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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

NP 349 em 08 ago 2019




EDITORIAL NP 349/2019 
Fonte: AEPET

Brasil gastou
R$ 25 bi com importação de gasolina e diesel
dos EUA nos últimos 12 meses

06 Agosto 2019
Escrito por
Miguel do Rosário

Não me canso de surpreender com o peso do óleo diesel na economia brasileira.

Segundo o IBGE, a indústria de diesel é a mais importante do país; as vendas de diesel geraram quase R$ 140 bilhões no acumulado de 2016 e 2017. A indústria de venda do petróleo bruto ficou em segundo lugar, gerando R$ 103 bilhões em dois anos.

É importante ter esse dado em mente, porque ele mostra que se ganha mais dinheiro com a venda de diesel do que com petróleo bruto. E o grande capital é atraído para onde há mais dinheiro, naturalmente.



No balanço da Petrobras divulgado há alguns dias, há um dado interessante, sobre o qual a imprensa nunca chama a atenção.

No segundo trimestre de 2019, a receita de vendas total da Petrobras foi de R$ 72,56 bilhões; desse total, 65%, ou R$ 47,65 bilhões vieram da venda de derivados. Apenas a venda de diesel representou 32% de todo o faturamento da Petrobras.

No primeiro semestre de 2019, a venda de diesel injetou R$ 44 bilhões nos cofres da Petrobras; a gasolina, mais R$ 19 bilhões; ao todo, a venda de derivados rendeu R$ 90,2 bilhões à estatal.
Por aí se vê os interesses envolvidos na privatização das refinarias da estatal. Elas são o ativo mais lucrativo da companhia.

Entretanto, há um outro fator fundamental para se mensurar a importância vital do óleo diesel para a economia brasileira, que é o fato dele ser o produto que mais pesa em nossa balança.

Números atualizados até julho pelo Comexstat, o banco de dados do governo para o comércio exterior, revelam que o Brasil importou um total de US$ 6,0 bilhões em óleo diesel nos últimos 12 meses, o que corresponde a cerca de R$ 24 bilhões.


O diesel é, de longe, o nosso principal gasto de importação.

É interessante observar, aliás, que os quatros produtos mais importados pelo Brasil, nos sete primeiros meses de 2019, são ligados diretamente à indústria petrolífera; por ordem de grandeza, foram: óleo diesel, petróleo bruto, plataformas de petróleo, e nafta. Um pouco mais adiante, na décima posição, encontramos a gasolina.

Recapitulando, o diesel é a nossa maior indústria, faturando de 60 a 70 bilhões de reais por ano, representa 32% do faturamento da Petrobras, e gastamos, por ano, mais de R$ 24 bilhões com a importação de óleo diesel.

Infelizmente, a Petrobras não está investindo muito em sua indústria de refino, como se pode ver pelos números atualizados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que mostram um declínio acentuado do volume processado em nossas refinarias.

Outro ponto que vale a pena notar é a concentração das importações brasileiras de diesel em apenas um fornecedor. A maior parte do diesel que importamos vem dos EUA. Nos sete primeiros meses do ano, 82% do diesel importado pelo Brasil veio dos EUA. Este ano também voltamos a importar da Índia, após dois anos sem comprar nada de lá.

Na contramão da produção brasileira de diesel, que vem caindo, as compras de diesel estrangeiro, especialmente dos Estados Unidos, não páram de crescer. No acumulado de 12 meses até julho, os EUA exportaram US$ 5,16 bilhões em diesel para o Brasil, um recorde histórico. A queda no volume em 2019 foi compensada por preços mais altos.

Os Estados Unidos também aumentaram muito a venda de gasolina ao Brasil.

No acumulado de doze meses até julho último, os EUA exportaram US$ 1,12 bilhão em gasolina para o Brasil, um aumento de quase 40% sobre o ano anterior, e igualmente um recorde histórico.

Em volume, as exportações americanas de gasolina para o Brasil, nos últimos doze meses, cresceram 46% sobre o ano anterior!

Em reais, o Brasil gastou R$ 25 bilhões nos últimos 12 meses, com a importação de gasolina e diesel, considerando apenas o produto fornecido pelos Estados Unidos.

No acumulado dos últimos 36 meses, até julho de 2019, o Brasil gastou, apenas com a importação de óleo diesel e gasolina fornecidos pelos Estados Unidos, um total de US$ 16,2 bilhões, o que corresponderia, no câmbio de hoje, a R$ 64,0 bilhões.

