Programa 371 - Semana de 03 a 09/01/2020 – 02ª Edição do ano Fonte- Ricardo Cravo Albin
Ivan Luiz Jornalista - Reg. CPJ 38.690 - RJ – 1977.
Nossos Homenageados inesquecíveis da semana que proporcionaram grandes impactos na cultura brasileira e internacional destaque para Tia Dodô (99 anos) – 03 - Cocada (68 anos) - Compadre Moreira (86 anos) – 04 - Carmen Costa (99 anos) – 04 - Humberto Teixeira (104 anos) – 05 - Luiz Melodia (68 anos) – 07 - Bira da Vila (56 anos) – 08
.
Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória destaque para As revoltas durante o Império
Relação completa dos aniversariantes de 03 a 09/01
Editorial – O conteúdo dessa transmissão é o seguinte:
EUA x Irã: veja cronologia das hostilidades entre os dois
países
Da Pérsia ao Irã – reinado dos xás - último xá - A Revolução de 1979 - A Guarda Revolucionária - Guerra Irã-Iraque (1980-88) - reavivamento do
programa nuclear - Guerra Estados
Unidos-Iraque - Primavera Árabe - Estado Islâmico - Iraque, Irã, EUA e Arábia Saudita – Perfis - Qassem Suleimani - Abu Mehdi Al Muhandis - Donald Trump
Blog » Comércio Exterior» O que o Brasil exporta para o Irã - Lista com os 5 Produtos mais exportados no ano de 2019 - O que o Brasil importa do Irã - Lista dos 5 Principais Produtos importados do Irã para o Brasil no ano de 2019 - Balança Comercial do Brasil com o Irã - Relação entre Brasil e Irã - EUA x Irã
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DE JANEIRO DE 2014, 15H19 - EUA X Irã: como a paz tornou-se possível
Primeiro Reinado – O Segundo Reinado será no próximo programa
A História do Primeiro Reinado no Brasil, resumo,
Constituição de 1824, Guerra da Cisplatina, Confederação do Equador, crise do
Primeiro Reinado e abdicação de D. Pedro I
Lutadores e Lutadoras
na História do Brasil
Homenagem aos destaques culturais -
Tia Dodô (99 anos) –
03 -
Cocada (68 anos) -
Compadre Moreira (86 anos)
– 04 -
Carmen Costa (99 anos)
– 04 -
Humberto Teixeira (104 anos)
– 05 -
Luiz Melodia (68 anos)
– 07 -
Bira da Vila (56 anos)
– 08
A morte do general Qassem Soleimani foi mais um passo
explosivo na tensa relação entre os dois países, que envolve rivalidades com
Arábia Saudita e Israel, além de atuação na Síria, Iraque, Líbano e Iêmen
12:46 | 03/01/2020
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira, 3, a morte do principal general iraniano e um dos principais líderes do país, Qassem Soleimani, após ataque aéreo no aeroporto de Bagdá, no Iraque. Soleimani liderava a unidade especial Guarda Revolucionária Iraniana chamada Al Quds, com atuação no exterior. Após confirmação da morte pelo governo do Irã, o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei clamou por “vingança”. As hostilidades entre os dois países vêm há décadas, mas afloraram após a Revolução Iraniana de 1979 e o posterior rompimento das relações diplomáticas das nações. Confira a linha tempo política do país persa e sua influência no Oriente Médio.
Cronologia:
1. Da Pérsia ao Irã
Até
1925, o Irã era oficialmente o Sublime Estado do Pérsia, governado pela
dinastia Qajar. Após os eventos da Primeira Guerra Mundial, o monarca foi
deposto pelo líder da brigada militar persa-cossaco, Reza Khan, em um golpe
militar apoiado pelo Reino Unido. Khan passou a se chamar Reza Pahlavi e adotou
o título do xá, tradicional dos imperadores persas. Ao assumir o poder, mudou o
nome do país para Irã.
2. reinado
dos xás
De
1926 a 1941, o xá Reza Pahlavi adotou uma série de medidas modernizantes no
país, como a construção de rodovias, a fundação da Universidade de Teerã (a
primeira do país) e o avanço no direito para as mulheres. Durante a Segunda
Guerra Mundial, Reza foi obrigado a abdicar do trono após invasão britânica e
da União Soviética. Seu filho, o príncipe herdeiro Mohammed Reza Pahlavi,
assumiu em 1941 o trono como o segundo xá do século XX.
3. último
xá
A
despeito do pai, que gozava de forte apoio popular, o xá Mahomad Pahlavi ficou
conhecido pela inclinação pró-ocidental e o estilo de vida extravagante em que
vivia enquanto a maior parte do país tinha uma realidade pobre e rural. Já
desde o governo do pai, as medidas liberais iam de encontro aos preceitos do
stablishment religioso, os mullahs, termo utilizado no
Islã xiita para se referir aos homens muçulmanos versados em teologia e Direito
corânico. Com o início da convulsão social no país nos 70, o governo do xá
passou a contar com forte apoio dos Estados Unidos e a CIA para a repressão
popular e tortura de opositores.
4. A Revolução de 1979
Diante
das altas taxas de pobreza, a repressão ditatorial, a oposição do clero xiita e
a rejeição à influência dos Estados Unidos, entre 77 e 78 estourou no Irã uma
série de protestos massivos, também influenciados pelo clérigo exilado Ruhollah
Komeini. A reação do regime do xá foi brutal e o país mergulhou em conflito. Em
16 de janeiro de 79, Mohammed Pahlavi foi obrigado a se exilar e em, 1º de
fevereiro, Komeini retornou ao Irã para conduzir o movimento. Em um contestado
plebiscito, 99% da população teria votado pela instalação de uma República
Islâmica, em que o líder supremo religioso, o aiatolá, tem a última palavra,
acima do presidente. Nesta época, houve a invasão da embaixada dos Estados
Unidos por manifestantes iranianos, que culminou posteriormente com o fim das
relações diplomáticas entre os dois países.
5. A Guarda Revolucionária
A
Guarda Revolucionária Iraniana nasceu com a República Islâmica como um exército
profundamente ligado à ideologia da Revolução, que existe em paralelo às Forças
Armadas. O grupo responde diretamente ao aiatolá e passou a ganhar espaço com o
investimento militar do país, a campanha contra a influência dos Estados
Unidos, apelidado de “Grande Satã”; e peso econômico após passar a comandar
setores-chave da estatizada economia iraniana. A Guarda Revolucionária fundou a
Força Quds, um braço armado voltado para a política externa, que atua
fundamentalmente no Oriente Médio e no Sul da Ásia. Quds é a palavra farsi para
Jerusalém, cidade que os combatentes prometem retomar. A unidade foi liderada
por Qassem Soleimani desde 1998.
