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Olá, sou o Professor Ivan Luiz, bacharel em geografia, perito judicial e ambiental, Jornalista Reg. CPJ 38.690 RJ desde 1977,petroleiro e diretor Coordenador da Secretaria das Empresas Privadas do Sindipetro-RJ. Minha missão é contribuir com conhecimentos, informações, reflexões e soluções para que nós, que exercemos a cidadania, tenhamos maior e melhor qualidade de vida, com dignidade e de maneira respeitosa. Quer conhecer mais sobre minha trajetória, prática de vida e meus projetos? Então acesse nas redes sociais meus trabalhos, todos são abertos, para que possamos somar forças ... Todo domingo às 19:00 realizamos transmissão ao vivo pelo Facebook que ficará disponível em professorivanluizdemarica.blogspot.com onde ficam todos os meus links, e no Canal Professor Ivan Luiz de Maricá no You tube, tem bastante conteúdo também, inscreva-se para que possamos alcançar mais pessoas dedicadas a continuar a obra desse Grande Arquiteto.! Atualmente minha atuação profissional, pessoal é na área de recuperação tributária (apenas administrativamente), o que faz com que o retorno seja rápido e eficiente, pode agendar uma vídeo conferencia visando tirar todas as possíveis dúvidas, atendemos em todo o Brasil, através do e-mail contato@professorivanluiz.com.br. Obrigado, e até a próxima!!!
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

NP 371 em 09/01/2020 Youtube


    Programa 371 - Semana de 03 a 09/01/2020 – 02ª Edição do ano  Fonte- Ricardo Cravo Albin

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.




Ivan Luiz Jornalista - Reg. CPJ 38.690 - RJ – 1977.
Nossos Homenageados inesquecíveis da semana que proporcionaram grandes impactos na cultura brasileira e internacional destaque para  Tia Dodô (99 anos) – 03 -  Cocada (68 anos) -  Compadre Moreira (86 anos) – 04 -  Carmen Costa (99 anos) – 04 -  Humberto Teixeira (104 anos) – 05 -  Luiz Melodia (68 anos) – 07 -  Bira da Vila (56 anos) – 08
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Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória destaque para As revoltas durante o Império
Relação completa dos aniversariantes de  03 a 09/01


Editorial – O conteúdo dessa transmissão é o seguinte: 

EUA x Irã: veja cronologia das hostilidades entre os dois países

Da Pérsia ao Irã  reinado dos xás - último xá - A Revolução de 1979 - A Guarda Revolucionária - Guerra Irã-Iraque (1980-88) - reavivamento do programa nuclear - Guerra Estados Unidos-Iraque - Primavera Árabe - Estado Islâmico - Iraque, Irã, EUA e Arábia Saudita Perfis - Qassem Suleimani - Abu Mehdi Al Muhandis - Donald Trump


Blog » Comércio Exterior» Irã: Exportações e Importações do Brasil - O que o Brasil exporta para o Irã - Lista com os 5 Produtos mais exportados no ano de 2019 - O que o Brasil importa do Irã - Lista dos 5 Principais Produtos importados do Irã para o Brasil no ano de 2019 - Balança Comercial do Brasil com o Irã - Relação entre Brasil e Irã - EUA x Irã 

21 DE JANEIRO DE 2014, 15H19 - EUA X Irã: como a paz tornou-se possível 

Primeiro Reinado – O Segundo Reinado será no próximo programa 

A História do Primeiro Reinado no Brasil, resumo, Constituição de 1824, Guerra da Cisplatina, Confederação do Equador, crise do Primeiro Reinado e abdicação de D. Pedro I

 

Lutadores e Lutadoras na História do Brasil

 

Homenagem aos destaques culturais -  Tia Dodô (99 anos) – 03 -  Cocada (68 anos) -  Compadre Moreira (86 anos) – 04 -  Carmen Costa (99 anos) – 04 -  Humberto Teixeira (104 anos) – 05 -  Luiz Melodia (68 anos) – 07 -  Bira da Vila (56 anos) – 08

 

A morte do general Qassem Soleimani foi mais um passo explosivo na tensa relação entre os dois países, que envolve rivalidades com Arábia Saudita e Israel, além de atuação na Síria, Iraque, Líbano e Iêmen

12:46 | 03/01/2020


Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira, 3, a morte do principal general iraniano e um dos principais líderes do país, Qassem Soleimani, após ataque aéreo no aeroporto de Bagdá, no Iraque. Soleimani liderava a unidade especial Guarda Revolucionária Iraniana chamada Al Quds, com atuação no exterior.  Após confirmação da morte pelo governo do Irã, o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei clamou por “vingança”. As hostilidades entre os dois países vêm há décadas, mas afloraram após a Revolução Iraniana de 1979 e o posterior rompimento das relações diplomáticas das nações. Confira a linha tempo política do país persa e sua influência no Oriente Médio.


Cronologia:

1.    Da Pérsia ao Irã

Até 1925, o Irã era oficialmente o Sublime Estado do Pérsia, governado pela dinastia Qajar. Após os eventos da Primeira Guerra Mundial, o monarca foi deposto pelo líder da brigada militar persa-cossaco, Reza Khan, em um golpe militar apoiado pelo Reino Unido. Khan passou a se chamar Reza Pahlavi e adotou o título do xá, tradicional dos imperadores persas. Ao assumir o poder, mudou o nome do país para Irã.

2.    reinado dos xás

De 1926 a 1941, o xá Reza Pahlavi adotou uma série de medidas modernizantes no país, como a construção de rodovias, a fundação da Universidade de Teerã (a primeira do país) e o avanço no direito para as mulheres. Durante a Segunda Guerra Mundial, Reza foi obrigado a abdicar do trono após invasão britânica e da União Soviética. Seu filho, o príncipe herdeiro Mohammed Reza Pahlavi, assumiu em 1941 o trono como o segundo xá do século XX.

3.    último xá

A despeito do pai, que gozava de forte apoio popular, o xá Mahomad Pahlavi ficou conhecido pela inclinação pró-ocidental e o estilo de vida extravagante em que vivia enquanto a maior parte do país tinha uma realidade pobre e rural. Já desde o governo do pai, as medidas liberais iam de encontro aos preceitos do stablishment religioso, os  mullahs, termo utilizado no Islã xiita para se referir aos homens muçulmanos versados em teologia e Direito corânico. Com o início da convulsão social no país nos 70, o governo do xá passou a contar com forte apoio dos Estados Unidos e a CIA para a repressão popular e tortura de opositores.

