Alerta de audiência

Olá, sou o Professor Ivan Luiz, bacharel em geografia, perito judicial e ambiental, Jornalista Reg. CPJ 38.690 RJ desde 1977,petroleiro e diretor Coordenador da Secretaria das Empresas Privadas do Sindipetro-RJ. Minha missão é contribuir com conhecimentos, informações, reflexões e soluções para que nós, que exercemos a cidadania, tenhamos maior e melhor qualidade de vida, com dignidade e de maneira respeitosa. Quer conhecer mais sobre minha trajetória, prática de vida e meus projetos? Então acesse nas redes sociais meus trabalhos, todos são abertos, para que possamos somar forças ... Todo domingo às 19:00 realizamos transmissão ao vivo pelo Facebook que ficará disponível em professorivanluizdemarica.blogspot.com onde ficam todos os meus links, e no Canal Professor Ivan Luiz de Maricá no You tube, tem bastante conteúdo também, inscreva-se para que possamos alcançar mais pessoas dedicadas a continuar a obra desse Grande Arquiteto.! Atualmente minha atuação profissional, pessoal é na área de recuperação tributária (apenas administrativamente), o que faz com que o retorno seja rápido e eficiente, pode agendar uma vídeo conferencia visando tirar todas as possíveis dúvidas, atendemos em todo o Brasil, através do e-mail contato@professorivanluiz.com.br. Obrigado, e até a próxima!!!
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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Notícias Petroleiras e outras NP 405 - Especial com a presença da Drª Arline - Fundacentro - Nanotecnologia e a defesa da instituição

 

NP 405

Chamada NP 405
   

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.

Vinheta

Destaque para conheça a Fundacentro
EDITORIAL Obra de Carolina Maria de Jesus enfim será editada e publicada

Módulo I   Brasil e China querem repetir sucesso do cbers na área de nanotecnologia

03/09/2020
 
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Ivan Luiz Jornalista –
Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.

Módulo II O SUS sob pressão

Módulo III   Edilaine Gonçalves, a Naná: “Obra de Carolina e as discussões em grupo tocam na minha alma”

Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI  América Latina: das oligarquias agrárias ao populismo

Módulo V - Homenageados na cultura brasileira,  destaque para Homenageados na cultura brasileira,  destaque para  Vitor Assis Brasil (75 anos) 28 -  Edu Lobo (77 anos) 29 -  Sombrinha (61 anos) 30 -  Francis Hime (81 anos) e  Jackson do Pandeiro (101 anos) 31 -  Aldir Blanc (74 anos) 02 - 

Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 28/08 a 03/09

Módulo VII – 

Módulo VII_I – 

Módulo VII_II –

Módulo VII_III –

Urgente

Homenagem Especial:


Momento Furtado - Abertura

Fotos Antigas 

Revendo antigas fotografias


De um velho álbum, vejo amigos, parentes

Nas fotos já embranquecidas pelo tempo

Causando recordações, vindo à mente momentos

De intensa alegria, outros de tristeza

Forte demais, eternas lembranças

De instantes passageiros

De amigos que já partiram

Apagando uma história, só a saudade ficou:

- Olha quem está aqui

- Quem?

- É a Maria

- A do colégio ou a nossa vizinha?

- Do colégio, claro

- Poxa! Como ela mudou

- Virou uma “coroa” e tanto

- José?

- Está usando óculos

- Carla?

- Reconheceu?

- E este?

- Não lembro

- Estranho, falha de memória

- Memória ou velhice mesmo?

Revendo antigas fotografias

Revivendo saudades

Guardadas na passagem da vida

Rápidas, deixando marcas

- Eu nessa foto?

- Sim. Estais acabado

- É o tempo




Antônio Furtado

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Especial conheça a Fundacentro e defende-a, só conhecendo podemos defender

A FUNDACENTRO – Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho foi criada no ano de 1966, passando a ser denominada a partir do ano de 1978 de Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. A FUNDACENTRO é uma instituição de pesquisa e estudos relativos à segurança, higiene e medicina do trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho a FUNDACENTRO foi fundada quando a preocupação com os altos índices de acidentes e doenças do trabalho crescia no Governo e entre a sociedade.

 

JORGE DUPRAT FIGUEIREDO

Foi um engenheiro civil, formado em 1943, era um empresário envolvido com a Segurança e Saúde no Trabalho. Foi o 1º presidente da FUNDACENTRO e ficou quase 10 anos à frente da instituição, Ao mesmo tempo, exercia o cargo de 2º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp. Em 1975, foi premiado como prevencionista do ano pela Associação Brasileira para a Prevenção de Acidentes – ABPA.

Na época, já defendia que: “O empresário investe bem, quando despende altas somas para tornar a sua empresa o protótipo da fábrica higiênica e segura. E estará investindo primeiramente no Homem, o protagonista mais importante da sociedade contemporânea, e, em seguida, na sua produtividade, garantindo o aproveitamento integral dos seus esforços e das suas horas de labor. […] Poupa, ainda, elevado prejuízo de mão de obra desperdiçada, de maquinaria avariada, de matéria prima inutilizada, de peças danificadas e de produto inacabado.” – Discurso no XIII CONPAT – Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho.

Jorge Duprat Figueiredo também chegou a ocupar a presidência da ABPA. Na associação, incentivou campanhas para criar uma consciência prevencionista entre os trabalhadores e empregadores. Quando faleceu, em 14 de setembro de 1978, Jorge Duprat Figueiredo ainda presidia a instituição.

Pelos serviços prestados, o então Ministro do Trabalho, Arnaldo da Costa Prieto, sugeriu que a Fundacentro recebesse o nome dele. Por meio da Lei nº 6.618, de 16 de dezembro de 1978, a Fundacentro passou a se chamar Fundação Jorge.

 

Seus primeiros estudos e pesquisas foram:

1.             Sobre os efeitos de inseticidas organoclorados na saúde;

2.             A bissinose (doença ocupacional respiratória que atinge trabalhadores do setor de fiação, expostos a poeira de algodão e juta);

3.             Sobre as consequências das vibrações e ruídos em trabalhadores que operam marteletes;

4.             Sobre o teor da sílica nos ambientes de trabalho na indústria cerâmica e ainda sobre os riscos da exposição ocupacional ao chumbo.

Hoje, a FUNDACENTRO está presente em todo país, por meio de suas unidades descentralizadas, distribuídas em 11 Estados sendo eles:


1.             Bahia,

2.             Espírito Santo,

3.             Mato Grosso do Sul,

4.             Minas Gerais,

5.             Pará,

6.             Paraná,

7.             Pernambuco,

8.             Rio de Janeiro,

9.             Rio Grande do Sul,

10.          Santa Catarina,

11.          São Paulo.


E ainda, no Distrito Federal.

Além do desenvolvimento de projetos que atendem ás demandas das comunidades locais, essas unidades também dão suporte aos programas de âmbito nacional da instituição.

Para os que exercem a função de técnico de segurança e saúde do trabalho, a FUNDACENTRO é de grande importância, pois disponibiliza o acesso à vários artigos e estudos que realiza, além de disponibilizar também em seu site o acesso as Normas de Higiene Ocupacional (NHO), que são de constante importância no dia-a-dia destes profissionais. Hoje podemos contar com 10 NHOs que são:

1.             NHO 01 – Procedimento Técnico – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído

2.             NHO 02- Análise Qualitativa da Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em colas, tintas e vernizes por Cromatografia Gasosa/ Detector de Ionização de Chama

3.             NHO 03 – Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóide Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana

4.             NHO 04 – Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras em Locais de Trabalho

5.             NHO 05 – Procedimento Técnico – Avaliação de exposição ocupacional aos Raio X nos serviços de Radiologia

6.             NHO 06 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor

7.             NHO 07 – Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão

8.             NHO 08 – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho

9.             NHO 09 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração de Corpo Inteiro

10.           NHO 10 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração em Mãos e Braços.

A FUNDACENTRO realiza, em diversos estados brasileiros cerca de 160 curso e entre os participantes estão os profissionais da área de segurança e saúde do trabalho de órgãos públicos, empresas e sindicatos.