6. Guerra Irã-Iraque (1980-88)
Assim
como a iraniana, a população do Iraque é de maioria xiita e compartilhava um
contexto sócio-econômico semelhante. Um ano após a proclamação da República
Islâmica, o então presidente do Iraque, o sunita Saddam Hussein, percebeu o
triunfo dos mullahs como uma ameaça.
Inicialmente, o conflito
se escondia em disputas fronteiriças pela região em que correm os rios Tigres e
Eufrates, mas em 82 o Iraque declarou guerra e invadiu de surpresa a fronteira
do Irã. O ataque serviu para unificar o país persa, que mais uma vez se sentiu
ameaçado por forças estrangeiras. Nesse período, se solidificou o poder da
Guarda Revolucionária. Em 88, a Organização das Nações Unidas determinou um
cessar-fogo, aceito pelo Irã após as baixas que vinha sofrendo. Alguns dias
depois, o Iraque também cessou as hostilidades.
7. reavivamento
do programa nuclear
Desde
a guerra com o Iraque e nos anos 90, o Irã retomou com força o combalido
programa nuclear, que teve início nos anos 70. O país firmou acordo com a
Alemanha e Rússia para avançar na área e concluir centrais nucleares. Desde
1995, a nação persa sofre sanções econômicas dos Estados Unidos, mas a partir
da década seguinte as sanções passarem a ser eminentemente relacionadas ao
programa nuclear e ao que os norte-americanos chamam de “atividades
desestabilizantes” na região. O Irã insiste que o programa nuclear tem fins
pacíficos e medicinais, ainda assim, durante anos proibiu a fiscalização das
instalações Agência Internacional de Energia Atômica, vinculada à ONU.
8. Guerra Estados Unidos-Iraque
Em
2003, na esteira do atentado às Torres Gêmeas, os Estados Unidos invadiram o
Iraque e derrubaram o governo de Saddam Hussein. Nessa época, Qassem Soleimani
já era líder da Força Quds e o mais importante general da Guarda
Revolucionária, alçada ao topo do poder no regime dos aiatolás. Posteriormente,
novo sistema político iraquiano favorece a representação étnica e religiosa, o
que permitiu ao Irã aumentar sua influência no país através de representações
políticas pró-iranianas e até mesmo a negociar a formação de governos.
9. Primavera Árabe
Acordo do programa nuclear iraniano
Em 2015, o Irã firmou um acordo histórico com Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China para reduzir a potência das centrais nucleares, o que impediria a criação de armas atômicas. Com a eleição de Donald Trump, os EUA saíram do acordo e reimpuseram as sanções sob acusação de que o Irã estaria violando os termos e utilizando brechas para desenvolver outros tipos de armas de alcance médio.
10. Estado Islâmico
Com
o vazio de poder gerado pelas revoltas da Primavera Árabe, o grupo terrorista
autoproclamado Estado Islâmico dominou uma vasta extensão de terra entre o
Iraque e a Síria, incluindo cidades importantes como Mossul. No Iraque, uma
força paramilitar pró-iraniana chamada Hash al Shaabi teve papel relevante na
derrota dos terroristas e, desde a supressão do grupo, ganhou um status
semi-oficial e se tornou umas das principais no país.
11. Iraque,
Irã, EUA e Arábia Saudita
-
Em 20 de junho, o Irã derrubou um drone norte-americano que sobrevoava a região
do Golfo Pérsico, em mais um passo na escalada verbal dos dois países desde a
saída dos EUA do acordo nuclear.
-
Em 14 de setembro, cerca de 20 drones iranianos atacaram as instalações da
estatal petrolífera da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, o que interrompeu
brevemente a produção do maior fornecedor de petróleo do mundo. Os dois países
inimigos já vinham se enfrentando indiretamente no Iêmen, de onde os rebeldes
xiitas apoiados pelo Irã têm lançado ataques com mísseis em direção ao
território dos Saud.
-
Em outubro 2019, o governo de coalizão do Iraque passou a enfrentar uma série
de protestos que pediam o “fim do regime” e da influência iraniana, além da
melhoria da qualidade de vida. Qassem Soleimani chegou a encontrar o
primeiro-ministro e oferecer apoio contra a revolta popular e estava desde
então em ponte aérea com o país para controlar a situação.
-
Em 27 de dezembro, uma base militar de aliados dos EUA foi atacada com trinta mísseis.
Um americano foi morto.
-
Em 29 de de dezembro, um ataque aéreo dos Estados Unidos matou dezenas de
manifestantes pró-iranianos na fronteira com a Síria.
- No dia 31, manifestantes
ligados ao grupo Hash al Shaabi invadiram a embaixada dos Estados Unidos em
Bagdá. Eles deixaram o prédio no dia 1º de janeiro, mas àquela altura Trump já
havia acusado o Irã de ter orquestrado a invasão, afirmando que o país pagaria
um “alto preço”.
-
Dois dias depois, 3 de janeiro, um ataque aéreo no aeroporto de Bagdá matou o
general Qassam Soleimani, das Forças Quds da Guarda Revolucionária do Irã, e
Abu Mehdi Al Muhandis, número dois da força Hash al Shaabi.
12. Perfis
13.
Raio-X do Irã
Nome
oficial: República Islâmica do Irã
Capital:
Teerã
Língua
oficial: farsi
Religião
oficial: Islamismo
Principal
vertente do Islã: xiismo
População:
87 milhões
Moeda:
Rial iraniano
PIB:
US$ 1,2 trilhões
Fronteira:
Turcomenistão, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Turquia, Azerbaijão e Armênia
Acesso
ao mar: Golfo Pérsico e Golfo do Omã, importantes rotas de exportação de
petróleo
(Fonte:
FMI)
Militares
na ativa (2017): 523 mil
Orçamento
das Forças Armadas (2017): US$ 16 bilhões
Divisão
das forças:
-
Exército: 350 mil
-
Marinha: 18 mil
-
Força Aérea: 30 mil
-
Guarda Revolucionária: 125 mil
(Fonte:
Forbes)
Principais
oponentes regionais: Arábia Saudita (sunita) e Israel; Turquia
Principal
oponente: Estados Unidos
9 de janeiro de 2020
Irã: Exportações e Importações do BrasilVocê deve ter lido as notícias dos últimos dias sobre os fatos
ocorridos entre EUA x Irã, o que resultou na morte do principal general
Iraniano Qassem Soleimani, durante um ataque ordenado por Donald Trump.
