Alerta de audiência

Olá, sou o Professor Ivan Luiz, bacharel em geografia, perito judicial e ambiental, Jornalista Reg. CPJ 38.690 RJ desde 1977,petroleiro e diretor Coordenador da Secretaria das Empresas Privadas do Sindipetro-RJ. Minha missão é contribuir com conhecimentos, informações, reflexões e soluções para que nós, que exercemos a cidadania, tenhamos maior e melhor qualidade de vida, com dignidade e de maneira respeitosa. Quer conhecer mais sobre minha trajetória, prática de vida e meus projetos? Então acesse nas redes sociais meus trabalhos, todos são abertos, para que possamos somar forças ... Todo domingo às 19:00 realizamos transmissão ao vivo pelo Facebook que ficará disponível em professorivanluizdemarica.blogspot.com onde ficam todos os meus links, e no Canal Professor Ivan Luiz de Maricá no You tube, tem bastante conteúdo também, inscreva-se para que possamos alcançar mais pessoas dedicadas a continuar a obra desse Grande Arquiteto.! Atualmente minha atuação profissional, pessoal é na área de recuperação tributária (apenas administrativamente), o que faz com que o retorno seja rápido e eficiente, pode agendar uma vídeo conferencia visando tirar todas as possíveis dúvidas, atendemos em todo o Brasil, através do e-mail contato@professorivanluiz.com.br. Obrigado, e até a próxima!!!
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sábado, 2 de maio de 2020

NP 387 de 23 a 30/04/2020 Relatório da CIA Como será o mundo em 2020....Máfia x Família x Paisidente x Caponaro..


Programa 387 - Semana de 24 a 30/04/2020 – 18ª Edição do ano  Fonte-Ricardo Cravo Albin

 

 

Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.

30/04/2020

 

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Ivan Luiz Jornalista

Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977.

 

Urgente

Vinheta – Samba da Mangueira 92 anos

EDITORIAL Como será o mundo em 2020 – Relatório da CIA de 2016. Máfia x Família x Paisidente x Caponaro

Módulo I As Mais Notórias Famílias do Crime Organizado de tipo Mafioso.  Histórias, guerras, territórios, atual posição e liderança.

Módulo II A Demissão do Moro

Módulo III Finanças fogem do 3º mundo

Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI
                A Revolução Cubana

Módulo V - Homenageados na cultura brasileira,  destaque para  Jessé (68 anos) – 25 -  Jair do Cavaquinho (98 anos) – 26 -  Paulo César Pinheiro (71 anos)  - 28 -

Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 24 a 30/04

 

EDITORIAL: Em 2016. Por Heródoto Barbeiro - Relatório da CIA -  Como será o mundo em 2020, destaque para:

O que pode impedir a globalização?

O processo de globalização poderoso como é, pode ser substancialmente desacelarado ou até mesmo interrompido. Além de um grande conflito mundial, algo que consideramos improvável, outro desenvolvimento em grande escala poderia imterromper a globalização seria uma pandemia. Entretanto, coutros eventos catastófricos, como atentados terroristas também podem desacelerar o processo.

Alguns especialistas acreditam que é apenas uma questão de tempo até que surja uma nova pandemia, como o vírus da gripe espanhola que matou aproximadamente 20 milhoes de pessoas em todo o mundo entre 1918 e 1919. Tal pandemia em megacidades dos países em desenvolvimento com sistemas de saúde publica precários – como África subsaariana, China, Índia, Bangladesh ou Paquistão – seria devastadora e poderia se espalhar rapidamente por todo o mundo. A globalização seria ameaçada se o numero de mortes chegasse a milhões em vários países importantes, e se a transmissão da doença interrompesse as viagens e o comércio internacional durante um longo período, obrigando os governos a gastar grandes somas em setores de saúde abalados. Porém, do lado positivo, a resposta ao SARS (síndrome respiratória aguda grave) demonstrou que os mecanismos de vigilância e de controile internacionais estão se tornando mais aptos no sentido de conter as doenças – e o desenvolvimento de novos produtos em Biotecnologia prometem uma melhoria continuada nesse aspecto.

Um decréscimo no ritmo da globalização poderia vir de profundo sentimento de insegurança econômica e física, algo que levaria os governos a controlar o fluxo de capital, bens, pessoas e tecnologias, aspectos cruciais do crescimento econômico. Essa sitação poderia acontecer como resposta aos problemas das transações econômicas e prejudicariam à introdução desta a atentados terroristas que vitimaram dezenas ou centenas de milhas de pessoas em diversas cidades norte-americas ou europeias, ou então como reação cyber-atentados às tecnologias da informação. O controle das fronteiras e as restrições à troca de tecnologias aumentariam essas possibilidade.

