Notícias Petroleiras & Outras em 13/05/2021
Dia 10 de janeiro de 2012 foi a primeira transmissão que realizamos, e hoje chegamos a 441/19ª do ano
Vinheta 03 |
|
Topo
Notícias
Petroleiras & Outras, estes são os nossos destaques da semana. |
|
|
Editorial – |
Vinheta 03 13/05/2021
Me
encontre https://professorivanluizdemarica.blogspot.com/
Ivan Luiz Jornalista Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977. |
Informes |
Antonio Nobre: Sistemas - zl vórtice |
|
Racismo no Brasil - 1 - Comissão discute recomendações da ONU sobre racismo nesta sexta-feira 13/05 |
|
Alerta – Vários vídeos |
|
Homenageados na cultura brasileira destaque para Orestes Barbosa (128 anos) 07 - Dona Neuma (99 anos) – 08 Moacyr Silva (103 anos) -10 Carlos Lyra (82 anos) 11 - Jamelão (108 anos) 12 - Picolino da Portela (91 anos) e Ângela Maria (92 anos) 13 |
|
Relação
completa dos aniversariantes da semana de 07 a 13/05 |
|
Momento
Reflexivo – Abertura O Modernismo no Brasil –
Professora Daniela Diana – Dividimos em várias transmissões - x.
Encerramento |
Editorial – A corrupção na Petrobras
e na história do Brasil -
Topo
Momento Reflexivo – Abertura – Topo
Modernismo no
Brasil
LITERATURA BRASILEIRA
Daniela Diana - Professora licenciada em Letras
Fases
do modernismo no Brasil
Segunda
fase modernista no Brasil (1930-1945)
A segunda fase do modernismo,
chamada de fase de
consolidação ou geração
de 30, começou em 1930 e durou até 1945, quando termina a Segunda
Guerra Mundial.
Diferente da primeira fase, que
apresentava um caráter mais destrutivo e radical, na segunda geração, os
artistas demonstram maior equilíbrio e racionalidade em seus escritos.
Esse momento de amadurecimento da
literatura brasileira é caracterizado por temáticas nacionalistas,
regionalistas e de caráter social, com predomínio de uma literatura mais
crítica e revolucionária. Além da prosa de ficção, a poesia brasileira se
consolida, o que significa o maior êxito para os modernistas.
Esse é um momento muito fértil da
literatura brasileira onde encontramos uma vasta produção de textos poéticos em
verso e prosa.
A segunda fase do modernismo,
chamada de fase de
consolidação ou geração
de 30, começou em 1930 e durou até 1945, quando termina a Segunda
Guerra Mundial.
Diferente da primeira fase, que
apresentava um caráter mais destrutivo e radical, na segunda geração, os
artistas demonstram maior equilíbrio e racionalidade em seus escritos.
Esse momento de amadurecimento da
literatura brasileira é caracterizado por temáticas nacionalistas,
regionalistas e de caráter social, com predomínio de uma literatura mais
crítica e revolucionária. Além da prosa de ficção, a poesia brasileira se
consolida, o que significa o maior êxito para os modernistas.
Esse é um momento muito fértil da
literatura brasileira onde encontramos uma vasta produção de textos poéticos em
verso e prosa.
Características
da segunda fase modernista
·
fase de consolidação do modernismo no Brasil;
·
vasta produção literária em poesia e prosa (poesia de 30 e
romance de 30);
·
valorização do regionalismo e da linguagem popular;
·
utilização de versos livres, sem métrica, e brancos, sem rimas;
·
crítica à realidade social brasileira;
·
valorização da diversidade cultural do país;
·
temática cotidiana, social, histórica e religiosa.
·
fase de consolidação do modernismo no Brasil;
·
vasta produção literária em poesia e prosa (poesia de 30 e
romance de 30);
·
valorização do regionalismo e da linguagem popular;
·
utilização de versos livres, sem métrica, e brancos, sem rimas;
·
crítica à realidade social brasileira;
·
valorização da diversidade cultural do país;
·
temática cotidiana, social, histórica e religiosa.
Autores e
obras da segunda fase modernista
Os poetas e as obras que se
destacaram na chamada “poesia de 30” foram:
·
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Obras: Alguma poesia (1930), A Rosa do povo (1945)
e Claro Enigma (1951).
·
Murilo Mendes (1901-1975) - Obras: Poemas (1930), A poesia em pânico (1937)
e As metamorfoses (1944).
·
Jorge de Lima (1893-1953) - Obras: Novos poemas (1929), O acendedor de lampiões (1932)
e O anjo (1934).
·
Cecília Meireles (1901-1964) - Obras: Espectros (1919), Romanceiro da Inconfidência (1953)
e Batuque, Samba e
Macumba (1935).
·
Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obras: Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Antologia Poética (1954), Orfeu da Conceição (1954).
Confira abaixo um dos poemas mais
emblemáticos de Carlos Drummond de Andrade, publicado na revista de Antropofagia (1928), e
que causou um grande escândalo na época:
No meio do caminho tinha uma
pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
Já na prosa da segunda geração,
ou “romance de 30”, os escritores e as obras que se destacaram foram:
·
Graciliano Ramos (1892-1953) - Obras: Vidas Secas (1938), São Bernardo (1934), Angústia (1936), Memórias do cárcere (1953).
·
José Lins do Rego (1901-1957) - Obras: Menino do Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934) e Fogo morto (1943).
·
Jorge Amado (1912-2001) - Obras: O País do Carnaval (1930), Mar morto (1936)
e Capitães da areia (1937).
·
Rachel de Queiroz (1910-2003) - Obras: O quinze (1930), Caminho das pedras (1937)
e Memorial de Maria Moura (1992).
·
Érico Veríssimo (1905-1975) - Obras: Olhai os lírios do campo (1938), O Tempo e o Vento - 3
volumes (1948-1961) e Incidente
em Antares (1971).