As relações entre EUA e Irã nunca foram muito boas e toda essa
crise não teve início agora como muitos devem pensar, para ser mais exata, tudo
começou na década de 1950, mas é claro que após a morte do general tudo ficou
ainda pior. Toda essa crise acaba por afetar as economias do mundo todo,
causando assim dificuldades quando falamos de exportações e importações desses
países.
Dito isso, vamos então tratar do assunto de hoje aqui no blog,
vou trazer para você os principais
produtos exportados pelo Brasil para o Irã, bem como os Produtos importados do Irã ao
Brasil.
Então vem comigo e vamos saber mais sobre a relação comercial do
Brasil com o Irã.
Fonte: ComexVis – Período de Janeiro a Novembro 2019
O que o
Brasil exporta para o Irã
Lista com os 5 Produtos mais exportados no
ano de 2019:
1.
Milho em grãos;
2.
Soja;
3.
Farelo e resíduos da extração da
soja;
4.
Carne de
bovino; e
5.
Açúcar de cana em bruto.
O Irã é o principal destino do Milho em grãos o qual aparece na
nossa primeira colocação. Acima citei os 5 mais exportados de janeiro a
novembro do ano de 2019. Da soja 2,2% é destinada ao país.
O que o
Brasil importa do Irã
Confira também o que o Brasil compra do Irã.
As importações do Irã para o Brasil são
baixas,
no período de Janeiro a Novembro de 2019, elas totalizaram US$ 88,94
Milhões. Logo, o Irã é o 70º colocado no Ranking de Importações
Brasileiras.
Lista dos
5 Principais Produtos importados do Irã para o Brasil no ano de 2019:
1.
Uréia mesmo em solução aquosa;
2.
Uvas frescas;
3.
Objetos de vidro para uso doméstico;
4.
Vidro flotado, desbastado ou polido em chapas ou folhas; e
5.
Produtos manufaturados.
Os produtos importados tiveram uma diferença bastante
considerável, por exemplo, no ano de 2018 a Ureia nem aparecia nos principais
produtos importados e quem aparecia eram os produtos semimanufaturados de ferro
ou aço, o qual já não aparece mais na nossa lista.
Conheça também os principais produtos
importados pelo Brasil em relação ao mundo todo.
Balança
Comercial do Brasil com o Irã
Na imagem a seguir podemos então ver como foi o ano de 2019 de janeiro à novembro. A Balança Comercial entre Brasil x Irã é Superavitária, conforme exemplo abaixo:
A crise entre EUA e Irã que acabou se intensificando no início
de 2020 acaba por colocar em risco principalmente as exportações brasileiras
para o país, ainda mais a partir das declarações dadas pelo presidente
brasileiro onde dizia que o país era a favor de qualquer país que lutasse pelo
combate do terrorismo, o que levou o Irã a pedir esclarecimentos sobre o fato.
O Itamaraty também divulgou nota onde diz repudiar o terrorismo, demonstrando
assim que o governo federal acredita que o general iraniano morto e a Guarda
Revolucionária poderiam ser classificados como terroristas.
A partir daí as coisas só se intensificaram e até uma terceira
guerra mundial foi cogitada, o que segundo especialistas é pouco
provável.
Relação
entre Brasil e Irã
As relações entre estas duas nações começaram em 1903, mas se
mostraram promissoras a partir de 1957, quando houve a assinatura de um acordo
cultural, que entrou em vigor em 28 de dezembro de 1962. Em 1965, o monarca
iraniano Mohammad Reza Pahlavi visitou o Brasil. O principal motivo deste
primeiro contato era o de promover a presença brasileira no Irã e no Oriente
Médio através de livros, filmes, intercâmbio de professores e intelectuais,
além de peças teatrais. Posteriormente, novos documentos seriam assinados entre
o governo brasileiro e os representantes iranianos. O principal deles foi o
acordo que estabelecia a formação da comissão de cooperação econômica e
técnica, em 1975.
EUA x Irã
Um bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA Donald Trump
acabou por matar o General Qassem Soleimani chefe de milícia iraquiana apoiada
pelos iranianos, o ataque foi feito por meio de um drone em Bagdá. Qassem era
um dos homens mais poderosos do Irã, os EUA confirmaram que o ataque foi
ordenado por Tramp segundo nota do G1, mas claro que o Irã não irá deixar isso de lado e já
prometeu vingança.
Essa crise entre os dois países não vem de hoje, ela começou lá
na década de 1950, porém acabou se intensificando ainda mais no ano passado
(2019), se aprofundou em junho passado, quando dois petroleiros, um norueguês e
outro japonês, foram atingidos por torpedos no golfo de Omã, uma área próxima
ao Estreito de Ormuz, de onde sai um quinto do petróleo consumido no
mundo.
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SAIBA COMO
EUA X Irã: como a paz tornou-se possível
Por Redação Para horror dos que ganham com a guerra, Teerã tem liderança esclarecida e
Washington já não pode suportar mais um conflito
Por
Ignacio Ramonet. Tradução de Maurício Ayer*
Esta matéria faz parte da edição 129 da revista Fórum. Compre aqui.
Esta matéria faz parte da edição 129 da revista Fórum. Compre aqui.
Os gestos de aproximação entre Teerã e
Washington multiplicam-se rápido. Uma nova era parece começar. Agora, parece
possível uma solução política, para pôr fim ao conflito a respeito da energia
nuclear que opõe, há mais de trinta anos, o Irã e os Estados Unidos. De
repente, gestos recíprocos de conciliação tomaram o lugar das ameaças e ofensas proferidas durante décadas. A ponto de a opinião pública se perguntar como
passamos tão depressa de uma situação de enfrentamento constante à perspectiva,
agora plausível, de um acordo.
Há apenas dois meses, no início de
setembro passado, estávamos – uma vez mais – à beira da guerra no Oriente
Médio. Os meios de comunicação de alcance global anunciavam em seus títulos o
“ataque iminente” dos Estados Unidos contra a Síria, grande aliado do Irã,
acusada de ter cometido, em 21 de agosto, um “massacre químico” na periferia de
Damasco.
(Flickr.com/
dynamosquito)
A França, por razões ainda enigmáticas, estava na linha de frente. Pronta a participar desse ataque, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, sem solicitar a concordância de seu Parlamento e sem esperar o relatório dos especialistas das Nações Unidas… David Cameron, primeiro-ministro britânico, estava igualmente empenhado nesta nova “coalizão internacional” decidida a “punir” Damasco como ela havia “punido” (com o apoio da Otan), em 2011, a Líbia do coronel Kadhafi… Diversos Estados vizinhos – Arábia Saudita (grande rival regional do Irã), Catar, Turquia –, já muito engajados na guerra civil síria ao lado dos insurgentes, apoiavam o projeto dos “ataques aéreos”.
