quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Noticias Petroleiras e Outras Edição 428 em 11 fev 2021 Destaques da semana. Vinheta 16 informes 1 Cuba oferece vacina contra o coronavírus para turistas que visitarem a ilha. 2 Biden recebe dossiê recomendando suspensão de acordos entre EUA e governo Bolsonaro. Antônio Nobre fala da necessidade de uma catástrofe Editorial – Ambiente: a China, os preconceitos e os fatos. Ivan Luiz Jornalista Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.. I - Racismo no Brasil - Alguns Dados Estatísticos sobre o Racismo no Brasil. Painel Unificador COVID-19 Nas Favelas do RJ. II – João Cândido – O Almirante Negro - Herói Nacional ou não? III - Homenageados na cultura brasileira - Relação completa dos aniversariantes de 05 a 11/02 Momento Reflexivo – Abertura Cora Coralina e Encerramento (IV) Hilda Hilst

 


 NP 428




Notícias Petroleiras & Outras em 11/02/2021 – NP 428

Dia 10 de janeiro de 2012 foi a primeira transmissão que realizamos e hoje chegamos a 428



Canção do grupo cubano Buena Fé que homenageia os médicos cubanos


A Revolta da Vacina aconteceu de 10 a 16 de novembro de 1904, na então capital do País, o Rio de Janeiro. Os protestos ocorreram por causa da imposição da vacinação contra a varíola, solicitada pelo médico sanitarista Oswald Cruz.

Se desejar aprofundar seus conhecimentos, leia também um texto sobre o tema em: https://www.todamateria.com.br/revolt...

📩 BAIXE O MAPA MENTAL DA REVOLTA DA VACINA
00:00 Introdução
00:16 Contexto histórico
00:49 Remodelar a cidade
01:40 Higienizar a cidade
02:45 Mortes por febre amarela diminuem
03:17 Combate à varíola
03:42 Protestos populares
05:32 Os militares se levantam
06:13 Fim da Revolta da Vacina
06:40 Mapa Mental
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CRÉDITOS
Roteiro: Juliana Bezerra de Menezes
Edição: Albino Guimarães
Músicas: Dan Lebowitz - Come On Out (https://youtu.be/N7M5aj7AzA0)
Produção e equipamentos: 7Graus



Notícias Petroleiras & Outras, estes são os nossos destaques da semana.

Vinheta 16

1 Cuba oferece vacina contra o coronavírus para turistas que visitarem a ilha. Mais
2 Biden recebe dossiê recomendando suspensão de acordos entre EUA e governo Bolsonaro. Mais

Antonio Nobre  fala da necessidade de uma catástrofe

Editorial  Ambiente: a China, os preconceitos e os fatos. Mais

11/02/2021

 

Me encontre - Aqui

 

Ivan Luiz

Jornalista

Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977..

 - Racismo no Brasil -  Alguns Dados Estatísticos sobre o Racismo no Brasil. Mais       

     Painel Unificador COVID-19 Nas Favelas do RJ. Mais

II –   João Cândido – O Almirante Negro - Herói Nacional ou não?

III - Homenageados na cultura brasileira,  destaque para   Edu Krieger (47 anos) 05 -  Dona Zica (108 anos) e  Jair Rodrigues (82 anos) 06 -  Clementina de Jesus (119 anos) e  Nonô (120 anos) 07 -  Carmen Miranda (112 anos) 09 -  Antonio Adolfo (74 anos) e  Cauby Peixoto (90 anos) 10 -  Sergio Mendes (80 anos) e  Zé Carioca (117 anos)

Relação completa dos aniversariantes de 05 a 11/02

Momento Reflexivo – Abertura Cora Coralina e Encerramento (IV) Hilda Hilst

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Introdução 

Cada senador poder custar até R$ 2,034 milhões milhões por ano; deputado, R$ 1,564 milhão | VEJA (abril.com.br) 31/07/2020 Leia mais

Por Henrique Gomes Batista, no Globo: Com o aumento salarial aprovado pelos próprios parlamentares, o custo de cada um dos 81 senadores já ultrapassa R$ 2 milhões, por ano.

Cada deputado custa mais de R$ 2 milhões por ano. Em 23 março de 2018 Mais

Salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 101,9 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.788,66 a R$ 45.612,53 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com médicos.

Esses são os principais benefícios a que um deputado federal brasileiro tem direito. Entre salários e outras benesses atreladas ao mandato, cada um deles custa ao contribuinte R$ 2,14 milhões por ano, ou R$ 179 mil por mês. Somadas as despesas com todos os 513 integrantes da Câmara, as despesas chegam a R$ 91,8 milhões todo mês. Ou R$ 1,1 bilhão por ano.

Deputado do DF recebeu auxílio-moradia e mora em apartamento funcional 23 jul, 2019

Câmara gastou R$ 34,09 milhões com auxílio-mudança 18 jul, 2019

Os dados são de levantamento do Congresso em Foco com base nos valores atualizados dos benefícios dos parlamentares na Câmara (veja a lista abaixo).