4.    A Revolução de 1979

Diante das altas taxas de pobreza, a repressão ditatorial, a oposição do clero xiita e a rejeição à influência dos Estados Unidos, entre 77 e 78 estourou no Irã uma série de protestos massivos, também influenciados pelo clérigo exilado Ruhollah Komeini. A reação do regime do xá foi brutal e o país mergulhou em conflito. Em 16 de janeiro de 79, Mohammed Pahlavi foi obrigado a se exilar e em, 1º de fevereiro, Komeini retornou ao Irã para conduzir o movimento. Em um contestado plebiscito, 99% da população teria votado pela instalação de uma República Islâmica, em que o líder supremo religioso, o aiatolá, tem a última palavra, acima do presidente. Nesta época, houve a invasão da embaixada dos Estados Unidos por manifestantes iranianos, que culminou posteriormente com o fim das relações diplomáticas entre os dois países.

5.    A Guarda Revolucionária

A Guarda Revolucionária Iraniana nasceu com a República Islâmica como um exército profundamente ligado à ideologia da Revolução, que existe em paralelo às Forças Armadas. O grupo responde diretamente ao aiatolá e passou a ganhar espaço com o investimento militar do país, a campanha contra a influência dos Estados Unidos, apelidado de “Grande Satã”; e peso econômico após passar a comandar setores-chave da estatizada economia iraniana. A Guarda Revolucionária fundou a Força Quds, um braço armado voltado para a política externa, que atua fundamentalmente no Oriente Médio e no Sul da Ásia. Quds é a palavra farsi para Jerusalém, cidade que os combatentes prometem retomar. A unidade foi liderada por Qassem Soleimani desde 1998.


O retorno de Khomeini ao Irã após a queda do xá Mohammed Pahlavi 


6.    Guerra Irã-Iraque (1980-88)

Assim como a iraniana, a população do Iraque é de maioria xiita e compartilhava um contexto sócio-econômico semelhante. Um ano após a proclamação da República Islâmica, o então presidente do Iraque, o sunita Saddam Hussein, percebeu o triunfo dos mullahs como uma ameaça.
Inicialmente, o conflito se escondia em disputas fronteiriças pela região em que correm os rios Tigres e Eufrates, mas em 82 o Iraque declarou guerra e invadiu de surpresa a fronteira do Irã. O ataque serviu para unificar o país persa, que mais uma vez se sentiu ameaçado por forças estrangeiras. Nesse período, se solidificou o poder da Guarda Revolucionária. Em 88, a Organização das Nações Unidas determinou um cessar-fogo, aceito pelo Irã após as baixas que vinha sofrendo. Alguns dias depois, o Iraque também cessou as hostilidades.

7.    reavivamento do programa nuclear

Desde a guerra com o Iraque e nos anos 90, o Irã retomou com força o combalido programa nuclear, que teve início nos anos 70. O país firmou acordo com a Alemanha e Rússia para avançar na área e concluir centrais nucleares. Desde 1995, a nação persa sofre sanções econômicas dos Estados Unidos, mas a partir da década seguinte as sanções passarem a ser eminentemente relacionadas ao programa nuclear e ao que os norte-americanos chamam de “atividades desestabilizantes” na região. O Irã insiste que o programa nuclear tem fins pacíficos e medicinais, ainda assim, durante anos proibiu a fiscalização das instalações Agência Internacional de Energia Atômica, vinculada à ONU.

8.    Guerra Estados Unidos-Iraque

Em 2003, na esteira do atentado às Torres Gêmeas, os Estados Unidos invadiram o Iraque e derrubaram o governo de Saddam Hussein. Nessa época, Qassem Soleimani já era líder da Força Quds e o mais importante general da Guarda Revolucionária, alçada ao topo do poder no regime dos aiatolás. Posteriormente, novo sistema político iraquiano favorece a representação étnica e religiosa, o que permitiu ao Irã aumentar sua influência no país através de representações políticas pró-iranianas e até mesmo a negociar a formação de governos.

9.    Primavera Árabe

Diante da convulsão instalada no mundo árabe pelos protestos iniciados na Tunísia em 2010, vários países considerados pelo Irã como áreas de influência sentiram o tumulto em seus territórios. A Força Quds liderada por Qassem Soleimani está na Síria em apoio ao regime do ditador Bashar Al-Assad, bem como no Líbano através do Hezbollah, partido político e força armada anti-Israel que compõe o governo libanês. A presença do Irã em territórios tão próximos ao israelense tem elevado a tensão na região e já incidiu em ataques esporádicos. O Irã também está no Iêmen, onde atua a favor dos rebeldes xiitas na guerra deflagrada em 2011. A presença iraniana é vista como ameaça pela Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo e forte aliado dos Estados Unidos, inimiga regional do Irã.

 

Acordo do programa nuclear iraniano

Representantes da China, Rússia, EUA, França, Reino Unido e Alemanha no acordo nuclear com o Irã

Em 2015, o Irã firmou um acordo histórico com Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China para reduzir a potência das centrais nucleares, o que impediria a criação de armas atômicas. Com a eleição de Donald Trump, os EUA saíram do acordo e reimpuseram as sanções sob acusação de que o Irã estaria violando os termos e utilizando brechas para desenvolver outros tipos de armas de alcance médio.

10. Estado Islâmico

Com o vazio de poder gerado pelas revoltas da Primavera Árabe, o grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico dominou uma vasta extensão de terra entre o Iraque e a Síria, incluindo cidades importantes como Mossul. No Iraque, uma força paramilitar pró-iraniana chamada Hash al Shaabi teve papel relevante na derrota dos terroristas e, desde a supressão do grupo, ganhou um status semi-oficial e se tornou umas das principais no país. 

