O vídeo abaixo é referente à Chamada da transmissão NP 389
Programa 389 - Semana de 08 a 14/05/2020 –20ª Edição do ano Fonte-Ricardo Cravo Albin
Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos. |
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Vinheta |
EDITORIAL: |
14/05/2020 http://twitter.com/profivanluiz https://www.facebook.com/profile.php?i Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977. |
Módulo I |
Módulo II |
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Módulo III |
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Módulo IV
Lutas e Revoluções na América Latina Séculos XIX, XX e XXI - |
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Módulo V
- Homenageados na cultura
brasileira, destaque para |
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Módulo VI
Relação completa dos aniversariantes de 08 a 14/05 |
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Módulo VII
– |
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Módulo VII_I - Escravidão Contratual - 13 de maio - Carteira Verde e Amarela |
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Módulo VII_II Dia Internacional da Enfermagem e sua origem |
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Módulo VII_III - Links Carta VII - Platão |
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Última homenagem Especial para o Amigo Jesus Chediak - ABI RJ |
Que
Nação é essa que não nasce!!!
E permanece obediente à emenda plat (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Emenda_Platt)
e ao consenso de Washington ( .https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Consenso_de_Washington)
Desperta América do Sul, Desperta Brasil Continental...
Vamos em busca da nossa independência, deixe te rotular com o que quiserem,
vamos de uma vez por todas construir a nossa Nação, aberta aos verdadeiros
irmãos...
Eu
acredito que a Nação começa a despontar nas torcidas organizadas, no Movimento
Negro, No movimento LGBT, na pobreza da favela etc...
Nos
últimos dias estamos vivenciando a política nas 5 maiores torcidas
Sociedade
RESISTÊNCIA ANTIFASCISTA
Manifestação de corinthianos impede ato
bolsonarista na Paulista
Torcedores
do Corinthians se reuniram na Av. Paulista na tarde desde sábado (09) para
impedir ato bolsonarista pró-ditadura que havia sido marcado para o mesmo
horário.
domingo 10 de maio| Edição
do dia
Os
torcedores carregavam uma faixa "Somos democracia", relembrando os
tempos da "Democracia
Corintiana" de Sócrates.
Segundo o
jornalista Fernando Morais, a manifestação foi relâmpago: "Como se
tivessem surgido do nada, cada um vindo de um lugar diferente, corintianos
fizeram uma manifestação-relâmpago pró democracia na avenida Paulista, na hora
e no local em que bolsominions planejavam um ato de apoio ao Genocida."
Em Brasília, a manifestação bolsonarista aconteceu, já em São Paulo,
aparentemente os defensores da ditadura se intimidaram frente à manifestação
dos torcedores e não apareceram.
Em meio à
pandemia que vem escancarando à barbárie capitalista internacional e a
degradação da democracia brasileira, profundamente abalada desde o golpe de
2016, os torcedores corinthianos deram exemplo de resistência contra à absurda
defesa da ditadura que vem da boca de de Bolsonaro, Regina Duarte e seus
apoiadores negacionistas, que tem as mãos sujas de sangue por ontem e por hoje.
A
histórica experiência da "Democracia Corinthiana" vivida pelo clube
durante a última década da ditadura cívico-militar no Brasil, apontou elementos
muito mais profundos de democracia real do que hoje querem nos fazer acreditar,
como se o povo apenas pudesse votar de 2 em dois anos elegendo seus algozes.
É por
isso que saudamos a manifestação dos torcedores e cada demonstração de
resistência e luta dos trabalhadores da saúde pelo país, que exigem condições
de segurança para trabalhar se enfrentando com um governo que diz "e
daí?" para as dezenas de milhares de mortes pelo corona vírus no país.
Para uma
experiência verdadeiramente democrática que enfrente Bolsonaro e Mourão, mas
sem depositar nenhuma confiança na falsa oposição do Congresso e governadores
que também vem mostrando como não são alternativas à crise sanitária e
econômica, precisamos de uma nova Assembleia Constituinte Livre e Soberana,
para que o povo decida os rumos do país em todos os âmbitos, como em pequeno
fizeram o time corinthiano que inspirou esses torcedores de hoje.
As 5
maiores torcidas flamengo e Internacional se juntam a Corinthians, Palmeiras,
Gremio e Santos contra bolsonaro
*VOCÊ
ESTUDOU A HISTÓRIA REPUBLICANA DO BRASIL?*
Certamente
em nenhuma escola te ensinaram o que se segue.
*SEIS CONSTITUIÇÕES FEDERAIS* |
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*9
MOEDAS* |
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*SEIS VEZES CONGRESSO FECHADO* |
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*SEIS GOLPES DE ESTADO*
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*UM
PLEBISCITO IGNORADO* Venda de armas: 2005 |
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*13 PRESIDENTES QUE NÃO CONCLUÍRAM O MANDATO*
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*31 PRESIDENTES NÃO ELEITOS DIRETAMENTE* (também considerando
posse de interinos) |
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*31 REVOLTAS E GUERRILHAS* |
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1.
Golpe Republicano: |
1889 |
17. Primeira Revolta de Boa Vista |
1892-1894 |
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2.
Revolta da Armada |
1892-1894 |
18. Revolução Federalista: |
1893-1895 |
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3.
Revolta de Canudos |
1893-1897 |
19. República de Curani |
1895-1900 |
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4.
Revolução Acreana: |
1898-1903 |
20. Revolta da Vacina |
1904 |
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5.
Segunda Revolta de Boa
Vista |
1907-1909 |
21. Revolta da Chibata: |
1910 |
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6.
Guerra do Contestado: |
1912-1916 |
22. Sedição de Juazeiro |
1914 |
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7.
Greves Operárias |
1917-1919 |
23. Levante Sertanejo |
1919-1930 |
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8.
Revolta dos Dezoito do
Forte |
1922 |
24. Revolução Libertadora |
1923 |
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9.
Coluna Prestes |
1923-1925 |
25. Revolta Paulista |
1924 |
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10.
Revolta de Princesa |
1930 |
26. Revolução de 1930 |
1930 |
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11.
Revolução
Constitucionalista |
1932 |
27. Revolta Mineira |
1935-1936 |
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12.
Intentona Comunista |
1935 |
28. Caldeirão de Santa Cruz do Deserto |
1937 |
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13.
Revolta das Barcas |
1959 |
29. Regime Militar |
1964 |
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14.
Luta Armada |
1965-1972 |
30. Guerrilha de Três Passos |
1965 |
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15.
Guerrilha do Caparaó |
1967 |
31. Guerrilha do Araguaia |
1967-1974 |
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16.
Revolta dos Perdidos: |
1976 |
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*Presidentes
do Período da República Velha marcado pelas fraudes eleitorais e o
coronelismo. |
Como
pode tanta gente realmente acreditar que o país sempre foi tranquilo e só agora
que está com algum distúrbio.
Vivemos
em um país que sempre foi manipulado pela classe política.
Temos
uma elite política corrupta, doutrinada pela liderança a deixar de lado seus
pares: *o povo.*
Na
verdade, a vontade que emana é deles próprios e das organizações que corrompem
e são corrompidas por essas ratazanas eleitas por analfabetos, sem dentes e
famintos.
*Você
pode ser um agente de transformação. Esclareça as pessoas com as quais se
relaciona*
Destaque para
Módulo I - ABI
perde Jesus Chediak, vítima de Covid-19 - Topo
O adeus se deu em 08/05/2020 -
Último encontro de Jesus Chediak com o grupo da ABI - Depoimentos de Amigos
Por Ana Helena Tavares e Claudia Sanches
A
Covid-19, que já fez cerca de 10 mil vítimas no Brasil, vitimou, na tarde desta
sexta (8), o jornalista, escritor, cineasta e dramaturgo Jesus Chediak, de 78
anos, que era diretor cultural da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e
atuava como curador da superintendência de Artes da Secretaria de Estado de
Cultura e Economia Criativa. Chediak estava internado desde segunda-feira, 4,
no Assim Medical Center do Méier, Zona Norte do Rio. A Prefeitura de Duque de
Caxias, cidade onde Chediak deixou sua marca como secretário de Cultura, na
gestão do ex-prefeito Alexandre Cardoso, decretou luto oficial de três dias
pelo falecimento
Artista multitalentoso, Chediak era associado da ABI há mais de 40 anos. Jogou sinuca
com Villa Lobos nas lendárias mesas de bilhar do 11º andar da entidade.