 

(atualizada em agosto de 2018):

Benefício

Média Mensal

Por Ano

Quanto custa um aluno Escola Pública

Salário

33.763,00

405.156,00

Séries finais R$ 3.725,44 – escola urbana: R$ 310,33 mensais

Ajuda de custo ¹

1.406,79

16.881,48

Séries finais R$ 4.064,11 – Escola rural: R$ 338,33 mensais

Cotão²

40.256,17

483.073,99

Séries iniciais R$ 3.387,54 – Escola urbana: R$282,95 mensais

Auxílio Moradia³

1.608,34

19.300,08

Séries iniciais R$ 3.894,77 – Escola rural:  R$ 324,67 mensais        

Verba de gabinete para até 25 funcionários

106.866,59

1.282.399,08

 

Total por deputado

183.900,89

2.206.810,63

 

Total dos 513 deputados

94.341.156,57

1.132.093.853,19

 

 

 Carros oficiais.  São 11 carros para uso dos seguintes deputados: o presidente da Câmara; os outros 6 integrantes da Mesa (vice e secretários, mas não os suplentes); o procurador parlamentar; a procuradora da Mulher; o ouvidor da Casa; e o presidente do Conselho de Ética.

OBSERVAÇÕES

(1) Ajuda de custo. O 14º e o 15º salários foram extintos em 2013, restando apenas a ajuda de custo. O valor remanescente se refere à média anual do valor dessa ajuda de custo, que é paga apenas duas vezes em 4 anos.

(2) Cotão. Valor se refere à média dos 513 deputados, consideradas as diferenças entre estados. A média não computa adicional de R$ 1.353,04 devido a líderes e vice-líderes partidários. O Cotão inclui passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, cota postal e telefônica, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança. O telefone dos imóveis funcionais está fora do cotão: é de uso livre, sem franquia. O cotão varia, de estado para estado, de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil, conforme a relação abaixo (valores em R$):

 

UNIDADE DA FEDERAÇÃO

VALOR DA COTA (R$)

AC

44.632,46

AL

40.944,10

AM

43.570,12

AP

43.374,78

BA

39.010,85

CE

42.451,77

DF

30.788,66

ES

37.423,91

GO

35.507,06

MA

42.151,69

MG

36.092,71

MS

40.542,84

MT

39.428,03

PA

42.227,45

PB

42.032,56

PE

41.676,80

PI

40.971,77

PR

38.871,86

RJ

35.759,97

RN

42.731,99

RO

43.672,49

RR

45.612,53

RS

40.875,90

SC

39.877,78

SE

40.139,26

SP

37.043,53

TO

39.503,61

 

(3) Auxílio-moradia. O valor indicado representa a média de gastos de acordo com o uso do benefício em cada época. Atualmente, o valor é de R$ 4.253,00. Mas só quem não usa apartamento funcional tem direito ao benefício. Atualmente, 319 deputados ocupam os apartamentos localizados na Asa Sul e na Asa Norte.

(4) Saúde. Os deputados só são ressarcidos em serviços médicos que não puderem ser prestados no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília.

Mais sobre verbas e cotas



Quanto custa um aluno de escola pública no Brasil?
Há maiores investimentos nas séries finais: a média de valor anual para as série finais  de R$ 3.725,44  para aluno de escolas urbanas e de  R$ 4.064,11  anual para as escolas rurais.

Já nas séries iniciais existe uma queda nesses valores, a média de valor anual para as séries iniciais de R$ 3.387,54 escolas urbanas e R$ 3.894,77 para escolas rurais.

Esse valor convertido em meses é de:
Séries finais R$ 3.725,44 – escola urbana: R$ 310,33 mensais
Séries finais R$ 4.064,11 – Escola rural: R$ 338,33 mensais
Séries iniciais R$ 3.387,54 – Escola urbana: R$282,95 mensais
Séries iniciais R$ 3.894,77 – Escola rural: R$ 324,67 mensais   Mais

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Quanto Ganha um Senador Salário Atual e Benefícios. Mais



Fontes: Sites: www12.senado.leg.br/hpsenado ; www.transparencia.org.br http://www.politize.com.br/;​ LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo, Saraiva, 2018.

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Informes

1.            

Cuba oferece vacina contra o coronavírus para turistas que visitarem a ilha

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez,no Instituto Finlay de Vacunas

Foto: Estudios Revolución/Cuba Debate - Da Revista Fórum

 

O diretor do Instituto Finlay de Havana, Vicente Vérez, divulgou pelo Twitter, na quarta-feira (3), um vídeo falado em inglês com legendas em espanhol, onde convida turistas a aproveitarem sua estada em Cuba para se vacinarem, se quiserem.

No vídeo, Vérez afirma que a Ilha é uma potência médica que tem quatro vacinas sendo testadas em fase avançada. Ele garante ainda que a ilha vai produzir 100 milhões de doses. A meta é vacinar todo o povo cubano (cerca de 11,3 milhões de pessoas) em 2021.

“Inclusive, Cuba vai além e oferece [a vacina] ao Vietnã, Irã, Venezuela e Índia”, disse. O mais inovador, segundo o governo, será oferecê-la aos turistas que visitam a ilha.

“Praias, Caribe, mojitos e vacinas, tudo em um só lugar”, dizem as legendas com imagens de Havana e laboratórios científicos.

A promoção encerra a proposta com duas perguntas: “O que você acha desta oferta? Você viajaria a Cuba para se vacinar?”

Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) sinaliza que os resultados da Soberana 2 estão previstos para serem divulgados em abril. Segundo o Finlay Vaccine Institute, ela é uma vacina de subunidade proteica, de aplicação intramuscular, em duas doses, com intervalo de 28 dias.

Editorial: InternacionalcoronavírusCubasoberanaturismovacina contra covid

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2.     Biden recebe dossiê recomendando suspensão de acordos entre EUA e governo Bolsonaro

O documento de 31 páginas, ao qual a BBC News Brasil teve acesso, condena a aproximação entre os dois países nos últimos dois anos e aponta que a aliança entre Donald Trump e seu par brasileiro teria colocado em xeque o papel de "Washington como um parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia".