Hoje a missão da FUNDACENTRO é a Produção e difusão de conhecimentos que contribuam para a promoção da segurança e saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras, visando ao desenvolvimento sustentável, com crescimento econômico, equidade social e proteção do meio ambiente.

Seus profissionais formados em várias áreas, muitos deles pós-graduados no Brasil e exterior que atuam basicamente em três frentes:

1.             Desenvolvimento de pesquisas em segurança e saúde no trabalho;

2.             Difusão de conhecimento, por meio de ações educativas como cursos, congressos, seminários, palestras, produção de material didático e de publicações periódicas cientificas e informativas;

3.             Prestação de serviços à comunidade e assessoria técnica a órgãos públicos, empresariais e de trabalhadores.

Para enfrentar os desafios, a FUNDACENTRO vem promovendo continuamente a melhoria da estrutura organizacional e o realinhamento de suas ações, passando pela modernização de seus recursos técnico-científicos e culminando numa gama de projetos e atividades em sintonia com as necessidades atuais.

E sempre bom manter-se informado sobre a FUNDACENTRO, seus estudos, e as Normas de Higiene Ocupacional (NHO) no site: http://www.fundacentro.gov.br

 

Jéssica Padilha Pinheiro

Técnica em Segurança do Trabalho

Fonte: https://www.gesstorha.com.br/artigos/conheca-um-pouco-da-fundacentro

https://www.gov.br/fundacentro/pt-br

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EDITORIAL:

Especial: Obra de Carolina Maria de Jesus enfim será editada e publicada

 Guilherme Sobota

 

Sessenta anos depois da publicação original de Quarto de Despejo — Diário de uma Favelada (1960, pela Francisco Alves), a obra de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) é enfim contemplada por uma grande editora brasileira (a Companhia das Letras), cujo projeto — finalmente — prevê o trabalho, até então inédito no mercado editorial, de mergulhar nos textos da escritora e publicar sua obra completa.

Tratada por uma parte considerável dos pares escritores, pela cobertura midiática e pelos leitores como uma autora exótica, cuja contribuição se resumia à condição de favelada, Carolina deixou em manuscritos centenas de textos, que constroem um conjunto singular de poemas, contos, romances, peças de teatro, letras de músicas, provérbios e entradas de diários, antecipando em décadas o surgimento de vozes literárias diversas e de diversas origens do tecido social brasileiro.

As novas edições começam por Casa de Alvenaria, publicado primeiro em 1961, e que reflete na linguagem única de Carolina o ano imediatamente seguinte ao sucesso de Quarto de Despejo, o livro editado por Audálio Dantas (1929-2018) que a colocou em evidência no cenário brasileiro e internacional, traduzido para 13 idiomas e publicado em mais de 40 países.

O trabalho será coordenado por um conselho editorial, formado por Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina, pela escritora Conceição Evaristo e pelas pesquisadoras Amanda Crispim, Fernanda Felisberto, Fernanda Miranda e Raffaella Fernandez.

“O melhor da Carolina vai aparecer agora”, garante Vera, por telefone, entusiasmada com o trabalho que vem pela frente. “Tenho ela como minha mãe, mas como escritora, eu me pergunto: quem foi essa mulher? Ela teve um ano e meio de estudo, nunca mais entrou numa escola. Mas ela falava em versos, ela xingava a gente em versos. Eu andava muito com ela pela cidade, e muitas vezes ela pedia para parar. Ela pegava um papel qualquer, tirava um lápis do bolso e escrevia um poema.”

Quarto de Despejo não sai pela Companhia das Letras

O livro Quarto de Despejo tal como existe (publicado há décadas pela editora Ática) não faz parte do projeto por decisão de Vera. A edição de Dantas, com quem Carolina nutriu sentimentos contraditórios de gratidão e angústia durante toda a vida, cortou partes do texto original que o conselho editorial quer revelar agora ao público. É o mesmo caso de Casa de Alvenaria e de Diário de Bitita, publicado na França em 1977 e depois retraduzido para o português — o original deste livro hoje pertence ao Instituto Moreira Salles, parceiro no projeto de divulgação da obra de Carolina. Outros dois diários serão publicados, um de viagens e outro “do sítio”.

O sítio em Parelheiros foi para onde Carolina se mudou com a família (ela, Vera, João e José, os dois irmãos, que já morreram) após a “casa de alvenaria” no bairro de Santana. Antes de morrer, a escritora pediu à filha para nunca vender o pedaço de terra (a cerca de 30 km do centro da cidade), o que Vera cumpriu, depois de comprar a parte dos irmãos. “Eu não quero fazer museu: quero fazer um espaço para ela”, explica. “Tenho muito amor àquele sítio. Tem pessoas que querem montar peças ali, por exemplo, eu deixo. Dei uma mexida na casa, mas deixei o ar dela. As árvores que ela plantou continuam lá. Ela usava a sombra delas para escrever. Meus filhos não saem de lá. Tem uma pessoa que mora lá.”

O IMS preparava para 2020 uma exposição abrangente sobre vida e obra de Carolina (num projeto que também incluiria Clarice Lispector, em mostras separadas mas simultâneas — um encontro real de Carolina e Clarice entrou para a história, do qual sobrou uma fotografia). A pandemia atrapalhou os planos, e as exposições ficaram para o ano que vem.

Para a exposição de Carolina, o IMS construiu uma equipe de pesquisa curatorial e de investigação, liderada pelos pesquisadores Raquel Barreto e Hélio Menezes. “Será a primeira vez que curadores negros se ocupam de produzir uma exposição desse porte sobre Carolina, que acredito que nos dará várias facetas”, explica o diretor artístico do Instituto, João Fernandes.

O acervo de Carolina Maria de Jesus

João Fernandes explica que foi com os curadores até Sacramento, Minas Gerais, cidade onde Carolina nasceu, frequentou seu breve período escolar, chegou a ser presa e de onde saiu para nunca mais voltar. É lá onde está a maior parte do acervo de Carolina Maria de Jesus, guardado hoje na cela em que Carolina foi presa com a mãe, ainda muito jovem. Diversas fontes consultadas pelo Estadão demonstraram preocupação com a situação dos papéis, documentos e imagens depositados ali — há relatos de gente manuseando os papéis sem qualquer tipo de proteção, ausência de controle e fiscalização de visitantes, e até de gente andando com documentos do acervo pela cidade.

“Tenho que tirar de lá, porque eles não conservam”, diz Vera. “Quando minha mãe morreu, ela tinha os livros, os papéis, fotos e umas outras coisas, como a sua máquina de costura. Ela me dizia: ‘Quando eu morrer, a máquina é sua’. Mas meu irmão acabou ficando com os objetos, e eu fiz questão de ficar com os livros dela. Brigamos feio, porque ele queria dar para o Audálio. Eu peguei e trouxe para minha casa. Ficou aqui por um tempo, eu ainda era bobona, não sabia bem lidar com essa situação. Ela sofreu muito em Sacramento. Saiu de lá, foi presa. Ela nunca mais voltou, não podia nem ouvir falar. Mas nos 300 anos da morte de Zumbi (1995) eu fui para lá e fui muito bem tratada. Pensei: ‘Puxa vida, vou levar para lá’. Agora fica na cadeia. Os historiadores acham um absurdo.”