11. Iraque, Irã, EUA e Arábia Saudita

- Em 20 de junho, o Irã derrubou um drone norte-americano que sobrevoava a região do Golfo Pérsico, em mais um passo na escalada verbal dos dois países desde a saída dos EUA do acordo nuclear.
- Em 14 de setembro, cerca de 20 drones iranianos atacaram as instalações da estatal petrolífera da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, o que interrompeu brevemente a produção do maior fornecedor de petróleo do mundo. Os dois países inimigos já vinham se enfrentando indiretamente no Iêmen, de onde os rebeldes xiitas apoiados pelo Irã têm lançado ataques com mísseis em direção ao território dos Saud.
- Em outubro 2019, o governo de coalizão do Iraque passou a enfrentar uma série de protestos que pediam o “fim do regime” e da influência iraniana, além da melhoria da qualidade de vida. Qassem Soleimani chegou a encontrar o primeiro-ministro e oferecer apoio contra a revolta popular e estava desde então em ponte aérea com o país para controlar a situação.
- Em 27 de dezembro, uma base militar de aliados dos EUA foi atacada com trinta mísseis. Um americano foi morto.
- Em 29 de de dezembro, um ataque aéreo dos Estados Unidos matou dezenas de manifestantes pró-iranianos na fronteira com a Síria. 


Invasão da embaixada norte-americana em Bagdá, Iraque 





- No dia 31, manifestantes ligados ao grupo Hash al Shaabi invadiram a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá. Eles deixaram o prédio no dia 1º de janeiro, mas àquela altura Trump já havia acusado o Irã de ter orquestrado a invasão, afirmando que o país pagaria um “alto preço”.
- Dois dias depois, 3 de janeiro, um ataque aéreo no aeroporto de Bagdá matou o general Qassam Soleimani, das Forças Quds da Guarda Revolucionária do Irã, e Abu Mehdi Al Muhandis, número dois da força Hash al Shaabi.

 

12. Perfis




Era um dos homens mais poderosos do Irã





Qassem Suleimani: 
líder da Força Al Quds, unidade especial da poderosa Guarda Revolucinária com atuação no exterior. Nos últimos anos, está na Síria, no Líbano, no Iraque e no Iêmen, onde Suleimani fazia as vezes de comandante militar e articulador político. De origem pobre, o general era considerado um herói nacional no Irã por sua atuação na Guerra Irã-Iraque e era próximo do líder supremo o aiatolá Khamenei. Morto em ataque aéreo dos EUA em Bagdá na terça-feira, 3.


Abu Mahdi al-Mohandis, número dois da força paramilitar iraquiana Hash al Shaabi 




Abu Mehdi Al Muhandis:
 Conhecido como “Al Muhandis”, termo árabe para engenheiro, Abu Mehdi era chefe da força paramilitar iraquiana Hash al Shaabi, proeminente desde a derrota do Estado Islâmico. Tem dupla nacionalidade iraniana e iraquiana e lutou contra Saddam Hussein. Forte opositor dos Estados Unidos. Morto em ataque aéreo dos EUA em Bagdá na terça-feira, 3.


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 



Donald Trump:
 presidente dos Estados Unidos, desde o governo Obama é forte crítico do acordo nuclear com o Irã e tem imposto mais sanções ao país persa. Em 2011, chegou a dizer que Obama deveria começar uma guerra contra a nação. Após a morte de Qassem Suleimani e a promessa de retaliação, afirmou que o Irã “nunca ganha uma guerra”.

 

13. Raio-X do Irã

Nome oficial: República Islâmica do Irã
Capital: Teerã
Língua oficial: farsi
Religião oficial: Islamismo
Principal vertente do Islã: xiismo
População: 87 milhões
Moeda: Rial iraniano
PIB: US$ 1,2 trilhões
Fronteira: Turcomenistão, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Turquia, Azerbaijão e Armênia
Acesso ao mar: Golfo Pérsico e Golfo do Omã, importantes rotas de exportação de petróleo
(Fonte: FMI)
Militares na ativa (2017): 523 mil
Orçamento das Forças Armadas (2017): US$ 16 bilhões
Divisão das forças:
- Exército: 350 mil
- Marinha: 18 mil
- Força Aérea: 30 mil
- Guarda Revolucionária: 125 mil
(Fonte: Forbes)
Principais oponentes regionais: Arábia Saudita (sunita) e Israel; Turquia
Principal oponente: Estados Unidos

 

 

Blog » Comércio Exterior » Irã: Exportações e Importações do Brasil
9 de janeiro de 2020
Irã: Exportações e Importações do BrasilVocê deve ter lido as notícias dos últimos dias sobre os fatos ocorridos entre EUA x Irã, o que resultou na morte do principal general Iraniano Qassem Soleimani, durante um ataque ordenado por Donald Trump. 
As relações entre EUA e Irã nunca foram muito boas e toda essa crise não teve início agora como muitos devem pensar, para ser mais exata, tudo começou na década de 1950, mas é claro que após a morte do general tudo ficou ainda pior. Toda essa crise acaba por afetar as economias do mundo todo, causando assim dificuldades quando falamos de exportações e importações desses países. 
Dito isso, vamos então tratar do assunto de hoje aqui no blog, vou trazer para você os principais produtos exportados pelo Brasil para o Irã, bem como os Produtos importados do Irã ao Brasil.
Então vem comigo e vamos saber mais sobre a relação comercial do Brasil com o Irã.

Fonte: ComexVis – Período de Janeiro a Novembro 2019

O que o Brasil exporta para o Irã

Confira os principais produtos que o Brasil exporta para o Irã.
Lista com os 5 Produtos mais exportados no ano de 2019:
1.            Milho em grãos;
2.            Soja;
3.            Farelo e resíduos da extração da soja;
4.            Carne de bovino; e
5.            Açúcar de cana em bruto.

O Irã é o principal destino do Milho em grãos o qual aparece na nossa primeira colocação. Acima citei os 5 mais exportados de janeiro a novembro do ano de 2019. Da soja 2,2% é destinada ao país.

 

O que o Brasil importa do Irã

Confira também o que o Brasil compra do Irã. 
As importações do Irã para o Brasil são baixas, no período de Janeiro a Novembro de 2019, elas totalizaram US$ 88,94 Milhões. Logo, o Irã é o 70º colocado no Ranking de Importações Brasileiras.

Lista dos 5 Principais Produtos importados do Irã para o Brasil no ano de 2019:

1.            Uréia mesmo em solução aquosa;
2.            Uvas frescas;
3.            Objetos de vidro para uso doméstico;
4.            Vidro flotado, desbastado ou polido em chapas ou folhas; e
5.             Produtos manufaturados.

Os produtos importados tiveram uma diferença bastante considerável, por exemplo, no ano de 2018 a Ureia nem aparecia nos principais produtos importados e quem aparecia eram os produtos semimanufaturados de ferro ou aço, o qual já não aparece mais na nossa lista.

Conheça também os principais produtos importados pelo Brasil em relação ao mundo todo.