 

 

Na original Cosa Nostra siciliana, cada grupo é denominado famiglia ou Cosca. Na máfia ítalo-americana apenas a primeira denominação é utilizada. Cada "família" é organizada da seguinte forma:

·                     No topo da hierarquia está o Capo, coloquialmente conhecido como Don. Por ele passam todas as decisões acerca da família, e para ele devem chegar uma percentagem dos lucros de todas as operações de seus membros.

·                     Logo abaixo do Don, está o Sottocapo (pt: Subchefe, en: Underboss). Serve como substituto temporário no caso da ausência do chefe e também como intermediário entre este e os outros membros abaixo na hierarquia.

·                     Consigliere atua como conselheiro do Don, é o único que de fato pode ponderar as ações do chefe, servindo como uma segunda opinião. Normalmente é um posto ocupado por alguém de muita experiência e perícia para intermediar conflitos e negociações.

·                     Subordinados diretamente ao Subchefe estão os Caporegimes, conhecidos também como Capitães ou erroneamente como Capos (como dito anteriormente, este nome designa o próprio "Don"). Cada um destes, comandam um regime ou equipe, que são compostos por soldados e associados. Um percentual de todo lucro obtido por esta equipe é passado diretamente ao chefe da família em forma de tributo.

·                     Os Soldatos ou Soldados, é o posto básico da hierarquia. São membros efetivos da organização, conhecidos como homens feitos. São eles os responsáveis por conduzir as operações nas ruas e executar os serviços de maior importância. O requisito básico para se tornar um membro efetivo da família é possuir ascendência italiana; Predominante no caso da máfia ítalo-americana, e completa no caso da Cosa Nostra siciliana.

·                     Os Associados são membros externos da organização. Embora não façam oficialmente parte da família, atuam como colaboradores de seus membros efetivos. Dependendo de sua influência e poder, o associado pode atuar inclusive junto aos postos mais altos da hierarquia de uma família. Um exemplo real de um influente e poderoso associado foi Meyer Lansky. Caso a origem de um associado seja italiana, este pode vir a ser convidado a tornar-se um soldado.

Os dez mandamentos

Em novembro de 2007, a polícia da Sicília declarou ter encontrado uma lista com dez mandamentos(?), ou seja, um código de conduta, nos esconderijo do chefão da Máfia Salvatore Lo Piccolo. Seguem:

1. Ninguém pode se apresentar diretamente a um de nossos amigos. Isso deve ser feito por um terceiro.
2. Nunca olhe para as esposas de seus amigos.
3. Nunca seja visto com policiais.
4. Não vá a bares e boates.
5. Estar sempre à disposição da Cosa nostra é um dever - mesmo quando sua mulher estiver prestes a dar à luz.
6. Compromissos devem sempre ser honrados.
7. As esposas devem ser tratadas com respeito.
8. Quando lhe for solicitada uma informação, a resposta deve ser a verdade.
9. Não se pode apropriar de dinheiro pertencente a outras famílias ou outros mafiosos.
10. Pessoas que não podem fazer parte da Cosa nostra: qualquer um que tenha um parente próximo na polícia; qualquer um que tenha um parente infiel na família; qualquer um que se comporte mal ou que não tenha valores morais.

Vito Genovese

ítalo-americano, tido por alguns como membro da máfia durante a Guerra Castellammarese para mais tarde se tornar líder da família do crime, Genovese. Genovese serviu

11 de setembro de 2019

 

Módulo I Destaque para As Mais Notórias Famílias do Crime Organizado de tipo Mafioso. Histórias, guerras, territórios, atual posição e liderança.
 

 FAMÍLIA GENOVESE

FAMÍLIA GAMBINO

FAMÍLIA COLOMBO

COSA NOSTRA | È uma das “cinco famílias” que controlam as atividades do crime organizado em Nova York. A Família Genovese foi apelidada como a “Ivy League” e a “Rolls Royce” do crime organizado.

COSA NOSTRA | Dentro do fenômeno criminal conhecido como Cosa Nostra, a Família Gambino é a mais longeva, e uma das mais poderosas família do crime nos Estados Unidos.