A França, por razões ainda enigmáticas, estava na linha de frente. Pronta a participar desse ataque, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, sem solicitar a concordância de seu Parlamento e sem esperar o relatório dos especialistas das Nações Unidas… David Cameron, primeiro-ministro britânico, estava igualmente empenhado nesta nova “coalizão internacional” decidida a “punir” Damasco como ela havia “punido” (com o apoio da Otan), em 2011, a Líbia do coronel Kadhafi… Diversos Estados vizinhos – Arábia Saudita (grande rival regional do Irã), Catar, Turquia –, já muito engajados na guerra civil síria ao lado dos insurgentes, apoiavam o projeto dos “ataques aéreos”.
Tudo
apontava para um novo conflito. No centro de uma “zona de todos os perigos”,
ele arriscava transformar-se rapidamente em conflagração regional. Pois a
Rússia (que dispõe de uma base naval geoestratégica em Tartus, na costa síria,
e é fornecedora maciça de armas a Damasco) e a China (em nome da soberania dos
Estados) tinham avisado que oporiam seus vetos a qualquer pedido, no Conselho
de Segurança, em favor do ataque. De sua parte, Teerã denunciava o uso de armas
químicas e temia a intervenção militar, receando que ela permitisse a Israel
aproveitar para atacar o Irã e destruir suas bases nucleares… Era, portanto, o
barril de pólvora do Oriente Médio (incluindo o Líbano, o Iraque, a Jordânia e
a Turquia) que ameaçava explodir.
Em primeiro lugar, a recusa das opiniões
públicas ocidentais, majoritariamente hostis a um novo conflito, cujos
principais beneficiários locais seria certamente os grupos jihadistas ligados à
Al-Qaeda. Grupos estes, aliás, que os ocidentais combatem na Líbia, no Mali, na
Somália, no Iraque, no Iêmen, entre outros países… Houve em seguida, no dia 29
de agosto, a humilhante derrota de David Cameron no Parlamento britânico, que
tirou o Reino Unido do jogo. Depois, em 31 de agosto, veio a reviravolta de
Barack Obama, que decidiu, para ganhar tempo, solicitar um sinal verde do
Congresso estadunidense, do qual ele não tinha qualquer necessidade… Enfim, em
5 de setembro, durante a cúpula do G-20 em São Petersburgo, Vladimir Putin
propôs formalmente colocar a operação sob controle da ONU e destruir o arsenal
químico sírio.
Evidentemente, uma saída como essa –
inimaginável apenas dois meses atrás – deveria transformar a atmosfera
diplomática geral e acelerar a aproximação entre Washington e Teerã.
Na realidade, tudo havia começado em 14
de junho, com a eleição de Hassan Rohani à Presidência do Irã, sucedendo o
controverso Mahmoud Ahmadinejad. Desde sua posse, em 4 de agosto, o novo
presidente declarou que um momento distinto começava, e que ele procuraria,
pelo “diálogo”, tirar seu país do isolamento diplomático e da confrontação com
o Ocidente sobre a questão nuclear. Seu principal objetivo: afrouxar as sanções
internacionais que estrangulam a economia.
Essas sanções estão entre as mais duras já impostas a um país em tempos de paz. A partir de 2006, o Conselho de Segurança, agindo amparado no capítulo VII da Carta das Nações Unidas1, adotou quatro resoluções muito rígidas – 1.737 (2006), 1.747 (2007), 1.803 (2008) e 1.929 (2010) – em resposta aos riscos de proliferação que o programa nuclear iraniano supostamente implicaria.
Essas sanções estão entre as mais duras já impostas a um país em tempos de paz. A partir de 2006, o Conselho de Segurança, agindo amparado no capítulo VII da Carta das Nações Unidas1, adotou quatro resoluções muito rígidas – 1.737 (2006), 1.747 (2007), 1.803 (2008) e 1.929 (2010) – em resposta aos riscos de proliferação que o programa nuclear iraniano supostamente implicaria.
Essas restrições foram reforçadas em
2012 por um embargo petroleiro e financeiro dos Estados Unidos e da União
Europeia, que isolaram do mercado mundial o Irã, que está sentado sobre a
quarta maior reserva mundial de petróleo e a segunda de gás 2.
Tudo isso degradou brutalmente as condições de vida. Aproximadamente 3,5 milhões de iranianos estão, desde então, desempregados (ou seja, 11,2% da população ativa ), uma cifra que poderia aumentar até 8,5 milhões segundo o ministro da Economia. O salário mínimo mensal é de apenas 6 milhões de rials (200 dólares), enquanto os preços ao consumidor mais que dobraram. E os produtos de base (arroz, azeite, frango) permanecem caros demais. Os medicamentos importados são inencontráveis. A taxa anual de inflação é de 39%. A moeda nacional perdeu 75% de seu valor em 18 meses.
Nesse contexto de mal-estar social agudo, o presidente Rohani multiplicou rapidamente os sinais de mudança. Libertou uma dezena de prisioneiros políticos, entre os quais Nasrin Sotoudeh, militante dos direitos humanos. Em 25 de agosto, houve, pela primeira vez em décadas, a visita a Teerã de um diplomata norte-americano – Jeffrey Feltman, secretário-geral adjunto da ONU, enviado para examinar, com o novo chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, a situação na Síria. Ninguém tem dúvida de que eles trataram também das relações Irã-Estados Unidos… Na sequência, produziu-se o insólito: Hassan Rohani e Barack Obama trocaram cartas, nas quais se diziam prontos a conduzir as “discussões diretas” para tentar encontrar uma “solução diplomática” para a questão nuclear iraniana.
A partir daí, Hassan Rohani pôs-se a dizer frases que, há anos, os ocidentais queriam ouvir. Durante uma entrevista à CNN, diante de uma questão sobre o Holocausto, o presidente iraniano declarou: “Todo crime contra a humanidade, incluindo os cometidos pelos nazistas contra os judeus, é repreensível e condenável.” Ou seja, o contrário exato do que Mahmoud Ahmadinejad tinha martelado durante oito anos. Para a NBC, Rohani afirmou: “Nunca tentamos produzir uma bomba nuclear e não temos a intenção de fazê-lo.” Por fim, em artigo publicado no Washington Post, o presidente iraniano propunha procurar, pela negociação, soluções de tipo “ganha-ganha”.