Na tabela abaixo, do balanço da Petrobras, confira os gastos com impostos e pesquisa e desenvolvimento tecnológico: a Petrobras contribuiu com R$ 612 milhões em impostos no primeiro semestre de 2019. Por aí se vê a importância da companhia permanecer estatal. A companhia também investiu R$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no primeiro semestre do ano.

Na tabela de custos, observe o item “participação governamental”, que é o montante de dinheiro que a Petrobras repassa ao governo: apenas no primeiro semestre de 2019, a companhia transferiu aos cofres públicos um total de R$ 19 bilhões. Multiplicando por dois, para estimar o quanto a companhia deve transferir ao governo em 12 meses, temos quase R$ 40 bilhões. O Bolsa Família, um dos maiores programas sociais do mundo, que beneficia quase 14 milhões de famílias, custa cerca de R$ 30 bilhões por ano.

Fonte: O cafezinho
Última
modificação em Terça, 06 Agosto 2019 11:17
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Fim do Editorial
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Programa 349 - Semana de 02 a 08/08/2019  - 32ª Edição do ano  Fonte-Ricardo Cravo Albin

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.
Vinheta 7
08/08/2019



Jornalista - Reg. CPJ 38.690 - RJ – 1977.

Nossos Homenageados inesquecíveis da semana que proporcionaram grandes impactos na cultura brasileira e internacional  Carlos Cachaça (117 anos) -   Adoniran Barbosa (109 anos) -
 Caetano Veloso (77 anos) -    Agenor de Oliveira (70 anos)
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Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória destaque para o dia
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Relação completa dos aniversariantes de  02 a 08/08 



Data
Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória

02

1919 José Oiticica e Astrogildo Pereira lançam, no RJ, o jornal anarquista Spártacus. Foram publicados 24 números. Será fechado pela repressão policial.


03

2011 no Chile estudantes chilenos convocam mobilizações por uma reforma no sistema educacional do país, exigindo uma educação pública e gratuita e mai recursos públicos ao setor. Além da capital, Santiago, ocorrerão protestos em mais 12 cidades. A polícia reprimirá as manifestações e prenderá mais de 850 manifestantes.


04

1976 o Jornalista Fernando Moraes lança o livro A Ilha, sobre Cuba e sua revolução. O livro terá mais de 50 edições sucessivas, tornando-se um referencial para muitos jovens, durante décadas. Destaque


05

1961 no Uruguai tem inicio a Conferencia Interamericana de Punta del Este. Os EUA lançam oficialmente a “Aliança para o progresso”, um plano para conter a expansão do comunismo na América Latina. O medo é que os países sigam os exemplos da Ilha de Cuba, que fez sua Revolução em 1959


06

1825 é declarada a independência da Bolívia, com o nom de República de Bolívar. A libertação foi conquistada pelos Exércitos Libertadores, liderados por Bolívar e Sucre, e pela revolta de dezenas de guerrilhas locais que por mais de uma década enfraqueceram a presença militar espanhola na região.


07

1819 o pernambucano José Inácio de Abreu e Lima toma parte na batalha que levou a independência da Colômbia. Filho do Padre Roma, que participou da Revolução Pernambucana de 1817, Abreu e Lima destacou-se no continente como um dos generais de Simón Bolivar. Foi também, em Recife, editor do jornal Aocialismo
(1855). Destaque


08

1963 Paulo Roberto Pinto (Jeremias) é morto em uma emboscada na cidade de També (PE) quando os camponeses iam até a casa grande do engenho Oriente devido ao não pagamento do décimo terceiro salário. Ele era operário metalúrgico,  líder camponês e dirigente do Partido Operário Revolucionário Trotskista(PORT).




