competir com uma grande empresa estadunidense instalada na região do Contestado, a mais moderna serraria da América Latina, e que exportava a madeira para os Estados Unidos.

 

Após a conclusão das obras do trecho catarinense da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, a companhia Brazil Railway Company, que recebeu do governo 15 km de cada lado da ferrovia,[5] iniciou a desapropriação de 6.696 km² de terras (equivalentes a 276.694 alqueires)[5] ocupadas já há muito tempo por posseiros que viviam na região entre o Paraná e Santa Catarina. O governo brasileiro, ao firmar o contrato com a Brazil Railway Company, declarou a área como devoluta, ou seja, como se ninguém ocupasse aquelas terras.[6] "A área total assim obtida deveria ser escolhida e demarcada, sem levar em conta sesmarias nem posses, dentro de uma zona de trinta quilômetros, ou seja, quinze para cada lado".[7] Isso, e até mesmo a própria outorga da concessão feita à Brazil Railway Company, contrariava a chamada Lei de Terras de 1850.[7] Não obstante, o governo do Paraná reconheceu os direitos da ferrovia; atuou na questão, como advogado da Brazil RailwayAffonso Camargo, então vice-presidente do estado.[8]

 Percival Farquhar

Esses camponeses que viram o direito às terras que ocupavam ser usurpado,[8] e os trabalhadores que foram demitidos pela companhia (1910), decidiram então ouvir a voz do monge José Maria, sob o comando do qual organizaram uma comunidade. Resultando infrutíferas quaisquer tentativas de retomada das terras - que foram declaradas devolutas, pelo governo brasileiro, no contrato firmado com a ferrovia[1] - cada vez mais se passou a contestar a legalidade da desapropriação. Uniram-se ao grupo diversos fazendeiros que, por conta da concessão, estavam perdendo terras para o grupo de Farquhar, bem como para os coronéis manda-chuvas da região.[4]

A união destas pessoas em torno de um ideal, levou à organização do grupo armado, com funções distribuídas entre si. O messianismo adquiria corpo. A vida era comunitária, com locais de culto e procissões, denominados redutos. Tudo pertencia a todos. O comércio convencional foi abolido, sendo apenas permitidas trocas. Segundo as pregações do líder, o mundo não duraria mais 1000 anos e o paraíso estava próximo. Ninguém deveria ter medo de morrer porque ressuscitaria após o combate final. É de destacar a importância atribuída às mulheres nesta sociedade. A virgindade era particularmente valorizada.[1]

Bandeira da "Monarquia Celestial". Branca com uma cruz verde, evoca os estandartes das antigas ordens monástico militares como as dos templários.

O "santo monge" José Maria rebelou-se, então, contra a recém formada república brasileira e decidiu dar status de governo independente à comunidade que comandava. Para ele, a república era a "lei do diabo". Nomeou "imperador do Brasil" um fazendeiro analfabeto, nomeou a comunidade de "Quadro Santo" e criou uma guarda de honra constituída por 24 cavaleiros que intitulou de "Doze Pares de França", numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média.

Os camponeses uniram-se a este, fundando alguns povoados, cada qual com seu santo. Cada povoado seria como uma "monarquia celeste", com ordem própria, à semelhança do que Antônio Conselheiro fizera em Canudos.

Convidado a participar da festa do Senhor do Bom Jesus, na localidade de Taquaruçu (município de Curitibanos), o monge foi acompanhado de cerca de 300 fiéis, e lá permaneceu por várias semanas, atendendo aos doentes e prescrevendo remédios.

Desconfiado com o que acontecia, e com medo de perder o mando da situação local em Curitibanos, o coronel Francisco de Albuquerque, rival do coronel Almeida, enviou um telegrama para a capital do estado pedindo auxílio contra "rebeldes que proclamaram a monarquia em Taquaruçu"'.