Segundo Vera, há uma resistência das diversas administrações da Prefeitura da cidade em entregar o acervo de volta, já que a doação foi feita de maneira voluntária no passado.

“O Instituto Moreira Salles quis comprar e preservar, tem uns dois anos”, diz Vera (o Instituto preferiu não comentar a situação, dizendo que ela diz respeito a Vera e Sacramento). “Pessoal da Biblioteca Nacional me chamou, o Museu Afro também quer. A briga é feia. Eles (de Sacramento) não conservam e também não entregam. A doação que eu fiz não foi em cartório. Existe um processo coletivo, a Defensoria Pública está envolvida, mas anda muito lentamente. Tenho informações de que os escritores de lá não conseguem se sobressair, porque Carolina vive, então eles têm um ciúme.”

O acervo de Carolina, na verdade, está espalhado. Vera conta que, recentemente, um homem de Curitiba ligou para ela dizendo que possuía um volume de manuscritos originais de Carolina, e depois de uma negociação um tanto acidentada, conseguiu convencer o “aristocrata” a devolvê-lo.

Os originais de Quarto de Despejo, por exemplo, estão sob a guarda da Biblioteca Nacional (na mesma seção que uma primeira edição de Os Lusíadas, como Vera gosta de salientar). Há documentos e fotos no Museu Afro Brasil, em São Paulo, no IMS, no acervo de Audálio Dantas e em diversas outras localidades, inclusive em outros países, além, claro, de Sacramento. Carolina tinha o costume, desde os anos 1940, de distribuir papéis e manuscritos originais para jornalistas e editoras, em busca de publicação, o que torna o processo de pesquisa mais árduo.

© Acervo/Estadão A escritora Maria Carolina de Jesus, em foto de 13/12/1961, antes de embarcar para o Uruguai para lançar o livro 'Quarto do Despejo' 

Os direitos autorais de Carolina Maria de Jesus no exterior

Outra questão que segue nebulosa são os direitos autorais das obras da escritora publicadas no exterior. “Recebemos direitos autorais dos EUA. Mas só. Nos últimos anos, recebemos muitas solicitações para publicar por novas editoras em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha. Acho que com nosso projeto de edição aqui no Brasil vai haver uma nova explosão também no exterior”, explica Vera.

Vera Eunice de Jesus

Uma das “personagens” do livro mais conhecido de Carolina, Vera Eunice de Jesus tem hoje 67 anos, se aposentou como professora de português para o ensino médio no estado de São Paulo, mas segue no ofício de professora, agora dedicada às crianças menores, atualmente na EMEI Ceu Vila Rubi, ao sul de Interlagos.

“Eu deveria ter me aposentado, mas adoro dar aulas para os pequenos. Eles são de periferia, são de comunidades, chegam sem apoio das famílias. Nisso vejo a diferença com minha mãe. A gente passou muito aperto, foram apenas três anos de fartura pelo sucesso do livro. Mas eu me vejo nessas crianças, procuro fazer um trabalho de conversar com eles. Agora na pandemia, estou trabalhando com cestas básicas nas favelas. A gente distribui essas cestas e eu lembro muito da minha mãe. Três horas antes do horário marcado, já tem gente esperando. O Quarto de Despejo vai ser sempre atual.”

Vera tem cinco filhos, e todos estudaram, ela conta, orgulhosa, mas nenhum se decidiu pelo caminho das letras. “Minha neta, Barbara, lê muito e gosta muito de escrever. Quem sabe?”, diz. “Trago isso da minha mãe: o mais importante é o estudo. Sempre falo para os meus alunos e nas palestras, que se não fosse esse um ano e meio de estudo dela, a gente não estaria aqui falando dela até hoje.”

Outro aspecto que Vera chama atenção sobre a obra de Carolina é um caráter universal, mesmo com suas origens específicas. “Fiz uma palestra em Juiz de Fora, um aluno branco me entregou um poema que havia escrito para a minha mãe. Na Flup (Festa Literária das Periferias), nós sentamos para autografar os livros e veio uma mulher negra, em recuperação do vício em drogas, e ela me disse: morei aqui na Cracolândia mas queria que você autografasse. Li a história e decidi sair das drogas, fui cursar teatro.”

Em outra ocasião, numa escola particular em São Paulo que era “a cara da riqueza”, um garoto de 14 anos disse que não via a própria mãe há meses. Ele me disse: ‘Você falou que passava fome, mas que tinha uma mãe, que lia, cantava, contava casos da terra dela. Eu não sei onde está a minha’. Minha mãe nunca deixou um filho. A Carolina atinge a menina da Cracolândia e esse adolescente, ao mesmo tempo.”

Mais de 40 anos após a morte de Carolina, finalmente o público terá acesso à sua obra completa.

Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/especial-obra-de-carolina-maria-de-jesus-enfim-ser%c3%a1-editada-e-publicada/ar-BB18uzYE?ocid=msedgntp

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Destaque para Módulo I

BRASIL E CHINA QUEREM REPETIR SUCESSO DO CBERS NA ÁREA DE NANOTECNOLOGIA

Brasília, 20 de março de 2014 – Especialistas brasileiros e chineses debaterão as próximas ações do Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano) em um seminário que se realiza no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), em Campinas (SP), entre os próximos dias 25 e 27(março 2014). A parceria binacional deve apoiar projetos com aplicação em agroindústria, meio ambiente e saúde.

“A intenção do CBC-Nano é dar ao Brasil condições de realmente estabelecer uma cooperação de longo prazo em nanotecnologia com a China, a exemplo do que vendo sendo o programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers, na sigla em inglês), iniciado há 25 anos e tem excelentes resultados”, avalia o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz.

Organizado pelo MCTI em parceria com o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano/Cnpem), o evento inicia uma série de encontros que deve alternar de país a cada ano.

Nesta primeira edição, os debates abordam os temas apoiados pela chamada pública lançada em novembro de 2013, cujos projetos binacionais devem ser escolhidos no próprio evento. A partir das discussões, um novo edital pode ser proposto.

A chamada pública vigente contempla R$ 3 milhões de cada país e, pelo lado brasileiro, destina-se a projetos das unidades estratégicas e associadas do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (Sisnano) e dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) com atuação na área.

Fonte: Ascom MCTI - https://www.gov.br/aeb/pt-br/assuntos/noticias/brasil-e-china-querem-repetir-sucesso-do-cbers-na-area-de-nanotecnologia-1

 

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Módulo II

O SUS sob pressão

Já está mais do que demonstrado que hoje a Nação poderia estar pranteando a morte de muito mais vítimas do novo coronavírus, não fosse o inestimável serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no socorro aos desvalidos. Em condições normais, 7 em cada 10 brasileiros só têm o SUS como guarida quando precisam de atendimento médico, desde os cuidados mais básicos até procedimentos de alta complexidade. A eclosão de uma emergência sanitária da magnitude da pandemia de covid-19 aumentou ainda mais a pressão sobre um sistema público de saúde que há décadas já vem operando no limite de sua capacidade técnica e financeira.

Embora as recentes estatísticas da pandemia no Brasil indiquem o que pode ser o início de um processo de queda consistente do número de infecções e mortes, um refrigério mais do que bem-vindo depois de tanto sofrimento, a propagação do novo coronavírus continua bastante ativa no País e o SUS segue pressionado por uma doença que ainda mata cerca de mil de nossos concidadãos a cada dia. Já se contam mais de 118 mil vidas perdidas para a covid-19 e o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no ranking de mortes por 100 mil habitantes - 55,05 a 54,18, respectivamente, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

Não refeito dessa onda de pressão, o SUS está prestes a enfrentar uma outra. Mais cedo do que tarde, ela virá do aumento da demanda ocasionado pela inclusão de novos usuários no sistema e pela retomada dos atendimentos eletivos que foram sobrestados nos meses mais duros da pandemia.