Em resposta, Barack Obama, ao discursar na ONU, em 24 de setembro, citou 25 vezes o Irã, pronunciando igualmente as palavras que Teerã queria ouvir. Que os Estados Unidos “não querem mudar o regime” iraniano, e que Washington respeita “o direito do Irã de aceder à energia nuclear para fins pacíficos”. Sobretudo, pela primeira vez, ele não ameaçou o Irã e não repetiu a frase fatídica: “Todas as opções estão sobre a mesa”. No dia seguinte, um secretário de Estado norte-americano (John Kerry) e um ministro das Relações Internacionais iraniano (Mohammad Javad Zarif) reuniram-se pela primeira vez desde a ruptura de relações diplomáticas entre os dois países, em 7 de abril de 1980 (em seguida à prisão de reféns na embaixada dos Estados Unidos, em 4/11/1979), para tratar da questão nuclear iraniana. E reencontraram-se em Genebra a partir de 15 de outubro, para a reunião do Grupo dos Seis (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, mais a Alemanha), com a incumbência de debater, no ambiente da ONU, a questão iraniana.
Por fim, um encontro “muito produtivo”
entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ocorreu em
Viena, em 30 de outubro. Estabeleceu, segundo afirmaram as duas partes em rara
declaração comum, “avanços na questão do programa nuclear iraniano, permitindo
vislumbrar as próximas negociações com um certo otimismo”. Acrescentaram, além
disso, que “na sequência de discussões substanciais, foi decidido que uma nova
reunião aconteceria em 11 de novembro, em Teerã3”. Essa atmosfera de frases
distensionadoras e pequenos passos no caminho da reconciliação 4
converteu-se em cena espetacular no célebre contato telefônico de 27 de
setembro, entre Barack Obama e Hassan Rohani.
No entanto, resta o nó do problema. Washington formula três exigências: 1) que Teerã pare de enriquecer urânio a mais de 20%, um percentual considerado relativamente próximo do nível militar; 2) que os iranianos permitam inspeções mais avançadas; 3) que o Irã conserve, sob seu controle, quantidades muito limitadas de urânio enriquecido. Por seu lado, Teerã reclama que lhe reconheçam seu direito a um programa atômico civil e quer obter um alívio das sanções internacionais que estrangulam sua economia.
De parte a parte, a desconfiança é
grande. Quando, em 2006, o Conselho de Segurança da ONU infligiu a Teerã as
primeira sanções por causa de seu programa nuclear, o Irã contava com apenas
200 centrífugas para enriquecer seu urânio. Esse número, desde então, multiplicou-se
por cem: o país disporia atualmente de cerca de 20 mil centrífugas… Destas,
metade teria sido instalada ao longo dos dois últimos anos. Entre os últimos
aparelhos, mil seriam de nova geração, com capacidade de produção muito mais
forte. Eles permitiriam ao Irã, se assim desejasse, elevar seu urânio
enriquecido ao nível militar em prazos muito curtos.
O Irã estaria em condições, desde já, de obter urânio suficientemente enriquecido para fabricar uma bomba em alguns meses… Ignora-se, contudo, se dispõe de uma ogiva nuclear que possa ser eficazmente adaptada a seus mísseis. Quanto a isso, um relatório de 2011 da AIEA5 [afirmou que a Agência dispunha de provas de que o Irã teria efetuado, ao longo dos anos precedentes, “pesquisas importantes com vistas a desenvolver uma ogiva nuclear”. Segundo esse mesmo relatório, Teerã teria igualmente avançado no sentido de produzir um reator nuclear de água pesada, capaz de produzir plutônio para fabricar uma ogiva nuclear.
De maneira que os iranianos disporiam de dois caminhos possíveis para construir um artefato atômico bélio: o do urânio e o do plutônio. Aos olhos das potências ocidentais, esses dois caminhos são linhas vermelhas que Teerã não deve ultrapassar.
O
Irã sempre negou que seu programa nuclear tinha metas militares. Seu objetivo
declarado é civil. Dominar o ciclo da energia atômica, para poder garantir sua
autonomia energética depois do esgotamento das reservas de hidrocarbonetos.
Contudo,
é inegável que Teerã deseja ter seu lugar na cena internacional. Um lugar que
corresponda à sua posição de antigo Império Persa, à sua dimensão demográfica
(80 milhões de habitantes) e à sua situação geopolítica (na encruzilhada entre
o Afeganistão e o Paquistão, o Cáucaso, o Oriente Médio e a Turquia). Os
dirigentes iranianos constatam, com melancolia, que seu país é posto para
escanteio, enquanto outros Estados do Sul (Turquia, Índia, Brasil…) emergem e
desempenham um papel cada vez mais importante no novo contexto internacional.
Eles medem pelo desarranjo de sua economia o que lhes custou três décadas de
hostilidade norte-americana.
Ao contrário do governo ultraconservador israelense, que tenta torpedear essa aproximação6, outros aliados dos Estados Unidos não querem ser os últimos a subir no bonde da paz. Nem, sobretudo, perder suculentos contratos comerciais com um país de 80 milhões de consumidores… Por isso, o Reino Unido imediatamente anunciou que pretendia reabrir sua embaixada em Teerã e relançar suas relações diplomáticas. E, a partir de 24 de setembro, o presidente francês, François Hollande, apressou-se em ser o primeiro dirigente ocidental a se encontrar e publicamente apertar a mão de Hassan Rohani. É preciso dizer que a França tem importantes interesses econômicos a defender no Irã. Em particular, no setor automotivo, com duas empresas (Renault e Peugeot) presentes no país há décadas (mas que tiveram que parar a produção por conta das sanções). Faz alguns meses que tanto a Renault quanto a Peugeot assistem, com preocupação, à chegada com força dos construtores americanos, notadamente a General Motors.
Tudo indica que o degelo atual vai se intensificar. O Irã e os Estados Unidos, objetivamente, têm interesse nisso. O argumento da diferença abissal entre os sistemas políticos estadunidense e iraniano não se sustenta. Os “compromissos históricos” abundam. Que identidade política haveria, por exemplo, entre a China de Mao Tsé-tung e os Estados Unidos capitalistas de Richard Nixon? A ausência não impediu esses dois países de normalizarem suas relações desde 1972 e de empreenderem a espetacular aproximação econômica e comercial que se seguiu. Seria possível, igualmente, citar a aproximação insólita, a partir de novembro de 1933, entre os Estados Unidos de Roosevelt e União Soviética de Stalin. Dois sistemas que se opunham em tudo, mas que puderam, juntos, vencer a Alemanha hitlerista e ganhar a II Guerra Mundial.
No plano geoestratégico, o presidente
Barack Obama procura desembaraçar-se do Oriente Médio para se voltar para a
Ásia, “zona de futuro e de crescimento” do século XXI, segundo Washington.
Sólida desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a implantação norte-americana na
região justificava-se pela existência das principais fontes de hidrocarbonetos,
indispensáveis para a máquina de produção norte-americana. Mas isso mudou com a
descoberta, nos Estados Unidos, de importantes reservas de gás e de petróleo de
xisto, que poderiam aportar-lhes, num prazo breve, uma quase autonomia
energética.
