26 | Claudia Telles (65 anos) - Claudia Telles de Mello Mattos - 1957 - RJ, RJ - Cantora. Compositora. Filha
do violonista Candinho e da cantora Sylvia Telles. Sobrinha do compositor e
cantor Mário Telles. Cresceu ao som da bossa nova. Ainda menina, foi convidada
pela mãe para subir ao palco do Teatro Santa Rosa (RJ) no último show da
temporada do espetáculo “Reencontro”, que reuniu Sylvia Telles, Edu Lobo, Trio
Tamba e Quinteto Villa-Lobos, para cantar “Arrastão” (Edu Lobo e Vinicius de
Moraes). Iniciou sua carreira em1972, fazendo coro em gravações de vários
artistas, como Roberto Carlos, José Augusto, The Fevers, Gilberto Gil, Jerry
Adriani, Jorge Ben (hoje Jorge Benjor), Belchior, Simone, Rita Lee e Fafá de
Belém, entre outros. Substituiu Regina no Trio Esperança, em shows e gravações,
durante a gravidez da cantora. Foi crooner do conjunto de Chiquinho do
Acordeon. Em 1976, foi convidada pela gravadora CBS para gravar um compacto
simples com a música “Fim de tarde” (Robson Jorge e Mauro Motta), que chegou
aos primeiros lugares das paradas e vendeu mais de 500.000 cópias, o que lhe
valeu seu primeiro Disco de Ouro. Ainda nos anos 1970, lançou mais alguns
compactos e os LPs “Claudia Telles” (1977), “Miragem” (1978) e “Eu quero ser
igual a todo mundo” (1979). Em 1988, gravou o LP “Solidão pra quê”. Em 1995,
gravou um CD contendo obras de Cartola e Nélson Cavaquinho. Dois anos depois, a
gravadora CID promoveu um encontro entre mãe e filha no disco “Por causa de
você”, com a voz de Sylvinha extraída das gravações originais. Lançou, em 2000,
o CD “Chega de saudade – Tributo a Vinicius de Morais”, registrando canções do
poeta, e, em 2003, o CD “Sambas e bossas”. Em 2004, fez temporada de shows no
Vinicius Piano Bar (RJ), ao lado do compositor Paulinho Tapajós. Em 2005, fez
show de lançamento do CD “Tributo a Tom Jobim” no Bar do Tom (RJ). Lançou, em
2009, o CD “Quem sabe você”, contendo as inéditas “Ai saudade” (Johnny Alf),
“Biquininho azul”, parceria do pai, o violonista Candinho, com Ronaldo Bôscoli,
e a faixa-título, de Roberto Menescal e Abel Silva. Também no disco, uma
homenagem à mãe na parceria pouco conhecida de Sylvia Telles com Chico Anísio,
“Sem você pra que”, gravada apenas uma vez, por Sylvinha, em 1957. Completando
o repertório, as canções “Felicidade vem depois”, primeira composição de
Gilberto Gil, “Carta ao Tom 74” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Reza” (Edu
Lobo e Ruy Guerra) um pot-pourri em homenagem ao cantor Miltinho (“Solução”,
“Mulher de 30” e “Palhaçada”), “Tamanco no Samba” (Orlandivo), “Juras” (Rosa
Passos) e ainda “Não quero ver você triste”, de Roberto e Erasmo Carlos com
letra de seu tio Mario Telles, última música gravada por Sylvinha. O disco
contou com a participação de Emílio Santiago. Dividindo o palco com Paulinho
Tapajós e Tavynho Bonfá, em 2010 apresentou-se no Bar do Tom (RJ) com o show
“Sucesso Sempre”, do qual participaram também os músicos Marcello Lessa
(violão), Marcelo Tapajós (violão de aço), Paulo Fernando Marcondes Ferraz
(percussão) e Laudir de Oliveira (percussão). |
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Sandra de Sá - Sandra Christina Frederico de Sá – 1955 -
RJ,
RJ - Cantora.
Compositora. Filha de baterista, nasceu e foi criada no subúrbio carioca de
Pilares em uma vila da Rua Guarabu.