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Módulo III

Teve influencia religiosa nesse conflito? E o Supremo Tribunal?
Para entender-se bem a guerra sertaneja, é preciso voltar um pouco no tempo e resgatar o valor da figura de três monges da região. O primeiro monge que galgou fama foi João Maria de Agostini, um rezador leigo de origem italiana, que peregrinou pregando e atendendo doentes de 1844 a 1870 por um amplo território que ia de Sorocaba, em São Paulo, até Rio Pardo e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.[2] Fazia questão de viver uma vida extremamente humilde, e sua ética e forma de viver arrebanhou milhares de crentes, reforçando o messianismo coletivo. Sublinhe-se, porém, que não exerceu influência direta nos acontecimentos da Guerra do Contestado que ocorreria posteriormente. João Maria morreu em 1870, em Sorocabaestado de São Paulo.

O segundo monge adotou o codinome (alcunha) de João Maria,[3] mas seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf, provavelmente de origem síria. Aparece publicamente com a Revolução Federalista de 1893, mostrando uma postura firme e uma posição messiânica. Sobre sua situação política, dizia ele "estou do lado dos que sofrem".[1] Chegou, inclusive, a fazer previsões sobre os fatos políticos da sua época. Atuava na região entre os rios Iguaçu e Uruguai. É de destacar a sua influência inquestionável sobre os crentes, a ponto de estes esperarem a sua volta através da ressurreição, após seu desaparecimento em 1908.

As entrelinhas do que estava por vir estavam se amarrando entre si. A espera dos fiéis acabou em 1912, quando apareceu publicamente a figura do terceiro monge. Este era conhecido inicialmente como um curandeiro de ervas, tendo se apresentado com o nome de José Maria de Santo Agostinho, ainda que, de acordo com um laudo da polícia da Vila de Palmas, Estado do Paraná, ele fosse, na verdade, um soldado desertor condenado por estupro, de nome Miguel Lucena de Boaventura.

José Maria pregava uma vida de respeito ao próximo, aos animais e à natureza, assinalava a existência de fontes de água (que logo a população passou a chamar de "águas santas" ou "águas do monge") e recomendava a edificação de cruzeiros.[2]

Como ninguém conhecia ao certo a sua origem, como aparentava uma vida reta e honesta, não lhe foi difícil granjear em pouco tempo a admiração e a confiança do povo.[4] Um dos fatos que lhe granjearam fama foi a presunção de ter ressuscitado uma jovem (provavelmente apenas vítima de catalepsia patológica). Supostamente também recobrou a saúde da esposa do coronel Francisco de Almeida, acometida de uma doença incurável. Com este episódio, o monge ganha ainda mais fama e credibilidade ao rejeitar terras e uma grande quantidade de ouro que o coronel, agradecido, lhe queria oferecer.

A partir daí, José Maria passou a ser considerado santo: um homem que veio à terra apenas para curar e tratar os doentes e necessitados. Metódico e organizado, estava muito longe do perfil dos curandeiros vulgares. Sabia ler e escrever e anotava em seus cadernos as propriedades medicinais das plantas encontradas na região. Com o consentimento do coronel Almeida, montou no rancho de um dos capatazes o que chamou de farmácia do povo, onde fazia o depósito de ervas medicinais que utilizava no atendimento diário, até horas tardias da noite, a quem quer que o visitasse.

 

Movimento Messiânico (1912-1916)

Em 1912, numa região contestada por Santa Catarina e Paraná, houve um conflito bastante semelhante ao de Canudos, ou seja, camponeses expulsos de suas terras e sem trabalho decidem organizar uma comunidade, sob o comando de um monge.

Uma empresa norte-americana, ao construir a estrada de ferro que iria ligar São Paulo ao Rio Grande do Sul, desapropriou as terras que margeavam a ferrovia e, em troca, muito gentilmente ofereceu trabalho às famílias camponesas na construção da mesma.

Quando as obras terminaram, uma população enorme de camponeses ficou sem ter o que fazer nem para onde ir. Esta situação era semelhante a dos camponeses expulsos de suas terras por poderosas empresas madeireiras que, também, vinham se instalando na região.

Esses camponeses se uniram aos ‘monges’ João Maria e José Maria e fundaram alguns povoados – “Monarquia Celeste” -, com ordem própria a semelhança de Canudos.