COSA NOSTRA | A família Colombo é a mais jovem e violenta das “cinco famílias” de Nova York.  Antes conhecida como a “Família Profaci”, o clã passou por três guerras familiares diferentes.

 

 

 

FAMÍLIA BONANNO

FAMÍLIA LUCCHESE

CHICAGO OUTFIT

COSA NOSTRA | Fundada e nomeada após Joseph Bonanno, a família foi o primeiro clã mafioso de Nova York a ser expulso da Comissão (a segunda foi a família Colombo na década de 1990).

COSA NOSTRA | Fundada em 1922 pelo poderoso mafioso de Corleone Gaetano “Tommy” Reina, a família Lucchese, em Nova York é ainda uns dos grupos mais influentes da Cosa Nostra nos Estados Unidos.

SINDICADO DO CRIME | The Outfit é um sindicato do crime organizado ítalo-americano extremamente poderoso, influente, vicioso e perigoso com sede em Chicago, Illinois e que remonta à década de 1910.

 

 

 

FAMÍLIA DeCAVALCANTE 

FAMÍLIA TRAFFICANTE

FAMÍLIA MAGADDINO

COSA NOSTRA | A família do crime DeCavalcante é uma família do crime organizado que opera em Elizabeth, Nova Jersey. A família foi a base de inspiração para a Serie Tv, Os Sopranos.

COSA NOSTRA |  A Família Trafficante,  também conhecida como a Máfia de Tampa, é o único grupo mafioso original do estado da Flórida. A Família faturou um grande montante de dinheiro em Cuba.

COSA NOSTRA |  A história da família do crime de Buffalo, mais conhecida como “The Arm”, ocorre em torno do reinado de Stefano Magaddino. Mais tarde descrito como “o grande homem da Cosa Nostra”.

 

 

 

MAYFIELD ROAD MÁFIA

FAMÍLIA PATRIARCA

 

FAMÍLIA MARCELLO

COSA NOSTRA | A família de Cleveland, também conhecida como Mayfield Road Mob é uma das poderosas famílias da Máfia Americana, ativa na cidade de Cleveland e arredores, e em todo o estado de Ohio.

COSA NOSTRA | A família tem origem ítalo-americana, e tem sua base estabelecida na região da Nova Inglaterra. O Clã possui duas facções distintas, uma ativa em Providence, e outra em Boston, Massachusetts.

COSA NOSTRA | A família criminosa de Nova Orleans, é possivelmente o mais antigo sindicato da máfia nos Estados Unidos. A família alcançou seu ápice de influência sob o comando de Carlos Marcello.

 

 

 

MICKEY MOUSE MÀFIA

CLÃ DOS CORLEONESI

CLÃ CUNTRERA-CARUANA

 

COSA NOSTRA | A Família de Los Angeles é uma organização criminosa ítalo-americana com base na Califórnia, como parte da Máfia Americana. A família alcançou seu ápice nos anos 1940 sob controle de Jack Dragna.

COSA NOSTRA | Os Corleonesi são uma facção da Máfia Siciliana que mantinha o domínio da Cosa Nostra nos anos 1980 e 1990. Uma facção que agregou muitos nomes de peso no mundo da Máfia.

COSA NOSTRA | O clã Mafioso Cuntrera-Caruana ocupou uma posição-chave no comércio ilícito de drogas e lavagem de dinheiro. A imprensa italiana batizou-lhes de “Os Rothschilds da Máfia”, ou, “Os Banqueiros da Cosa Nostra”.

 

Módulo II

A DEMISSÃO DO SR. MORO


O pedido de demissão do ministro da Justiça e das polícias no Brasil, em 24 de Abril, é um facto significativo. O sr. Sérgio Moro era o homem da CIA no governo Bolsonaro. Não é concebível que ele tenha dado esse passo sem o sinal verde dos que o controlam em Langley, a sede da CIA. Assim, tal pedido de demissão poderá ser um indício de que o imperialismo começa a distanciar-se do governo Bolsonaro, retirando-lhe apoio. Pouco importam os motivos sórdidos que levaram Bolsonaro a demitir o chefe de polícia indicado por Moro (a investigação dos 
crimes dos seus filhos ).