O aumento do número de brasileiros que passarão a recorrer ao SUS quando precisarem de atendimento médico ocorrerá, basicamente, por duas razões. A primeira é a crise econômica que tem levado um número cada vez maior de famílias a deixar de pagar por um plano de saúde particular. O quadro foi agravado pela pandemia, mas convém lembrar que antes mesmo de o primeiro caso de covid-19 ter sido confirmado no Brasil já se observava um declínio no número de usuários de planos de saúde particulares e um aumento dos atendimentos prestados pelo SUS. O Brasil não era um oásis de prosperidade antes da chegada do vírus.

A segunda razão é o Projeto de Lei (PL) 3.887/2020, a primeira parte da reforma tributária que o governo federal enviou recentemente ao Congresso. Como se sabe, o projeto extingue o PIS e a Cofins e cria a Contribuição Social Sobre Bens e Serviços (CBS). Na prática, significa o aumento de taxas específicas de 3,65% para 12%. Sobre os planos e seguros de saúde incidirá uma alíquota especial de CBS, de 5,9%. Mas sobre hospitais e laboratórios incidirá a alíquota-padrão, de 12%. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) calcula que isso terá um impacto de R$ 4,6 bilhões na redução da demanda das famílias por atendimento médico particular, o que equivale a cerca de 500 mil planos individuais a menos. Esse enorme contingente passará a se socorrer do SUS, pressionando o sistema.

Como observa o CNS em seu estudo, é usual que as empresas que prestam serviços de saúde tenham tratamento diferenciado na tributação sobre consumo. O governo federal poderia ter sido mais cauteloso ao formular sua proposta de reforma tributária, levando em consideração particularidades como o impacto da reforma sobre o sistema público de saúde. Agora é hora de aprofundar o debate no Congresso e estudar a melhor forma de tributar as empresas do setor de saúde, não deixando de olhar para o sistema público.

A demanda pelo SUS também aumentará em função da retomada dos procedimentos eletivos suspensos em decorrência da pandemia. Estima-se que entre os meses de março e julho cerca de 390 mil cirurgias e exames complexos deixaram de ser realizados por conta do socorro de urgência prestado aos infectados pelo novo coronavírus. A pandemia não acabou. Aos casos urgentes se somarão os eletivos. E o SUS, mais do que nunca, precisa ser cuidado.

Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/o-sus-sob-press%c3%a3o/ar-BB18uofI?ocid=msedgntp

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Módulo III

Edilaine Gonçalves, a Naná: ‘Obra de Carolina e as discussões em grupo tocam na minha alma’

Guilherme Sobota

 

Quando tinha 13 ou 14 anos, na metade dos anos 1980, Edilaine Gonçalves, hoje conhecida pelos amigos espalhados pelo mundo que sua simpatia conquistou como Naná, frequentava a Biblioteca Municipal de Santo André. No espaço que mais tarde ganhou o nome de Nair Lacerda (intelectual e jornalista que levou o Jabuti por uma tradução de As Mil e Uma Noites), Naná buscava os escritos de pensadores para entender a matemática, ciência pela qual se apaixonou ainda criança e com a qual manteve relação durante toda a vida.

 

De Sócrates (fundamental para a construção inicial da filosofia da matemática) a Descartes (“nunca esqueço o 'penso, logo existo', tenho isso guardado dentro de mim”, diz Naná, em uma das ligações com a reportagem nas últimas semanas), a garota que estudou em escolas municipais e participou do movimento estudantil numa época em que o Brasil saía das garras da ditadura militar, misturava essas leituras com a de livros da coleção Sabrina — os romances populares que sua mãe trazia para casa e a deixava ler aos fins de semana. As leituras se espraiavam também pelas princesas clássicas do irmãos Grimm, passou por Monteiro Lobato e mais tarde também por atualidades, orientada por professores da escola, que forneciam a ela (sob um sigilo necessário por conta de perseguições políticas) matéria prima para os protestos em favor da democracia.

 

© Taba Benedicto/Estadão Edilaine Gonçalves, a Naná, na sede da Coopercata, em Mauá, região metropolitana de São Paulo 

“Eu estava muito política nessa época, na quinta ou sexta série”, conta Naná. “Já estávamos no final do militarismo. Na escola, eu jurava a bandeira, usávamos o uniforme de meia até o joelho, sainha godê azul marinha, camiseta branca. O cabelo tinha que estar impecável, assim como as unhas, os professores olhavam. Eu me recordo bem. Saíamos e juntamos todos os colégios. Eles queriam que eu entrasse na juventude do PT, mas na época eu resisti um pouco. Já gostava de escrever. Mas percebi também que tínhamos que fazer alguma coisa. Batíamos nos colégios e íamos a pé fazer protestos, em busca de direitos constitucionais, direitos trabalhistas, direitos da mulher, direitos de voto.”

 

Naná demonstra uma compreensão generosa da vida, apesar — ou mesmo por conta — dos traumas que viveu. Sua família veio da classe trabalhadora, do campo, do interior de São Paulo. A mãe é de Pacaembu (cidade a 617 km de São Paulo), o pai de Tupã (a 435 km da capital). Há 50 anos o pai se mudou para o ABC em busca de trabalho na metrópole, chegou a amassar barro para fazer tijolos e dormiu na Estação de Santo André tendo como cobertor folhas de jornal. A educação, porém, foi uma prioridade em se tratando de seus filhos. “Ele sempre nos ensinou a estudar, crescer com dignidade trabalho e honra. Era o mínimo para ele”, conta Naná.

“Eu não nasci catadora”, diz — com o maior respeito pela profissão que a levou à presidência da Cooperativa de Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável de Mauá, a Coopercata. “Foi no término do meu casamento que iniciei a catança e fui parar na Coopercata. Iniciei como triadora, e foi lá que tive as inspirações para retomar minha formação.”

 

Antes disso, foi babá, cozinheira, empregada doméstica. Por insistência de um dos antigos patrões, da "aristocracia" de São Bernardo do Campo, foi fazer um curso de secretariado. Foi onde aprendeu a datilografar e operar as facilidades tecnológicas de escritório. “Só que mesmo assim, com as oportunidades, infelizmente o racismo aparece, e poucas portas se abriram.

 

Ainda consegui trabalhar num escritório.” No meio tempo, casou-se. Teve sua história, na qual não entramos em detalhes, mas o divórcio foi muito difícil e Naná foi tomada pela depressão.

“Não consegui voltar a trabalhar por um tempo”, conta. “Depois desse período, fiquei sem nada, nem casa, só tinha um filho pequeno. Tive fome. Aí descobri a catança. Bati na porta da Coopercata, eles me deram a oportunidade de trabalhar. Acabei me apaixonando pelo ambiente. Trabalhava com materiais que desconhecia, isso me trouxe de volta a motivação de estudar.”

 

O presidente da cooperativa na época era Armando Octaviano Júnior, uma das inspirações que Naná encontrou pela vida. Ele a incentivou a buscar um sonho antigo: estudar engenharia. Com a vida em melhores termos, ela então prestou o vestibular para engenharia ambiental e sanitária, conseguiu uma bolsa de estudos de 85% e agora está no quarto ano do curso na Universidade Estácio, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo.

“Continuo catadora e sou feliz”, resume. “É a profissão que abracei. Já fui empregada doméstica, babá, a gente vê na vida muitas diferenças sociais. Quando você é doméstica, você é colocado apenas como um servo da casa. Passa humilhações, come restos debaixo da escada. Como catadora, nunca precisei comer resto de comida.”