Rede internacional

Meio ambiente

A vice-presidente Kamala Harris escreveu recentemente que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

Alcântara e minorias

Outros temas

 ·                     Ricardo Senra Da BBC News Brasil em Londres

3 fevereiro 2021

CRÉDITO, POOL/GETTY IMAGES

O documento surge em momento de intensa expectativa sobre os próximos passos da relação entre Brasil e Estados Unidos sob o governo de Biden e da vice-presidente Kamala Harris

Quatro meses depois de fazer críticas públicas contra o desmatamento no Brasil, o presidente Joe Biden e membros do alto escalão do novo governo dos EUA receberam nesta semana um longo dossiê que pede o congelamento de acordos, negociações e alianças políticas com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro estiver na Presidência.

O documento de 31 páginas, ao qual a BBC News Brasil teve acesso, condena a aproximação entre os dois países nos últimos dois anos e aponta que a aliança entre Donald Trump e seu par brasileiro teria colocado em xeque o papel de "Washington como um parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia".

·                     Clique aqui para ouvir esta reportagem

"A relação especialmente próxima entre os dois presidentes foi um fator central na legitimação de Bolsonaro e suas tendências autoritárias", diz o texto, que recomenda que Biden restrinja importações de madeira, soja e carne do Brasil, "a menos que se possa confirmar que as importações não estão vinculadas ao desmatamento ou abusos dos direitos humanos", por meio de ordem executiva ou via Congresso.

A mudança de ares na Casa Branca é o combustível para o dossiê, escrito por professores de dez universidades (9 delas nos EUA), além de diretores de ONGs internacionais como Greenpeace EUA e Amazon Watch.

Consultado pela BBC News Brasil, o Palácio do Planalto informou, via Secretaria de Comunicação, que não comentará o dossiê.

A BBC News Brasil apurou que os gabinetes de pelo menos dois parlamentares próximos ao gabinete de Biden — a deputada Susan Wild, do comitê de Relações Internacionais, e Raul Grijalva, presidente do comitê de Recursos Naturais — revisaram o documento antes do envio.

O texto tem o endosso de mais de 100 acadêmicos de universidades como Harvard, Brown e Columbia, além de organizações como a Friends of the Earth, nos EUA, e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), no Brasil. A iniciativa é da U.S. Network for Democracy in Brazil, uma rede criada por acadêmicos e ativistas brasileiros no exterior há dois anos que hoje conta com 1500 membros.

Tanto Biden quanto a vice-presidente Kamala Harris, além de ministros e diretores de diferentes áreas do novo governo, já criticaram abertamente o presidente brasileiro, que desde a derrota de Trump na última eleição assiste a um derretimento em negociações em andamento entre os dois países.

"O governo Biden-Harris não deve de forma nenhuma buscar um acordo de livre-comércio com o Brasil", frisa o dossiê, organizado em 10 grandes eixos: democracia e estado democrático de direito; direitos indígenas, mudanças climáticas e desmatamento; economia política; base de Alcântara e apoio militar dos EUA; direitos humanos; violência policial; saúde pública; coronavírus; liberdade religiosa e trabalho

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O material, segundo a BBC News Brasil apurou, chegou ao núcleo do governo Biden por meio de Juan Gonzalez, recém-nomeado pelo próprio presidente americano como diretor-sênior para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca — e conhecido pelas críticas a políticas ambientais de Bolsonaro.

Assessor de confiança de Biden desde o governo de Barack Obama, quando atuou como conselheiro especial do então vice-presidente Biden, Gonzalez passou por diversos cargos na Casa Branca e no Departamento de Estado e hoje tem livre acesso ao salão Oval como o principal responsável por políticas sobre América Latina no novo governo.

"Qualquer pessoa, no Brasil ou em outro lugar, que achar que pode promover um relacionamento ambicioso com os EUA enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos, claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha", disse Gonzalez recentemente.

O dossiê também circula por membros do Conselho de Assessores Econômicos (CEA, na sigla em inglês) do gabinete-executivo de Biden e pelo ministério do Interior - cuja nova chefe, Debra Haaland, também é crítica contumaz de Bolsonaro.

 

Rede internacional

O documento surge em momento de intensa expectativa sobre os próximos passos da relação entre Brasil e Estados Unidos sob o governo de Biden e da vice-presidente Kamala Harris.

Até dezembro do ano passado, os líderes dos dois países celebravam anúncios conjuntos, como protocolos de comércio e cooperação econômica, e mostravam intimidade em encontros públicos. Na Assembleia Geral da ONU de 2019, por exemplo, Bolsonaro chegou a dizer "I Love you" (eu amo você) a Trump, que respondeu "Bom vê-lo outra vez".

Na primeira semana de janeiro, Ivanka Trump, filha do ex-presidente, foi fotografada carregando no colo a filha de Eduardo Bolsonaro, que visitava a Casa Branca junto à esposa Heloisa e à recém-nascida Geórgia — nome do Estado que se tornou um dos pivôs da derrota de Trump na eleição.

Legenda da foto, Juan Gonzalez (à direita) é diretor-sênior para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca — e conhecido pelas críticas a políticas ambientais de Bolsonaro.

Mas os ventos mudaram. Já na campanha, Biden disse que "começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia".

A declaração gerou uma dura resposta do presidente Jair Bolsonaro, que classificou o comentário como "lamentável", "desastroso e gratuito" e quebrou o protocolo presidencial ao declarar sua torcida pelo hoje derrotado Donald Trump.