Balança Comercial do Brasil com o Irã

Na imagem a seguir podemos então ver como foi o ano de 2019 de janeiro à novembro. A Balança Comercial entre Brasil x Irã é Superavitária, conforme exemplo abaixo: 

A crise entre EUA e Irã que acabou se intensificando no início de 2020 acaba por colocar em risco principalmente as exportações brasileiras para o país, ainda mais a partir das declarações dadas pelo presidente brasileiro onde dizia que o país era a favor de qualquer país que lutasse pelo combate do terrorismo, o que levou o Irã a pedir esclarecimentos sobre o fato. O Itamaraty também divulgou nota onde diz repudiar o terrorismo, demonstrando assim que o governo federal acredita que o general iraniano morto e a Guarda Revolucionária poderiam ser classificados como terroristas. 
A partir daí as coisas só se intensificaram e até uma terceira guerra mundial foi cogitada, o que segundo especialistas é pouco provável. 

 

Relação entre Brasil e Irã

As relações entre estas duas nações começaram em 1903, mas se mostraram promissoras a partir de 1957, quando houve a assinatura de um acordo cultural, que entrou em vigor em 28 de dezembro de 1962. Em 1965, o monarca iraniano Mohammad Reza Pahlavi visitou o Brasil. O principal motivo deste primeiro contato era o de promover a presença brasileira no Irã e no Oriente Médio através de livros, filmes, intercâmbio de professores e intelectuais, além de peças teatrais. Posteriormente, novos documentos seriam assinados entre o governo brasileiro e os representantes iranianos. O principal deles foi o acordo que estabelecia a formação da comissão de cooperação econômica e técnica, em 1975.

EUA x Irã

Um bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA Donald Trump acabou por matar o General Qassem Soleimani chefe de milícia iraquiana apoiada pelos iranianos, o ataque foi feito por meio de um drone em Bagdá. Qassem era um dos homens mais poderosos do Irã, os EUA confirmaram que o ataque foi ordenado por Tramp segundo nota do G1, mas claro que o Irã não irá deixar isso de lado e já prometeu vingança.
Essa crise entre os dois países não vem de hoje, ela começou lá na década de 1950, porém acabou se intensificando ainda mais no ano passado (2019), se aprofundou em junho passado, quando dois petroleiros, um norueguês e outro japonês, foram atingidos por torpedos no golfo de Omã, uma área próxima ao Estreito de Ormuz, de onde sai um quinto do petróleo consumido no mundo. 
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EUA X Irã: como a paz tornou-se possível

Por Redação  Para horror dos que ganham com a guerra, Teerã tem liderança esclarecida e Washington já não pode suportar mais um conflito

Por Ignacio Ramonet. Tradução de Maurício Ayer* 
Esta matéria faz parte da edição 129 da revista Fórum. Compre aqui.

Os gestos de aproximação entre Teerã e Washington multiplicam-se rápido. Uma nova era parece começar. Agora, parece possível uma solução política, para pôr fim ao conflito a respeito da energia nuclear que opõe, há mais de trinta anos, o Irã e os Estados Unidos. De repente, gestos recíprocos de conciliação tomaram o lugar das ameaças e ofensas proferidas durante décadas. A ponto de a opinião pública se perguntar como passamos tão depressa de uma situação de enfrentamento constante à perspectiva, agora plausível, de um acordo.
Há apenas dois meses, no início de setembro passado, estávamos – uma vez mais – à beira da guerra no Oriente Médio. Os meios de comunicação de alcance global anunciavam em seus títulos o “ataque iminente” dos Estados Unidos contra a Síria, grande aliado do Irã, acusada de ter cometido, em 21 de agosto, um “massacre químico” na periferia de Damasco.

(Flickr.com/ dynamosquito)
A França, por razões ainda enigmáticas, estava na linha de frente. Pronta a participar desse ataque, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, sem solicitar a concordância de seu Parlamento e sem esperar o relatório dos especialistas das Nações Unidas… David Cameron, primeiro-ministro britânico, estava igualmente empenhado nesta nova “coalizão internacional” decidida a “punir” Damasco como ela havia “punido” (com o apoio da Otan), em 2011, a Líbia do coronel Kadhafi… Diversos Estados vizinhos – Arábia Saudita (grande rival regional do Irã), Catar, Turquia –, já muito engajados na guerra civil síria ao lado dos insurgentes, apoiavam o projeto dos “ataques aéreos”.
Tudo apontava para um novo conflito. No centro de uma “zona de todos os perigos”, ele arriscava transformar-se rapidamente em conflagração regional. Pois a Rússia (que dispõe de uma base naval geoestratégica em Tartus, na costa síria, e é fornecedora maciça de armas a Damasco) e a China (em nome da soberania dos Estados) tinham avisado que oporiam seus vetos a qualquer pedido, no Conselho de Segurança, em favor do ataque. De sua parte, Teerã denunciava o uso de armas químicas e temia a intervenção militar, receando que ela permitisse a Israel aproveitar para atacar o Irã e destruir suas bases nucleares… Era, portanto, o barril de pólvora do Oriente Médio (incluindo o Líbano, o Iraque, a Jordânia e a Turquia) que ameaçava explodir.
Mas de repente, sem transição, esse projeto de “ataque iminente” foi abandonado – para grande estupor de todos os partidários da guerra… Por quê? Por, pelo menos, quatro razões.
Em primeiro lugar, a recusa das opiniões públicas ocidentais, majoritariamente hostis a um novo conflito, cujos principais beneficiários locais seria certamente os grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda. Grupos estes, aliás, que os ocidentais combatem na Líbia, no Mali, na Somália, no Iraque, no Iêmen, entre outros países… Houve em seguida, no dia 29 de agosto, a humilhante derrota de David Cameron no Parlamento britânico, que tirou o Reino Unido do jogo. Depois, em 31 de agosto, veio a reviravolta de Barack Obama, que decidiu, para ganhar tempo, solicitar um sinal verde do Congresso estadunidense, do qual ele não tinha qualquer necessidade… Enfim, em 5 de setembro, durante a cúpula do G-20 em São Petersburgo, Vladimir Putin propôs formalmente colocar a operação sob controle da ONU e destruir o arsenal químico sírio. 