Veja abaixo um trecho da
obra Vidas Secas,
de Graciliano Ramos, que retrata a vida de uma família de retirantes no sertão
brasileiro:
Na planície avermelhada os
juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia
inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como
haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três
léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros
apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
Leia mais sobre:
Os poetas e as obras que se
destacaram na chamada “poesia de 30” foram:
·
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Obras: Alguma poesia (1930), A Rosa do povo (1945)
e Claro Enigma (1951).
·
Murilo Mendes (1901-1975) - Obras: Poemas (1930), A poesia em pânico (1937)
e As metamorfoses (1944).
·
Jorge de Lima (1893-1953) - Obras: Novos poemas (1929), O acendedor de lampiões (1932)
e O anjo (1934).
·
Cecília Meireles (1901-1964) - Obras: Espectros (1919), Romanceiro da Inconfidência (1953)
e Batuque, Samba e
Macumba (1935).
·
Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obras: Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Antologia Poética (1954), Orfeu da Conceição (1954).
Confira abaixo um dos poemas mais
emblemáticos de Carlos Drummond de Andrade, publicado na revista de Antropofagia (1928), e
que causou um grande escândalo na época:
No meio do caminho tinha uma
pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
Já na prosa da segunda geração,
ou “romance de 30”, os escritores e as obras que se destacaram foram:
·
Graciliano Ramos (1892-1953) - Obras: Vidas Secas (1938), São Bernardo (1934), Angústia (1936), Memórias do cárcere (1953).
·
José Lins do Rego (1901-1957) - Obras: Menino do Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934) e Fogo morto (1943).
·
Jorge Amado (1912-2001) - Obras: O País do Carnaval (1930), Mar morto (1936)
e Capitães da areia (1937).
·
Rachel de Queiroz (1910-2003) - Obras: O quinze (1930), Caminho das pedras (1937)
e Memorial de Maria Moura (1992).
·
Érico Veríssimo (1905-1975) - Obras: Olhai os lírios do campo (1938), O Tempo e o Vento - 3
volumes (1948-1961) e Incidente
em Antares (1971).
Veja abaixo um trecho da
obra Vidas Secas,
de Graciliano Ramos, que retrata a vida de uma família de retirantes no sertão
brasileiro:
Na planície avermelhada os
juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia
inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como
haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três
léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros
apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
Leia mais sobre:
Apresentamos aqui os 16 maiores poetas brasileiros modernos e contemporâneos
Carlos D Andrade |
Clarice
Lispector |
Adélia Prado (1935)
|
Cora Coralina |
Hilda
Hilst (1930-2004)
|
Cecília Meireles |
Manuel Bandeira |
Manoel de Barros |
|
|
|
|
|
|
|
|
Ferreira Gullar |
Vinicius de Moraes (1913-1980) |
Mario Quintana |
Raul Bopp (1898-1984)
|
Paulo Leminski |
João C Melo Neto |
Jorge de Lima |
Ariano Suassuna |
Informe 1 - Correlação de Forças
A SEMANA 10 a 16 de maio de 2021
Não muito diferente da
semana passada, o grande foco do debate político no Congresso Nacional vem
sendo a CPI da Covid-19. Para muitos é neste fórum onde Bolsonaro perderá força
política, podendo ser indiciado ou “desidratado”. No parlamento, o debate está
focado em uma possível mudança no regimento interno, o que deve dificultar obstruções
nas votações, e, também, acelerar os passos que as reformas do governo darão no
Congresso. A reforma tributária segue como alvo da disputa entre os presidentes
da Casas Legislativas. Na economia, o cenário contínua de descrédito para uma
retomada do emprego e da renda.
O governo Bolsonaro
criou um “esquema secreto” que usa recursos públicos para aumentar e cimentar
sua base de apoio no Congresso Nacional.
Segundo o repórter Breno
Pires, do Estadão (link), a planilha foi montada no final do ano passado para
ampliação do apoio ao governo Bolsonaro no Congresso, um verdadeiro Orçamento
paralelo de até R$ 3 bilhões está financiando principalmente a compra
superfaturada de equipamentos agrícolas. Com especificações e destino
estabelecidos por um grupo de parlamentares, os tratores e retroescavadeiras,
entre outros veículos, chegam a custar 259% acima da tabela de referência do
próprio governo, segundo o furo de reportagem do jornalista. Entre os
beneficiários estão o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), o
ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM/AP), e a atual ministra da
Secretaria de Governo, a deputada Flávia Arruda (PL/DF). Este tipo de verba não
deveria ter o destino estabelecido para seus redutos eleitorais por
parlamentares e sim pelos ministérios, com critérios técnicos. Escamoteado como
foi, também dificulta propositalmente a avaliação pelo Tribunal de Contas da
União (TCU).
Planilhão de Bolsonaro
Correlação de Forças -
10 a 16 de maio de 2021
https://outline.com/Mqfhp5 - @yourcompany
Não muito diferente da semana passada, o grande foco do debate político no Congresso Nacional vem sendo a CPI da Covid-19. Para muitos é neste fórum onde Bolsonaro perderá força política, podendo ser indiciado ou “desidratado”. No parlamento, o debate está focado em uma possível mudança no regimento interno, o que deve dificultar obstruções nas votações, e, também, acelerar os passos que as reformas do governo darão no Congresso. A reforma tributária segue como alvo da disputa entre os presidentes da Casas Legislativas. Na economia, o cenário continua de descrédito para uma retomada do emprego e da renda.
O presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP/AL), disse em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o
"exame da admissibilidade" de um processo de impeachment contra o
presidente da República "não se limita
a mera análise
formal". E que a tramitação desses pedidos pode, e deve, passar por uma
análise política. De acordo com o documento enviado por Lira ao STF, a
tramitação desses pedidos deve "avançar para a conveniência e oportunidade
políticas de se deflagrar um processo de impeachment do titular do Poder em torno
do qual historicamente se tem organizado todas as demais instituições
nacionais". A resposta foi dada ao STF em um Mandado de Injunção que pedia
à Corte para determinar ao presidente da Câmara que desse destino - fosse o
arquivamento ou o prosseguimento aos mais de 100 pedidos de impeachment que
estão na Casa.