Semanas antes, a agora vice-presidente Kamala Harris escreveu que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

"Qualquer destruição afeta a todos nós", completou.

Mais recentemente, após ser questionado pela jornalista Raquel Krähenbühl, da Globonews, sobre quando conversaria com o par brasileiro, Biden apenas riu.

 

Meio ambiente

Membros do partido democrata ouvidos pela reportagem sob anonimato descrevem Bolsonaro como uma figura "tóxica" no xadrez global.

Continuar investindo em uma relação próxima com o líder brasileiro seria, na avaliação destes críticos, uma contradição com as bandeiras de sustentabilidade, defesa aos direitos humanos e à diversidade levantadas pela chapa democrata que venceu as eleições.

Pela primeira vez na história dos EUA, Biden nomeou uma mulher indígena para chefiar um ministério (Interior) e mulheres transexuais para cargos importantes nas áreas de defesa e saúde. Negros, latinos e asiáticos aparecem em número recorde de nomeações.

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O apoio a estes grupos é o eixo principal do dossiê, que também defende que Biden retire o apoio atual dos EUA para a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e questione a participação do Brasil no G7 e G20 enquanto Bolsonaro for presidente.

"Os EUA têm obrigação moral e interesse prático em se opor a uma série de iniciativas da atual presidência do Brasil", diz o texto. "A recente 'relação especial' entre os dois países por meio da ampliação de relações comerciais e ajuda militar possibilitou violações dos direitos humanos e ambientais e protegeu Bolsonaro de consequências internacionais."

 

CRÉDITO, POOLGETTY IMAGES

Legenda da foto,

A vice-presidente Kamala Harris escreveu recentemente que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

O texto não cita diretamente a proposta de um fundo internacional de 20 bilhões de dólares, sugerida por Biden na campanha eleitoral, para conter o desmatamento na Amazônia.

No capítulo sobre meio ambiente, no entanto, o texto alerta que financiar programas de conservação do atual governo brasileiro poderia significar "jogar dinheiro no problema", a não ser que o país mude a direção de suas políticas de proteção ambiental.

O remédio, segundo os autores, seria vincular qualquer financiamento às demandas de representantes da sociedade civil, povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas.

 

Legenda da foto,

Dossiê classifica governo Bolsonaro como "o mais agressivo antagonista do meio ambiente brasileiro visto até hoje"

"Um dos valores deste documento é preparar o governo (Biden) para o fluxo de desinformação vindo do governo Bolsonaro. O problema é que este governo não é apenas o mais agressivo antagonista do meio ambiente brasileiro visto até hoje, mas também um grande investidor em relações públicas divulgando informações deturpadas. Eles investem para encobrir problemas. Então o grande objetivo é mostrar ao governo quais devem ser as fontes seguras para informação sobre o Brasil: a sociedade, as organizações que estão em campo, as comunidades e grupos marginalizados", diz à BBC News Brasil Daniel Brindis, diretor do Greenpeace nos EUA e um dos autores do dossiê.

"O presidente Biden precisa ter certeza de onde está investindo o dinheiro, ou corre o risco de jogá-lo fora", afirma.

Alcântara e minorias

Mas o dossiê diz que a atenção do governo dos EUA deve ir além do financiamento a políticas de conservação no Brasil e também deve mirar o papel de empresários, investidores e da política externa norte-americana "na ampliação do desmatamento e permissão de abusos de direitos humanos".

Depois da China, os EUA são os maiores compradores de madeira brasileira no mundo. O documento ressalta, no entanto, que a lei Lacey, aprovada nos EUA em 2008, proíbe o comércio de produtos vegetais vindo de fontes ilegais nos Estados Unidos e em outros países.

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Em 11 de janeiro deste ano, o Ministério Público Federal entrou em contato com o governo dos EUA para recuperar cargas de madeira extraída ilegalmente na Amazônia. Uma operação realizada em dezembro na divisa do Pará e do Amazonas recolheu mais de 130 mil metros cúbicos de madeira ilegal — o equivalente a mais de 6 mil caminhões de carga lotados, segundo a polícia federal.

O texto também lembra que os problemas ambientais brasileiros não se limitam à Amazônia e também incluem o cerrado, o Pantanal e a Mata Atlântica.

Além do foco ambiental, boa parte do dossiê se dedica a políticas sobre grupos historicamente marginalizados no Brasil como indígenas e quilombolas.

Sobre os últimos, o texto defende que os EUA revertam a assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas assinado pelos governos Trump e Bolsonaro, em 2019, permitindo a exploração comercial da Base Espacial de Alcântara, no Maranhão.

 

Legenda da foto,

O Brasil diz pretender "tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial".

Como foi assinado, o acordo prevê a remoção de centenas de famílias de quilombolas que vivem na região há quase dois séculos.

"O governo Biden-Harris deve se colocar de maneira firme contra qualquer desapropriação de terras quilombolas, enquanto se engaja em ações pacíficas colaboração com a Agência Espacial Brasileira em Alcântara", sugere o texto, citando o Tratado do Espaço Sideral, um instrumento multilateral assinado tanto por EUA quanto pelo Brasil.

Segundo o texto do tratado, criado em meados dos anos 1960, em meio à Guerra Fria, iniciativas que envolvam exploração no espaço só podem acontecer a partir de fins pacíficos. "O governo Biden e Harris deve rejeitar firmemente qualquer envolvimento militar na colaboração espacial no Brasil. Qualquer colaboração entre os programas espaciais dos EUA e do Brasil deve eliminar o racismo e o legado ambiental destrutivo de Trump e Bolsonaro", prossegue o dossiê.