Participou de vários Conselhos da Casa do Jornalista. Dividiu cadeiras de
conselheiro com Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Carlos Heitor Cony
e tantos baluartes da cultura brasileira. Foi diretor de Cultura durante a
gestão de Barbosa Lima Sobrinho e, mais recentemente, nas gestões Maurício
Azedo, Domingos Meirelles e Paulo Jeronimo Sousa. Lançou na ABI o Cine
Macunaíma, sendo um precursor do cinema novo. Montou, com parcos recursos, no
teatro do 9º andar da entidade, uma peça sobre a morte de Vladimir Herzog,
considerada pela revista Veja como a melhor daquele ano de 1976.
Chediak
foi também diretor da Casa França Brasil e professor da Universidade Federal da
Bahia e autor de diversos livros, entre eles “Brasil, país do presente:
contribuições para a formulação de um socialismo cristão brasileiro”. Entre os
filmes que produziu, o mais recente foi um sobre a vida de Pedro Aleixo. Era
irmão de Almir Chediak, morto em um assalto em 2003. Uma de suas peças de
teatro era uma sofisticada obra expressionista chamada “O poder dos inocentes”.
Jesus
Chediak deixa a esposa Glória Chediak, também jornalista, e quatro filhos já
adultos: Paloma, Tiago, Julian e Neelash.
O presidente da ABI, Paulo Jeronimo Sousa, lamentou a perda do companheiro de tantas lutas na Casa do Jornalista, e o fato de não poder se despedir do amigo, nesses tempos tão difíceis. “Em tempos normais, faríamos o velório na própria ABI, que era a sua casa. É muita tristeza”, disse ele, acrescentando:
“Perdemos
hoje um grande companheiro, Jesus Chediak, diretor cultural da ABI, jornalista,
escritor, cineasta, dramaturgo e professor. Enfim, um homem plural. Eu,
particularmente, estou arrasado. Estivemos juntos nas últimas quatro campanhas
pela direção da ABI. Era muito mais que um amigo; era um irmão. E o mais
devastador é que não podemos nem sequer nos despedir dele. Em tempos normais,
faríamos o velório na própria ABI, que era a sua casa. É muita tristeza.
Manifesto, em meu nome, em nome da minha família e em nome de todos os seus
companheiros de militância e de convívio fraterno na ABI, o mais profundo pesar
por esta perda desoladora. Estamos solidários com a dor de sua mulher,
Glorinha, e de seus filhos. Que nosso querido Jesus Chediak descanse em paz” .
Apaixonado por política e pela sétima arte, Chediak escreveu os
roteiros de “Os viciados” (1968) e “Banana mecânica” (1974). Chegou a trabalhar
como ator nos filmes “A lenda de Ubirajara” (1975), “Ladrões de cinema” (1977)
e “As borboletas também amam” (1979), e produziu e dirigiu “Parto para a
liberdade — Uma breve história de Pedro Aleixo”.
Este documentário, lançado na sede da ABI em 2015, revela
acontecimentos inéditos nos bastidores da promulgação do AI-5, em 13 de
dezembro de 1968.
Também como Diretor de Cultura e Lazer da ABI, implantou
projetos como o CINE ABI, que acontecia semanalmente sétimo andar da
entidade. Chediak fez história ainda como ex-diretor da Rio Arte e do
Teatro João Caetano.
“O produtor, ativista, teatrólogo, cineasta e jornalista deixa
um enorme legado para o município e para todos aqueles que o admiravam”, disse
o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis.
Amigos deixaram mensagens de carinho e de
pesar nas redes sociais:
“Chediak, a lembrança que vou guardar da nossa convivência é a
melhor possível. Você vai fazer falta. Vá em paz, amigo”, disse Cid
Benjamin, vice-presidente da ABI.
O ex-deputado Vivaldo Barbosa escreveu: “Perdemos um grande
lutador. Tristeza. Grande amigo, extraordinário companheiro de lutas. Vamos
lembra-lo sempre. Continuaremos”.
A Conselheira da ABI, Ana Helena Tavares,
foi uma das primeiras a trazer a triste notícia:
“Amigos,
infelizmente, o nosso querido Jesus Chediak não resistiu e faleceu por volta
das 15h de hoje, no hospital Assim Medical Méier, onde estava internado desde
segunda, dia 04. Ele, que havia tido melhoras de ontem para hoje, acabou
falecendo em decorrência de complicações da Covid-19.
Apesar
de a informação já ter vazado para alguns grupos, só estou informando agora
pois busquei seguir o protocolo de a família ser informada antes. Estou
absolutamente arrasada, pois, como muitos sabem, mantinha com o Jesus uma
amizade próxima já há alguns meses, amizade esta que me abriu horizontes. Jesus
é um patrimônio da ABI e da Cultura Brasileira.
Que nós
que o amamos e admiramos saibamos levar adiante seu legado. Descanse em paz,
meu amigo. Que Deus o receba na luz”, escreveu .
Dulce Tupy
Adeus, Chediak. Na última vez, nos encontramos na Biblioteca
Parque, na Av. Presidente Vargas, num simpósio sobre carnaval, você me deu um
livro lindo sobre o patrimônio cultural no Estado do Rio de Janeiro. Você foi
um verdadeiro intelectual, com seu terno de risca de giz, um lord, um príncipe
da cultura, um dândi, com Oswald ou Mário de Andrade, naquele Rio Art Déco do
século passado, que admirávamos tanto, saboreando um chá ou um Chopp no Largo
da Carioca ou na Cinelândia…
Marcelo Auler
Continuemos rezando por ele e para ele. Para que de onde
estiver, primeiro ajude a consolar a dor que sua família sentirá, muito maior
que a nossa, sem dúvida. Mas também que ilumine nossos caminhos nessa árdua
luta contra este estado de coisa que estamos vivenciado. Contra essa ditadura
que estão pouco a pouco plantando no país. Com muita omissão dos mesmo Podres
Poderes que ajudaram a chegarmos onde chegamos. Vá em paz Jesus Chediak.
Vera Perfeito:
“Muito triste pela morte do Chediak e também pelo sofrimento da
Glória, sua mulher por mais de 40 anos”.
Ágata Messina
Chorei
com a notícia e com a foto. A vida é mesmo um sopro, completamente
imprevisível. Que o nosso amigo esteja bem, rodeado pela luz mais brilhante, e
que Deus traga o consolo necessário à família por essa perda repentina.
Homenagem do Instituto Brasilidade
O Instituto da Brasilidade anuncia, com pesar, o falecimento de
seu Diretor de Comunicação Social, o jornalista Jesus Chediak, aos 78 anos de
idade, vítima de Covid-19. O falecimento ocorreu nesta sexta-feira (08/05), no
Hospital Assim Méier.
Chediak ocupava atualmente cargo de curadoria na Secretaria de
Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, após deixar a direção
da Casa França-Brasil, onde esteve até 2019. Ele também ocupava a função de
diretor de Cultura e Lazer da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
No Instituto da Brasilidade, Jesus Chediak participou ativamente
da organização dos Seminários da Brasilidade, especialmente na elaboração do
debate sobre os rumos do cinema nacional, promovido em 02/09/2019.
Nosso companheiro se dedicou à Sétima Arte por mais de quatro
décadas. Entre suas muitas obras de destaque, frisamos o documentário “Parto
para a liberdade – Uma breve história de Pedro Aleixo” (2014), onde foi
dissecada a vida do ex-vice presidente, bem como as razões de sua ruptura com a
Ditadura Civil-Militar.
Foram múltiplos os talentos de Jesus Chediak. Mas, sobretudo,
sua generosidade deixará marcas profundas em nossa memória. Atento aos talentos
dos mais jovens, emprestou sua experiência e cultura geral à estruturação do
IB. Sem ele, seguiremos desfalcados, mas cientes do papel histórico a que ele
nos estimulava.
À esposa, Glorinha, e aos filhos e netos, os nossos sentimentos.
Ao amigo que partiu, as nossas saudades.
Topo
Oposição critica
marcha ao STF e churrasco de Bolsonaro; presidente cancela festa
O presidente da República levou empresários ao Supremo Tribunal Federal para cobrar o relaxamento do isolamento social em 08/05/2020 - 18:36 • Atualizado em 09/05/2020 - 13:50
Najara
Araújo/Câmara dos Deputados
Alice Portugal: não é momento de festa, é momento de salvar vidas
A oposição voltou a criticar a conduta do presidente da República, Jair Bolsonaro, diante da pandemia de Covid-19, especialmente a notícia de que ele pretende organizar um churrasco neste sábado para 30 convidados.