 

As duas histórias de vida de Naná — entre as muitas que a reportagem conseguiu vislumbrar em conversas com a mulher de 49 anos, mãe do Gustavo, ele mesmo prestes a completar a faculdade também — se encontram então com uma emoção singular na sua participação nas oficinas literárias da Festa Literária das Periferias (Flup). Na turma das catadoras, Naná aprende ferramentas não só para colocar suas histórias ricas no papel, mas também contempla um exercício contínuo de alteridade.

“Nas oficinas, não consegui deixar de chorar um dia”, diz. “Todas as catadoras que estão participando têm histórias extremamente marcantes. São histórias de vida, de transformação, histórias que é impossível não chorar. As pessoas passaram por momentos extremos, como morar no lixão. Isso mexe muito. Estou vivendo um momento que nunca imaginei na minha vida. Essa aproximação com a obra de Carolina Maria de Jesus e com as outras mulheres da oficina é uma situação que toca na minha alma. Que toca uma essência que eu nem sabia que existia.”

© Taba Benedicto/Estadão Naná. Literatura como contínuo exercício de alteridade 

Ela conta que o processo de colocar as histórias no papel — uma parte da orientação da Flup é se inspirar no método de escrita da própria Carolina — passa por um momento de reviver as experiências, o que muitas vezes não é fácil. “Quando é dado abertura para a gente trabalhar essa história, é a hora de sentar, pegar a caneta, e desabafar. Vai contar tudo que aconteceu, detalhar aquilo. Ali na verdade, é viver a realidade pela segunda vez. É tão real, e por isso que estou dizendo que é impossível não chorar. Mas além de estar revivendo, é também viver histórias que não vivi na minha própria pele. Ouvir as amigas contando é também viver as histórias delas. São experiências que motivam a lutar, a não desistir, a não parar. Não desistir do sonho, não desistir da vida. Tem sido muito marcante.”

Nesse momento da entrevista, quando a reportagem pede para ela ler um texto de sua autoria, ela vai até o quarto ao lado e traz um caderno, no qual uma de suas cartas destinadas a Carolina Maria de Jesus, cujo alcance, porém, transcende as barreiras do tempo. Na leitura, ela chora e faz chorar.

“Tenho escrito coisas sim”, explica, depois. “Ontem mesmo escrevi duas histórias. Hoje não escrevi ainda, mas vou sentar e escrever. Estou inspirada.”

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Neta e filho de Martin Luther King em manifestação em Washington (28/08/2020)

Os manifestantes lotaram o National Mall, em Washington, em homenagem ao histórico discurso "Eu tenho um sonho" de 1963, do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. A neta e filho do líder participaram do protesto.

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Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI



A AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX

América Latina: das oligarquias agrárias ao populismo

O imperialismo manifestou-se na América Latina diferentemente de na Ásia e na África, pois não houve ocupação territorial; o domínio se realizou através da influência política e econômica. O trágico passado colonial, aliado às dificuldades internas dos países após a independência e aos interesses do capitalismo inter­nacional, impunham ao continente centro e sul-americano um processo de desenvolvi­mento marginal dependente do capitalismo.

Durante todo o século XIX a hegemonia nos países latino-americanos foi da Inglaterra e, no século XX, transferiu-se para os EUA. A América Latina integrou-se ao quadro polí­tico internacional, no pós-guerra, como região sob influência definitiva dos EUA.

As estruturas de poder na América Latina, sobretudo na América do Sul, permanece­ram até meados deste século vinculadas aos interesses de uma elite agrária (oligarquias).

Na virada das décadas de 1930/1940 essas formações políticas entraram em crise basi­camente por duas razões: a Crise de 29, que desestabilizou as economias agrário-exportadoras (base do poder oligárquico) e a rá­pida industrialização e urbanização.

Com a consolidação da estrutura urbano-industrial, novos segmentos sociais se fortaleceram: a burguesia industrial, a clas­se média e o operariado. As cidades torna­ram-se mais importantes economicamente que o campo e passaram a ser habitadas por uma incrível massa humana (principalmen­te em razão do êxodo rural) sem condições decentes de vida, vulnerável aos discursos, demagógicos e populistas.

Assim, os movimentos, partidos e líde­res populistas nascem e se desenvolvem nas cidades, e seus discursos e práticas dirigem-se à grande massa urbana, especialmente ao operariado. O exagerado nacionalismo, a idéia do desenvolvimento industrial e a tu­tela sobre as leis sociais de defesa e os seg­mentos mais pobres e humildes da sociedade fazem parte do populismo; o carisma pessoal e a demagogia fácil são também caracterís­ticas dos seus líderes.

E interessante notar que o populismo na América do Sul, apesar de não conscientizar e de desarticular a classe operária, teve influên­cia e se reproduziu nos movimentos de esquer­da do continente (populismo de esquerda).

Apesar dessas características gerais, o populismo assume em cada país uma face diferente. Na América Latina tivemos inú­meros exemplos de governos populistas: Getúlio Vargas (1930-45 e 1951-54) e João Goulart (1961-64) no Brasil; Juan Domingo Perón (1946-55) na Argentina; Víctor Paz Estenssoro (1952-56 e 1960-64) e Siles Zuazo (1956-60) na Bolívia; José M. Velasco Ibarra (1934-35, 1944-47, 1956-61 e 1968-72) no Equador; e Lázaro Cárdenas (1934-40) no México.

A América central e as revoluções na América

Na virada do século a América Central tornou-se área de influência direta dos EUA. Esse quadro político de submissão aos interesses norte-americanos produziu, nesses países, situações políticas e econômicas internas bastante graves de opressão, subdesenvolvimento e mi­séria. Esse panorama desfavorável era pro­pício para o surgimento de movimentos com forte conteúdo nacionalista, que acabaram se manifestando em quase todos os países centro-americanos.

De maneira geral, quando os movimen­tos ou governos nacionalistas surgiram na América Central, o tratamento dos EUA para a questão seguiu basicamente duas li­nhas:

• contra os movimentos populares, a forte repressão interna e às vezes até a interven­ção direta de tropas norte-americanas;

• contra governos reformistas e nacionalis­tas, eram articulados golpes de Estado apoiados pelos EUA; foi assim, por exem­plo, na Guatemala (1954) e na República Dominicana (1965).

Uma demonstração da política norte-americana intervencionista na região foi a situação criada em Porto Rico. Estado in­dependente com grande presença militar dos EUA desde o início do século, em razão de sua localização estratégica, em 1946 tornou-se um "Estado livre", mas associado aos EUA, perdendo, portanto, sua liberdade e autonomia.

A Revolução Mexicana

As origens da Revolução Mexicana so­mente poderão ser compreendidas a partir de análises que levem em conta tanto a si­tuação histórica latino-americana da segun­da metade do século XIX, como as contradições e particularidades da socieda­de mexicana.

Foi nesse período que ocorreu a forma­ção do Estado nacional baseado em princí­pios liberais e comandado por uma elite criolla. No entanto, os contrastes entre a pre­gação política de cunho liberal e o exercício do poder pela elite eram evidentes. O Esta­do agiu no sentido de consagrar e legitimar as diferenças sociais e políticas entre a elite criolla e os camponeses. Além disso, apesar do caráter unificador do Estado e da Cons­tituição de 1857, o poder local continuou exercendo forte pressão e presença na so­ciedade mexicana.

A economia mexicana continuava mantendo seu caráter agrario-exportador. Sua produção estava concentrada nas atividades de plantação de cana-de-açúcar, fumo, café e sisal; havia tam­bém uma produção artesanal de cerâmica, te­cidos, etc. Essa situação política e econômica mantinha a sociedade mexicana, composta na sua imensa maioria por camponeses, distan­te da cidadania política e da posse da terra, dificultando a sobrevivência dos mais pobres.