Hassan Rohani: desde sua posse, o novo presidente iraniano declarou que um momento distinto começava e que ele procuraria, pelo “diálogo”, tirar seu país do isolamento diplomático e da confrontação com o Ocidente sobre a questão nuclear (Mojtaba Salimi)
Essa solução (uma indiscutível vitória diplomática de Moscou) servia bem tanto a Washington quanto a Paris, Damasco e Teerã. Paradoxalmente, ela significava, em contrapartida, uma derrota para… vários aliados dos Estados Unidos (inimigos do Irã), a saber: Arábia Saudita, Catar e Israel.

Evidentemente, uma saída como essa – inimaginável apenas dois meses atrás – deveria transformar a atmosfera diplomática geral e acelerar a aproximação entre Washington e Teerã.

Na realidade, tudo havia começado em 14 de junho, com a eleição de Hassan Rohani à Presidência do Irã, sucedendo o controverso Mahmoud Ahmadinejad. Desde sua posse, em 4 de agosto, o novo presidente declarou que um momento distinto começava, e que ele procuraria, pelo “diálogo”, tirar seu país do isolamento diplomático e da confrontação com o Ocidente sobre a questão nuclear. Seu principal objetivo: afrouxar as sanções internacionais que estrangulam a economia. 
Essas sanções estão entre as mais duras já impostas a um país em tempos de paz. A partir de 2006, o Conselho de Segurança, agindo amparado no capítulo VII da Carta das Nações Unidas1, adotou quatro resoluções muito rígidas – 1.737 (2006), 1.747 (2007), 1.803 (2008) e 1.929 (2010) – em resposta aos riscos de proliferação que o programa nuclear iraniano supostamente implicaria.
Essas restrições foram reforçadas em 2012 por um embargo petroleiro e financeiro dos Estados Unidos e da União Europeia, que isolaram do mercado mundial o Irã, que está sentado sobre a quarta maior reserva mundial de petróleo e a segunda de gás 2.

Tudo isso degradou brutalmente as condições de vida. Aproximadamente 3,5 milhões de iranianos estão, desde então, desempregados (ou seja, 11,2% da população ativa ), uma cifra que poderia aumentar até 8,5 milhões segundo o ministro da Economia. O salário mínimo mensal é de apenas 6 milhões de rials (200 dólares), enquanto os preços ao consumidor mais que dobraram. E os produtos de base (arroz, azeite, frango) permanecem caros demais. Os medicamentos importados são inencontráveis. A taxa anual de inflação é de 39%. A moeda nacional perdeu 75% de seu valor em 18 meses.

Nesse contexto de mal-estar social agudo, o presidente Rohani multiplicou rapidamente os sinais de mudança. Libertou uma dezena de prisioneiros políticos, entre os quais Nasrin Sotoudeh, militante dos direitos humanos. Em 25 de agosto, houve, pela primeira vez em décadas, a visita a Teerã de um diplomata norte-americano – Jeffrey Feltman, secretário-geral adjunto da ONU, enviado para examinar, com o novo chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, a situação na Síria. Ninguém tem dúvida de que eles trataram também das relações Irã-Estados Unidos… Na sequência, produziu-se o insólito: Hassan Rohani e Barack Obama trocaram cartas, nas quais se diziam prontos a conduzir as “discussões diretas” para tentar encontrar uma “solução diplomática” para a questão nuclear iraniana.

A partir daí, Hassan Rohani pôs-se a dizer frases que, há anos, os ocidentais queriam ouvir. Durante uma entrevista à CNN, diante de uma questão sobre o Holocausto, o presidente iraniano declarou: “Todo crime contra a humanidade, incluindo os cometidos pelos nazistas contra os judeus, é repreensível e condenável.” Ou seja, o contrário exato do que Mahmoud Ahmadinejad tinha martelado durante oito anos. Para a NBC, Rohani afirmou: “Nunca tentamos produzir uma bomba nuclear e não temos a intenção de fazê-lo.” Por fim, em artigo publicado no Washington Post, o presidente iraniano propunha procurar, pela negociação, soluções de tipo “ganha-ganha”.

Em resposta, Barack Obama, ao discursar na ONU, em 24 de setembro, citou 25 vezes o Irã, pronunciando igualmente as palavras que Teerã queria ouvir. Que os Estados Unidos “não querem mudar o regime” iraniano, e que Washington respeita “o direito do Irã de aceder à energia nuclear para fins pacíficos”. Sobretudo, pela primeira vez, ele não ameaçou o Irã e não repetiu a frase fatídica: “Todas as opções estão sobre a mesa”. No dia seguinte, um secretário de Estado norte-americano (John Kerry) e um ministro das Relações Internacionais iraniano (Mohammad Javad Zarif) reuniram-se pela primeira vez desde a ruptura de relações diplomáticas entre os dois países, em 7 de abril de 1980 (em seguida à prisão de reféns na embaixada dos Estados Unidos, em 4/11/1979), para tratar da questão nuclear iraniana. E reencontraram-se em Genebra a partir de 15 de outubro, para a reunião do Grupo dos Seis (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, mais a Alemanha), com a incumbência de debater, no ambiente da ONU, a questão iraniana.

O estado das finanças americanas, depois da crise de 2008, não permite aos Estados Unidos assumir o custo considerável de seu envolvimento múltiplo nas guerras e conflitos do Oriente Médio (Flickr.com_hnefill)

Por fim, um encontro “muito produtivo” entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ocorreu em Viena, em 30 de outubro. Estabeleceu, segundo afirmaram as duas partes em rara declaração comum, “avanços na questão do programa nuclear iraniano, permitindo vislumbrar as próximas negociações com um certo otimismo”. Acrescentaram, além disso, que “na sequência de discussões substanciais, foi decidido que uma nova reunião aconteceria em 11 de novembro, em Teerã3”. Essa atmosfera de frases distensionadoras e pequenos passos no caminho da reconciliação 4 converteu-se em cena espetacular no célebre contato telefônico de 27 de setembro, entre Barack Obama e Hassan Rohani.

No entanto, resta o nó do problema. Washington formula três exigências: 1) que Teerã pare de enriquecer urânio a mais de 20%, um percentual considerado relativamente próximo do nível militar; 2) que os iranianos permitam inspeções mais avançadas; 3) que o Irã conserve, sob seu controle, quantidades muito limitadas de urânio enriquecido. Por seu lado, Teerã reclama que lhe reconheçam seu direito a um programa atômico civil e quer obter um alívio das sanções internacionais que estrangulam sua economia.
De parte a parte, a desconfiança é grande. Quando, em 2006, o Conselho de Segurança da ONU infligiu a Teerã as primeira sanções por causa de seu programa nuclear, o Irã contava com apenas 200 centrífugas para enriquecer seu urânio. Esse número, desde então, multiplicou-se por cem: o país disporia atualmente de cerca de 20 mil centrífugas… Destas, metade teria sido instalada ao longo dos dois últimos anos. Entre os últimos aparelhos, mil seriam de nova geração, com capacidade de produção muito mais forte. Eles permitiriam ao Irã, se assim desejasse, elevar seu urânio enriquecido ao nível militar em prazos muito curtos.