No período de carnaval se juntava com seus familiares, com os quais formou
duas bandas. No fim dos anos 60, passou a frequentar os bailes de soul music
da região organizados pelo Movimento Black Rio, ganhando vários prêmios como
dançarina de soul music nos festivais locais de “black music”. Em 1980
abandonou o curso de psicologia para dedicar-se exclusivamente à música. Em
2010 assumiu o cargo de Diretora-Vogal da UBC (União Brasileira de
Compositores), da qual é filiada como cantora e compositora.
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João Carlos Assis Brasil - João Carlos
Miranda de Assis Brasil – 1945 - RJ, RJ - Pianista. Professor. Irmão gêmeo do saxofonista
Vitor Assis Brasil. Iniciou sua formação no Conservatório Brasileiro de
Música (RJ), onde estudou piano, harmonia e teoria musical. Aos 10 anos de
idade, recebeu o 1º Prêmio do Conservatório. Em 1960, continuou seus estudos
com o concertista Jacques Klein. Dois anos depois, venceu o Concurso Nacional
de Piano da Bahia. Em 1964, viajou para Paris (França), onde estudou com
Pierre Sancan. Em 1965, participou do Concurso Internacional Beethoven,
realizado em Viena (Áustria). Classificou-se em 3º lugar, disputando com mais
de 60 candidatos. Nessa capital, aprimorou seus estudos com Richard Hauser e
Dieter Weber, e atuou como solista na Orquestra Filarmônica de Viena. No ano
seguinte, apresentou-se no Wigmore Hall (Londres), no Brahmsaal (Viena), no
auditório da Família Meneghine (Milão) e no Teatro de Belgrado (Iuguslávia). Em
1970, estudou com Ilona Kabos, em Londres. Em 1975, apresentou-se na
Universidade Católica em Washington. Na década de 1980, formou, com Zeca
Assumpção (baixo) e Cláudio Caribé (bateria), o João Carlos Assis Brasil
Trio, que mais tarde contou com a participação de David Chew (violoncelo) e
Idriss Boudrioua (sax). Apresentou-se, com o grupo, em vários concertos.
Ainda nessa época, atuou como professor do Conservatório Brasileiro de Música
e, durante cinco anos, como professor e diretor da Faculdade de Música da
Universidade Estácio de Sá (RJ). A partir de 1982, começou a desenvolver um
trabalho com Clara Sverner (dois pianos e quatro mãos), gravando o LP “Clara
Sverner e João Carlos Assis Brasil: Satie-Joplin”, considerado um dos 10
melhores disco do ano pelas revistas “Manchete” e “IstoÉ”. Em 1985, atuou
como membro do júri do Concurso Nacional de Piano Arnaldo Strela, realizado
em Juiz de Fora (MG). Apresentou-se, nesse ano, novamente ao lado de Clara
Sverner, no Teatro Cultura Artística (SP), em concerto gravado ao vivo e
lançado no LP “Clara Sverner e João Carlos Assis Brasil: Gershwin-Fauré”. Mais
tarde, apresentou-se no Rio e em São Paulo, em duo piano-oboé com Harold
Emert, e em duo piano-violino com Oscar Lafer. Atuou em inúmeros concertos
com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, com a Orquestra Sinfônica
Brasileira, com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e com a Orquestra Sinfônica
de São Paulo, sob a regência de Eleazar de Carvalho e John Neschling, entre
outros maestros. Dirigiu a série “Concertos de Sábado”, no Shopping Cassino
Atlântico (RJ). Atuou nos projetos “Metrô-Música” e “Rioarte instrumental”
(RJ). Acompanhou vários artistas, como Maria Bethânia, Zizi Possi, Alaíde
Costa e Olívia Byington, entre outros, destacando-se por sua atuação, em