 

O governo rapidamente tratou de dizimar esse movimento camponês (utilizando até aviões). As forças ficaram assim compostas: peludos (representavam o governo) contra os pelados (massa camponesa marginalizada).

Em 1916, os últimos núcleos foram arrasados por tropas do governo.

 

O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse. No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.

 

Desenrolar da Guerra e Conflitos

Os coronéis da região e o governo começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair camponeses. O governo passou a acusa ele de ser um inimigo da república, que tinha como objetivo desestruturar o governo. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados ao local, com o objetivo de acabar com o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir José Maria e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, morrerem em torno de 5 mil à 8 mil rebeldes. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

 

Luta armada entre fanáticos e tropas do exército na região do Contestado (Sul do Brasil) tem relações apenas circunstanciais com a questão de limites entre Santa Catarina e o Paraná.

De fato, o litígio, que devia ter sido encerrado com o pronunciamento do Supremo Tribunal (1906), continuou a ser agitado, chegando os político paranaenses a proporem a criação do Estado das Missões, compreendendo a zona contestada (1910).

Em 1912,surgiu o primeiro entrevêro, sob o pretexto de que o Paraná fôra invadido por fanáticos de Santa Catarina, seguindo para o local um contingente da polícia daquele Estado,sob o sob o comando do coronel do exército João Gualberto Gomes de Sá, que foi desbaratado pelos sertanejos, morrendo na peleja e o Monje José Maria.

A concentração de fanáticos, entretando , nada tinha a ver com a questão de limites.

O monge, ex-soldado da polícia ou do exército, não se sabe ,mas certamente um desertor ,conseguira reunir em seu séquito os antigos trabalhadores da Estrada de Ferro S. Paulo-Rio Grande, desempregados desde o paralisamento das obras em União da Vitória (1906), Tornando-se assim marginais de uma vasta ainda despovoada.

Organizaram-se então, o que o monge denominava Quadros Santos, um dos quais transpôs a fronteira , indo se fixar em Campos doIrano.

Morto José Maria, os sertanejos passaram a obedecer um novô chefe, Eusébio Ferreira dos Santos, cuja a filha tinha visões, entrincheirando-se em Taquaruçu.

Os demais Quadros Santos se dispiseram em pontos diversos numa área , de difícil topografia , cada qual com o seu Santo, inclusive um tal D. Manuel Alves de Assunção Rocha, que pretendia ser o “Imperador da Monarquia Sul Brasileira “.

Nomeado para a inspetoria da Região Militar, que compreendia os dois estados (12 de Setembro de 1914),o General Setembrino de Carvalho mobilizou sete mil homens, pondo fim à sangrenta contenda com a tomada de Santa Maria (5 de abril de 1915).

A 12 de Outubro de 1916, os governadores Filipe Schimidt(Santa Catarina ) e Afonso de Camargo (paraná) assinaram um acordo e o município de Campos de Irani passou a chamar-se Concórdia.

Fonte: omotim.tripod.com

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Fonte:

 


 

Data

Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI



Destaque para: Guerra do Contestado exatamente no começo do séc XX, posseiros pobres, negros, mestiços e indígenas

 

Primeiras mortes

Marechal Hermes da Fonseca

O governo brasileiro, então comandado pelo marechal Hermes da Fonseca, responsável pela Política das Salvações, caracterizada por intervenções político-militares que em diversos Estados do país pretendiam eliminar seus adversários políticos, sentiu indícios de insurreição neste movimento e decidiu reprimí-lo, enviando tropas para acalmar os ânimos.

Antevendo o que estava por vir, José Maria parte imediatamente para a localidade de Irani com todo o seu carente séquito. A localidade nesta época pertencia a Palmas, cidade que estava na jurisdição do Paraná, e que tinha com Santa Catarina questões jurídicas não resolvidas por conta de divisas territoriais, e acabou vendo nessa grande movimentação uma estratégia de ocupação daquelas terras.