Por outro lado, o estado das finanças americanas, depois da crise de 2008, não permite aos Estados Unidos assumir o custo considerável de seu envolvimento múltiplo nas guerras e conflitos do Oriente Médio. Negociar com o Irã, para que abandone seu projeto nuclear militar, é muito menos caro que uma guerra ruinosa. Além disso, a opinião pública dos EUA mantém-se hostil a um confronto contra o Estado persa. E aliados como a Alemanha e o Reino Unido, tendo em vista o que ocorreu no caso da Síria, certamente não participariam da aventura.
Ao contrário, se um
acordo for possível, O Irã poderia ajudar a estabilizar o
conjunto da região, em especial o Afeganistão, Iraque, Síria e Líbano, o que
aliviaria Washington.
Já Teerã tem necessidade absoluta de um
acordo, para dissipar o peso das sanções e reduzir as agruras da vida
quotidiana da população. Os dirigentes sabem que não estão livre de um grande
levante social. Sobre a questão nuclear, o Irã parece ter compreendido que
possuir uma bomba que não poderia utilizar, e se reduzir à situação da Coreia
do Norte, não é uma opção. Poderia contentar-se, como o Japão, em
dominar a técnica, mas manter-se à margem do nuclear militar – que permaneceria
a seu alcance7… No momento, tudo o empurra a apostar, para sua defesa, em seus
ativos militares tradicionais, que não são desprezíveis.
Além
disso, o status de potência regional, a que Teerã aspira desde sempre, passa
por um acordo (ou mesmo uma aliança) com os Estados Unidos, assim como Israel
ou a Turquia. Enfim, dado relevante, o tempo corre contra os iranianos: o
sucessor de Barack Obama pode ser mais intransigente.
Obstáculos não faltarão, num e noutro
campo. O governo Obama, por exemplo, precisa obter o aval do Congresso, onde os
amigos de Israel são, sabidamente, numerosos. E será preciso prever o lobby
hostil da Arábia Saudita e de outras petro-monarquias do Golfo Pérsico.
Mas o governo Obama deseja, fortemente,
obter um grande acordo diplomático com o Irã, semelhante ao que Nixon
estabeleceu com a China, em 1972.
Em Teerã, os adversários de um acordo
também são poderosos. Mas tudo indica que um novo ciclo foi aberto. A exemplo
do que ocorreu na China, após a morte de Mao em 1976, e na União Soviética, à
época de Mikhail Gorbachev, há nas profundezas do país um impulso reformador
que pode produzir efeitos mesmo no núcleo ideológico da revolução islâmica –
desde que preserve a estrutura de poder dos ayatolás.
A lógica da História empurra, portanto, Washington e Teerã – que compartilham uma fé comum no neoliberalismo econômico – rumo ao que poderíamos chamar de um “acordo heroico”.
1. Este capítulo trata da “ação
em caso de ameças à paz, rupturas da paz ou atos de agressão”.
2. As exportações iranianas de petróleo caíram de 2,5 milhões de barris diários, em 2011, para menos de 1 milhão (segundo os dados mais recentes da Agência Internacional de Energia).
3. Les Echos, Paris, 30/11/2013.
4. Pode-se acrescentar à lista a recente decisão do município de Teerã, que retirou das ruas da capital os cartazes antinorteamericanos.
5. Le Monde, 9/11/2011.
6. Não se sabe muito bem por quê, já que um acordo entre Washington e Teerã iliminaria o risco, para Israel, de um Irã nuclear; preservaria a supremacia atômica israelense no Oriente Médio (como o recente acordo sobre a Síria preserva a supremacia em armas químicas); e evitaria, para Tel Aviv, o risco de uma guerra cara e perigosa.
7. As questões técnicas envolvidas nas negociações dizem respeito principalmente ao programa iraniano de enriquecimento de urânio. Washington pede poderes mais amplos para inspecionar as instalações iranianas. Também não quer que o Irã enriqueça o combustível a 20% (um índice próximo do militar) e reivindica que Teerã envie a um país neutro, ou a uma organização internacional, o urânio já enriquecido, para garantir que ele não será destinado a uso militar. O objetivo é que o Irã não possua, em hipótese nenhuma, um estoque suficiente para montar uma bomba, caso seja de seu interesse.
2. As exportações iranianas de petróleo caíram de 2,5 milhões de barris diários, em 2011, para menos de 1 milhão (segundo os dados mais recentes da Agência Internacional de Energia).
3. Les Echos, Paris, 30/11/2013.
4. Pode-se acrescentar à lista a recente decisão do município de Teerã, que retirou das ruas da capital os cartazes antinorteamericanos.
5. Le Monde, 9/11/2011.
6. Não se sabe muito bem por quê, já que um acordo entre Washington e Teerã iliminaria o risco, para Israel, de um Irã nuclear; preservaria a supremacia atômica israelense no Oriente Médio (como o recente acordo sobre a Síria preserva a supremacia em armas químicas); e evitaria, para Tel Aviv, o risco de uma guerra cara e perigosa.
7. As questões técnicas envolvidas nas negociações dizem respeito principalmente ao programa iraniano de enriquecimento de urânio. Washington pede poderes mais amplos para inspecionar as instalações iranianas. Também não quer que o Irã enriqueça o combustível a 20% (um índice próximo do militar) e reivindica que Teerã envie a um país neutro, ou a uma organização internacional, o urânio já enriquecido, para garantir que ele não será destinado a uso militar. O objetivo é que o Irã não possua, em hipótese nenhuma, um estoque suficiente para montar uma bomba, caso seja de seu interesse.
*
Texto publicado em Outras Palavras.
Revoltas durante o
Império
Fonte:https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/segundo_reinado.htm
Primeiro Reinado – O Segundo Reinado
será no próximo programa A História do Primeiro Reinado no Brasil,
resumo, Constituição de 1824, Guerra da Cisplatina, Confederação do Equador,
crise do Primeiro Reinado e abdicação de D. Pedro I
Período
histórico (resumo)
O
Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de
D. Pedro I. Tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil
e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I.
O
governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a
independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais,
oposições políticas internas.
Reações
ao processo de Independência
Em
algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos,
ligados a Portugal, não queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas
regiões ocorreram muitos protestos e reações políticas. Nas províncias do
Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas
locais e oficiais.
Constituição
de 1824
Em
1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos
tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma
autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador,
insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas
fechassem a Assembleia. Alguns deputados foram presos.
D.
Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova
Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os
interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes
(legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do
imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.
A
Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De
acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo
masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário
comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis
para senador).