O Irã estaria em condições, desde já, de obter urânio suficientemente enriquecido para fabricar uma bomba em alguns meses… Ignora-se, contudo, se dispõe de uma ogiva nuclear que possa ser eficazmente adaptada a seus mísseis. Quanto a isso, um relatório de 2011 da AIEA5 [afirmou que a Agência dispunha de provas de que o Irã teria efetuado, ao longo dos anos precedentes, “pesquisas importantes com vistas a desenvolver uma ogiva nuclear”. Segundo esse mesmo relatório, Teerã teria igualmente avançado no sentido de produzir um reator nuclear de água pesada, capaz de produzir plutônio para fabricar uma ogiva nuclear.

De maneira que os iranianos disporiam de dois caminhos possíveis para construir um artefato atômico bélio: o do urânio e o do plutônio. Aos olhos das potências ocidentais, esses dois caminhos são linhas vermelhas que Teerã não deve ultrapassar.
O Irã sempre negou que seu programa nuclear tinha metas militares. Seu objetivo declarado é civil. Dominar o ciclo da energia atômica, para poder garantir sua autonomia energética depois do esgotamento das reservas de hidrocarbonetos.
Contudo, é inegável que Teerã deseja ter seu lugar na cena internacional. Um lugar que corresponda à sua posição de antigo Império Persa, à sua dimensão demográfica (80 milhões de habitantes) e à sua situação geopolítica (na encruzilhada entre o Afeganistão e o Paquistão, o Cáucaso, o Oriente Médio e a Turquia). Os dirigentes iranianos constatam, com melancolia, que seu país é posto para escanteio, enquanto outros Estados do Sul (Turquia, Índia, Brasil…) emergem e desempenham um papel cada vez mais importante no novo contexto internacional. Eles medem pelo desarranjo de sua economia o que lhes custou três décadas de hostilidade norte-americana.

Ao contrário do governo ultraconservador israelense, que tenta torpedear essa aproximação6, outros aliados dos Estados Unidos não querem ser os últimos a subir no bonde da paz. Nem, sobretudo, perder suculentos contratos comerciais com um país de 80 milhões de consumidores… Por isso, o Reino Unido imediatamente anunciou que pretendia reabrir sua embaixada em Teerã e relançar suas relações diplomáticas. E, a partir de 24 de setembro, o presidente francês, François Hollande, apressou-se em ser o primeiro dirigente ocidental a se encontrar e publicamente apertar a mão de Hassan Rohani. É preciso dizer que a França tem importantes interesses econômicos a defender no Irã. Em particular, no setor automotivo, com duas empresas (Renault e Peugeot) presentes no país há décadas (mas que tiveram que parar a produção por conta das sanções). Faz alguns meses que tanto a Renault quanto a Peugeot assistem, com preocupação, à chegada com força dos construtores americanos, notadamente a General Motors.

Tudo indica que o degelo atual vai se intensificar. O Irã e os Estados Unidos, objetivamente, têm interesse nisso. O argumento da diferença abissal entre os sistemas políticos estadunidense e iraniano não se sustenta. Os “compromissos históricos” abundam. Que identidade política haveria, por exemplo, entre a China de Mao Tsé-tung e os Estados Unidos capitalistas de Richard Nixon? A ausência não impediu esses dois países de normalizarem suas relações desde 1972 e de empreenderem a espetacular aproximação econômica e comercial que se seguiu. Seria possível, igualmente, citar a aproximação insólita, a partir de novembro de 1933, entre os Estados Unidos de Roosevelt e União Soviética de Stalin. Dois sistemas que se opunham em tudo, mas que puderam, juntos, vencer a Alemanha hitlerista e ganhar a II Guerra Mundial.

No plano geoestratégico, o presidente Barack Obama procura desembaraçar-se do Oriente Médio para se voltar para a Ásia, “zona de futuro e de crescimento” do século XXI, segundo Washington. Sólida desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a implantação norte-americana na região justificava-se pela existência das principais fontes de hidrocarbonetos, indispensáveis para a máquina de produção norte-americana. Mas isso mudou com a descoberta, nos Estados Unidos, de importantes reservas de gás e de petróleo de xisto, que poderiam aportar-lhes, num prazo breve, uma quase autonomia energética.

Por outro lado, o estado das finanças americanas, depois da crise de 2008, não permite aos Estados Unidos assumir o custo considerável de seu envolvimento múltiplo nas guerras e conflitos do Oriente Médio. Negociar com o Irã, para que abandone seu projeto nuclear militar, é muito menos caro que uma guerra ruinosa. Além disso, a opinião pública dos EUA mantém-se hostil a um confronto contra o Estado persa. E aliados como a Alemanha e o Reino Unido, tendo em vista o que ocorreu no caso da Síria, certamente não participariam da aventura.
Ao contrário, se um acordo for possível, O Irã poderia ajudar a estabilizar o conjunto da região, em especial o Afeganistão, Iraque, Síria e Líbano, o que aliviaria Washington.

Já Teerã tem necessidade absoluta de um acordo, para dissipar o peso das sanções e reduzir as agruras da vida quotidiana da população. Os dirigentes sabem que não estão livre de um grande levante social. Sobre a questão nuclear, o Irã parece ter compreendido que possuir uma bomba que não poderia utilizar, e se reduzir à situação da Coreia do Norte, não é uma opção. Poderia contentar-se, como o Japão, em dominar a técnica, mas manter-se à margem do nuclear militar – que permaneceria a seu alcance7… No momento, tudo o empurra a apostar, para sua defesa, em seus ativos militares tradicionais, que não são desprezíveis.