O adiamento do
depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello para o dia 19 de maio expôs as
divergências na cúpula do governo em relação à estratégia para a CPI da Covid.
Pazuello teve contato com dois servidores que teriam testado positivo para a
Covid-19. Um deles é o ex-secretário do Ministério da Saúde Elcio Franco, que
hoje é servidor da Casa Civil comandada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos. Elcio
esteve no Palácio do Planalto com Pazuello no final de semana retrasado. Ele
estava ajudando no treinamento para o depoimento que iria ocorrer na quarta,
quando informou que foi infectado. Mas nem ele, nem Pazuello, disseram à Casa
Civil que isso poderia impactar no adiamento do depoimento. Além disso, durante
a sua quarentena, Pazuello recebeu a visita do ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Onyx Lorenzoni, o que gerou revolta no Senado Federal.
CPI: um governo sem estratégia
Lira diz ao STF que impeachment depende de "oportunidade política"
Na CPI da Pandemia, os depoimentos de Luiz Mandetta e de Nelson Teich entregaram o que foi prometido, mas sem grandes novas revelações. Eles contaram aos senadores e ao País que Bolsonaro não seguiu as recomendações sanitárias, enviadas inclusive por carta, sobre isolamento social; foi confirmado que havia um grupo paralelo que aconselhava o presidente; houveram reclamações de que Ernesto Araújo, ex ministro das Relações Exteriores, e os filhos do presidente atrapalharam as relações com a China; e ainda foi deixado bem claro nos depoimentos que não passou pelo Ministério da Saúde a decisão de produzir cloroquina e recomendar o medicamento para o tal tratamento precoce. Com isso, as primeiras sessões da CPI evidenciaram quem será o alvo dos trabalhos: Jair Bolsonaro.
Alguns pontos sobre a CPI da Covid
Correlação de Forças -
10 a 16 de maio de 2021 @yourcompany
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB/AL) pretende apoiar o
requerimento do vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues
(REDE/AP), para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres. Torres
defendeu na imprensa a ampliação da CPI para investigar os estados e
governadores. Na visão de Calheiros, isso é uma interferência nos trabalhos da
Comissão. "Não é fácil transformar a Polícia Federal em polícia política.
Ela não vai se submeter a cumprir o papel de polícia política investigando
apenas adversários do presidente e não permitindo a CPI fazer a sua parte",
declarou Calheiros.
CPI: mais um na mira
Uma reportagem da Piauí (link) mostra que o Ministério da Saúde tirou do site o documento em que recomenda o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para todos os casos de covid-19 às vésperas da instalação da CPI da Pandemia. As recomendações ficaram no ar por 337 dias, entre 20 de maio de 2020 e 22 de abril deste ano. O sumiço ocorreu um dia depois que a Casa Civil encaminhou à pasta a famosa lista com 23 prováveis acusações que o governo enfrentaria na comissão, entre elas o fato de ter promovido “tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas”.
Uso de cloroquina e
hidroxicloroquina
Na semana passada, a CPI da Covid aprovou o cronograma para depoimentos a serem ouvidos nesta semana. Entre os convocados estão o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, o ex-secretário de Comunicação do governo federal Fábio Wajngarten e os presidentes do Instituto Butantan, Dimas Covas, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade. Os depoimentos acontecerão entre terça e quinta-feira. Após a aprovação dos requerimentos, a reunião foi encerrada por causa do início da Ordem do Dia no plenário. O cronograma aprovado por acordo pelos integrantes da CPI foi de iniciar a semana de depoimentos com Wajngarten na terça. Em seguida, serão ouvidos a atual presidente da Pfizer, Marta Díez e o ex-dirigente da farmacêutica no país, Carlos Murillo.
CPI: novos depoimentos
Correlação de Forças -
03 a 09 de maio de 2021 - https://bit.ly/3hcTBRg - @yourcompany
O Globo (link) teve acesso ao depoimento prestado por Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”, ao Ministério Público Federal. Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do ministério até hoje, ela confirmou que foi a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos que difundiu o uso do “kit-covid” em Manaus dias antes de o sistema de saúde do Amazonas entrar em colapso. Mas, segundo ela, fez isso por delegação de Eduardo Pazuello. Mayra é uma das seis pessoas que respondem a uma ação por improbidade administrativa movida pelo MPF. O ex-ministro e seu braço direito no ministério, coronel Élcio Franco, também respondem à ação. A capitã cloroquina deve ser convocada a prestar depoimento também à CPI da Pandemia.
Capitão cloroquina
Na semana passada, o relator, Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), apresentou seu texto, após larga pressão feita por Arthur Lira (PP/AL), e prometeu uma reforma em duas etapas, nos moldes da PEC 45/2019 proposta ainda na presidência de seu antecessor, Rodrigo Maia. Após este ato, Lira extinguiu a Comissão da Reforma, o que vem gerando muita confusão entre os parlamentares. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), avaliou que é "razoável e inteligente que a comissão mista conclua trabalhos".
Movimentações políticas
na reforma tributária
Em seu parecer, o deputado Aguinaldo Ribeiro, relator da Comissão Mista da reforma tributária, propõe a extinção do PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS e a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Se aprovado, o IBS será composto pelo somatório das alíquotas da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, e vai incidir sobre qualquer operação com bem, material ou imaterial, ou serviço, inclusive direitos a eles relacionados, nos termos definidos em lei complementar. A legislação do IBS será única e nacional, instituída por lei complementar, e irá impor idênticas restrições legislativas a toda Federação. O IBS sobre cada operação será calculado pelo somatório de três alíquotas: da União, dos Estados ou Distrito Federal e dos Municípios.
Parecer da reforma
tributária
Correlação de Forças -
10 a 16 de maio de 2021 - https://outline.com/YeNvq9 - @yourcompany
Arthur Lira (PP/AL) aponta um possível risco de a questão ser judicializada, como ocorreu com o projeto de autonomia do Banco Central. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mantém confirmada a reunião da Comissão Mista da Reforma Tributária, nesta terça-feira (11/05). Na semana passada, Lira anunciou que mandaria suspender o colegiado. Ele argumenta que a comissão já havia extrapolado o prazo regimental de 40 sessões plenárias para encerrar os trabalhos e que, por isso, o objetivo seria preservar a tramitação da matéria.