O governo Bolsonaro afirma que o acordo de Alcântara estimulará o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro e poderá gerar investimentos de até R$ 1,5 bilhão na economia nacional.

O Brasil diz pretender "tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial".

 

Outros temas

Ao longo de mais de suas mais de 30 páginas, o texto também defende que os EUA divulguem documentos secretos sobre a ditadura no Brasil e que o Departamento de Justiça responda a questionamentos sobre a suposta participação dos EUA na operação Lava Jato.

Em agosto de 2019, o parlamentar Hank Johnson, junto outros 12 congressistas, pediu esclarecimentos sobre a relação dos norte-americanos com a operação brasileira, mas não teve resposta.

Em coro com relatórios recentes de organizações globais de direitos humanos sobre o Brasil, o dossiê também recomenda que o governo americano se coloque enfaticamente contra a violência policial no Brasil, os assassinatos de ativistas e trabalhadores rurais no país e a ataques contra religiões de matriz africana.

O texto também cita extinção do Ministério do Trabalho pelo governo Bolsonaro e "políticas de desmantelamento de direitos dos sindicatos, financiamento sindical, negociações coletivas e sistemas de fiscalização do trabalho" como temas a serem revertidos antes da discussão de qualquer acordo de livre-comércio com o Brasil.


Legenda da foto,

Em foto de março de 2018, Bolsonaro assina livro de visitas da Casa Branca

O dossiê não foi enviado a membros do governo brasileiro.

Longe de Washington, após se tornar o último líder de um pais democrático a reconhecer a vitória de Biden e Harris, Bolsonaro vem tentando manobrar para reduzir os danos na relação entre os dois países.

Em janeiro, depois de defender teorias de conspiração infundadas sobre fraudes na eleição americana, o presidente brasileiro assinou uma carta de cumprimentos ao novo líder dos EUA.

"A relação Brasil e Estados Unidos é longa, sólida e baseada em valores elevados, como a defesa da democracia e das liberdades individuais. Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos", dizia o texto, que não teve resposta.

À BBC News Brasil, em novembro, o embaixador brasileiro em Washington, Nestor Forster, disse acreditar que a proximidade entre os dois países se manteria em um eventual governo Biden. "Acreditamos firmemente que, independentemente do resultado das eleições aqui nos EUA, essa agenda vai continuar e a importância do Brasil não vai mudar porque está esse ou aquele partido. Temos a melhor relação com os dois partidos políticos, como é natural em uma democracia."

Dias antes, no entanto, parlamentares democratas haviam chamado Bolsonaro de "pseudoditador" e classificado acordos entre os dois países como "tapa na cara do Congresso".


Momento Reflexivo – Abertura

Cora Coralina (1889-1985)




Poetisa brasileira nascida em Goiás, Cora é conhecida como a "escritora das coisas simples". Além de poemas, ela escreveu contos e obras de literatura infantil. Sua poesia tem como grande característica os temas cotidianos.

Mulher da vida

Mulher da Vida,
Minha irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades
e carrega a carga pesada
dos mais torpes sinônimos,
apelidos e ápodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à toa.
Mulher da vida,
Minha irmã.

 

Veja também: Cora Coralina - Topo


Antônio Nobre   Alerta de 2009 a 2014 e hoje 2021?


Antônio Nobre fala da necessidade de uma catástrofe para que a sociedade reaja a devastação ambiental. O cientista, um dos mais respeitados em todo mundo, é da Centro de Estudos Terrestres, do INPE. Entrevista foi concedida ao jornalista Júlio Ottoboni em novembro de 2014.


Ambiente: a China, os preconceitos e os fatos

Em 20 anos, Pequim triplicou uso de fontes renováveis, reduziu carvão, apostou em frotas elétricas e na recuperação da biodiversidade, com replantio de florestas naturais. Hoje, emite menos da metade de CO2 por habitante que os EUA…

Fonte: OUTRAS PALAVRAS

EUROCENTRISMO EM XEQUE

por Diego Pautasso

Publicado 03/02/2021 às 15:48 - Atualizado 03/02/2021 às 15:50

Em esforço para compreender em profundidade a China, Outras Palavras publica série de textos do cientista político e geógrafo brasileiro Diego Pautasso, que estuda o país asiático há 15 anos. Uma entrevista com o autor pode ser vista aqui.
O artigo a seguir foi publicado originalmente no site Bonifácio.

Contemporaneamente, o debate sobre as questões ambientais, acordos multilaterais e políticas públicas nacionais é marcado por uma série de incongruências, fruto da desinformação e ativismo voluntarista de grupos engajados nessas causas supostamente universais. No mais das vezes incorrem, conscientemente ou não, no viés da confirmação, ou seja, na busca seletiva de informações para corroborar premissas previamente selecionadas. As confusões são muitas, passando por incompreensões acerca da relação entre desenvolvimento e sustentabilidade e, sobretudo, dos interesses geopolíticos e geoeconômicos que atravessam a agenda ambiental. 