Na década de 1870, a política mexicana começou a ser dominada por Porfirio Díaz, um típico representante da aristocracia agrá­ria e latifundiária do México. Sua prolonga­da estada no poder (1876-1911) foi marcada por contrastes. O porfiriato se notabilizou pela ausência de liberdade política, em razão da ostensiva prática de fraudes e corrupção eleitoral, e pela marginalização da maioria da população (apenas 4% da população votava), o que lhe assegurava a constante recondução ao cargo de presidente.

As grandes diferenças sociais e econômi­cas já existentes agravaram-se, acentuando as contradições. A posse da terra concen­trou-se ainda mais nas mãos dos grandes latifundiários. Ao mesmo tempo, o capital norte-americano e, em menor quantidade, o inglês começavam a penetrar na econo­mia mexicana, de acordo com a lógica do capitalismo monopolista, fornecendo capi­tal e tecnologia para o desenvolvimento de infra-estrutura. Assim, gradativamente, empresas estrangeiras começaram a domi­nar boa parte da economia mexicana, prin­cipalmente a exploração de petróleo e de minério, a construção de ferrovias, as telecomunicações, portos, etc., além de di­namizarem a agricultura. Essa injeção con­siderável de capital acabou modernizando a estrutura econômica do México.

A partir da década de 1910 começaram a despontar os movimentos mais organi­zados contrários a Porfirio Díaz. Francis­co Madero, grande proprietário rural, liderou as primeiras manifestações anti-Porfirio, das quais participavam diversos setores sociais e que reivindicavam, basi­camente, maior liberdade política. No en­tanto, aos poucos os movimentos foram ganhando forte conteúdo social em virtu­de dos graves problemas fundiários exis­tentes no interior do país. Assim, os camponeses tornam-se os maiores protagonistas da luta contra o go­verno de Porfirio Díaz.

No final de 1910 as rebeliões campone­sas espalharam-se por várias partes do país. sob o tema "Terra e Liberdade". No início de 1911 Porfirio Díaz renunciou, deixando o governo para Madero. Asilado na França. Díaz percebeu o aprofundamento e radica­lização da revolução, e por isso vaticinou "Madero soltou o tigre, vamos ver se conse­gue cavalgá-lo".

Mesmo com a posse de Madero, os cam­poneses não recuaram nas suas reivindicações, que envolviam principalmente as questões em torno da posse da terra. Chefiados no sul por Emiliano Zapata e no norte por Francisco "Pancho" Villa, os rebeldes aterrorizavam la­tifundiários, muitas vezes ocupando e divi­dindo a terra à força. Os pontos essenciais de uma reforma agrária e da nacionalização da economia mexicana foram expostos por Zapata no Plano de Ayala: devolução das ter­ras às comunidades indígenas, divisão de l /3 das terras dos latifúndios, fundação de um banco agrícola, confisco das terras dos anti-revolucionários, etc.

Temerosa com os destinos do movimen­to, parte da elite mexicana uniu-se ao go­verno norte-americano para contê-lo. Em 1913, Madero foi deposto e assassinado por Victoriano Huerta. Como os EUA não pu­deram controlar o novo presidente, ajuda­ram a depô-lo em 1914, sendo substituído por Carranza, que assumiu o poder com o compromisso de estabelecer uma nova Constituição. Em 1916, a Assembléia Cons­tituinte reuniu-se pela primeira vez, e em 1917 a nova Constituição foi promulgada.

Contudo, os conflitos entre o avanço das reformas e os interesses internos e externos em contê-las mantiveram-se presentes na vida política mexicana. Os fatos que mais evidenciaram esses conflitos foram os assassinatos de Zapata, em 1919, e de Pancho Villa, em 1923, e as pressões dos EUA, que ameaçavam com intervenção ar­mada.

Durante a década de 1920 os problemas políticos permaneceram, mas em 1933 Lázaro Cárdenas colocou em prática mui­tas das propostas de reforma agrária de Zapata. A partir desse momento, o México começou a se modernizar.

As duas décadas de conflitos e rebeliões no México produziram um processo políti­co interessante e exemplar para toda a America Latina. A Revolução Mexicana foi a primeira grande rebelião social vitoriosa que teve forte participação popular; porém, com o tempo caminhou, principalmente a partir da década de 1930, para a formação de go­vernos populistas de fortes tendências nacio­nalistas, tão comuns no continente nesse período.

A Revolução Cubana

A Revolução Cubana foi o primeiro movimento que conseguiu resultados posi­tivos contra a hegemonia norte-americana no continente. Livre do domínio espanhol desde 1898, Cuba sempre foi tutelada pelos EUA, alternando governos submissos aos seus interesses. Na realidade, a ilha foi ju­ridicamente um protetorado norte-americano até 1934, quando foi revogada a Emenda Platt.

A organização da produção açucareira pelas empresas norte-americanas resultava na completa submissão da elite cubana aos interesses dos EUA. A maioria da popula­ção cubana era de origem rural, mas não ti­nha nenhum acesso à posse da terra e vivia em precárias condições de sobrevivência. Durante as décadas de 1930/40, a ilha vi­veu repleta de violência, corrupção, desman­dos e instabilidade política.

Em 1952 Fulgêncio Batista (homem com muito poder no país desde a década de 1940 — foi presidente entre 1940/44) chegou ao poder por um golpe, montan­do uma estrutura de governo autoritária e corrupta. Durante sua administração co­meçou a se organizar um grande movi­mento guerrilheiro nacionalista liderado pelos irmãos Fidel e Raul Castro, por Cienfuegos e Che Guevara. Depois de inú­meras lutas, a guerrilha nacionalista uni­da ao partido comunista chegou à vitória, em janeiro de 1959.

Logo após a consolidação de seu gover­no, Fidel Castro aproximou-se da URSS buscando apoio contra os EUA. Os EUA procuraram reagir à revolução em Cuba rea­lizando um bloqueio econômico (1959) e um golpe frustrado da CIA (a invasão da Baía dos Porcos, em 1961). A derrota americana fortaleceu Fidel, que acabou aderindo total­mente à URSS, transformando Cuba em um Estado socialista.

Em 1962 houve a crise dos mísseis. O governo de John Kennedy identificou bases de mísseis soviéticos em Cuba, que ameaça­vam os EUA e a paz mundial. A tensão in­ternacional foi desfeita com a retirada dos mísseis. Em seguida, Cuba foi afastada da OEA e reforçou seus laços com a URSS, tor­nando-se a única área de influência soviéti­ca no continente americano.

Apesar de Fidel tentar construir um so­cialismo com características diferentes, o Estado centralizou as iniciativas econômi­cas, os partidos políticos foram extintos e o culto à personalidade esteve presente. Po­rém, em relação à realidade latino-americana, as conquistas sociais cubanas eleva­ram o padrão de vida de seus habitantes.

As guerrilhas centro-americanas

Na década de 1970, os movimentos guerrilheiros na Nicarágua, El Salvador e Guatemala se fortaleceram.

Na Nicarágua, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (referência ao campo­nês e líder nacionalista Augusto César Sandino), após anos de luta, repressão e des­gaste do governo, conseguiu derrubar o di­tador Anastasio Somoza, em 1979. O governo de reconstrução nacional foi bem heterogêneo, composto por sandinistas, co­munistas, católicos, moderados e proprie­tários. Esta grande frente governista não se manteve por muito tempo, permanecendo no poder as tendências mais à esquerda.

Apesar de o governo sandinista não se alinhar à URSS e procurar um modelo de desenvolvimento baseado na economia mis­ta e na democracia, os EUA trataram de or­ganizar os contra-revolucionários nos países vizinhos. Além do financiamento aos "contras" e ajuda técnico-militar, a Nicarágua também sofreu um boicote econômico.