Reforma tributária:
riscos de judicialização
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a pasta chefiada por ele não decide “quanto vai para cada área” e que tal definição é feita pela “política”. “O orçamento que nós havíamos mandado, lá em agosto, estavam lá os R$ 2 bilhões para o censo do IBGE. Nós não cortamos a verba da saúde, da educação, isso é um processo político”, afirmou. Formalmente, o corte de 90% no orçamento do IBGE foi proposto pelo relator do orçamento, senador Márcio Bittar (MDB/AC). No último dia 28, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, determinou que o governo federal aja para realizar o censo. Porém, ainda não foi definido de onde virá o recurso para bancar o levantamento.
Guedes joga a culpa no
Congresso
O número de famílias endividadas no Brasil bateu o recorde histórico em abril deste ano. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) (link), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a parcela de brasileiros com dívidas chegou a 67,5% no mês. O percentual representa alta de 0,2 ponto percentual em relação a março de 2021 e de 0,9 ponto percentual em relação a abril de 2020. Pelo 8o mês consecutivo, o percentual entre as famílias que têm dívidas em atraso caiu, alcançando 24,2% em abril, 1,1 ponto percentual abaixo do apurado no mesmo período de 2020.
Famílias endividadas
Correlação de Forças -
10 a 16 de maio de 2021 - https://bit.ly/3egtW8p - @yourcompany
Depois de aumentar os juros pela primeira vez em seis anos na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou, semana passada, nova alta de 0,75% na taxa básica de juros. Assim, a Selic passa de 2,75% ao ano para 3,5%. Ao aumentar a Selic, o Banco Central dá continuidade ao processo de retirada de estímulos da economia. Em 2020, os juros atingiram a mínima histórica de 2% ao ano. A queda nos últimos anos teve como objetivo estimular a atividade econômica. O movimento foi mantido no ano passado para minimizar os danos causados pela pandemia da Covid-19 na economia. Mas o contínuo avanço das projeções para a inflação de 2021 e de 2022 é hoje um dos principais fatores de preocupação da autoridade monetária.
Copom: nova alta na taxa
de juros
Os preços da indústria subiram 4,78% em março frente a fevereiro, a segunda maior alta da série histórica do Índice de Preços ao Produtor (IPP), iniciada em 2014. Com o resultado, o índice, divulgado pelo IBGE, acumula recordes de 14,09%, no trimestre, e de 33,52%, nos últimos 12 meses. Esse é o vigésimo aumento consecutivo, na comparação mês a mês do indicador, desde agosto de 2019. O índice mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 23 apresentaram variações positivas, repetindo o desempenho apresentado nos meses de fevereiro e janeiro. O resultado reflete, principalmente, a elevação dos preços nas atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (16,77%), outros produtos químicos (8,79%), madeira (7,73%) e papel e celulose (7,18%). Já as maiores influências vieram de refino de petróleo e produtos de álcool (1,5%), outros produtos químicos (0,74%), alimentos (0,58%) e metalurgia (0,4%).
Alguns pontos sobre a inflação
Os impactos da Covid-19 na economia têm efeitos distintos em cada setor. Assim como uns sofrem mais que outros, a recuperação também é heterogênea. Enquanto os setores de agronegócio, indústria extrativa e tecnologia crescem, a de serviços sofre. Formada por negócios como, hotéis, bares, restaurantes e academias de ginástica, ela foi responsável por metade da queda de 4,1% no PIB em 2020, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O setor voltou a ser impactado pelo recrudescimento da Covid-19 no Brasil no começo de 2021.
Impactos econômicos Correlação
de Forças - 10 a 16 de maio de 2021 @yourcompany
As paralisações e a escassez de componentes já estão dando as caras nos resultados do setor industrial. A produção caiu 2,4% em março — a segunda queda consecutiva, ainda mais intensa do que a de fevereiro (-1%). O número de março foi pressionado principalmente pelo tombo de 8,4% na produção de veículos automotores. Com o resultado, a indústria encerrou o primeiro trimestre do ano com queda de 0,4% na comparação com o 4º trimestre de 2020, interrompendo dois trimestres seguidos de recuperação.
Sem material para a
indústria
A lista de empresas que
estão desistindo de atuar no Brasil é grande e traz uma piora no cenário futuro
para o país. Em apenas 1 ano, grandes empresas fecharam as portas no Brasil e
foram para outros países, tais como:
Ford (montadora de carros americana), Mercedes-Benz, ficou apenas com caminhões e ônibus (montadora de carros alemã), Audi, deixou de produzir carros tipo A3 (montadora de carro alemã), Cabify (transporte por aplicativo espanhola), LafargeHolcim (fabricante de cimento franco-suíca), LG (fabricante de celulares sul-coreana), Sony (fabricante de eletrônicos nipônica), Roche (farmacêutica suíça), Forever 21 (varejista americana), Eli Lilly (laboratório farmacêutico americano), L ́Occitane (varejista francesa),
Grandes empresas deixam
o Brasil
De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na pesquisa Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais (link), a demanda por bens industriais na economia brasileira teve queda de 1,2% em março, na comparação com fevereiro. Ainda segundo o Ipea, tanto a produção nacional quanto as importações caíram em março. A produção interna de bens industriais destinada ao mercado nacional teve queda de 3,9%. Já o volume de bens industriais importados caiu 0,4%. Em 12 meses, o consumo aparente de bens industriais acumula uma queda de 4,4%. Apesar disso, no acumulado de março de 2020 a março de 2021 houve alta de 12,9%. O recuo no consumo de bens industriais em março de 2021 em relação a fevereiro, teve como destaque o desempenho do setor de bens de consumo duráveis, no qual a retração chegou a 8,2%.