A guerra do Contestado inicia-se neste ponto: em defesa de suas terras, várias tropas do Regimento de Segurança do Paraná são enviadas para o local, a fim de obrigar os invasores a voltar para Santa Catarina.[4]

Em 22 de outubro de 1912, a polícia do Paraná deu início a um ataque que resultou na batalha do Irani, em um lugar chamado "Banhado Grande", na qual morreram 11 sertanejos, entre eles o monge José Maria, e 10 soldados, inclusive o coronel João Gualberto Gomes de Sá Filho.[2]

Placa no Museu do Contestado, em Caçador

José Maria foi enterrado com tábuas pelos seus fiéis, a fim de facilitar a sua ressurreição, já que os caboclos acreditavam que este ressuscitaria acompanhado de um "exército encantado", vulgarmente chamado de "Exército de São Sebastião", que os ajudaria a fortalecer a "monarquia celeste" e a derrubar a república, que cada vez mais se acreditava ser um instrumento do diabo, dominado pelas figuras dos coronéis.

 Filmes sobre Guerra do Contestado

A Guerra dos Pelados

O filme A Guerra dos Pelados foi dirigido por Sylvio Black, o mesmo diretor do documentário O Contestado, e lançado em 1971 . Os camponeses expulsos da região do Contestado eram chamados de “pelados” porque raspavam a cabeça. O filme recebeu vários prêmios na época. Stênio Garcia compõe o elenco.


Esse é outro filme




 
O Contestado – Restos Mortais
O documentário O Constestado – Restos Mortais foi dirigido pelo catarinense Sylvio Back, o mesmo diretor do filme A Guerra dos Pelados, e lançado em 2012. A Revolta havia iniciado cerca de 100 anos antes da filmagem. Na obra, 30 pessoas médiuns deram depoimentos sobre o conflito em estado alterado de consciência.

Assista também às aulas sobre República Velha
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Módulo_V  - Módulo Destaque Cultural  - Topo

Biografia      Roquette Pinto (136 anos)

 

 

Biografia      Gal Costa (75 anos)

 

Biografia       Tiago Mocotó (43 anos)

 

Biografia  Fernando Pamplona (94 anos) 

 

Biografia   Tim Maia (78 anos)  

 

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Biografia   Paulão Sete Cordas (62 anos)

 

Biografia     Mariana de Moraes (51 anos)

 

Biografia   Serginho Meriti (62 anos)

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Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana.  Topo


Intervalo compreendido do dia 25/09 a 01/10

25

26

27

 Acyr Marques (67 anos)
 Adilson Magrinho (74 anos)
 Alex Moraes (56 anos)
 Aline Muniz (37 anos)
 André Midani (88 anos)
 Artidoro da Costa (90 anos)
 Carlos Pinto (72 anos)
 Claudio Cartier (70 anos)
 Dilu Melo (107 anos)
 Giselle Martine (53 anos)
 José Roberto (68 anos)
 Luanda Cozetti (52 anos)
 Luciane Dom (31 anos)
 Lula Freire (82 anos)
 Marco Pereira (70 anos)
 Márcio Victor (41 anos)
 Ricardo Calafate (61 anos)
 Roquette Pinto (136 anos)
 Sérgio de Pinna (85 anos

 Alcides Caminha (99 anos)
 Baden Powell (20 anos)
 Bertrand Morais (26 anos)
 Bluebell (43 anos)
 Cayê Milfont (63 anos)
 Cláudio Chaves (57 anos)
 Cláudio de Souza (69 anos)
 Eduardo Gatto (44 anos)
 Filipe Catto (33 anos)
 Gal Costa (75 anos)
 João Diniz (24 anos)
 Mario Adnet (63 anos)
 Otacílio (97 anos)
 Paulo de Freitas (63 anos)
 Rafael Barata (40 anos)
 Tito Madi (2 anos)