O movimento dos "contras" não conse­guiu se afirmar e foi repudiado internacional­mente. Em 1984, foram realizadas reeleições sem a participação do maior partido da oposi­ção; venceu Gabriel Ortega, da FSLN. Ao con­trário do que se imaginava, Ortega passou a presidência para Violeta Chamorro (União Opositora Nacional) após as eleições de 1990.

A vitória dos sandinistas motivou as guerrilhas em El Salvador e na Guatemala. Nos dois países os guerrilheiros se organi­zaram em frentes político-militares para combater os governos: a Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN), em El Salvador, e a União Revolucionária Na­cional Guatemalteca (URNG). Com o go­verno Reagan apoiando esses governos, as guerrilhas retrocederam. Hoje, parte desses movimentos procura outras vias para che­gar ao poder.

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Módulo_V  - Módulo Destaque Cultural  - Topo

Biografia      Vitor Assis Brasil (75 anos)  Vitor Assis Brasil Filho -  28/8/1945 RJ -  14/4/1981 RJ - nstrumentista (saxofonista). Compositor. Irmão gêmeo do pianista João Carlos Assis Brasil. Interessou-se, na infância, pelo acordeon, com o qual se apresentava nas festas de sua escola. Depois descobriu a bateria e a gaita de boca. Aos 12 anos de idade, apresentou-se, como gaitista, na Associação Brasileira de Imprensa (RJ). Aos 17 anos, ganhou um saxofone, instrumento com o qual viria a se profissionalizar. Inicialmente autodidata, estudou, mais tarde, com Paulo Moura. 

 

Biografia      Edu Lobo (77 anos) Eduardo de Góes Lobo  29/8/1943 Rio de Janeiro, RJ  - Compositor. Instrumentista. Arranjador. Cantor. Filho do compositor Fernando Lobo e de Maria do Carmo Lobo. Pai do compositor e cantor Bena Lobo. Iniciou seus estudos musicais na Academia George Brass, onde estudou acordeon, dos oito aos 14 anos de idade. Estudante do Colégio Santo Inácio, costumava passar as férias na casa de seus tios, em Recife, onde tomou contato com a cultura local, que exerceu forte influência sobre a música que viria a fazer mais tarde. Ainda adolescente, interessou-se pelo violão, recebendo as primeiras noções do instrumento através do compositor Teo de Barros, seu amigo de infância. Mais tarde, estudou com a pianista Vilma Graça. Cursou até o 3º ano de Direito na PUC-Rio

 

Biografia  Sombrinha (61 anos) Montgomery Ferreira Nunis  30/8/1959 São Vicente, SP - Cantor. Compositor. Instrumentista (cavaquinho e violão). Filho de músico aprendeu a tocar violão aos nove anos de idade. Por esta época, participava de rodas de choro que aconteciam em sua casa. Logo depois, passou a frequentar a roda de samba da tamarineira, na quadra do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, no subúrbio carioca de Ramos.

 

Biografia   Francis Hime (81 anos)   Francis Victor Walter Hime
 31/8/1939 Rio de Janeiro, RJ - Compositor. Pianista, Arranjador. Maestro. Cantor. Filho da pintora Dália Antonina. Começou a estudar piano clássico aos seis anos de idade, com Carmem Manhães, ingressando depois no Conservatório Brasileiro de Música, onde permaneceu durante sete anos. De 1955 a 1959, estudou em Lausanne (Suíça). De volta ao Brasil, teve aulas de piano com Wilma Graça.

 

Biografia       Jackson do Pandeiro (101 anos) José Gomes Filho  31/8/1919 Alagoa Grande, PB  10/7/1982 Brasília, DF - Cantor. Compositor. Instrumentista. Sua mãe, Glória Maria da Conceição, conhecida como Flora Mourão, era cantadora de coco, sendo uma das mais requisitadas nas festas da cidade de Alagoa Grande. Flora Mourão tocava o ganzá e cantava, acompanhada por João Feitosa, que tocava a zabumba. Desde cedo, Jackson viu e ouviu a mãe cantando cocos, ao toque de zabumba e ganzá. Jackson queria tocar sanfona, mas esse era um instrumento muito caro. Aos oito anos, vendo a mãe entristecida, pois o zabumbeiro não aparecera para a apresentação, pegou a zabumba e começou a tocar. Sua mãe lhe deu, então, de presente, um pandeiro. Aos 13 anos, seu pai faleceu e ele teve que ir com a mãe e os irmãos morar em Campina Grande, também na Paraíba. Trabalhou como engraxate, entregador de pão e fazendo pequenos serviços. Na feira de Campina Grande, nos intervalos entre um serviço e outro, se divertia ouvindo emboladores de coco e tocadores de viola. Admirador de cinema, gostava bastante dos filmes de faroeste, especialmente do ator Jack Perry. Nas brincadeiras infantis, ficou conhecido pelo apelido de Jack.

 

Biografia     Aldir Blanc (74 anos) Aldir Blanc Mendes  2/9/1946 RJ  4/5/2020 RJ - Poeta. Lerista. Cronista. Nascido no Estácio, na Rua Pedreira, aos três anos a família mudou-se para Vila Isabel, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Começou a compor aos 16 anos, com Sílvio da Silva Júnior. Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em Psiquiatria. Em 1973, abandonou a Medicina, passando a se dedicar exclusivamente à música. Publicou vários livros, entre os quais "Rua dos Artistas e Arredores" (Ed. Codecri, 1978); "Porta de tinturaria" (1981), "Brasil passado a sujo" (Ed. Geração, 1993); "Vila Isabel - Inventário de infância" (Ed. Relume-Dumará, 1996), e "Um cara bacana na 19ª" (Ed. Record, 1996), com crônicas, contos e desenhos. Escreveu crônicas para os jornais O Dia (RJ), "O Estado de São Paulo" e O Globo. Lançou em 2006 o livro "Rua dos Artistas e transversais" (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas "Rua dos Artistas e arredores" e "Porta de tinturaria", e ainda trouxe outras 14 crônicas escritas para a revista "Bundas" e para o "Jornal do Brasil". Considerado carioca exemplar em ação e comportamento, sendo frequentador assíduo dos blocos carnavalescos Simpatia é Quase Amor (nome de sua autoria) e Nem Muda Nem Sai de Cima, além de frequentar esporadicamente os bares cariocas Bip-Bip e Bar da Maria. Torcedor do clube carioca Vasco da Gama, o que torna público em suas crônicas. No ano de 1998 estreou o musical "Aldir Blanc, Um Cara Bacana", dirigido e estrelado pelo ator e cantor Cláudio Tovar, baseado em composições de sua autoria, em parcerias com vários melodistas, tais como João Bosco nas "Kid Cavaquinho" e "Lina de passe". Dois anos depois, em 2010, seria a vez do musical "Era do Tempo Rei". Baseado no romance homônimo de Ruy Castro, o musical contou com trilha sonora composta por Aldir Blanc e Carlos Lyra, para o qual compuseram polcas, maxixes, fados e lundus. Trabalhou como roteirista nas revistas "A Tocha da América" e "Fi-lo porque qui-lo". Alexandre Ribeiro de Carvalho, André Sampaio e José Roberto de Morais, filmaram e dirigiram o documentário "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", no qual foi traçado a trajetória do escritor através de suas letras; de sua luta pelo direito autoral e suas paixões pelo clube carioca Vasco da Gama e a Escola de Samba Salgueiro. Também foi lançado o livro "Aldir Blanc - Resposta ao Tempo", biografia escrita pelo jornalista Luiz Fernando Viana, na qual, além da vida do escritor, foram perfiladas 450 letras de sua autoria. No ano de 2016 a Mórula Editorial relançou os livros "Ruas dos Artistas e Arredores", "Porta de Tinturaria" e um outro volume com textos produzidos para o site "No". Também foi lançado um volume com textos sobre jazz "Aldir Blanc - Crônicas Inéditas, com trabalhos publicados na Revista Bundas e em sua coluna no Jornal O Globo, entre outros, além da reedição do livro "Vila Isabel, Invenção da Infância", ampliado com outras crônicas sobre o bairro. Também em 2016 O músico Tiago Prata fundou o bloco carnavalesco "Blanc Bloco", que desfilava pela cidade cantando músicas do compositor. No ano posterior, em 2017, foi lançada a coleção "Aldir 70" (Mórula Editorial) em roda de samba na Livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor, Centro do Rio de Janeiro. No ano de 2019 os jornalistas Hugo Sukman e Marcus Fernando deram início a um documentário, em parceria com o Canal Brasil, sobre a vida e obra do letrista, para o qual foram produzidas oito horas de gravações. No dia 15 de abril de 2020 foi internando no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, com Corona vírus, indo a óbito no dia 4 do mês posterior. Dos diversos textos e depoimentos sobre o compositor, que foram publicados nas midias eletrônicas e impressas, destacamos o de João Bosco, seu principal parceiro e amigo:   "Peço desculpas aos que têm me procurado hoje. Não tenho condições de falar. Aldir foi mais do que um amigo pra mim. Ele se confunde com a minha própria vida. A cada show, cada canção, em cada cidade, era ele que falava em mim. Mesmo quando estivemos afastados, ele esteve comigo. E quando nos reaproximamos foi como se tivéssemos apenas nos despedido na madrugada anterior. Desde então, voltamos a nos falar ininterruptamente. Ele com aquele humor divino. Sempre apaixonado pelos netos. Ele médico, eu hipocondríaco. Fomos amigos novos e antigos. Mas, sobretudo, eternos. 