Queda no consumo de bens
industriais
Correlação de Forças -
10 a 16 de maio de 2021 - https://bit.ly/3fauk7A @yourcompany
O plenário da Câmara dos
Deputados aprovou, simbolicamente, o PL 2462/1991, que define os crimes contra
o Estado democrático de direito e a humanidade e revoga a Lei de Segurança
Nacional (LSN). Entre os pontos abordados pelo projeto está assegurado o
direito à livre manifestação democrática e a tipificação dos “delitos de
comunicação enganosa em massa”, dos crimes de interrupção do processo
eleitoral; e de violência política. O substitutivo da deputada Margarete Coelho
(PP/PI) teve amplo apoio pela maioria das bancadas da Casa.
Walmart (varejista
americana), Wendy ́s (hamburgueria americana) e Glovo (empresa de entregas espanhola).
Outra informação importante está na entrada líquida de investimentos
estrangeiros no país, que em 2020 apresentou queda de 51%. Pode até ser por
conta de decisões estratégicas e circunstanciais de cada empresa, mas em todos
os comunicados há um reclame que as condições econômicas do país estão
péssimas, além de um ambiente de falta de credibilidade com modelo adotado pela
equipe econômica. A Procuradoria-Geral da
República (PGR) ajuizou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) na qual
questiona a demora do Congresso Nacional em editar lei complementar para
regulamentar o exercício da competência dos estados relativa à instituição do
ITCMD (Imposto de transmissão causa mortis e doação) sobre doações e heranças
provenientes do exterior. No ano passado, o STF decidiu que estados não podem
instituir a cobrança do ITCMD sobre doações e heranças provenientes do exterior
na ausência de lei complementar federal. Como não há lei federal, dezenas de
estados editaram leis prevendo a cobrança. Agora, a PGR pede que o STF
reconheça a omissão inconstitucional do Congresso para editar esta lei, e que
fixe prazo para o Legislativo suprir essa omissão. O processo foi distribuído
ao ministro Dias Toffoli. Não há pedido de liminar, e o ministro deve pedir
informações ao Congresso e ao governo federal antes de liberar o processo para julgamento.
Heranças na justiça - Revogada a Lei de Segurança Nacional - Correlação de Forças - 10 a 16 de maio de 2021 @yourcompany
A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) deliberou contra o processo de privatização do Serpro e da Dataprev e manifestou sua posição em nota oficial (link). Fundada em julho de 1978, a SBC é uma Sociedade Científica que reúne estudantes, professores, profissionais, pesquisadores e entusiastas da área de Computação e Informática de todo o Brasil, conforme definição que faz em sua página na Internet. A preocupação da entidade se dá em relação às privatizações das duas maiores empresas públicas de Tecnologia e na eventual exposição dos dados dos cidadãos brasileiros, caso seja concretizada a venda desse patrimônio para a iniciativa privada.
SBC tem posição
contrária às privatizações do Serpro e da Dataprev
Correlação de Forças - 10 a 16 de maio de 2021 - https://bit.ly/3uBOrSG -
LEGISLATIVO TEMAS IMPORTANTES DA SEMANA - CONGRESSO NACIONAL
Destaque
• A sessão conjunta do Congresso Nacional para análise de vetos e do PLN 4/2021, de recomposição de recursos na Lei Orçamentária de 2021, segue sem data prevista para realização.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Destaques
• Reunião de líderes
definirá a pauta da semana;
• Há expectativa para a
votação do PL 3729/2004, sobre o novo licenciamento ambiental;
• Outro PL que deve ser votado nesta semana é o PL 5829/2019, que cria o marco regulatório da minigeração e microgeração distribuída no país.
@yourcompany
https://bit.ly/338sRct Segunda-feira, 10/05 - 14h00
Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania
Audiência pública para
debater a admissibilidade da PEC 32/2020
Audiência Pública
Anexo II, Plenário 01
Terça-feira, 11/05 - 09h00
Comissão de Trabalho,
Administração e Serviço Público
Seminário PEC 32 -
Reforma Administrativa
Seminário
Anexo II, Plenário 12 14h00
Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania
Audiência pública para
debater a admissibilidade da PEC 32/2020
Audiência Pública
Anexo II, Plenário 01
SENADO FEDERAL
Destaques
• Reunião de líderes
definirá a pauta da semana;
• Pode votar nesta
semana o PL 939/2021, que prevê o congelamento de preços de remédios enquanto
perdurar a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional
• O PL 1444/2021, que
altera a Lei n° 9.656, de 3 de junho de 1998 (Lei dos Planos de Saúde), para suspender
os reajustes das mensalidades dos planos de saúde para o ano de 2021, deve
entrar em pauta também.
Fonte: Correlação
de Forças - 10 a 16 de maio de 2021_compressed.pdf - Google Drive
Topo
Informes 2 – Ciro Gomes promete revogar vendas de ativos entregues "a preço de banana"
Coutinho: "Nem os acionistas minoritários ganham com PPI"
O PDT, através de seu Centro de Memória Trabalhista, promoveu entre os dias 3 e
5 de maio o seminário Petrobrás:
Legados trabalhistas. O vice-presidente da AEPET, Felipe Coutinho,
e a geóloga Patrícia Laier, que é vice-diretora de Comunicação da AEPET,
participaram ao lado de Ciro Gomes, vice-presidente do partido, da mesa Petrobrás e o desenvolvimento
nacional.
O vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, candidato
à Presidência da República em 2018, enfatizou que, pra se reindustrializar, o
Brasil precisa recuperar a capacidade da Petrobrás de intervir
estrategicamente. Prometendo reestatizar empresas como a Embraer e fazer a
Petrobrás voltar a ser uma empresa integrada caso chegue ao poder, Ciro
argumentou que o petróleo está presente em diversos produtos que usamos
diariamente e, portanto, está longe de perder importância geopolítica.
"Os principais produtores estão em
convulsão política, enquanto a Rússia avança para se tornar o maior
fornecedor de gás para a Alemanha, principal centro industrial da Europa.
Em função disso, o restante do mundo se voltou para as fontes alternativas e os
países produtores passaram a ser alvo de desestabilização política."