Guerra
da Cisplatina
Este
foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao
governo de D. Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província
brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas
mortes e gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil teve que
reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República
Oriental do Uruguai.
Confederação
do Equador
As
províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em
1824 a Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente
e autônomo do governo central. A insatisfação popular com as condições sociais
do país e o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região
com o autoritarismo de D. Pedro I foram as principais causas deste movimento.
Em
1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento
separatista e declarou guerra ao governo imperial.
O
governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias
separatistas. Muitos revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram
condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o
governo de D. Pedro I só aumentou.
Bandeira
do Brasil no Primeiro Reinado
Desgaste
e crise do governo de D. Pedro I
Nove
anos após a Independência do Brasil, a governo de D. Pedro I estava
extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do
país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite
política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos
financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as
revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o
governo imperial.
Outro
fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero
Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de
1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu
sobre homens ligados ao governo imperial.
Em
março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D. Pedro I foi recebido no Rio de
Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a
jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das
Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D. Pedro I entraram em
conflitos de rua com os opositores.
Abdicação
do imperador
Sentindo
a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.
Pedro I percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se
manter no poder.
Em 7 de
abril de 1831, D. Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara,
então com apenas 5 anos de idade. Logo após deixar o poder, viajou para a
Europa.
Última revisão: 17/09/2019
________________________
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
________________________
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Data
|
Lutadores
e Lutadoras na História do Brasil
|
03
|
1898
nasce em Porto Alegre (RS) Luís Carlos Prestes, grande protagonista da
história do Brasil. Liderou a Coluna Prestes, marcha de militares pelo país
contra a oligarquia. Em 1935 comandou o levante comunista contra Vargas.
Depois da redemocratização, em 45, elegeu-se senador pelo PCB, logo cassado.
Na ditadura exilou-se e voltou ao país após a anistia, em 1979. Faleceu em
07/03/1990, sem interromper por um dia sua longa militância.
|
04
|
1988 ocorre a morte de Henrique de Souza
Filho, o Henfil. O cartunista ganhou reconhecimento a partir de 1969, quando
começou a colaborar com o Pasquim, que não poupava criticas à ditadura, ao
moralismo e ao conservadorismo. Sempe esteve ligado aos movimentos sociais e
políticos, tendo sido um dos fundadores do PT;
|
05
|
1974
neste mês, morre Telma Regina Cordeiro Correa, nascida no RJ em 1947.
Estudante de geografia da UFF, foi expulsa da faculdade em 1968 por sua militância.
Filiada ao PC do B, em 1971 foi para o Araguaia para integrar-se, junto a
outros companheiros, à guerrilha contra a ditadura. Não há certeza sobre a
causa da sua morte: se assassinato, fome ou sede.
|
06
|
1945 nasce, no Paraguai, Soledad Viedma. Já
militante aos 17 anos, foi sequestrada por neonazistas em Montevidéu, que a
feriram à navalha e desenharam suásticas em sua pernas, por ser negar a
gritar viva Hitler. Depois de um período em Cuba, veio para o Brasil e lutou contra a ditadura
empresarial-militar na VPR (Vanguarda
Popular Revolucionária). Em 08/01/1973, ela e outros militantes foram
assassinados no episodio conhecido como Massacre da Chácara São Bento (PE),
após ser denunciada, gravida, pelo agente infiltrado Cabo Anselmo, de quem
era companheira.
|
07
|
1835 Liderados por Antonio Vinagre, rebeldes
tomam de assalto o quartel e o palácio do governo de Belém, instaurando o
governo do Grão-Pará, Foi quando teve inicio a Cabanagem, uma forte revolta
das camadas mais pobres da sociedade paraense que instaurou três governos
populares. Mesmo com a forte repressão, os revoltosos resistiram até 1840.
|
08
|
1948
cassação do mandato de 14 deputados comunistas, entre eles estavam Luís
Carlos Prestes, João Amazonas, Carlos Marighella, Gregória Bezerra e Jorge
Amado. No parlamento, Mauricio Grabois, um dos atingidos pela medida, fez um
longo discurso de contestação. “Somos a juventude do mundo, os homens que
lutam pelo progresso do Brasil” disse.
|
09
|
1858
ocorre a primeira greve de que se tem noticia no Brasil, dos tipógrafos de
três jornais da capital do país: o Jornal do Commercio, o Correio Mercantil e
o Diário do Rio de Janeiro. Os trabalhadores exigiam aumento no salario e melhores
condições de trabalho. No segundo dia da paralisação, saiu o Jornal dos
Typógraphos, órgão do movimento grevista.
|
Módulo
Destaque
Cultural
Biografia –
Tia Dodô (99 anos) –Maria das Dores
Rodrigues -
3/1/1920 Barra Mansa, RJ
6/1/2015 Rio de Janeiro, RJ - Porta-bandeira. Ficou conhecida como
Tia Dodô da Portela. Seu primeiro desfile foi em 1935, ano em que a
escola foi campeã pela primeira vez. Morreu aos 95 anos de idade.
Biografia –
Compadre Moreira (86 anos) - Valdemar
Moreira -
4/1/1933 Cândido Mota, SP - Cantor.
Compositor. Humorista.
Biografia –
Carmen Costa (99 anos) - Carmelita
Madriaga -
5/1/1920 Trajano de Moraes,
RJ -
25/4/2007 Rio de Janeiro,
RJ - Cantora. Natural do interior
do Estado do Rio de Janeiro. Seus pais eram meeiros na fazenda Agulha, onde
ainda pequena, começou a trabalhar como doméstica em casa de uma família de
protestantes. Foi lá que aprendeu hinos religiosos e demonstrou seu talento de
cantora. Em 1935, foi para o Rio de Janeiro e, com apenas 15 anos, empregou-se
como doméstica na casa de Francisco Alves. Foi nessa época que começou a
freqüentar programas de calouros do rádio. Em novembro de 1945, casou-se com o
norte-americano Hans Van Koehler. Depois de viajar pelo exterior, fixou
residência em Nova Jersey, por dois anos. Como compositora, adotou o pseudônimo
de Dom Madrid. Faleceu de insuficiência renal, aos 87 anos de idade, no
Hospital Lourenço Jorge no Rio de Janeiro onde estava internada, tendo seu
corpo sido velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.