Bolsonaro anunciou o
encontro em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada. Para o líder da
Oposição, deputado Alessandro
Molon (PSB-RJ), o presidente agiu com "escárnio". "Este não
é o momento de se fazer churrasco. Ele está querendo comemorar o número de
vítimas no Brasil? O que ele está pensando em fazer? Quem ele pensa que é para
agir desse jeito?", condenou Molon. Ele lembrou que o PSB é autor de um
dos pedidos de impeachment apresentados à Câmara.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA)
ressaltou que o Brasil é o novo epicentro do coronavírus e, portanto, o
isolamento social deveria ser reforçado. "Nós estamos hoje com mais de 9
mil mortos. Mais de 30 pessoas, de onde venho, é festa. Não é momento de festa,
é momento de salvar vidas", afirmou.
STF
A ida de Bolsonaro e ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar o
relaxamento do isolamento social também foi alvo de críticas da oposição.
A deputada Joenia Wapichana (Rede-RR)
afirmou que é preciso frear as atitudes do presidente que vão na contramão do
combate ao vírus. "Ele é irresponsável por fazer uma pressão que não
caberia ao Supremo Tribunal Federal".
Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS),
já não se pode mais falar em economia versus saúde. "Nessa hora, tem que
ajudar a saúde e salvar a vida, para depois a vida salvar a economia. Só que o
Bolsonaro não entende disso. Ele quer salvar primeiro a economia para depois
ver o que faz com a vida. É uma equação que não fecha", afirmou.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP)
lembrou que o governo tem mecanismos para incentivar a manutenção dos empregos.
"Não é hora de marchar ao STF, mas é necessário que se articulem políticas
públicas, que se garanta a sobrevivência das empresas e que se garantam as
condições sanitárias para que a quarentena se encerre mais rapidamente. É isso
que nós temos que fazer!", disse.
Pânico
O deputado Giovani
Cherini (PL-RS) defendeu Bolsonaro. Para ele, é necessário reabrir a
economia de forma inteligente. "Criou um pânico social e vamos ter mais
gente morrendo de ansiedade e depressão do que de coronavírus", afirmou.
Ele criticou ainda as políticas de lockdown aplicadas por algumas cidades.
"O presidente Bolsonaro tem muita razão na sua ansiedade: a economia
também faz parte da saúde, não pode estar desconectada", afirmou.
Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Geórgia Moraes
A reprodução das
notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara
Notícias'.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Topo
Módulo III
O verdadeiro governante tem medo de ser injusto
Tiranos não tem amigos – Ser movido à
calúnia é uma falha moral grave
Um tirano é um usurpador, logo inseguro
e violento e usará da força para se manter no poder a qualquer preço, sabe que
não merece estar no governo, vive sempre na expectativa de que alguém quer tirá-lo
de lá, porque a sua consciência quer que ele saia, sabe que ele não merece, e o
pior, são infiéis a sua própria palavra, isto é, não tem respeito por si mesmo,
o que ele fala não se escreve, não cumpre nada do que promete, não tem honra
nem respeito por si próprio, o atributo da dignidade passa longe, não tem
nenhum amor pelo aprendizado e não respeita a quem lhe instrui, incapaz de auto
sacrifício pelo país, nenhuma capacidade de sacrifício pelo povo, não tem
interesse pelo bem do povo, vaidoso e acha que pode ensinar sem nunca ter
aprendido, arrogância, prepotência sempre estará presente em sua vida.
Bom senso e boa memória passa ao longe
porque a sua vidinha egoísta não permite que a sensatez e lucidez promova o
discernimento.
Um tirano tem dentro de si o sentimento
da escravidão porque ele é um escravo dos mais primitivos e baixos anseios e o
LIVRE tem o sentimento da liberdade em si.
Fonte: Carta 7 de Platão – A dificuldade
de ter um político sábio - www.acropole.org.br
Data |
Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos
séculos XIX, XX e XXI |
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Dando
continuidade ao tema “Revolução
Cubana” vamos tratar agora da Nova Toupeira
Site Revoluções – Tema A nova toupeira – Apresentação - Topo
Meio século
Esta
publicação coincide com os cinquenta anos da Revolução Cubana (01/01/1959) e
também com os meus cinquenta anos de militância política. Iniciei minha
militância quando comecei a divulgar um jornal que anunciava um acontecimento
histórico, o qual, mais tarde, seria mundialmente conhecido como a Revolução
Cubana.
A
Revolução Cubana e o processo histórico que lhe sucedeu marcaram de tal modo
este último meio século que uma parte significativa da vida de diversas
gerações já não pode ser compreendida sem eles. Além disso, a “Guerra Fria”
encarregou-se de multiplicar o efeito da revolução quando transformou Cuba, ao
lado de Berlim dividida, em uma das duas esquinas onde se enfrentaram os dois
sistemas – o capitalista e o socialista – do mundo polarizado.
Bastou um pequeno país, uma ilha do Caribe a noventa milhas dos
EUA de economia primário-exportadora de açúcar, colocar o socialismo na ordem
do dia da América Latina e do hemisfério ocidental, para que os rumos da
história contemporânea e da vida de milhões de pessoas fossem radicalmente
modificados. Até então, para nós, no Brasil e na América Latina, o socialismo
era algo longínquo, asiático, habitado por personagens lendários, quase
sobrenaturais, como Lenin e Mao Tsé-tung. Achávamos que conhecíamos algumas
revoluções – verdadeiras ou não –, como a Revolução Mexicana e a Revolução de
1930 no Brasil, mas quase não falávamos da Revolução Boliviana de 1952. O
significado de uma revolução permanecia impreciso e muito vago. Embora sua validade
permanecesse restrita ao período histórico da passagem do feudalismo ao
capitalismo, a Revolução Francesa ocupava o lugar de referência clássica.
Ainda
que os programas políticos da esquerda procurassem lhes dar raízes nacionais e
concretas, tanto o socialismo quanto o comunismo não passavam de meras
conjecturas e objetos de leitura. Líamos o Manifesto Comunista, Do socialismo
utópico ao socialismo científico; conhecíamos a experiência heróica, mas
derrotada, da Comuna de Paris, por meio de A guerra civil na França; líamos os
Dez dias que abalaram o mundo; e alguns também se aventuravam em A história da
Revolução Russa*, de Trotski, ou mesmo na trilogia dos profetas, de Isaac Deutscher**.
Países
como Argentina, Uruguai, Chile e Brasil tinham seus partidos socialistas e até
mesmo seus partidos comunistas, mas estes não nos encaminhavam para as lutas
concretas pelo socialismo e pelo comunismo. No máximo, limitavam-se a
participar de coalizões políticas que defendiam reformas progressistas ou então
se mantinham como forças isoladas, sem maior inserção na realidade política de
seus países. Não representavam alternativas fortes e só votávamos neles por um
ato de afirmação de nossa identidade ideológica. O fato é que os grandes
episódios políticos – como os dramas de Juan Perón e de Getúlio Vargas –
tiveram como protagonistas os próprios dirigentes e suas forças nacionalistas,
enquanto a esquerda se limitava a discutir se deveria ou não apoiá-los. Em
suma, a esquerda não tinha força decisiva ou polarizadora nos cenários
políticos existentes.
Mesmo
os golpes militares, com exceção do da Argentina em 1955, que derrubou Perón1,
não passavam de vagas menções imprecisas. Costumava-se atribuir a constante
troca de governos – como na Bolívia, por exemplo – à instabilidade
institucional, a qual, por sua vez, terminava incitando os golpes militares.
Falávamos das “repúblicas bananeiras”, em geral em associação aos clãs, como os
Somozas na Nicarágua, os Trujillos na República Dominicana, os Duvaliers no
Haiti e até mesmo os Batistas em Cuba, todos ditadores aliados dos Estados
Unidos e colocados por eles no poder. Na realidade, a América Latina
praticamente nem existia para nós! Um ou outro conhecia a Argentina ou o
Uruguai; o Paraguai era apenas aquela fronteira por onde entrava o contrabando.
Sabíamos do Aconcágua e do Titicaca por causa das provas de geografia.