Ciro criticou a política de preços da Petrobrás
(PPI - preço de paridade de importação). "A população paga R$ 100 pelo
gás, mas as pessoas não se sentem estimuladas a defender a Petrobrás, pois
havia corrupção, cujo impacto foi ampliado pela enorme campanha midiática. Vou
nacionalizar e verticalizar novamente a Petrobrás", afirmou.
O
vice-presidente do PDT credita ao fracasso da atividade política a crise sem
precedentes que o país enfrenta. Mas aposta no fim do neoliberalismo. "O
que aconteceu para chegarmos ao fundo do poço? É o fracasso da política.
Mas hoje o Brasil não está só para reeditar as iniciativas que fizeram o país
ser líder do crescimento mundial entre 1930 e 1980. O primeiro-ministro do
Reino Unido quer criar um banco estatal para financiar a infraestrutura.
Nos EUA, Biden está investindo US$ 1,8 trilhão para fortalecer a indústria. O
Brasil não está só."
Bendine começou venda de
ativos
Por sua vez, Felipe Coutinho ponderou sobre a
dimensão estratégica das reservas do pré-sal, já que o petróleo mais barato de
ser produzido está se esgotando e a tecnologia não é capaz de compensar.
"A natureza, especialmente com recursos finitos, é quem dá a palavra
final. É inevitável a exaustão dos recursos mais baratos. Daí
a importância do pré-sal".
O vice-presidente da AEPET, no entanto, pondera
que o pré-sal não é suficiente para, ao mesmo tempo, ser exportado e atender à
demanda nacional por aumento do consumo de energia, que interfere
diretamente no desenvolvimento humano. "Não existe país que tenha se
desenvolvido exportando petróleo cru por multinacionais estrangeiras. Estamos
fazendo isso com um consumo interno ainda rebaixado, com boa parte da
população excluída da vida cidadã, pagando preços paritários aos de
importação, destinando o país a um ciclo colonial, com uma minoria se
beneficiando, enquanto as perdas internacionais se avolumam."
Coutinho lamentou que a diretoria da Petrobrás,
desde 2014, não tenha se manifestado veementemente contra a criação midiática
do "mito da Petrobrás quebrada". "As gestões seguintes
justificaram as privatizações para reduzir dívida, mas as vendas de ativos
responderam apenas por 25% da redução da dívida. Os outros 75% dessa redução
foi feita com geração de caixa, entre 2015 e 2019". O vice-presidente da
AEPET lembrou que o programa de venda de ativos foi criado na gestão petista.
"O maior plano de privatização história da Petrobrás começou na gestão de
Aldemir Bendine, com previsão de venda de ativos da ordem de US$ 57
bilhões", criticou.
Campos gigantes em
liquidação
"Com a democracia em vertigem, temos hoje
entre 200 e 300 campos de petróleo e gás descobertos pela Petrobrás vendidos
ou em processo de venda", informou Patrícia Laier. Lembrando a
resistência de funcionários e políticos em ameaças já sofridas pela Companhia
ao longo de sua história, a geóloga converge com Ciro Gomes ao avaliar que hoje
falta formação humana e cidadã às pessoas para entenderem o que vem ocorrendo.
"Não apenas a sociedade, mas o petroleiro também precisa defender a
Petrobrás. Hoje vemos muita carência de informação".
Destacando o papel da Petrobrás no
desenvolvimento, Patrícia citou estudo da FGV mostrando que, no início dos anos
2000, cada bilhão investido pela estatal alavancava mais R$ 1,5 bilhão da
iniciativa privada. Além disso, a política de conteúdo local fez o número
de empregos da indústria naval saltar de 2 mil, em 2002, para 70 mil devido à
demanda Búzios. "A Petrobrás gera também desenvolvimento tecnológico, a
partir de parcerias com universidades diversas. Está no Brasil inteiro por
ter compromisso com o país."
A vice-diretora de Comunicação da AEPET lembrou
que, em 2006, com os poços super giganbtes de Lula e Tupi, a companhia gerou um
ciclo de investimentos produtivos bastante expressivo. E a partir de 2010 até
2014 construiu gasodutos e comprou termelétricas, tendo começado a
exploração da cessão onerosa. "Tudo isso gerou riqueza em cascata. Mas
hoje a infraestrutura que permitiu produzir o pré-sal está sendo vendida",
resumiu, lembrando que, antes do desmonte, a Petrobras era a décima empresa
mais cobiçada do mundo".
Clique aqui para assistir ao debate na íntegra
As grandes petrolíferas precisam
desesperadamente de novas descobertas
11 Maio
O ano de 2020 foi um divisor de
águas para o setor de combustíveis fósseis.
Diante de uma pandemia global, severos choques
de demanda e uma mudança em direção à energia renovável, os especialistas
alertaram que quase US $ 900 bilhões em reservas - ou cerca de um terço do
valor das grandes empresas de petróleo e gás - correm o risco de se tornar
inúteis.
Mesmo as grandes empresas de petróleo pareciam resignadas
ao seu destino, com o CEO da Royal Dutch Shell, Ben van Beurden, declarando que
já havíamos atingido o pico da demanda de petróleo enquanto a BP - uma empresa
que dobrou suas perfurações agressivas logo após o histórico Acordo de Mudança
Climática da ONU de 2015 - finalmente cedeu ao dizer "..preocupações sobre
as emissões de carbono e mudanças climáticas significam que é cada vez mais
improvável que as reservas mundiais de óleo se esgotarão. " A BP anunciou
uma das maiores baixas contábeis de ativos de qualquer grande empresa de
petróleo, depois de cortar até US $ 17,5 bilhões do valor de seus ativos e
admitiu que "espera que a pandemia apresse o abandono dos combustíveis
fósseis".