1987, no show “Pescador de pérolas”, de Ney Matogrosso, com o qual viajou
pelo Brasil e Portugal. Em 1988, além de inúmeras apresentações em salas de
concerto, gravou, com Ney Matogrosso e Wagner Tiso, e participação de Jaques
Morelenbaum e Jurim Moreira, o disco “A Floresta Amazônica – Villa-Lobos”. Lançou
dois discos sobre Villa-Lobos, o primeiro com a cantora Leila Guimarães,
executando a Bachiana nº 5, e o segundo realizando a primeira gravação do 3º
movimento da Bachiana nº 2. Em 1989, apresentou-se, ao lado de Olívia
Byington, no Rio de Janeiro (Rio Jazz Clube) e em outras capitais, em show
que gerou um disco gravado ao vivo. Lançou a seguir, o disco “Self portrait”
sobre a obra de seu irmão Vitor Assis Brasil, com a participação de Zeca
Assumpção (contrabaixo), Jurim Moreira (bateria) e Paulo Sérgio Santos
(clarineta e sax). Em 1992, apresentou-se, ao lado de Alaíde Costa, em show que
originou a gravação de um CD. De 1994 a 1997, idealizou e apresentou o
programa “Instrumental informal”, transmitido pela TVE. Em 2000, dividiu o
palco do Teatro Café Pequeno (RJ) com Claudia Netto e Claudio Botelho, no
show “American concert”, interpretando clássicos da canção norte-americana de
autoria de George & Ira Gershwin, Irving Berling, Cole Porter e Rodgers
& Hart, entre outros. Nesse mesmo ano, fez recital na Fundação Eva Klabin
(RJ), ao lado de Clara Sverner, interpretando obras de Erik Satie,
Villa-Lobos, Ernesto Nazareth e Ravel, Apresentou-se, em 2001, na Série
Instrumental da Sala Cecília Meireles (RJ), interpretando obras de Gershwin,
Chiquinha Gonzaga, Nazareth, Cole Porter e do irmão Victor Assis Brasil. Em
2004, gravou o CD “Todos os pianos”. Fez show de lançamento do disco no
Mistura Fina (RJ). Nesse mesmo ano, apresentou-se no tributo “Para Victor,
com carinho”, em homenagem a seu irmão Victor Assis Brasil, no espaço que
leva o nome do instrumentista e compositor falecido em 1981, no Parque dos
Patins, na Lagoa (RJ), do qual também participaram Nivaldo Ornellas e Luiz
Avellar Trio. Em 2005, apresentou-se, ao lado de Claudia Lira, no Café Teatro
Arena (RJ), com o show “Chão de Estrelas – Uma homenagem à Era do Rádio”. Além
de sua trajetória como pianista, atua como professor de piano. Em parceria
com o cantor Márcio Gomes, lançou, em 2013, o DVD “Música Popular In
Concert”, interpretando clássicos da música brasileira e da música
internacional, com show no Theatro Net Rio (RJ).
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Edu Lobo - Eduardo de Góes Lobo – 1943
- RJ, RJ - Compositor.
Instrumentista. Arranjador. Cantor. Filho do compositor Fernando Lobo e de
Maria do Carmo Lobo. Pai do compositor e cantor Bena Lobo. Iniciou seus
estudos musicais na Academia George Brass, onde estudou acordeom, dos oito
aos 14 anos de idade. Estudante do Colégio Santo Inácio, costumava passar as
férias na casa de seus tios, em Recife, onde tomou contato com a cultura
local, que exerceu forte influência sobre a música que viria a fazer mais
tarde. Ainda adolescente, interessou-se pelo violão, recebendo as primeiras
noções do instrumento através do compositor Teo de Barros, seu amigo de
infância. Mais tarde, estudou com a pianista Vilma Graça. Cursou até o 3º ano
de Direito na PUC-Rio. Saiba mais aqui
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Sombrinha - Montgomery Ferreira Nunis - 1959 - São
Vicente, SP - Cantor.