Biografia –
Humberto Teixeira (104 anos) - Humberto
Teixeira -
5/1/1915 Iguatu, CE -
3/10/1979 Rio de Janeiro, RJ - Compositor. Nasceu no interior do Ceará, onde estudou nas primeiras
séries escolares e aprendeu a tocar bandolim e flauta. Era sobrinho do maestro
cearense Lafaiete Teixeira. Mais tarde mudou-se para Fortaleza, onde fez o
curso secundário, estudando no Liceu do Ceará. Em 1943 formou-se em Direito,
pela Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro. Ficou conhecido como o
"Doutor do Baião". Em 2015, ano de centenário de seu nascimento,
recebeu diversas homenagens, entre elas o circuito “Centenário de Humberto
Teixeira - o doutor do baião”, realizado em datas diferentes em diversas
cidades brasileiras. Entre outros eventos, a programação contou com um culto
ecumênico na catedral metropolitana de Fortaleza (CE) e apresentações de danças
e bandas em São Luís (MA) e Brasília (DF). Também em Fortaleza (CE),
inaugurou-se o Salão Humberto Teixeira, no Museu do Ceará, com todo o seu
acervo pessoal em amostra, o Memorial Humberto Teixeira, a praça Doutor do
Baião, com uma estátua sua encravada, além de escolas novas e ruas com o seu
nome.
Biografia –
Luiz Melodia (68 anos) - Luís
Carlos dos Santos -
7/1/1951 Rio de Janeiro, RJ -
4/8/2017 Rio de Janeiro, RJ - Compositor.
Cantor. Filho de Oswaldo Melodia, sambista do bairro do Estácio. Durante
a adolescência compôs e cantou músicas, chegando a formar, com os amigos da
vizinhança, o conjunto Os Instantâneos. Participou de vários programas de
calouros, incluindo o de Jair de Taumaturgo, na Rádio Mauá e na TV Continental.
Casado com a produtora e cantora Jane Reis, com quem tem o filho Mahal, também
cantor/compositor, e integrante da dupla de hip hop Aliança 21 (c/ Tigrão), que
lançou o disco "Apocalipse". Faleceu em decorrência de câncer de
medula, tendo seu corpo velado na Quadra da Escola de Samba Estácio de Sá e
sepultado no Cemitério do Catumbi. Em 2018 a cantora e cineasta Karla Sabah
finalizou o documentário "Luiz Melodia - O Negro Gato", com cenas do
cotidiano do cantor e a participação de vários amigos, tais como Waly Salomão e
Gal Costa. Neste mesmo ano o jornalista e escritor curitibano Toninho Vaz deu
início à biografia do cantor intitulada "O Poeta do Estácio",
encomendada pela Editora Tordesilhas. Em 2019 o diretor Marco Abujamra e a
produtora Mariana Marinho, através da Companhia Cinematográfica Dona Rosa
Filmes, deram início às filmagens do documentário "Todas As
Melodias", sobre a vida e a oba do cantor e compositor, com trilha sonora
integrada por regravações e novas versões de algumas de suas composições por
Zezé Motta, Céu e Arnaldo Antunes.
Biografia –
Bira da Vila (56 anos) - Ubirajara
Silva de Souza -
8/1/1963 Duque de Caxias, RJ - Cantor. Compositor. Percussionista. Nasceu no bairro Vila São Luiz, em
Duque de Caxias, cidade do Rio de Janeiro. O pai, Seu Jair, também conhecido
como Neblina, sambista, versador de partido-alto e passista da Escola de Samba
Cartolinha de Caxias foi goleiro do Vila São Luiz Futebol Clube. Começou a
tocar percussão aos cinco anos de idade nas rodas de samba que o pai
participava ao final do futebol
No ano de 1979 comandava uma roda de samba no bar do Zezinho situado diante do Clube Recreativo Caxiense. Aos 23 anos ingressou na Ala de Compositores da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense.
No ano de 1979 comandava uma roda de samba no bar do Zezinho situado diante do Clube Recreativo Caxiense. Aos 23 anos ingressou na Ala de Compositores da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense.
Relação completa dos
aniversariantes da semana.
Intervalo compreendido
do dia 03 a 09/01
4
Augusto Martins (50 anos)
Casimiro de Abreu (180 anos)
Cocada (68 anos)
Compadre Moreira (86 anos)
Daisy Paiva (81 anos)
Fernando de Oliveira (75 anos)
Lourdes Rodrigues (81 anos)
Manu Gavassi (26 anos)
Marco Lobo (55 anos)
Mauricio Araujo (48 anos)
Moacir Bedê (50 anos)
Osmar Navarro (7 anos)
Rubens Nogueira (60 anos)
Ruivão (43 anos)
Ruy Rey (104 anos)
Zé do Norte (27 anos)
5
Aristides Zacarias (108 anos)
Carlos Coqueijo (95 anos)
Carlos Machado (27 anos)
Carmen Costa (99 anos)
Celso Blues Boy (63 anos)
DJ Tudo (47 anos)
Elisa Addor (37 anos)
Geraldo Filme (24 anos)
Humberto Teixeira (104 anos)
João Senise (30 anos)
Lauro Maia (69 anos)
Letrux (37 anos)
Letícia Novaes (37 anos)
Luciana Oliveira (42 anos)
Nelson Ned (5 anos)
Neno Miranda (39 anos)
Paraguassu (43 anos)
Vadeco (107 anos)
6
Ciro de Sousa (24 anos)
Euclides Fonseca (165 anos)
Laudir de Oliveira (79 anos)
Ronnie Cord (33 anos)
Sergio Cruz (75 anos)
Silvino Odorico Siqueira (163 anos)
Tia Dodô (4 anos)
Valfrido Silva (47 anos)
Walter Franco (74 anos)
Yves Finzetto (36 anos)
Zé da Zilda (111 anos)
Zé do Sax (69 anos)
7
Armando Percival (133 anos)
Cynara (74 anos)
Emílio do Lago (148 anos)
Francis Vale (74 anos)
Gato (78 anos)
Helena dos Santos (97 anos)
Luiz Melodia (68 anos)
Manuel Ferreira (106 anos)
Osvaldo Martins (79 anos)
Paulo Rocco (24 anos)
Pingarilho (79 anos)
Xangô da Mangueira (10 anos)
8
Alcyr Pires Vermelho (113 anos)
Alexandre Pires (43 anos)
Anita Borazanian (55 anos)
Antonio Bueno (66 anos)
Assis Pacheco (154 anos)
Bira da Vila (56 anos)
Carlos Calado (63 anos)
Cristóvão de Alencar (109 anos)
Edith do Prato (10 anos)
Geraldo Carvalho (52 anos)
José Duba (13 anos)
José Pereira Rebouças (176 anos)
João Paiva (43 anos)
Leco Alves (21 anos)
Luciano Perrone (111 anos)
Mestre Azulão (87 anos)
Roberto Ribeiro (23 anos)
Zezinho do Trombone (111 anos)
Zezé do Pandeiro (75 anos)
Ângelo Reale (25 anos)
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