No entanto, uma virada irônica do destino pode
significar que, em vez de enormes reservas de petróleo e gás permanecerem
enterradas profundamente no solo, o mundo poderia muito bem esgotar essas
commodities em nossas vidas. A consultoria norueguesa de energia Rystad Energy
alertou que as grandes petroleiras podem ver suas reservas comprovadas
esgotadas em menos de 15 anos, se aos volumes produzidos não serem totalmente
substituídos por novas descobertas. De acordo com a Rystad, as reservas
comprovadas de petróleo e gás das chamadas grandes empresas de petróleo, a
saber ExxonMobil, BP, Shell, Chevron, Total e Eni SpA estão caindo, pois os volumes
produzidos não estão sendo totalmente substituídos por novas descobertas.
Reservas diminuindo
Encargos de depreciação maciça viram as
reservas comprovadas da petroleiras caírem 13 bilhões de boe, quase 15% abaixo
de seus níveis de estoque no solo, ano passado. A Rystad agora diz que as
reservas restantes devem se esgotar em menos de 15 anos, a menos que façam mais
descobertas comerciais rapidamente.
O principal culpado: redução rápida dos
investimentos em exploração.
As empresas globais de petróleo e gás cortaram
seus investimentos em impressionantes 34% em 2020 em resposta à redução da
demanda e aos investidores cada vez mais cautelosos com os retornos
persistentemente baixos do setor. A tendência não mostra sinais de moderação:
as descobertas do primeiro trimestre totalizaram 1,2 bilhão de boe, a menor em
7 anos, apenas com descobertas de tamanho modesto de acordo com Rystad.
A ExxonMobil, cujas reservas comprovadas
encolheram em 7 bilhões de boe em 2020, ou 30%, em relação aos níveis de 2019,
foi a mais atingida após grandes reduções nas propriedades de areias
betuminosas canadenses e shale nos Estados Unidos. A Shell, por sua vez, viu
suas reservas comprovadas caírem 20%, para 9 bilhões de boe no ano passado; a
Chevron perdeu 2 bilhões de boe de reservas comprovadas devido a encargos de
depreciação, enquanto a BP perdeu 1 bilhão boe. Apenas a Total e a Eni evitaram
reduções nas reservas provadas na última década.
Ativismo climático
No entanto, as mudanças de política do governo
de Biden, bem como o ativismo climático, provavelmente tornarão realmente
difícil para as grandes petroleiras voltarem aos seus dias de perfuração
acelerados.
Em seus primeiros três meses no cargo, Joe Biden
voltou ao acordo climático de Paris, impediu um polêmico oleoduto, suspendeu os
arrendamentos de combustíveis fósseis em terras públicas, propôs um
investimento sem precedentes em energia limpa e começou a reverter muitos dos
marcos regulatórios de seu antecessor.
Em uma cúpula do clima virtual com 41 líderes
mundiais no mês passado, o presidente Joe Biden revelou um ambicioso Plano
Climático de 10 anos que propôs cortar as emissões de gases de efeito estufa
dos EUA em 50-52% até 2030. Isso representa quase o dobro do compromisso dos
EUA de um corte de 26-28% sob a administração Obama, após o Acordo de Paris de
2015.
Negócios incomuns
Durante a CERAWeek do mês, ficou bastante claro
que as grandes petrolíferas não querem se concentrar tanto na redução da produção
de petróleo e gás, mas sim na mitigação do impacto de suas emissões de carbono
e gases de efeito estufa. De acordo com o CEO da Exxon Mobil, Darren Woods, e
Vicky Hollub da Occidental Petroleum, reduzir as emissões de carbono dos
combustíveis fósseis, e não o uso real de combustíveis fósseis, oferece a
melhor maneira de combater as mudanças climáticas.Curiosamente, os dois CEOs
enfatizaram que o mundo ainda precisa de petróleo e gás, e os governos precisam
se concentrar na mitigação do aquecimento global usando tecnologias como
captura e armazenamento de carbono (CCS) em vez de atacar os combustíveis
fósseis. No entanto, mesmo a maior linha-dura de todas elas, a Exxon Mobil,
mudou significativamente de tom há apenas alguns anos. Durante o Dia do Investidor
de 2021, o CEO Darren Woods delineou a estratégia de transição energética da
empresa, incluindo planos para reduzir o crescimento da produção e impulsionar
os fluxos de caixa em uma tentativa de apoiar um dividendo crescente. A Exxon
revelou que planeja manter a produção estável dos níveis de 2020 até 2025 em
3,7M boe / dia, bom para um corte de 26% da estimativa de 5M boe / dia para
2025, divulgada há apenas um ano. Em outras palavras, vai ser muito difícil
para as grandes petrolíferas continuar com os negócios normais, apesar da
recuperação do preço do petróleo.
Fonte:
AEPET
Original: https://oilprice.com/Energy/Energy-General/Big-Oil-Is-In-Desperate-Need-Of-New-Discoveries.html
Topo
Antônio Nobre –
Rios Voadores:
|
10 fatos sobre a Caatinga |
|
Topo
Racismo no Brasil – 1Parem de Nos Matar! Jacarezinho Sofre a Maior Chacina da Cidade do Rio #OQueDizemAsRedes
Esta matéria faz parte da série #OQueDizemAsRedes que traz pontos de vista publicados nas redes sociais, de
moradores e ativistas de favela, sobre eventos e temas urgentes.
À luz do dia, televisionada por canais de mídia,
a Polícia Civil do Rio de Janeiro mata 24 pessoas no Jacarezinho, a favela mais
negra da capital.
Rio de
Janeiro, 6 de maio de 2021—Equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos
Especiais da Polícia Civil (CORE) iniciam
uma operação policial na favela do
Jacarezinho, Zona Norte. Eram nove
horas da manhã quando o coletivo Laboratório de Dados e Narrativas, LabJaca, informou: “Hoje o
Jacarezinho acordou debaixo de tiros, como não se via há muito tempo. São três
baleados até o momento, um policial civil e dois trabalhadores que estavam no
metrô”. O coletivo pede: “Fica ligado morador! Nossa proteção em primeiro
lugar!” Pelas redes sociais, moradores da comunidade, relataram: “Estamos
presos dentro de casa sufocando com a bomba de pimenta e não tem como sair”,
enquanto um helicóptero blindado—conhecido como caveirão aéreo—sobrevoava um
mar de casas de tijolos. Tratava-se da Operação
Exceptis.