Particularmente, os modelos de desenvolvimento adotados por países periféricos são alvos preferenciais da escalada de críticas e imposições derivadas de parte dessas assertivas. Com a China não é diferente, sobretudo diante do sucesso de seu desenvolvimento. Seu PIB em poder de paridade de compra era de 304,3 bilhões de dólares em 1980, e chegou a nada menos do que 27,3 trilhões em 2019, enquanto seu PIB per capita (PPP) saiu de 310 dólares para 19,5 mil, no mesmo período. Detalhe: nas últimas décadas a China urbanizou cerca de 652 milhões de pessoas, e desde as reformas iniciadas na década de 1970 mais de 750 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza no país. Há, pois, um incremento de renda e da urbanização que produz um irrefreável aumento na demanda por bens e serviços, ampliando, por consequência, a necessidade de recursos naturais e energéticos.

A China tem ampliado a presença eólica na sua matriz energética.

       Como resultado, o consumo de energia na China passou de 881 toneladas de petróleo equivalente (mtoe), em 1990, para cerca de 2.449 milhões mtoe, em 2017, um crescimento de quase 178%. Da mesma forma, o consumo de energia elétrica saltou de 580 para 6.302 TWh no mesmo período, um incremento de quase 1.000%. A China se tornou o maior importador mundial de petróleo em 2017, superando os EUA, com uma demanda que cresceu, de 2,8 milhões de barris por dia (mb/d), em 1990, para 14,5 mb/d, em 2019, sendo 69,6% destes frutos de importações.

       É sabido que a matriz energética chinesa é assentada em hidrocarbonetos, sobretudo em carvão. Em relatório de 2017 da Eco Experts sobre os níveis globais de poluição do ar, luz e ruído, três cidades chinesas entraram no ranking das dez mais afetadas por esse fenômeno no mundo (Pequim – 3°, Guangzhou – 5° e Xangai – 6°) – que inclui Paris e Los Angeles na nona e décima posição, respectivamente. Apesar disso, a China vem melhorando progressivamente essa situação em função de um conjunto de ações, tais como a arborização das cidades, a modernização das termelétricas a carvão e a ampliação das fontes renováveis, entre outras. Aliás, as fontes renováveis passaram de 5,1% em 1990, para 14,3% da matriz energética nacional, em 2018, enquanto fontes vinculadas ao carvão diminuíram sua participação, passando de 76,6% para 59% no mesmo período.

Aqui cabe uma reflexão. Por um lado, a ênfase em recursos fósseis não difere muito nem da média mundial, tampouco da dos países membros da OCDE, cujos meios tecnológicos e financeiros são superiores para garantir mudanças na matriz energética. Em 2017, 77% da oferta mundial de energia ainda era fóssil – ante 79% em 1990. O restante era composto por biocombustíveis (9,1%) e energias hidráulica (6,5%), nuclear (4,1%), eólica (1,7%) e solar (0,7%). De toda a energia elétrica, em 2018, 73,8% era proveniente de combustíveis fósseis e 26,2% de fontes renováveis (distribuída em 15,8% do setor hidroelétrico, 5.5% do eólico, 2,4% do solar, 2,2% de biocombustíveis e 0,4% do setor geotérmico). Já nos países da OCDE, os hidrocarbonetos representaram 80% do consumo de energia em 2019, estando apenas 12,4% entre fontes renováveis e hidrelétricas.

Ainda que a matriz energética da China esteja concentrada também em recursos fósseis e com aumento acelerado de demanda, as acusações acerca da responsabilidade chinesa pelas mudanças climáticas não fazem sentido. Primeiro, enquanto China emitiu cerca de 7 toneladas de CO2 per capita em 2018, os EUA atingiram o índice de 16,5. Segundo, na condição de ‘fábrica do mundo’, a utilização massiva de insumos não está desconectada das redes de consumo global, especialmente daquelas vinculadas ao próprio usufruto dos mercados das potências norte-atlânticas. Terceiro, o padrão de consumo de bens e serviços na China e nos países periféricos é apenas uma fração daqueles dos países ricos – estes sim pressionam de maneira demasiada os recursos naturais do Planeta. Para exemplificar, com dados de 2017: embora a China tenha atingido na totalidade um consumo de 6,6 mil TWh de eletricidade e os EUA de 4,3 mil TWh, em termos per capita o índice chinês foi de 4,6 MGh, e o estadunidense de 12,6 – ou seja, quase três vezes maior que o da China.

A energia fotovoltaica tem sido a alternativa chinesa para reduzir as fontes do petróleo e do carvão.

       Além do mais, diferentemente da visão corrente, é na China que se realiza um dos maiores esforços para prover soluções para a questão energético-ambiental. O país asiático tem sido de longe o maior investidor em capacidade instalada de energia renovável ao longo desta década, comprometendo nada menos do que US$ 758 bilhões nesse setor entre 2010 e o primeiro semestre de 2019, de acordo com o relatório Global Trends in Renewable Energy Investment 2019, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Em 2019, a capacidade fotovoltaica solar instalada da China alcançou 204.700 MW (32,6% do total mundial), enquanto a dos EUA atingiu a marca de 75.900 MW (12,1% da produção global). Em 2018, considerando o conjunto das energias renováveis (solar, hidráulica, eólica, geotérmica e de biocombustíveis) a China gerou 1,8 milhões de GWh, enquanto o segundo do ranking mundial, os EUA, geraram 764 mil GWh – uma diferença que cresce ano a ano.

No caso dos automóveis elétricos, a China detinha quase 50% do estoque global até o final de 2018, seguida pelos EUA, com 22%. Os números pertinentes ao estoque de ônibus elétricos são ainda mais assimétricos, já que a China detinha, em 2018, cerca de 421.000 unidades, enquanto os países europeus, o Japão e os EUA detinham pouco mais de 2.100 em uso. Shenzhen, uma grande megalópole chinesa, já substituiu toda sua frota de ônibus e táxis por versões elétricas, por exemplo.