Líamos
a literatura europeia e entendíamos por história apenas a da Europa; nem a
Revolução Norte-Americana nos era apresentada! Não conhecíamos Borges, Rulfo,
Carpentier, Roa Bastos. Uns poucos, em geral graças às suas posições políticas,
conheciam Neruda ou Guillén. Não sabíamos do Prêmio Nobel de Gabriela Mistral e
menos ainda de sua poesia. Conhecíamos algo, talvez, de Astúrias, porque
remetia a ditadores centro-americanos – o Caribe era subsumido pela América
Central. Para nós, nem existia como tal. A música latino-americana resumia-se
ao tango, ao bolero e, em parte, a alguma rancheira mexicana, apresentada pelos
filmes lacrimejantes da Pemex. Aliás, o cinema latino-americano eram os filmes românticos, mexicanos e argentinos.
As
guerras de independência nos eram totalmente alheias, porque estavam ausentes
dos currículos escolares – que preferiam os casamentos dos imperadores
europeus. Nem Bolívar, nem Sucre, nem San Martín, nem O’Higgins, nem Artigas,
todos eliminados com a própria guerra de independência que enfrentou e expulsou
o colonizador. Embora tenha sido um evento determinante na história do nosso
continente, ainda hoje, para nós, a Batalha de Ayacucho, que representou a
derradeira derrota das tropas espanholas obrigadas a enfrentar a união dos
exércitos latino-americanos, não existe!
Tínhamos
uma visão folclórica, cinematográfica, de Pancho Villa e Zapata, e não
tínhamos a mínima ideia do sentido profundo da Revolução Mexicana. Perón era
apenas um Getúlio argentino. Não sabíamos nada da história do Uruguai, do
Chile, do Peru, entre outros dos nossos vizinhos. Artigas, Battle, Yrigoyen,
Recabarren, Pedro Aguirre Cerda, Mariátegui eram nomes totalmente sem sentido
para nós. A vitória de Allende, no Chile, nos pegou completamente desprevenidos
para entender como – enquanto reinava a ditadura militar por aqui – uma
coalizão socialista-comunista ousara colocar em prática transformações
socialistas e, mais ainda, pela via eleitoral!
A
luta pelo socialismo estava mais orientada pela imagem da insurreição da
Revolução de Outubro e da tomada do Palácio de Inverno do que pelas
experiências do movimento guerrilheiro chinês ou vietnamita – que só começou a
existir para nós nos anos 1960. Desconhecíamos Dien Bien-Phu e as guerrilhas
iugoslava, albanesa e coreana. Em 1959, estudante do primeiro ano colegial – eu
fazia o clássico e não o científico, as duas opções da época – do curso
noturno do Colégio Estadual e Escola Normal Brasílio Machado, na Vila Mariana,
bairro da classe media paulistana, lia autores marxistas e participava do
movimento secundarista; mais tarde, fui presidente da União Paulista de
Estudantes Secundários (Upes). As grandes mobilizações naquele momento eram as
das escolas públicas, que reivindicavam mais recursos para a educação e lutavam
pela aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – luta em que
se engajaram muitos intelectuais universitários, como, por exemplo, Florestan
Fernandes, sociólogo da Universidade de São Paulo (USP), amigo e colega de
trabalho do meu tio – Azis Simão, também sociólogo da USP, que conheci nessa
época.
Foi nessa época que meu irmão Eder, dois anos mais velho, então
estudante de cursinho para o vestibular de Ciências Sociais da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras, como era seu nome então), um amigo dele, Renato Pompeu,
posteriormente jornalista, e eu conhecemos Michael Löwy, já formado em Ciências
Sociais pela USP e professor numa faculdade pública do interior de São Paulo.
Foi ele que nos convidou para uma reunião de um grupo socialista, a Liga
Socialista Independente (LSI), marxista, leninista e luxemburguista, cujo
dirigente era Hermínio Sacchetta, que fora expulso do Partido Comunista. A Liga
tinha uma sede minúscula, localizada num beco da região velha de São Paulo que
era conhecido por ser a parada final de uma linha de bonde: a Asdrúbal do
Nascimento. No espaço de não mais que 10 m2 cabiam apenas dois bancos laterais
e uma pequena mesa ao fundo, contra uma janela, onde Sacchetta se sentava.
Lembro-me dele, com seu toco de lápis vermelho, rabiscando um papel enquanto
falava.
1
Graças a esse golpe, começou-se a usar o termo “gorila” para denominar os
militares golpistas.
* Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto Comunista (São Paulo,
Boitempo, 1998); Friedrich
Engels, Do socialismo utópico ao socialismo científico (6. ed.
São Paulo, Global, 1982);
Karl Marx, A guerra civil na França (São Paulo, Global, 1986);
John Reed, Dez dias que abalaram o mundo (Rio de Janeiro, Record, 1967); Leon Trotski, A
história da Revolução Russa (2 ed. São Paulo, Paz e Terra, 1977). (N. E.)
** Isaac Deutscher, O profeta banido (Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 2006); idem,
O profeta armado (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005);
idem, O profeta desarmado
(Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005). (N. E.) - Baixe para ler! A nova toupeira
Esta
publicação coincide com os cinquenta anos da Revolução Cubana (01/01/1959) e
também com os meus cinquenta anos de militância política. Iniciei minha
militância quando comecei a divulgar um jornal que anunciava um acontecimento
histórico, o qual, mais tarde, seria mundialmente conhecido como a Revolução
Cubana.
A
Revolução Cubana e o processo histórico que lhe sucedeu marcaram de tal modo
este último meio século que uma parte significativa da vida de diversas
gerações já não pode ser compreendida sem eles. Além disso, a “Guerra Fria”
encarregou-se de multiplicar o efeito da revolução quando transformou Cuba, ao
lado de Berlim dividida, em uma das duas esquinas onde se enfrentaram os dois
sistemas – o capitalista e o socialista – do mundo polarizado.
Ainda
que os programas políticos da esquerda procurassem lhes dar raízes nacionais e
concretas, tanto o socialismo quanto o comunismo não passavam de meras
conjecturas e objetos de leitura. Líamos o Manifesto Comunista, Do socialismo
utópico ao socialismo científico; conhecíamos a experiência heróica, mas
derrotada, da Comuna de Paris, por meio de A guerra civil na França; líamos os
Dez dias que abalaram o mundo; e alguns também se aventuravam em A história da
Revolução Russa*, de Trotski, ou mesmo na trilogia dos profetas, de Isaac Deutscher**.
Países
como Argentina, Uruguai, Chile e Brasil tinham seus partidos socialistas e até
mesmo seus partidos comunistas, mas estes não nos encaminhavam para as lutas
concretas pelo socialismo e pelo comunismo. No máximo, limitavam-se a
participar de coalizões políticas que defendiam reformas progressistas ou então
se mantinham como forças isoladas, sem maior inserção na realidade política de
seus países. Não representavam alternativas fortes e só votávamos neles por um
ato de afirmação de nossa identidade ideológica. O fato é que os grandes
episódios políticos – como os dramas de Juan Perón e de Getúlio Vargas –
tiveram como protagonistas os próprios dirigentes e suas forças nacionalistas,
enquanto a esquerda se limitava a discutir se deveria ou não apoiá-los. Em
suma, a esquerda não tinha força decisiva ou polarizadora nos cenários
políticos existentes.
Mesmo
os golpes militares, com exceção do da Argentina em 1955, que derrubou Perón1,
não passavam de vagas menções imprecisas. Costumava-se atribuir a constante
troca de governos – como na Bolívia, por exemplo – à instabilidade
institucional, a qual, por sua vez, terminava incitando os golpes militares.
Falávamos das “repúblicas bananeiras”, em geral em associação aos clãs, como os
Somozas na Nicarágua, os Trujillos na República Dominicana, os Duvaliers no
Haiti e até mesmo os Batistas em Cuba, todos ditadores aliados dos Estados
Unidos e colocados por eles no poder. Na realidade, a América Latina
praticamente nem existia para nós! Um ou outro conhecia a Argentina ou o
Uruguai; o Paraguai era apenas aquela fronteira por onde entrava o contrabando.
Sabíamos do Aconcágua e do Titicaca por causa das provas de geografia.
Líamos
a literatura europeia e entendíamos por história apenas a da Europa; nem a
Revolução Norte-Americana nos era apresentada! Não conhecíamos Borges, Rulfo,
Carpentier, Roa Bastos. Uns poucos, em geral graças às suas posições políticas,
conheciam Neruda ou Guillén. Não sabíamos do Prêmio Nobel de Gabriela Mistral e
menos ainda de sua poesia. Conhecíamos algo, talvez, de Astúrias, porque
remetia a ditadores centro-americanos – o Caribe era subsumido pela América
Central. Para nós, nem existia como tal. A música latino-americana resumia-se
ao tango, ao bolero e, em parte, a alguma rancheira mexicana, apresentada pelos
filmes lacrimejantes da Pemex. Aliás, o cinema latino-americano eram os filmes românticos, mexicanos e argentinos.