Segundo a Polícia Civil, a Operação Exceptis se deu
devido a investigações que apontam que crianças e adolescentes da região
estavam sendo aliciados por traficantes para integrar a facção que domina o
território.
Fonte: Home - RioOnWatch
Comissão
discute recomendações da ONU sobre racismo nesta sexta-feira
10/05/2021 - 13:59
• Atualizado em 11/05/2021 - 20:07
5 – Homenageados na cultura brasileira,
destaque para Orestes Barbosa (128 anos) 07 - Dona Neuma (99 anos) – 08 Moacyr Silva (103 anos) -10 Carlos Lyra (82 anos) 11 - Jamelão
(108 anos) 12 - Picolino da Portela (91
anos) e Ângela Maria (92 anos) 13
Topo
Iara Iavelberg (São Paulo, 7 de maio de 1944 — Salvador, 20 de agosto de 1971) foi uma militante de extrema-esquerda, integrante da luta armada contra a ditadura militar brasileira. Psicóloga e professora, depois de entrar na luta contra o regime militar, primeiro integrando a Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop) e depois o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), tornou-se companheira do ex-capitão do exército Carlos Lamarca, um dos principais líderes da oposição armada ao governo militar no Brasil, até morrer num cerco de agentes de segurança em Salvador, Bahia, em agosto de 1971. Foi um dos casos investigados pela Comissão da Verdade, que apura mortes e desaparecimentos na ditadura militar brasileira.
Biografia
Iara Iavelberg nasceu numa rica família judia
paulistana. Ingressou na USP (Universidade de São Paulo) em 1964,
junto com o irmão Samuel, aprovados no vestibular daquele ano. Iara casou-se
muito cedo, com 16 anos em uma cerimônia tipicamente judia. O casamento, com
um médico, durou
apenas três anos e ela deixou a relação para entrar na militância política.
Separada, e mal entrada nos vinte anos, virou adepta do amor livre, moda na
época, e entre um de seus casos esteve o líder estudantil José Dirceu. Alta,
bonita, de olhos claros e corpo bem cuidado, virou a musa da
intelectualidade estudantil paulista de esquerda ao meio da década de 1960.[1] Destemida
e vaidosa, nos seus tempos de clandestinidade era capaz de sair de um "aparelho" para cortar os cabelos nos
melhores salões de Ipanema, no Rio de Janeiro.[2]
Iara chegou ao Marxismo através do movimento estudantil e, militando no MR-8, conheceu Carlos Lamarca, comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) em abril de 1969, dois meses depois dele desertar do exército.[1] A paixão entre a filha de milionários paulistas que tornou-se socialista e o filho de sapateiro carioca, capitão desertor do exército brasileiro e um líder da luta armada, foi fulminante. O casal era um dos mais procurados pela ditadura militar, inclusive com fotos espalhadas por todo o país.[3] Os dois foram viver juntos e passaram dez meses escondidos em 'aparelhos' pelo país. Uma das companhias do casal nestes esconderijos e que testemunhou de perto a relação dos dois, foi a guerrilheira '"Vanda", da VPR, codinome de Dilma Roussef, décadas depois a primeira mulher presidente do Brasil.[1]
Caçados pelo governo, Iara e Lamarca (fila de cima) aparecem em cartazes de 'Terroristas Procurados' por todo o Brasil
Em 1970, começaram treinamento militar
no Vale do
Ribeira - onde Iara deu aulas teóricas de marxismo aos
guerrilheiros.[1] Neste
ano, em 7 de dezembro, Lamarca liderou o sequestro do embaixador suíço Giovanni
Bucher, no Rio de Janeiro, em troca da libertação de 70 presos
políticos.[4] Nos
primeiros meses de 1971, a maioria das organizações de esquerda já estavam
desarticuladas e semi-destruídas, e os restos da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)
juntaram-se ao MR-8. Na nova organização, Iara, intelectual, teve um cargo de
cúpula e Lamarca, considerado mais despreparado pela nova direção, foi
rebaixado a militante de base, enviado para o interior da Bahia, enquanto a
mulher deveria se estabelecer em Salvador.[1]
A viagem, em junho de 1971, de Iara e Carlos
Lamarca do Rio de Janeiro para a Bahia, foi a última vez em que estiveram
juntos, antes da morte de ambos.
Em Salvador, na Bahia, Iara morava em um
apartamento junto do também militante Félix Escobar Sobrinho, um homem 20 anos
mais velho que ela, para que se passassem por pai e filha. A guerrilheira
enviou uma carta a Lamarca explicando a situação e pedindo que fosse pulso
firme com os demais companheiros, para que o respeitassem. Em resposta Lamarca
escreveu um diário a amada. O documento foi escrito pelo guerrilheiro entre 8
de julho e 16 de agosto de 1971, havendo 39 trechos, um para cada dia. Em seu
diário além de trechos marxistas e remetendo à Revolução da esquerda, mostrando
sua forte liderança e manutenção dos ideais da esquerda, Lamarca demonstrava
seu profundo amor por Iara.
"– Neguinha, a fôrça da coletivização é
espantosa, fico a imaginar uma fazenda coletiva – e me babo só de pensar! (A
grafia original foi mantida)"
"– Sonhei com você. Acordei num misto de
alegria e tristeza – compreendi que te desejava. (…) Sinto-me ôco. Esse estado
não posso superar, o que posso fazer? No fim, um cocô atolado."
"– Uma coisa é absoluta, inexorável –
você é minha mulher – e isso é o que de mais lindo me aconteceu na vida. Se é
antidialético crêr no absoluto, no eterno, eis-me, nesse caso um antidialético
ferrenho. Saudade imensa, muito amor; seu só teu."[5]
Relação Aniversariantes de 07 a 13/05
https://www.youtube.com/channel/UCMrtORKaHE9jwZenjmFdwXg?view_as=subscriber
Nenhum comentário:
Postar um comentário