Além disso, o status de potência regional, a que Teerã aspira desde sempre, passa por um acordo (ou mesmo uma aliança) com os Estados Unidos, assim como Israel ou a Turquia. Enfim, dado relevante, o tempo corre contra os iranianos: o sucessor de Barack Obama pode ser mais intransigente.
Obstáculos não faltarão, num e noutro campo. O governo Obama, por exemplo, precisa obter o aval do Congresso, onde os amigos de Israel são, sabidamente, numerosos. E será preciso prever o lobby hostil da Arábia Saudita e de outras petro-monarquias do Golfo Pérsico.
Mas o governo Obama deseja, fortemente, obter um grande acordo diplomático com o Irã, semelhante ao que Nixon estabeleceu com a China, em 1972.
Em Teerã, os adversários de um acordo também são poderosos. Mas tudo indica que um novo ciclo foi aberto. A exemplo do que ocorreu na China, após a morte de Mao em 1976, e na União Soviética, à época de Mikhail Gorbachev, há nas profundezas do país um impulso reformador que pode produzir efeitos mesmo no núcleo ideológico da revolução islâmica – desde que preserve a estrutura de poder dos ayatolás.

A lógica da História empurra, portanto, Washington e Teerã – que compartilham uma fé comum no neoliberalismo econômico – rumo ao que poderíamos chamar de um “acordo heroico”.  
1. Este capítulo trata da “ação em caso de ameças à paz, rupturas da paz ou atos de agressão”.
2. As exportações iranianas de petróleo caíram de 2,5 milhões de barris diários, em 2011, para menos de 1 milhão (segundo os dados mais recentes da Agência Internacional de Energia).
3. Les Echos, Paris, 30/11/2013.
4. Pode-se acrescentar à lista a recente decisão do município de Teerã, que retirou das ruas da capital os cartazes antinorteamericanos.
5. Le Monde, 9/11/2011.
6. Não se sabe muito bem por quê, já que um acordo entre Washington e Teerã iliminaria o risco, para Israel, de um Irã nuclear; preservaria a supremacia atômica israelense no Oriente Médio (como o recente acordo sobre a Síria preserva a supremacia em armas químicas); e evitaria, para Tel Aviv, o risco de uma guerra cara e perigosa.
7. As questões técnicas envolvidas nas negociações dizem respeito principalmente ao programa iraniano de enriquecimento de urânio. Washington pede poderes mais amplos para inspecionar as instalações iranianas. Também não quer que o Irã enriqueça o combustível a 20% (um índice próximo do militar) e reivindica que Teerã envie a um país neutro, ou a uma organização internacional, o urânio já enriquecido, para garantir que ele não será destinado a uso militar. O objetivo é que o Irã não possua, em hipótese nenhuma, um estoque suficiente para montar uma bomba, caso seja de seu interesse.
* Texto publicado em Outras Palavras.


Revoltas durante o Império

Fonte:https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/segundo_reinado.htm



Primeiro Reinado – O Segundo Reinado será no próximo programa A História do Primeiro Reinado no Brasil, resumo, Constituição de 1824, Guerra da Cisplatina, Confederação do Equador, crise do Primeiro Reinado e abdicação de D. Pedro I


D. Pedro I: imperador do Brasil durante o Primeiro Reinado

Período histórico (resumo)
 O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I.
 O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.

Reações ao processo de Independência
 Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões ocorreram muitos protestos e reações políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas locais e oficiais.

Constituição de 1824
 Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador, insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a Assembleia. Alguns deputados foram presos.
 D. Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.
 A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).

Guerra da Cisplatina
 Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de D. Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.

Confederação do Equador
 As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central. A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região com o autoritarismo de D. Pedro I foram as principais causas deste movimento.
 Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou guerra ao governo imperial. 
O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o governo de D. Pedro I só aumentou.
 
Bandeira do Brasil no Primeiro Reinado

Desgaste e crise do governo de D. Pedro I
 Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D. Pedro I estava extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.
 Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.
 Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D. Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D. Pedro I entraram em conflitos de rua com os opositores.

Abdicação do imperador
Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D. Pedro I percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.
Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo após deixar o poder, viajou para a Europa.

Última revisão: 17/09/2019
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Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).

Data
Lutadores e Lutadoras na História do Brasil
03
1898 nasce em Porto Alegre (RS) Luís Carlos Prestes, grande protagonista da história do Brasil. Liderou a Coluna Prestes, marcha de militares pelo país contra a oligarquia. Em 1935 comandou o levante comunista contra Vargas. Depois da redemocratização, em 45, elegeu-se senador pelo PCB, logo cassado. Na ditadura exilou-se e voltou ao país após a anistia, em 1979. Faleceu em 07/03/1990, sem interromper por um dia sua longa militância.
04
1988 ocorre a morte de Henrique de Souza Filho, o Henfil. O cartunista ganhou reconhecimento a partir de 1969, quando começou a colaborar com o Pasquim, que não poupava criticas à ditadura, ao moralismo e ao conservadorismo. Sempe esteve ligado aos movimentos sociais e políticos, tendo sido um dos fundadores do PT;
05
1974 neste mês, morre Telma Regina Cordeiro Correa, nascida no RJ em 1947. Estudante de geografia da UFF, foi expulsa da faculdade em 1968 por sua militância. Filiada ao PC do B, em 1971 foi para o Araguaia para integrar-se, junto a outros companheiros, à guerrilha contra a ditadura. Não há certeza sobre a causa da sua morte: se assassinato, fome ou sede.
06
1945 nasce, no Paraguai, Soledad Viedma. Já militante aos 17 anos, foi sequestrada por neonazistas em Montevidéu, que a feriram à navalha e desenharam suásticas em sua pernas, por ser negar a gritar viva Hitler. Depois de um período em Cuba, veio  para o Brasil e lutou contra a ditadura empresarial-militar na VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). Em 08/01/1973, ela e outros militantes foram assassinados no episodio conhecido como Massacre da Chácara São Bento (PE), após ser denunciada, gravida, pelo agente infiltrado Cabo Anselmo, de quem era companheira.
07
1835 Liderados por Antonio Vinagre, rebeldes tomam de assalto o quartel e o palácio do governo de Belém, instaurando o governo do Grão-Pará, Foi quando teve inicio a Cabanagem, uma forte revolta das camadas mais pobres da sociedade paraense que instaurou três governos populares. Mesmo com a forte repressão, os revoltosos resistiram até 1840.
08
1948 cassação do mandato de 14 deputados comunistas, entre eles estavam Luís Carlos Prestes, João Amazonas, Carlos Marighella, Gregória Bezerra e Jorge Amado. No parlamento, Mauricio Grabois, um dos atingidos pela medida, fez um longo discurso de contestação. “Somos a juventude do mundo, os homens que lutam pelo progresso do Brasil” disse.
09
1858 ocorre a primeira greve de que se tem noticia no Brasil, dos tipógrafos de três jornais da capital do país: o Jornal do Commercio, o Correio Mercantil e o Diário do Rio de Janeiro. Os trabalhadores exigiam aumento no salario e melhores condições de trabalho. No segundo dia da paralisação, saiu o Jornal dos Typógraphos, órgão do movimento grevista.
 