       A rápida modernização ensejada desde a implementação da política de Reforma e Abertura foi suscitando a tomada de medidas para lidar com as contradições ambientais. O termo civilização ecológica foi introduzido nas discussões do Partido Comunista Chinês a partir de 2007; o documento intitulado ‘Pareceres do Comitê Central do Partido Comunista da China e do Conselho de Estado sobre a Promoção do Desenvolvimento da Civilização Ecológica’ foi divulgado em 2015; e depois incluído na Constituição do país em 2018. No 12º Plano Quinquenal da China (de 2011 a 2015), as diretrizes se voltaram para os novos ramos industriais como energias renováveis e veículos elétricos, enquanto o 13º Plano Quinquenal (2016-2020) passou a abordar mais amplamente a questão ambiental, dando particular ênfase à eficiência energética. Em poucas palavras, a China está transformando uma possível vulnerabilidade, passível de ser explorada por seus antagonistas no sistema internacional, num importante avanço na fronteira tecnológica, instrumentalizado em prol dos objetivos mais amplos do seu projeto de desenvolvimento nacional.

Voltemos a algumas considerações mais gerais de modo a superar certas ilusões. Ou seja, as contradições, privações e conflitos não são anomalias, mas condições necessárias às transformações ligadas às experiências de desenvolvimento em geral, que de forma alguma se assemelham à utópica imagem de um paraíso de estabilidade, bem-estar e paz. Por óbvio, o sucesso do desenvolvimento chinês está repleto de desequilíbrios e problemas, cujas superações apenas serão encontradas na própria rota de aprofundamento do desenvolvimento. Assim, a solução não passa pela adesão às teses reacionárias de malthusianos estagnacionistas – como as do crescimento zero ou do decrescimento – ou às agendas militantes de organizações não-governamentais financiadas diretamente pelos instrumentos de política externa das potências norte-atlânticas. As respostas para tais dilemas estão, portanto, diretamente ligadas à capacidade de combinação de novos paradigmas tecnológicos com novos padrões civilizacionais, superiores àqueles erigidos pelas anteriores revoluções industriais.

Como resta evidente na trajetória chinesa, o desenvolvimento econômico-social e a preservação ambiental não são variáveis excludentes; na verdade o aperfeiçoamento do primeiro é uma pré-condição para a execução do segundo. No país asiático, essas transformações entrelaçam o aumento da renda relativa e absoluta, a alteração da estrutura ocupacional da população, o expressivo processo de urbanização, a transição demográfica e a maior integração à economia mundial, combinados com o aumento das demandas por alimentos, saneamento, energia, coleta de lixo, bens e serviços. Isto é, um inexorável enlace entre desenvolvimento, demanda por recursos naturais-energéticos e questões ambientais, num país cujas condições territoriais e demográficas são especialmente complexas.  

       Podemos, portanto, tecer algumas conclusões: 1. A população chinesa está longe de assimilar o padrão de consumo e poluição reinante nas sociedades norte-atlânticas; 2. O desenvolvimento é, dialeticamente, causa e solução de determinados problemas ambientais, ou seja, uma pré-condição para suas superações; 3. A mudança da matriz energética é tarefa intergeracional e complexa, que ultrapassa os limites do voluntarismo estagnacionista que impera nas agendas dos setores adeptos às teses ambientalistas; 4. Mesmo com o crescimento de novas matrizes energéticas, o petróleo continuará a ter enorme relevância mundial, já que é uma matéria-prima de extrema polivalência. Em suma, é preciso superar certas narrativas que nada têm de altruístas, afinal se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessáriaTopo

I Alguns Dados Estatísticos sobre o Racismo no Brasil

Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil o preconceito é sempre atribuído ao “outro”.

Assim, 63,7% dos brasileiros entendem que a raça determina a qualidade de vida dos cidadãos, principalmente no trabalho (71%), em questões judiciais (68,3%) e em relações sociais (65%).

Ademais, 93% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas 87% deles afirmaram nunca se sentiram descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor contra negros no Brasil, mas apenas 10% admitiram tê-lo. Por fim, 70% dos brasileiros que vivendo na miséria são negros ou pardos.

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II -  Racismo Institucional  – João Cândido Herói Nacional?????


O filme, uma homenagem ao gaúcho que liderou a Revolta da Chibata (1910), através da história de João Cândido, trata, também, das lutas diárias do povo negro, pobre, de todo o Brasil. Ficha Técnica Ator: Filipi Gradim Direção e câmera: Patrick Santos Direção de Arte: Juju Taborda Figurino: André Uytanã Idealização e roteiro: Felipe Lucena Idealização e produção: Flu Andrade Idealização e consulta histórica: Marroni Alves Montagem: Carlos Saci Pós-edição: Gabriel Subtil Produção: Bruna Rios Colaboração Geral: Leila Regina Santos Soares e Ercilia Coelho

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III - Relação Aniversariantes de 05 a 11/02

05

06

07

  Edu Krieger (47 anos)

 Jairo Bráulio (2 anos)
 
Lana Bittencourt (90 anos)
 
Luciana Alves (44 anos)
 Osório Duque Estrada (94 anos)
 
Ruy Godinho (66 anos)
 
Sérgio Nepomuceno Alvim Correia (90 anos)
 
Yeda Maranhão (77 anos)

   Ana Vilela (23 anos)

 Carlos Savalla (63 anos)
 