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Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana.  Topo

Intervalo compreendido do dia 28 a 03/09

28

29

30

 Afonso Rui de Souza (127 anos)
 André Renato (46 anos)
 Carlos Monteiro de Souza (104 anos)
 Chico Chico (27 anos)
 Hermes Fontes (132 anos)
 Honorino Lopes (136 anos)
 Ismênia dos Santos (57 anos)
 Ivan Vilela (58 anos)
 Jackson Antunes (60 anos)
 Jayme Santos (57 anos)
 José Russo (31 anos)
 João Carlos Assis Brasil (75 anos)
 Luiz Cláudio (7 anos)
 Maurício Kubrusly (75 anos)
 Nardelli (66 anos)
 Paula Fernandes (36 anos)
 Renato Andrade (88 anos)
 Robson Miguel (61 anos)
 Vitor Assis Brasil (75 anos)

 Alcyr Guimarães (67 anos)
 André Christovam (61 anos)
 Clara Sverner (84 anos)
 Célia Reis (86 anos)
 Delia Fischer (56 anos)
 Edu Lobo (77 anos)
 Ester Delamare (92 anos)
 Fabiolla Paiva (45 anos)
 Luciano Bahia (58 anos)
 Mallu Magalhães (28 anos)
 Marcos Ozzellin (49 anos)
 Moisés Costa (63 anos)
 Mutt (66 anos)
 Osvaldo Santiago (44 anos)
 Pedro de Alcântara (91 anos)
 Roberta Granchi (39 anos)
 Solange Almeida (46 anos

 Agepê (25 anos)
 Bê Monteiro (106 anos)
 Isaurinha Garcia (27 anos)
 Lourenço Baeta (68 anos)
 Márcio Greyck (73 anos)
 Pretinho da Serrinha (43 anos)
 Ricardo Vilas (71 anos)
 Sombrinha (61 anos)
 Victor Santos (51 anos)
 Weber Lopes (57 anos)

31

01

02

 Ana Egito (56 anos)
 Benedito Piston (161 anos)
 Benjamim Taubkin (64 anos)
 Capitão Furtado (113 anos)
 Carla Visi (50 anos)
 Dalva de Oliveira (48 anos)
 Emilinha Borba (97 anos)
 Escurinho Percussionista (59 anos)
 Francis Hime (81 anos)
 Gato (24 anos)
 Jackson do Pandeiro (101 anos)
 João Ventura (35 anos)
 Marcio José (18 anos)
 Mestre Salú (12 anos)
 Ronaldo Corrêa (78 anos)
 Valtinho (35 anos)
 Walter Bandeira (79 anos)

 Alexandre Leão (49 anos)
 Carlos Fernando (7 anos)
 Carlos Ramiro "Gogó de Ouro do Brasil" (82 anos)
 Carmen Déa (86 anos)
 Clemilda (84 anos)
 Cristiano Menezes (4 anos)
 Maurício de Oliveira (11 anos)
 Stefana de Macedo (45 anos)
 Waldir Silva (7 anos)

 Aldir Blanc (74 anos)
 Ana Clara Horta (40 anos)
 Arnaldo Antunes (60 anos)
 Carlos Marcelo (50 anos)
 Dorinha Tapajós (70 anos)
 Laurindo de Almeida (103 anos)
 Marambá (52 anos)
 Marcos Amorim (56 anos)
 Roberto Abramson (71 anos)
 Rosana Brito (62 anos)

03

 Alfredinho Flautim (62 anos)  Atos Damasceno (118 anos)  Augusto Vasseur (121 anos)
 Baianinho (84 anos)  Carmen Barbosa (78 anos)  Elpídio dos Santos (50 anos)  Elton Medeiros (1 ano)  Fernando Weyne (152 anos)  Francisco Mignone (123 anos)  Gee Rocha (34 anos)  Gusttavo Lima (31 anos)  IZA (30 anos)  J Piedade (100 anos)  Luiz Alfredo Millecco (73 anos)  Serginho Luiz (56 anos)  Waly Salomão (77 anos)  Zezé Gonzaga (94 anos)



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Módulo VII


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Módulo VII_I

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Módulo VII_II

 

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Módulo VII_III

 

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Urgente

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Homenagem Especial

 

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 Momento Furtado encerramento

O Convite


Zecão, o pisar mansinho, na sua casa

Depois de Duque de Caxias

Umas duas horas, andando em uma Kombi

Caindo aos pedaços

Estrada esburacada, poeirenta

Dificuldade até para tossir

Respirar é um milagre

Cheiro forte de óleo queimado

Soltando uma fumaceira negra

Zecão nos esperando no portão

Descontraído encarnava:

- A viagem foi boa?

- Pessoal, vamos entrando

- Antes, porém, isto aqui

- Limpa a garganta, desentope o nariz e também purifica

Cachaça “veneno da serpente”

Um odor vindo do interior da residência

Dona Ritinha, a esposa

Fazendo uma ‘maravilha’ no fogão

Frango no quiabo, quem já provou

Afirma que se Deus aqui estivesse, ia se fartar

O frango quando servido, fora devorado em segundos

As pessoas lambendo os dedos

Lito, quase parando

Cantou desafinado e depois foi dormir

Lisa, muito alegre

Rodopiou no quintal

Mostrando a retaguarda

Todos riram pedindo bis

Hoje, refletindo

Sinceramente

Não sei como cheguei em casa


Antônio Furtado


 

Olá, sou o professor Ivan Luiz, jornalista, bacharel em geografia, petroleiro e diretor do Sindipetro RJ. Minha missão é contribuir com conhecimento, informação, reflexões  e soluções para que nós, cidadãos brasileiros, tenhamos maior qualidade de vida com dignidade e respeito. Quer conhecer mais sobre minha trajetória e meus projetos? Então acesse minhas redes sociais. Os canais são abertos para que somarmos forças.

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