Módulo Destaque Cultural

Biografia  Tia Dodô (99 anos)Maria das Dores Rodrigues -  3/1/1920 Barra Mansa, RJ  6/1/2015 Rio de Janeiro, RJ - Porta-bandeira.   Ficou conhecida como Tia Dodô da Portela.  Seu primeiro desfile foi em 1935, ano em que a escola foi campeã pela primeira vez.  Morreu aos 95 anos de idade. 



Biografia –  Compadre Moreira (86 anos) - Valdemar Moreira -  4/1/1933 Cândido Mota, SP - Cantor. Compositor. Humorista.

Biografia –  Carmen Costa (99 anos) - Carmelita Madriaga -  5/1/1920 Trajano de Moraes, RJ -  25/4/2007 Rio de Janeiro, RJ - Cantora. Natural do interior do Estado do Rio de Janeiro. Seus pais eram meeiros na fazenda Agulha, onde ainda pequena, começou a trabalhar como doméstica em casa de uma família de protestantes. Foi lá que aprendeu hinos religiosos e demonstrou seu talento de cantora. Em 1935, foi para o Rio de Janeiro e, com apenas 15 anos, empregou-se como doméstica na casa de Francisco Alves. Foi nessa época que começou a freqüentar programas de calouros do rádio. Em novembro de 1945, casou-se com o norte-americano Hans Van Koehler. Depois de viajar pelo exterior, fixou residência em Nova Jersey, por dois anos. Como compositora, adotou o pseudônimo de Dom Madrid. Faleceu de insuficiência renal, aos 87 anos de idade, no Hospital Lourenço Jorge no Rio de Janeiro onde estava internada, tendo seu corpo sido velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

Biografia –  Humberto Teixeira (104 anos) - Humberto Teixeira -  5/1/1915 Iguatu, CE -  3/10/1979 Rio de Janeiro, RJ - Compositor. Nasceu no interior do Ceará, onde estudou nas primeiras séries escolares e aprendeu a tocar bandolim e flauta. Era sobrinho do maestro cearense Lafaiete Teixeira. Mais tarde mudou-se para Fortaleza, onde fez o curso secundário, estudando no Liceu do Ceará. Em 1943 formou-se em Direito, pela Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro. Ficou conhecido como o "Doutor do Baião". Em 2015, ano de centenário de seu nascimento, recebeu diversas homenagens, entre elas o circuito “Centenário de Humberto Teixeira - o doutor do baião”, realizado em datas diferentes em diversas cidades brasileiras. Entre outros eventos, a programação contou com um culto ecumênico na catedral metropolitana de Fortaleza (CE) e apresentações de danças e bandas em São Luís (MA) e Brasília (DF). Também em Fortaleza (CE), inaugurou-se o Salão Humberto Teixeira, no Museu do Ceará, com todo o seu acervo pessoal em amostra, o Memorial Humberto Teixeira, a praça Doutor do Baião, com uma estátua sua encravada, além de escolas novas e ruas com o seu nome.

Biografia –  Luiz Melodia (68 anos) - Luís Carlos dos Santos -  7/1/1951 Rio de Janeiro, RJ -  4/8/2017 Rio de Janeiro, RJ - Compositor. Cantor.  Filho de Oswaldo Melodia, sambista do bairro do Estácio. Durante a adolescência compôs e cantou músicas, chegando a formar, com os amigos da vizinhança, o conjunto Os Instantâneos. Participou de vários programas de calouros, incluindo o de Jair de Taumaturgo, na Rádio Mauá e na TV Continental. Casado com a produtora e cantora Jane Reis, com quem tem o filho Mahal, também cantor/compositor, e integrante da dupla de hip hop Aliança 21 (c/ Tigrão), que lançou o disco "Apocalipse". Faleceu em decorrência de câncer de medula, tendo seu corpo velado na Quadra da Escola de Samba Estácio de Sá e sepultado no Cemitério do Catumbi. Em 2018 a cantora e cineasta Karla Sabah finalizou o documentário "Luiz Melodia - O Negro Gato", com cenas do cotidiano do cantor e a participação de vários amigos, tais como Waly Salomão e Gal Costa. Neste mesmo ano o jornalista e escritor curitibano Toninho Vaz deu início à biografia do cantor intitulada "O Poeta do Estácio", encomendada pela Editora Tordesilhas. Em 2019 o diretor Marco Abujamra e a produtora Mariana Marinho, através da Companhia Cinematográfica Dona Rosa Filmes, deram início às filmagens do documentário "Todas As Melodias", sobre a vida e a oba do cantor e compositor, com trilha sonora integrada por regravações e novas versões de algumas de suas composições por Zezé Motta, Céu e Arnaldo Antunes.

Biografia –  Bira da Vila (56 anos) - Ubirajara Silva de Souza -  8/1/1963 Duque de Caxias, RJ - Cantor. Compositor. Percussionista. Nasceu no bairro Vila São Luiz, em Duque de Caxias, cidade do Rio de Janeiro. O pai, Seu Jair, também conhecido como Neblina, sambista, versador de partido-alto e passista da Escola de Samba Cartolinha de Caxias foi goleiro do Vila São Luiz Futebol Clube. Começou a tocar percussão aos cinco anos de idade nas rodas de samba que o pai participava ao final do futebol
No ano de 1979 comandava uma roda de samba no bar do Zezinho situado diante do Clube Recreativo Caxiense. Aos 23 anos ingressou na Ala de Compositores da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense.


Relação completa dos aniversariantes da semana.




Intervalo compreendido do dia 03 a 09/01
9  Adalto Magalha (74 anos)  Alcides Gonçalves (32 anos)  Alexandre Conde (48 anos)  Cacá Pereira (55 anos)  Edmon Costa (55 anos)  Isolda (62 anos)  José Brasilício de Sousa (165 anos)  Levino Ferreira (49 anos)  Robertinho do Acordeom (80 anos)  Vagalume (73 anos)  Valmyr de Oliveira (59 anos)  Ziul Matos (102 anos)

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