Dona Zica (108 anos)
 
Glaucia Nasser (58 anos)
 
Jair Rodrigues (82 anos)
 
Jorge Andrade (67 anos)
 
Joãozinho (91 anos)
 
Juarez Moreira (67 anos)
 
Luiz Simas (73 anos)
 
Nelsinho Pereira (71 anos)
 
Oscar Bolão (67 anos)
 Xico Chaves (73 anos)
 Clementina de Jesus (119 anos)
 
Eduardo Gallotti (57 anos)
 José Maria de Abreu (110 anos)
 José Ramos Tinhorão (93 anos)
 
Juliana Areias (46 anos)
 
Karin Hils (42 anos)
 
Marcos Portugal (191 anos)
 Melino de Piracicaba (148 anos)
 
Mestre Cazuzinha (126 anos)
 
Mosquito (34 anos)
 
Nonô (120 anos)
 
Pedrinho Mattar (14 anos)
 
Reinaldo Pestana (47 anos)
 
Renato Murce (121 anos)
 
Rui Kleiner (42 anos)
 
Silvio Vieira (51 anos)
 Tonheca Dantas (81 anos)
 
Verônica Ferriani (43 anos)
 
Zé Luís Maia (50 anos)
 
Álvaro Cueva (57 anos)

08

09

10

  Candinho (87 anos)

 Clarice Prietto (53 anos)
 
Eros Fidelis (70 anos)
 
Gabriel Improta (46 anos)
 
João Araújo (54 anos)
 
Marcelo Lopes (53 anos)
 
Milton Amaral (123 anos)
 
Miss Lene (59 anos)
 Orlandivo (4 anos)
 
Osmar Frazão (85 anos)
 
Pena Branca (11 anos)
 
Roberto Paiva (100 anos)
 
Ruy Quaresma (69 anos)
 Silvinho da Portela (20 anos)
 
Wando (9 anos)

  Ary Barroso (57 anos)

 Bernardo Aguiar (37 anos)
 
Blecaute (38 anos)
 
Carmen Miranda (112 anos)
 
Edson Cordeiro (54 anos)
 Francisco Libânio Colás (136 anos)
 
Fábio (9) (75 anos)
 Helio Matheus (4 anos)
 
Hélcio Milito (90 anos)
 João Manuel Dantas (147 anos)
 
Luis Reis (41 anos)
 
Luiz Henrique (49 anos)
 
Myriam Taubkin (66 anos)
 Nabor Pires Camargo (119 anos)
 
Rosana Toledo (7 anos)
 
Vicente Amar (92 anos)

  Alceu Pery (62 anos)

 Antonio Adolfo (74 anos)
 
Barbosa Lessa (19 anos)
 
Carlos Gonzaga (95 anos)
 
Cauby Peixoto (90 anos)
 
Fernando Caneca (57 anos)
 
Getúlio Cavalcanti (79 anos)
 Henrique de Almeida (104 anos)
 Lefê Almeida (75 anos)
 
Roberto Audi (87 anos)
 
Rodrigo Miguez (35 anos)
 
Silvio Brito (72 anos)
 
Vanessa da Mata (45 anos)
 
Virgínia Lane (7 anos)
 
Wagner Gonçalves (43 anos)

11

  Alberto Marino (54 anos)  Alfredo Albuquerque (137 anos)  Brás Luis de Pina (122 anos)  Cláudia Ferrari  Jether (55 anos)  Jojo Todynho (24 anos)  Lápis (43 anos)  Maurílio Santos (99 anos)  Paulo Coelho (111 anos)  Paulo de Freitas (91 anos)  Romeu Silva (128 anos)  Sergio Mendes (80 anos)  Silvino Odorico Siqueira (86 anos)  Zé Carioca (117 anos)

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Momento Reflexivo Encerramento-  

Momento Reflexivo Encerramento

Hilda Hilst (1930-2004)


Poetisa brasileira nascida em Jaú, no interior de São Paulo. Hilda é considerada uma das maiores escritoras do século XX do Brasil. Além de poesias, ela escreveu crônicas e obras de dramaturgia.

Tateio

Tateio. A fronte. O braço. O ombro.
O fundo sortilégio da omoplata.
Matéria-menina a tua fronte e eu
Madurez, ausência nos teus claros
Guardados.

Ai, ai de mim. Enquanto caminhas
Em lúcida altivez, eu já sou o passado.
Esta fronte que é minha, prodigiosa
De núpcias e caminho
É tão diversa da tua fronte descuidada.

Tateio. E a um só tempo vivo
E vou morrendo. Entre terra e água
Meu existir anfíbio. Passeia
Sobre mim, amor, e colhe o que me resta:
Noturno girassol. Rama secreta

Olá, sou o professor Ivan Luiz, jornalista, bacharel em geografia, petroleiro e diretor do Sindipetro RJ. Minha missão é contribuir com conhecimento, informação, reflexões e soluções para que nós, cidadãos e cidadãs brasileiro(a)s, tenhamos maior e melhor qualidade de vida com dignidade e respeito. Quer conhecer mais sobre minha trajetória e meus projetos? Então acesse minhas redes sociais. Os canais são abertos para que possamos somar forças ...Toda quinta-feira às 15:00 realizamos transmissão ao vivo pelo Facebook (spmsindipetrorj) que ficará disponível no site www.professorivanluiz.com.br , todos os meus links estão aqui, professorivanluizdemarica.blogspot.com e no Canal Professor Ivan Luiz de Maricá no You tube, inscreva-se! Obrigado.

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