Compositor. Instrumentista (cavaquinho e violão). Filho de músico aprendeu a
tocar violão aos nove anos de idade. Por esta época, participava de rodas de
choro que aconteciam em sua casa. Logo depois, passou a frequentar a roda de
samba da tamarineira, na quadra do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, no
subúrbio carioca de Ramos. Iniciou a carreira artística apresentando-se em
casas noturnas de São Vicente, atividade que continuou a exercer na capital
paulista, para onde mudou-se em 1975. Três anos depois, em 1978, participou
da gravação do disco do grupo Os Originais do Samba. Nesta mesma época,
transferiu-se para o Rio de Janeiro e tornou-se frequentador assíduo das
rodas de samba do Bloco Cacique de Ramos, onde, em 1980, fundou com um grupo
de amigos, entre eles Almir Guineto, Ubirany, Bira Presidente, Sereno e Jorge
Aragão, o grupo Fundo de Quintal. Com o grupo gravou 13 discos e ganhou por
cinco vezes o “Prêmios Sharp” na categoria de “Melhor Conjunto de Samba”. Sua
primeira composição gravada foi “Marcas no leito”, gravada por Alcione, em
1981. No início da década de 1990 deixou o grupo Fundo de Quintal para seguir
carreira solo. Em 1993 lançou seu primeiro disco e fez sucesso com o samba
“Amor não é por aí”, ganhando o “Prêmio Sharp” na categoria “Revelação
Masculina”. Apresentando-se em shows com Arlindo Cruz, decidiu formar dupla
com o amigo, cujo primeiro trabalho foi lançado em 1996, o CD “Da música”.
Ainda em 1996, a dupla foi convidada a participar do CD “Viva Noel”, de Ivan
Lins. No ano seguinte, em 1997, a dupla lançou o segundo disco “O samba é a
nossa cara”. Em uma apresentação deste disco em Brasília, a dupla reuniu 15
mil pessoas, sendo a faixa-título de autoria de Luizinho SP, música que foi
um grande sucesso no ano de 1997.
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Francis Hime -
Francis Victor Walter Hime - 1939- RJ, RJ - Compositor. Pianista,
Arranjador. Maestro. Cantor. Filho da pintora Dália Antonina. Começou a
estudar piano clássico aos seis anos de idade, com Carmem Manhães,
ingressando depois no Conservatório Brasileiro de Música, onde permaneceu
durante sete anos. De 1955 a 1959, estudou em Lausanne (Suíça). De volta ao
Brasil, teve aulas de piano com Wilma Graça. Em 1962, começou a frequentar as
reuniões musicais realizadas na casa de Petrópolis de Vinicius de Moraes, ao
lado de Carlos Lyra, Baden Powell, Edu Lobo, Dori Caymmi, Wanda Sá e Marcos Valle. É dessa época, sua primeira parceria com Vinicius, a canção “Sem mais
adeus”, gravada pela primeira vez por Wanda Sá, em 1963. Ainda na década nos
anos 1960, apresentou-se em shows e escreveu arranjos para vários artistas
brasileiros, além de ter participado dos seguintes festivais de música
popular: 1965: I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excélsior (SP),
com “Por um amor maior” (c/ Ruy Guerra), interpretada por Elis Regina; 1966:
I Festival Internacional da Canção da TV Rio, com “Maria” (c/ Vinicius de
Moraes), defendida por Wilson Simonal; 1967: III Festival de Música Popular
Brasileira da TV Record (SP), com “Samba de Maria” (c/ Vinicius de Moraes),
interpretada por Jair Rodrigues; 1967: II Festival Internacional da Canção
(RJ), com “Tempo da Flor” (c/ Vinicius de Moraes) e “Eu te amo, amor” (c/
Vinicius de Moraes), ambas interpretadas por Cláudia; 1968: IV Festival de
Música Popular Brasileira da TV Excélsior (SP), com “A grande ausente” (c/
Paulo César Pinheiro), defendida por Taiguara; 1968: III Festival
Internacional da Canção (RJ), com “Anunciação” (c/ Paulo César Pinheiro),
interpretada pelo MPB-4. Também na década de 1960, realizou sua primeira
gravação, o LP instrumental “Os Seis em Ponto” (1965), nome do conjunto do
qual participava como pianista. Em 1966, assinou a direção musical e escreveu
arranjos para o show “Pois é”, com Vinicius de Moraes, Gilberto Gil e Maria
Bethânia, realizado no Teatro Opinião (RJ). Ainda nesse ano, suas composições
“Sem mais adeus” e “Saudade de amar” foram incluídas no álbum duplo
“Vinicius, poesia e canção”, registro do espetáculo em homenagem ao parceiro,
realizado no Teatro Municipal de São Paulo.
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