As
guerras de independência nos eram totalmente alheias, porque estavam ausentes
dos currículos escolares – que preferiam os casamentos dos imperadores
europeus. Nem Bolívar, nem Sucre, nem San Martín, nem O’Higgins, nem Artigas,
todos eliminados com a própria guerra de independência que enfrentou e expulsou
o colonizador. Embora tenha sido um evento determinante na história do nosso
continente, ainda hoje, para nós, a Batalha de Ayacucho, que representou a
derradeira derrota das tropas espanholas obrigadas a enfrentar a união dos
exércitos latino-americanos, não existe!
Tínhamos
uma visão folclórica, cinematográfica, de Pancho Villa e Zapata, e não
tínhamos a mínima ideia do sentido profundo da Revolução Mexicana. Perón era
apenas um Getúlio argentino. Não sabíamos nada da história do Uruguai, do
Chile, do Peru, entre outros dos nossos vizinhos. Artigas, Battle, Yrigoyen,
Recabarren, Pedro Aguirre Cerda, Mariátegui eram nomes totalmente sem sentido
para nós. A vitória de Allende, no Chile, nos pegou completamente desprevenidos
para entender como – enquanto reinava a ditadura militar por aqui – uma
coalizão socialista-comunista ousara colocar em prática transformações
socialistas e, mais ainda, pela via eleitoral!
A
luta pelo socialismo estava mais orientada pela imagem da insurreição da
Revolução de Outubro e da tomada do Palácio de Inverno do que pelas
experiências do movimento guerrilheiro chinês ou vietnamita – que só começou a
existir para nós nos anos 1960. Desconhecíamos Dien Bien-Phu e as guerrilhas
iugoslava, albanesa e coreana. Em 1959, estudante do primeiro ano colegial – eu
fazia o clássico e não o científico, as duas opções da época – do curso
noturno do Colégio Estadual e Escola Normal Brasílio Machado, na Vila Mariana,
bairro da classe media paulistana, lia autores marxistas e participava do
movimento secundarista; mais tarde, fui presidente da União Paulista de
Estudantes Secundários (Upes). As grandes mobilizações naquele momento eram as
das escolas públicas, que reivindicavam mais recursos para a educação e lutavam
pela aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – luta em que
se engajaram muitos intelectuais universitários, como, por exemplo, Florestan
Fernandes, sociólogo da Universidade de São Paulo (USP), amigo e colega de
trabalho do meu tio – Azis Simão, também sociólogo da USP, que conheci nessa
época.
Foi nessa época que meu irmão Eder, dois anos mais velho, então
estudante de cursinho para o vestibular de Ciências Sociais da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras, como era seu nome então), um amigo dele, Renato Pompeu,
posteriormente jornalista, e eu conhecemos Michael Löwy, já formado em Ciências
Sociais pela USP e professor numa faculdade pública do interior de São Paulo.
Foi ele que nos convidou para uma reunião de um grupo socialista, a Liga
Socialista Independente (LSI), marxista, leninista e luxemburguista, cujo
dirigente era Hermínio Sacchetta, que fora expulso do Partido Comunista. A Liga
tinha uma sede minúscula, localizada num beco da região velha de São Paulo que
era conhecido por ser a parada final de uma linha de bonde: a Asdrúbal do
Nascimento. No espaço de não mais que 10 m2 cabiam apenas dois bancos laterais
e uma pequena mesa ao fundo, contra uma janela, onde Sacchetta se sentava.
Lembro-me dele, com seu toco de lápis vermelho, rabiscando um papel enquanto
falava.
1
Graças a esse golpe, começou-se a usar o termo “gorila” para denominar os
militares golpistas.
* Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto Comunista (São Paulo,
Boitempo, 1998); Friedrich
Engels, Do socialismo utópico ao socialismo científico (6. ed.
São Paulo, Global, 1982);
Karl Marx, A guerra civil na França (São Paulo, Global, 1986);
John Reed, Dez dias que abalaram o mundo (Rio de Janeiro, Record, 1967); Leon Trotski, A
história da Revolução Russa (2 ed. São Paulo, Paz e Terra, 1977). (N. E.)
** Isaac Deutscher, O profeta banido (Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 2006); idem,
O profeta armado (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005);
idem, O profeta desarmado
(Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005). (N. E.) - Baixe para ler! A nova toupeira
Topo
Biografia –
Nei Lopes (78 anos) – 09 - Nei Brás Lopes
9/5/1942 Rio de
Janeiro, RJ - Compositor. Escritor.
Cantor. Letrista. Poeta. Ensaísta. Filho de Eurydice de Mendonça Lopes (Dona de
casa), e de Luiz Brás Lopes (pedreiro). Nascido e criado no subúrbio carioca de
Irajá. Morou no Lins, Grajaú e Tijuca. Aos sete anos já cantavas em festinhas
da família. Frequentou a Escola Técnica Visconde de Mauá de 1953 a 1957. Mais
tarde, em 1982, mudou-se para o bairro de Vila Isabel. Foi semi-interno da
Escola Técnica Visconde de Mauá, em Marechal Hermes, lugar onde tomou
consciência de sua negritude, influenciado por Maurício Teodoro (do Salgueiro),
Carlos da Rosa (da Serrinha), e Pinduca (do Catete). Frequentou a casa de
Maurício e de Tia Dina, onde se cantava muito samba e as tradições
afro-brasileiras eram mantidas. Integrou a Ala de Compositores e a Velha-Guarda
do Salgueiro. Publicou em 1963 poemas na "Antologia Novos Poetas" e
mais tarde publicou textos na Revista Civilização Brasileira e no Jornal do
Commércio. Em 1975 foi contemplado com o prêmio "Fernando
Chinaglia", da U.B.E. (União Brasileira dos Escritores). Também foi
considerado pelo crítico inglês David Brookshae como um melhores poetas da
negritude no Brasil. No ano de 1999 em uma entrevista para o Segundo
Caderno do jornal O Globo, declarou: "Deixei de ser mulatinho para
ser negro, embora o processo estivesse longe da conscientização."
Ingressou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil em
1962, depois UFRJ. Depois da morte de seu pai, que não era muito a favor de que
o filho cantasse e frequentasse as rodas de samba, assumiu definitivamente o
seu lado sambista, desfilando pelo Salgueiro em 1963. Em 1966 formou-se
em Direito e Ciências Sociais, trabalhando na profissão até 1970 em seu
escritório de advocacia no bairro suburbano de Vista Alegre, o primeiro do
gênero naquela localidade.
Biografia
Carlos Lyra (81 anos) - Carlos
Eduardo Lyra Barbosa
11/5/1939 Rio
de Janeiro, RJ -Compositor. Cantor. Violonista. Nasceu no bairro de Botafogo, Rio
de Janeiro. Filho mais velho de José Domingos Barbosa, oficial de marinha, e de
Helena Lyra Barbosa. Irmão de Sérgio Henrique Lyra Barbosa (oficial de marinha)
e de Maria Helena Lyra Fialho (professora de artes cênicas). Começou a fazer
música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida,
para a gaita de boca. Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de
salto à distância. O acidente lhe obrigou a um repouso na cama durante seis meses.
Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu. Ao
receber alta do médico, já dominava o instrumento. Estudou no Colégio Santo
Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau
no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto
Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, por onde passaram
Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros. Participou da
primeira geração da Bossa Nova junto com seu parceiro Ronaldo Bôscoli, os
também parceiros Tom Jobim e Vinícius de Moraes e o intérprete João Gilberto,
todos representados no LP "Chega de Saudade", lançado em 1959. Saiu
do Brasil em 1964, só retornando em 1971. Casou-se com a atriz e modelo norte-americana
Katherine (Kate) Lyra, na Cidade do México em 1969, com quem tem uma única
filha, Kay Lyra, cantora popular de formação clássica.
Biografia –
Jamelão (107 anos) José Bispo Clementino dos Santos
12/5/1913 Rio
de Janeiro, RJ
14/6/2008 RJ - Cantor. Compositor. Nascido no bairro de São
Cristóvão, começou a ganhar a vida aos nove anos como pequeno jornaleiro.