Módulo Destaque Cultural
Biografia    Carlos Cachaça - Carlos Moreira de Castro -  3/8/1902 Rio de Janeiro, RJ   16/8/1999 Rio de Janeiro, RJ - Compositor. Cantor. Filho de funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil, nasceu no morro da Mangueira, em uma das casas que a companhia alugava para seus funcionários. Seu pai, Carlos, abandonou a família. D. Inês, sua mãe, vendo-se em dificuldade para criar seus seis filhos menores, o entregou ao padrinho, o portuguêsTomás Martins, dono de vários barracos no morro da Mangueira. Logo, o menino passou a  fazer cobranças, lidar com recibos e anotações dos aluguéis, substituindo o padrinho analfabeto. Aos16 anos, atuava como pandeirista no conjunto de Mano Elói (Elói  Antero Dias). O pseudônimo "Cachaça" surgiu em uma das reuniões na casa do tenente Couto (do Corpo de Bombeiro), na qual estavam presentes três Carlos. Para diferenciá-lo, o anfitrião sugeriu "Cachaça", bebida preferida do compositor, na época com 17 anos. Em 1922, conheceu Cartola, com quem mais tarde comporia diversos clássicos. Fundou, em 1925, juntamente com Cartola, Marcelino José Claudino, Francisco Ribeiro e Saturnino Gonçalves, o Bloco dos Arengueiros, que mais tarde deu origem à Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, da qual também foi um dos fundadores, participando de todas as reuniões preliminares sem, contudo, comparecer à reunião de fundação por estar de serviço. No ano de 1926, entrou para Estrada de Ferro Central do Brasil, galgando vários cargos, permanecendo até o ano de 1965, quando se aposentou como oficial de administração. Com sua primeira mulher, Maria Aída da Silva, teve três filhos: Luco, José Carlos e Marinês. Casou-se com Menininha (Clotilde da Silva, falecida em 1983), irmã de Dona Zica, com a qual viveu durante 45 anos. Foi presidente de honra da Mangueira e da Academia Brasileira da Cachaça, da qual constam apenas 40 membros acadêmicos. Em 1998, antes de falecer, fez seu último desfile pela Mangueira. Já debilitado em uma cadeira de rodas, presenciou a escola sagrar-se campeã com o enredo "Chico Buarque da Mangueira", desfilando ao lado do homenageado, que o beijou repetidas vezes. Co-autor do livro "Fala, Mangueira", com Marília T. Barboza da Silva e Arthur L. Oliveira Filho em 1980, lançado pela Editora José Olympio. Autor de "Alvorada", livro de poemas e letras, publicado pela Funarte em 1989, organizado por Marília Trindade Barboza.

Biografia     Adoniran Barbosa - João Rubinato -  6/8/1910 Valinhos, SP  -  23/11/1982 São Paulo, SP -  Compositor. Cantor. Humorista. Ator. Filho de imigrantes italianos. Ainda muito jovem em Jundiaí, passou a ajudar  o  pai no serviço de cargas em vagões da E.F. São Paulo Railway, atual E.F.Santos - Jundiaí. Ainda em Jundiaí,  trabalhou  como entregador de marmitas e varredor numa fábrica. Em 1924, transferiu-se com a família para Santo André,  onde  exerceu as funções de tecelão, pintor, encanador,  serralheiro e garçom, na casa do então Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras. Posteriormente, foram para São Paulo, onde aprendeu o ofício de metalúrgico - ajustador no Liceu de Artes e Ofícios. Foi obrigado a abandonar a função porque seus pulmões  ficaram afetados pelo pó do ferro esmerilhado. Empregou-se em outras funções, entre as quais a de vendedor.  Foi apelidado de "Noel Rosa paulista". E um símbolo quase unânime do chamado samba paulista/paulistano do Brás. Seu nome artístico surgiu a partir do aproveitamento do nome Adoniran, do amigo Adoniran Alves, colega de boemia, e Barbosa, do cantor e compositor Luiz Barbosa, pioneiro do samba de breque. 


Biografia Caetano Emanuel Viana Teles Veloso -  7/8/1942 Santo Amaro, BA - Compositor. Cantor. Escritor.  Nasceu a 7 de agosto de 1942, em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Filho de José Telles Veloso, funcionário público do Departamento de Correios e Telégrafos, e de Claudionor Vianna Telles Veloso, mais conhecida como dona Canô. Tem sete irmãos: Nicinha, Clara, Mabel, Irene, Rodrigo, Roberto e Maria Bethânia (cujo nome escolhera por causa de uma valsa do compositor pernambucano Capiba). Seu sobrenome não vem com o "n" e o "l" dobrados em Vianna e Telles, respectivamente, por descuido do escrivão. Desde menino, demonstrou interesse pela música, pintura e depois pelo cinema. Tirava de ouvido canções aprendidas no rádio e pintava a óleo, a princípio paisagens e casarios, e mais tarde abstrações. Em 1952, gravou "Feitiço da Vila" (Vadico e Noel Rosa) e "Mãezinha querida" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal), acompanhado ao piano por Nicinha, sua irmã mais velha.

Biografia   Agenor de Oliveira -   8/8/1949 Rio de Janeiro, RJ - Cantor. Compositor. - Nasceu no  bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde conviveu desde pequeno com compositores da Portela, da União de Jacarepaguá e do Império Serrano. Integrou a ala de compositores da Portela e posteriormente a do Império Serrano.

Relação completa dos aniversariantes da semana.
Intervalo
compreendido do dia 02 a 08/08ersariantes
Aniversariantes
















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