 Aleixinho (13 anos)
 Bonfíglio de Oliveira (129 anos)
 Caprí (81 anos)
 Cristina Maristany (54 anos)
 Damião Experiência (85 anos)
 Daniel Bruch (39 anos)
 Daniel Scisinio (38 anos)
 Dann Mallio Carneiro (83 anos)
 Francisco Alves (68 anos)
 Hianto de Almeida (56 anos)
 Jau (50 anos)
 Jean D'Arco (111 anos)
 Jorge Mello (71 anos)
 Juvenal Galeno (184 anos)
 Léo Albano (107 anos)
 Manezinho Araújo (107 anos)
 Mario Broder (43 anos)
 Ney Alberto (80 anos)
 Oscar Castro Neves (7 anos)
 Portinho (95 anos)
 Renato Barros (77 anos)
 Sílvio Túlio Cardoso (96 anos)
 Tiago Mocotó (43 anos)

28

29

30

 Celso Viáfora (61 anos)
 Dilermando Pinheiro (103 anos)
 Djalma Ferreira (16 anos)
 Duque (67 anos)
 Eliane Bastos (55 anos)
 Evaldo Braga (73 anos)
 Fernando Pamplona (94 anos)
 Helena Meirelles (15 anos)
 Henrique Batista (112 anos)
 Hiram Araújo (91 anos)
 Pedro Salgado (47 anos)
 Pedro Ângelo Camin (87 anos)
 Roberta Miranda (64 anos)
 Thadeu Ventura (78 anos)
 Tim Maia (78 anos)

 Antônio Marinho (80 anos)
 Canadá (76 anos)
 Chico Antônio (116 anos)
 Chiquinho Sales (111 anos)
 Célia (3 anos)
 Fardel (24 anos)
 Fernando Pamplona (7 anos)
 Hebe Camargo (8 anos)
 Machado de Assis (112 anos)
 Majó (70 anos)
 Marcela Biasi (39 anos)
 Mauro Albert (44 anos)
 Paulão Sete Cordas (62 anos)
 Plínio Marcos (85 anos)
 Raul Silva (131 anos)
 Rosana Toledo (82 anos)
 Silviano Santiago (84 anos)
 Téo Brandão (39 anos)
 Wagner Segura (59 anos)
 Waleska (79 anos)
 Ângela Maria (2 anos)

 Alcyvando Luz (83 anos)
 Chacrinha (103 anos)
 Julie Joy (90 anos)
 Leo Peracchi (109 anos)
 Leopoldo Fróes (138 anos)
 Mariana de Moraes (51 anos)
 Matheus VK (38 anos)
 Matheus Von Krüger (38 anos)
 Sérgio Porto (52 anos)
 Xerém (41 anos)
 Zé Marcolino (33 anos)

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Homenagem Especial - Momento Furtado Encerramento

Lembranças Inesquecíveis


Quem não se lembra do “bife a cavalo”
Da água com gás de um litro?
Das vesperais com vários episódios de filmes
Principalmente de faroeste, Látego e Nioca?
Das balas de menta, jujubinha
E as revistas em quadrinhos?
Diversas
Ir ao cinema “poeira” bem cedo, matinê
Pois a fila era enorme
Usando calça de tergal
Quando a propaganda dizia:
A calça de vinco permanente
Aos domingos, nas vesperais e nas matinês
Vendo os heróis preferidos
Que nunca eram derrotados
Ficando com a mocinha no final da fita
O cigarro “Aspirante” e “Continental”
O “Consul” mentolado – um barato
Vodca?
A primeira aula na escola pública
Novos amigos, novas esperanças
São lembranças, algumas não esquecidas
Outras já perdidas no tempo
Porém, são marcas que ficam
Deixando na memória grandes recordações
Gratas recordações



Antônio Furtado

 

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Olá, sou o professor Ivan Luiz, jornalista, bacharel em geografia, petroleiro e diretor do Sindipetro RJ. Minha missão é contribuir com conhecimento, informação, reflexões  e soluções para que nós, cidadãos brasileiros, tenhamos maior qualidade de vida com dignidade e respeito. Quer conhecer mais sobre minha trajetória e meus projetos? Então acesse minhas redes sociais. Os canais são abertos para que somarmos forças.

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