Ganhou o apelido de Jamelão na gafieira Jardim do Meyer, um dos muitos
endereços de seu aprendizado de crooner. Foi levado à Mangueira pelo lendário
compositor Gradim, amigo de Cartola e Carlos Cachaça, apesar de ter iniciado a
trajetória de sambista acompanhando a mãe, Dona Benvinda, que saía na Escola Deixa
Malhar, no Engenho Novo. Trabalhou como operário antes de começar a cantar em
gafieiras. Faleceu aos 95 anos vítima de infecção generalizada na Clínica
Pinheiro Machado onde estava internado. Seu corpo foi velado na quadra da
Escola de samba Estação Primeira de Mangueira, sendo seu caixão coberto pelas
bandeiras da Mangueira e do Vasco da Gama, e sepultado no Cemitério São
Francisco Xavier, no Caju.
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Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da
semana.
Intervalo compreendido do dia 08 a 14/05 -
Topo
Intervalo compreendido do dia 08 a 14/05
Informações preocupantes
Halliburton
já demitiu 5 mil funcionários nos EUA devido à crise do shale
11 Maio 2020
A empresa prestadora de serviços Halliburton se viu forçada a demitir 1.000 funcionários nesta semana devido ao cenário adverso do mercado internacional de petróleo e os baixos preços do barril. Com as novas dispensas, a companhia já soma quase 5 mil cortes de postos de trabalho desde o início da crise.
Em comunicado ao mercado,
a companhia afirmou que as demissões desta semana foram causadas pela
“desaceleração dramática imprevisível dos negócios” diante do avanço do
coronavírus e um declínio sem precedentes nos preços das commodities. Os 1.000
trabalhadores desligados engrossam a fila junto a outros 3.500 funcionários
despedidos, todos da sede da companhia de Houston, além de alguns colaboradores no Texas e em Oklahoma.
“As reduções são
adicionais às demissões nas operações globais da empresa. Essas ações são
difíceis, mas necessárias, à medida que ajustamos nossos negócios à menor
atividade dos clientes”, acrescentou a companhia em comunicado. No primeiro
trimestre do ano, a Halliburton registrou uma perda de US$ 1 bilhão devido à
combinação de baixa demanda de petróleo e o excesso de oferta do produto.
Fonte: Petronotícias
Módulo VII_I Escravidão Contratual – Carteira Verde e Amarela
Escravidão contratual
Uma
forma mais comum na sociedade moderna é a da escravidão contratual ou por empreitada,
na qual os trabalhadores assinam contratos para trabalhar por um período
específico de tempo, no qual são pagos apenas com acomodações e alimento, ou
isso mais o acréscimo de benefícios limitados, tais como a quitação de um
débito, ou dos custos de transporte para uma determinada região ou país (a
escravidão por dívida, conhecida no Brasil também
como sistema de barracão ou de cantina, é uma
forma bem conhecida de escravidão contratual). Em alguns casos, os
trabalhadores contratados recebem pequenos pagamentos em dinheiro ou outros
benefícios. O trabalho por empreitada ainda é comum em países
emergentes e foi talvez a forma de trabalho predominante formal e oficial nas
antigas sociedades coloniais, durante os séculos XVII e XVIII.
Todavia, deve ser ressaltado que a contratação por empreitada é frequentemente
apenas uma categoria legal formal, e na prática, os
empreiteiros descobrem que é difícil ou impossível coagir trabalhadores
contratados, a menos que a letra da lei seja reforçada pelos sistemas de
imposição da lei, ameaças feitas por organizações criminosas que abastecem o
mercado de trabalhadores clandestinos (geralmente, estrangeiros ilegais), e/ou
pela plena aceitação por parte dos trabalhadores, como prática tradicional.
Existem algumas formas de trabalho contratual tradicional, tais como o sistema Chukri na Índia e Bangladesh,
que são ilegais, ainda que, não obstante, estejam amplamente em uso.
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Origem do Dia Internacional da Enfermagem e a Origem
da Enfermagem
Dia
do Enfermeiro e Dia Mundial da Enfermeira
Neste dia, é feita uma
homenagem mundial a Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem
moderna. Florence nasceu em 12 de maio de 1820, em Florença, Itália. Em 1844,
foi para Roma, para aprender a cuidar dos enfermos nas irmandades católicas.
Terminados os estudos, julgou insuficientes seus conhecimentos e decidiu
continuar estudando.
Foi para Dublin, Irlanda, para
trabalhar em um hospital dirigido pelas Irmãs de Misericórdia da Ordem Católica
de Enfermeiras.
A partir daí, sua atuação foi
intensa e incessante junto dos desvalidos; atuou em guerras e em diversas
enfermarias. Em 1860, fundou a primeira escola de enfermagem do mundo, em um
hospital inglês. Para realizar essa obra, utilizou um prêmio que recebera do
governo inglês pela sua dedicação aos feridos de guerra. Florence trabalhou até
os últimos dias de vida, vindo a falecer na Inglaterra, aos 80 anos.
A principal tarefa do
enfermeiro é assistir os doentes, com o objetivo de promover sua recuperação. O
enfermeiro é um auxiliar direto do médico e cuida dos pacientes internados em
hospitais, clínicas ou nas residências. Ele é também treinado para observar
clinicamente cada doente, relatando mudanças do seu estado de saúde.
Os enfermeiros se organizam
hierarquicamente. O enfermeiro-chefe, de formação superior, gerencia os
técnicos em enfermagem, além de controlar o uso do material médico-hospitalar,
seguindo a prescrição médica.
No Brasil, os primeiros
enfermeiros foram os padres jesuítas que atuaram nas Santas Casas de
Misericórdia, desde 1540. Depois de três séculos, chegaram ao país as primeiras
irmãs de caridade enfermeiras. Mas o grande incentivo para a classe chegou com
a primeira enfermeira voluntária, Ana Nery, que aos 51 anos serviu como
enfermeira na Guerra do Paraguai. Com a criação da Cruz Vermelha Brasileira, a
profissão ganhou mais fôlego, culminando com a Escola de Enfermagem Ana Nery,
fundada e mantida por essa organização e ser declarada “escola-padrão” em 1938.
O Dia do Enfermeiro foi adotado no Brasil por meio do decreto no 2.956, de 10/8/1938, assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Além dessa data, a profissão também é homenageada na Semana Brasileira de Enfermagem, de 12 a 20 de maio, quando os Conselhos Regionais de Enfermagem promovem encontros, palestras e outras atividades, de acordo com o decreto no 48.202, de 12/5/1960, assinado pelo presidente Juscelino Kubitschek.
Origem da Enfermagem
Período
Pré-Cristão
No
período Pré-Cristão as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam
do poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções
de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades,
afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens,
banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas.
Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e
passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e
farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações
política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem
formar uma idéia do tratamento dos doentes
Egito
Os egípcios deixaram alguns documentos
sobre a medicina conhecida em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas
acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Praticava-se o hipnotismo, a
interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a
saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a
hospitalidade e o auxílio aos desamparados.
Índia
Documentos do século VI a.C. nos dizem
que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos
linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo
digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas,
amputações, trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo
contribuiu para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus
tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na época,
que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos
científicos. Nos hopitais eram usados músicos e narradores de histórias para
distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo
exagerado respeito ao corpo humano – proibia a dissecação de cadáveres e o
derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.
Palestina
Moisés, o grande legislador do povo
hebreu, prescreveu preceitos de higiene e exame do doente: diagnóstico,
desinfecção , afastamento de objetos contaminados e leis sobre o sepultamento
de cadáveres para que não contaminassem a terra. Os enfermos , quando viajantes,
eram favorecidos com hospedagem gratuita.
Assíria e Babilônia
Entre os assírios e babilônios
existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos,
indenização, etc. A medicina era baseada na magia – acreditava-se que sete
demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs
com orações usadas contra os ataques dos demônios. Nos documentos assírios e
babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e
sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio
Jordão. “Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa “.(II
Reis: 5, 10-11).
Japão
Os japoneses aprovaram e estimularam a
eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de águas
termais.
Grécia
As primeiras teorias gregas se
prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina.
Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam
corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina
era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas.
Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura
mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade,
contribuindo para o progresso da Medicina e da Enfermagem. O excesso de
respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram
considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono de doentes
graves. A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de
lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos. Hipócrates é
considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico,
prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças, tais como: tuberculose,
malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na
terapêutica consistia em “não contrariar a natureza, porém auxilia-la a reagir
“. Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias,
ventosas, vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos
minerais.
Roma
A medicina não teve prestígio em Roma.
Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram
um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia cuidados do Estado como
cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma
distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e
abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via
Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo
grego.
Cristianismo
O cristianismo foi a maior revolução
social de todos os tempos. Influiu positivamente modificando indivíduos e o
conceito da família. Os cristãos praticavam atos de caridade. Sendo o princípio
que movia os pagãos: “Vede como eles se amam “. Desde o início do cristianismo
os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiais por parte da Igreja.
Pedro, o apóstolo, ordenou diáconos a socorrerem os necessitados. As diaconisas
prestavam igual assistência às mulheres. Os cristãos até então perseguidos,
receberam no ano 335 pelo Edito de Milão, do imperador Constantino, a liberação
para que a Igreja exercesse suas obras assistenciais e atividades religiosas.
Houve uma profunda modificação na assistência aos doentes – os enfermos eram
recolhidos às diaconias, que eram casas particulares, ou aos hospitais
organizados para assistência a todo tipo de necessitados.
Fonte: Site do COFEN e COREN-SP
Os Avanços das Práticas de Saúde por Períodos Históricos
As práticas de saúde instintivas –
caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como
pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as
práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização,
consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência,
estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos
tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultava em poder, o homem,
aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se
dele. Observa-se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada
ao cuidar das sociedades primitivas.
As práticas de saúde
mágico-sacerdotais – este período é marcado pela relação mística entre as
práticas religiosas e as práticas de saúde mais primitivas. Desenvolvidas pelos
sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, e se dá
antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V
a.C. Essa prática permanece por muitos séculos, nos templos que eram também
santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.
Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de
curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do
comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram
variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios
e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da
evolução dos conhecimentos em saúde.
O ensino era vinculado à orientação da
filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus
mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde
se organizarem em castas. Quanto à Enfermagem, as únicas referências
concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de
partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que
dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.
As práticas de saúde no alvorecer da
ciência – relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia
e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa
e efeito. Inicia-se no século V a.C. estendendo-se até os primeiros séculos da
Era Cristã.
A prática de saúde, antes mística e
sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se
essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico
– que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças – e na
especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos
fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos
anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas
relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela
Medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que
como já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova concepção em
saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais,
através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não há
caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.
As práticas de saúde monástico-medievais
– Regidas pela influência dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e
da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o
cristianismo. Esta época corresponde ao exercício da Enfermagem como prática
leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido
entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de
valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos
pela sociedade como inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço,
a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de
prática profissional, mas de sacerdócio.
As práticas de saúde após as
sociedades monásticas evoluíram, em especial, durante os movimentos
Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do
final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso
social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não
constituíram fator de crescimento para a Enfermagem.
Enclausurada nos hospitais religiosos,
permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, desagregando-se ainda
mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa
Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de
doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências,
amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, o serviço doméstico
– pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem
atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que
significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e
apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores,
que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam
melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.
As práticas de saúde no mundo moderno,
em especial, a de Enfermagem, evoluíram juntamente ao sistema
político-econômico da sociedade capitalista, que promoveu o surgimento da
Enfermagem como prática profissional institucionalizada. Processo que tem
início com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da
Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.
Fonte:
Site do COFEN e COREN-SP
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Módulo VII_III
A CARTA VII, O MANIFESTO E A
AUTOBIOGRAFIA POLÍTICA DE …
cfcul.fc.ul.pt/biblioteca/online/pdf/ivalentim/cartaVII.pdf ·
PDF file
VALENTIM, Inácio.
A Carta
VII, o manifesto e a autobiografia política de Platão Revista
Opinião Filosófica, Porto Alegre, v. 03; nº. 01, 2012 61 Na Carta VII,
Patão vai não só explicar as razões deste estado infrutífero do dizer
filosófico e da filosofia, mas também, vai …
Carta VII de Platão - Osório
Barbosa
osoriobarbosa.com.br/index.php/livro/livros-que-li/item/922-carta-vii-de-platao
Carta
VII de Platão CARTA VII .
DE PLATÃO AOS
AMIGOS E PARENTES DE DION: Boa Sorte! Introdução . Escrevíeis-me convictos da
conformidade das vossas ideias com as de Dion, e pedíeis-me instantemente para
vos ajudar na medida do possível pelos meus actos e palavras.
Carta VII - 9788515035861 -
Livros na Amazon Brasil
https://www.amazon.com.br/Carta-VII-Platão/dp/8515035863
Das treze cartas atribuídas
a Platão só
a VII consegue
convencer alguns estudiosos a defenderem a sua autenticidade. Para
historiadores, constitui um valioso documento sobre o conturbado período da
história Antiga da Grécia e da Sicília. Mas o interesse da Carta para
estudiosos da …
CARTA VII DE PLATÃO: AS
DOUTRINAS NÃO …
segundasfilosoficas.org/carta-vii-de-platao-as-doutrinas-nao-escritas
Sendo essa tese
amparada na Carta VII e no Fedro, Irwin entende que ela
não se sustenta, tanto em razão da Carta não ser de Platão quanto
o Fedro, segundo ele, não lhe fornecer amparo. Esse fato de Irwin estender a
sua crítica à tese das doutrinas não escritas pode estar indicando que, talvez,
consciente ou inconscientemente, tenha sido esse o seu real propósito.
CARTA VII - Platao - Livro
https://www.travessa.com.br/carta-vii/artigo/4a696483-4793-4a9e-b774...
CARTA
VII autor: Platao editora:
Edições Loyola ... Platão foi fundador da Academia em Atenas,
a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Foi um filósofo
e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos
filosóficos.
PLATÃO Carta VII - Ciência
Política I
https://www.passeidireto.com/arquivo/23266304/platao-carta-vii
12/08/2016 · Das
treze cartas atribuídas
a Platão só
a VII consegue
convencer alguns estudio sos a defenderem a sua autenticidade. No entanto, a
despeito da contestação de que é objeto, a Carta VII continua a
concitar a atenção do público, dado o interesse que tem para a História e a
Filosofia.
RESUMO - CARTA VII - PLATÃO -
1288 Palavras | …
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resumo-Carta-Vii-Platão...
RESUMO DA CARTA VII DE PLATÃO RESUMO
1. A Carta
VII é sem dúvida a mais importante entre as Cartas de Platão. Platão toma
claramente uma posição em relação à concepção da política e do dirigente
político. 2. Dionísio e Dion vão ser as figuras centrais da Carta.
Wikipedia
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9tima_Carta
Sétima Carta – Wikipédia, a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_VII
A Sétima Carta ou Carta VII de Platão é uma epístola que a tradição atribui a Platão. É de longe a mais longa das epístolas de Platão e fornece um relato autobiográfico de suas atividades na Sicília como parte das intrigas entre Díon e Dionísio de Siracusa para a tirania de Siracusa.
Ele
também contém um interlúdio filosófico estendido sobre a possibilidade de
escrever verdadeiras obras filosóficas e a teoria das formas. Supondo que a
carta seja autêntica, ela foi escrita depois que Díon foi assassinado por
Cálipo em 353 a. C. e antes que este fosse derrubado um ano depois.
Epístolas (Platão) – Wikipédia,
a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epístolas_(Platão)
A sétima carta é
dirigida aos associados e companheiros de Díon, provavelmente após seu
assassinato em 353 a. C.. É a mais longa das epístolas e considerada a mais
importante.Provavelmente é uma carta aberta e contém uma defesa das
atividades políticas de Platão em Siracusa, bem como uma longa
digressão sobre a natureza da filosofia, a teoria das formas e os problemas
inerentes ao ...
A Sétima
Carta aborda uma variedade de temas, nem sempre de maneira organizada.
Este artigo segue Bury ao
dividir seu resumo nas seções a seguir.[1]
Introdução (323d–326b)
Platão
introduz assegurando aos seguidores de Díon que ele compartilha os objetivos
políticos de Díon. Ele então diz como ele veio a manter suas opiniões sobre
política, contando sua infância e desilusão política na sequência das Trinta Tiranos e
do julgamento
de Sócrates.
Primeira visita à
Sicília (326b–328d)
Platão
fala de sua primeira visita a Siracusa, onde fez amizade com Díon durante o
reinado de Dionísio, o Velho.
Dionísio, o Velho, morreu depois que Platão voltou para casa e Díon pediu que
ele educasse o jovem Dionísio, que havia ascendido à tirania, com o objetivo de
transformá-lo em um rei
filósofo.
Segunda visita à
Sicília (328d–330b)
Platão
explica que ele concordou com a proposta de Díon para que ele não parecesse um
mau amigo e ou como se não se importasse com a reputação da filosofia, mas a visita acabou sendo um
fracasso. Díon caiu das boas graças de Dionísio devido às calúnias dos
cortesãos; O próprio Platão ficou sob suspeita de tentar derrubar Dionísio. Ele
continuou tentando dar bons conselhos ao tirano, no entanto.
Os limites do
conselho (330c–331d)
Platão
deixa de fora a narrativa histórica, mas antes de dar seu conselho aos amigos e
seguidores de Dion, ele observa que não se deve tentar aconselhar aqueles que
não seguirão bons conselhos. Não se deve dizer aos que não desejam ser
virtuosos a melhor forma de satisfazer seus desejos cruéis, nem se deve obrigar
os que não estão dispostos a ouvir.
Os
efeitos de tentar aconselhar Dionísio (331d–334c)
Platão
aconselha os seguidores de Díon da mesma maneira que ele e Díon haviam
aconselhado Dionísio, o Jovem. Eles tentaram lembrá-lo da infelicidade de seu
pai, aconselhando-o a levar uma vida pessoal moderada e a fazer amizade com
bons homens. Esse conselho exigiria que ele renunciasse à companhia dos cortesãos que se beneficiavam de sua
imoderação, de modo que conspiraram para difamar Díon, fazendo com que ele
fosse exilado novamente. Díon voltou a admoestar Dionísio "por ação"
(333b; isto é, à frente de um exército),[1] mas
os próprios siracuseanos acreditavam em calúnias de que Dion estava tentando se
estabelecer como tirano e apoiaram o assassinato de Díon. Já que aqueles que
assassinaram Díon eram atenienses, Platão defende Atenas, dizendo que o melhor
amigo de Díon (ele mesmo) também era ateniense.
Conselho atual de
Platão (334c–337e
Platão
admoesta os destinatários com o mesmo conselho que ele e Díon haviam dado a
Dionísio, o Jovem, isto é, abolir o despotismo na Sicília e estabelecer um
governo constitucional em cada cidade com leis justas. Ele afirma que Dionísio
vive uma vida ignóbil porque não deu ouvidos a esse conselho, enquanto Díon
teve uma morte nobre porque o seguiu. Díon teria governado por lei. Platão
aconselha seus seguidores a evitar conflitos partidários, viver moderadamente e
não buscar represálias na hora da vitória. Como a ordem política ideal de
governo de um rei filósofo agora é impossível, diz ele, deixe acontecer o
segundo melhor tipo de governo, baseado na lei.
Entre
a segunda e a terceira visita de Platão à Sicília (337e–340b)
Platão
retoma sua narrativa histórica de onde ele havia parado. A Guerra obrigou
Platão a deixar a Sicília durante sua segunda visita lá. Antes de permitir que
ele partisse, Dionísio havia obtido a promessa de que Platão retornaria quando
as hostilidades cessassem e Platão concordou com a condição de que Díon fosse
retirado do exílio. Díon não foi chamado de volta e Platão relutou em retornar,
mas foi persuadido por Díon e por Arquitas de Tarento da
prudência de fazê-lo, especialmente porque se dizia que o próprio Dionísio
estava interessado em filosofia novamente.
Terceira visita à
Sicília (340b–341a)
Ao
chegar, Platão decidiu testar se o apego de Dionísio à filosofia era genuíno,
informando-o dos vários estudos preparatórios desinteressantes que ele
precisaria realizar.
Digressão
longa sobre as Formas (341b–345c)
Dionísio
afirmou já ser um especialista em filosofia e, portanto, acabou sendo um mau
aluno, afirma Platão. Platão afirma que Dionísio era um impostor, pois havia
escrito um tratado metafísico que afirmava ser superior às palestras de Platão.
Platão pôde afirmar que Dionísio era um impostor porque a verdade sobre a
metafísica não poderia ser expressa por escrito e considerou que todos os que
conhecem a verdade sabem disso; portanto, se Dionísio pensava que havia
expressado a verdade sobre a metafísica por escrito, ele não sabia a verdade.
A
explicação de Platão sobre por que as verdades mais profundas não podem ser
expressas na forma escrita é famosamente obscura. Antes de se alcançar a
"coisa que é cognoscível e verdadeira" (gnōston te kai alēthes),
é preciso ter apreendido o "nome", "definição" (logos),
"imagem" e "conhecimento" (epistēmē). Nome e
relato são abordados através de descrição verbal, enquanto a percepção
sensorial percebe a imagem. A pessoa alcança o conhecimento apenas a partir da
combinação de descrição verbal e percepção sensorial, e é preciso ter
conhecimento antes de atingir o objeto do conhecimento (que Platão chama
simplesmente de "o Quinto", nome, definição, imagem e conhecimento
sendo "o Quatro"). Além disso, o Quinto difere do que é sensível e
das expressões verbais dele. O nome e a definição fornecem a
"qualidade" de uma coisa (to poion), mas não sua
"essência" ou "ser" (to on - o ente). Além
disso, eles são semelhantes às percepções dos sentidos, pois são sempre variáveis
e relativos, não fixos. Como resultado, o aluno que tenta entender o Quinto
através de nome, definição, imagem e conhecimento fica confuso; ele busca a
essência, mas sempre acha a qualidade intrometida. Somente certos tipos de
estudantes podem examinar os Quatro, e mesmo assim a visão do Quinto surge de
repente (exaiphnes).
Já
que é assim que a filosofia é conduzida, nenhuma pessoa séria jamais tentaria
ensinar doutrinas filosóficas sérias em um livro ou ao público em geral. A
motivação de Dionísio por ter escrito um texto filosófico deve ter sido um
desejo de glória. De fato, ele recebeu apenas uma palestra sobre metafísica de
Platão.
Reinício
da narrativa da terceira visita (345c–350b)
Dionísio
abusou de Platão de várias maneiras durante sua terceira visita a Siracusa. Ele
prometeu enviar a Díon as receitas de sua propriedade na Sicília, mas renegou.
Platão, em resposta, ameaçou sair e só foi aplacado quando Dionísio propôs um
compromisso; Platão concordou em permanecer apenas até Díon responder. Antes
que isso acontecesse, no entanto, Dionísio vendeu a propriedade de Díon a preço
baixo, nomeou-se o diretor da metade dos lucros em nome do filho de Díon e
deixaria Platão levar apenas a outra metade para Díon no exílio. Além disso, a
temporada de navegação já havia terminado e, portanto, Platão foi forçado a
permanecer em Siracusa de qualquer maneira.
Enquanto
isso, as tentativas de Dionísio de cortar o pagamento dos mercenários que
apoiavam seu governo provocaram um motim que foi atribuído a Heracleides, o
líder do partido democrático em Siracusa. Teodotes convenceu Dionísio na
presença de Platão a permitir que Heracleides deixasse a cidade em paz, mas
Dionísio usou isso apenas para expulsá-lo do esconderijo. Quando Dionísio
afirmou nunca ter feito nenhuma promessa de deixá-lo ir, Platão falou com
franqueza e afirmou que sim.
Como
resultado, Dionísio encontrou um pretexto para expulsar Platão do palácio (onde
ele estava alojado) e alojá-lo nos aposentos dos soldados. Ele então alegou que
as visitas de Teodotes a Platão eram um sinal de que ele estava conspirando com
seus inimigos. Platão implorou a Arquitas, que persuadiu Tarento a enviar um navio para ele.
Invasão e
assassinato de Dion (350b-351e)
Depois
de deixar a Sicília pela terceira e última vez, Platão viajou para Olímpia, onde encontrou Díon se preparando
para a guerra. Díon pediu seu apoio a Platão, mas ele recusou, alegando que ele
havia sido um hóspede na
casa de Dionísio e que não apreciava os problemas que seriam causados por uma
guerra civil. De qualquer maneira, Díon invadiu e foi bem sucedido. Platão
elogia Díon, alegando que ele buscava poder apenas para o bem comum. Díon caiu,
ele diz, porque subestimou a crueldade dos homens aos quais se opunha.
Conclusão
(351e–352a)
Platão
explica por que ele entrou em detalhes sobre sua terceira visita, apesar de já
ter dado seu conselho sobre como os seguidores de Díon deveriam proceder. Ele
desejava, diz ele, defender-se das difamações que haviam circulado sobre seus
motivos e ações.
Topo
Realizado em domingo, 10
de maio de 2020
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