 

Moro aponta crime de responsabilidade de Bolsonaro: “queria alguém na PF para passar informações sigilosas”

Sergio Moro caiu atirando e abriu caminho para o impeachment de Jair Bolsonaro ao apontar que ele cometeu mais um crime de responsabilidade: o de trocar o diretor da PF para ter alguém que o avisasse sobre as investigações de crimes ligados à sua família

24    e abril de 2020, 11:46 h 

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Carolina Antunes/PR)

 

247 - Em pronunciamento à imprensa na manhã desta sexta-feira 24, no qual anunciou sua saída do Ministério da Justiça e do governo, Sergio Moro apontou mais um crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, fortalecendo a abertura do caminho para seu impeachment. Segundo Moro, Bolsonaro quis trocar o comando da Polícia Federal para obter informações sigilosas de investigações ligadas à sua família.

“O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF”, denunciou Moro. “Isso não é função do presidente, ficar se comunicando com Brasília para obter informações que são sigilosas. Esse é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um Estado democrático de Direito”, avaliou, citando novamente o nome da ex-presidente Dilma Rousseff, sobre quem reconheceu ter dado autonomia à PF durante a Lava Jato.

"Falei ao presidente que seria uma interferência politica" a troca de Valeixo. "Ele disse que seria mesmo", relatou.

“Temos que garantir a autonomia da Polícia Federal contra interferências políticas”, defendeu Moro. “Ele havia me garantido autonomia”, lembrou, sobre Bolsonaro. Moro disse ainda que “poderia ser alterado o diretor da Polícia Federal desde que houvesse uma causa consistente", o que não era o caso. "Então realmente é algo que eu não posso concordar”, reforçou. 

Antes, Moro explicou que não era verdadeira a versão de que Maurício Valeixo, demitido da diretoria da PF, teria pedido para sair. “Há informações de que o Valeixo gostaria de sair, mas isso não é totalmente verdadeiro. O ápice da carreira de qualquer delegado é o comando da Polícia Federal. Depois de tantas pressões para que ele saísse, ele até manifestou a mim que seria melhor sair”, detalhou.

“Vou começar a empacotar minhas coisas e dar sequência à minha carta de demissão”, concluiu, sendo fortemente aplaudido pelos jornalistas.

Participe da campanha de assinaturas solidárias do Brasil 247. Saiba mais.

 

Módulo III

Finanças fogem do Terceiro Mundo

por Prabhat Patnaik [*]

Actualmente há um êxodo das finanças do terceiro mundo, cuja escala excede em muito a que se verificou após a crise financeira de 2008. Ainda mais importante do que o fluxo de saída real é a vontade de parte das finanças de abandonar o terceiro mundo, incluindo mesmo os chamados "mercados emergentes", e mover-se para o US dólar ou activos denominados em dólar. Isto resulta numa depreciação de um conjunto de divisas do terceiro mundo em relação ao dólar, dentre as quais a rupia indiana é um exemplo óbvio.

Isto é paradoxal à primeira vista. Afinal de contas, agora os EUA são o país no epicentro da crise do coronavírus. Por que é que as finanças haveriam de querer fugir para os EUA? Mas exactamente a mesma coisa havia acontecido na época da crise financeira de 2008. Muito embora os EUA estivessem no centro da crise, e os países do terceiro mundo tivessem sido pouco afectados directamente pelo colapso da bolha imobiliária americana, o dólar valorizou-se em relação a uma série de moedas do terceiro mundo, uma vez que as finanças fugiram destes países.

Este paradoxo aponta para uma realidade mais profunda acerca da economia mundial: sempre que as finanças estão nervosas, o seu "instinto de voltar para casa" afasta-as do terceiro mundo, particularmente para os EUA. Existe, em suma, uma assimetria fundamental na economia mundial do ponto de vista das finanças, razão pela qual o terceiro mundo abrir-se ao vórtice dos fluxos financeiros globais é absolutamente insensato.

Esta falta de vontade das finanças de permanecer no terceiro mundo, ou de se mudar para ele, está a prejudicar a capacidade de vários países para pagar as suas importações e para pagar o serviço da sua dívida externa. Na contagem mais recente, 102 países abordaram o FMI em busca de apoio financeiro a fim de ultrapassar a crise. Os EUA, que têm uma voz importante no FMI, querem no entanto que esse organismo discrimine entre países em matéria de acomodação. Assim, ao governo Maduro, na Venezuela, foi negado pelo FMI um empréstimo mesmo no meio desta pandemia.

Os próprios EUA desenvolveram uma disposição altamente discriminatória:   uma "linha de swap" que permite ao Federal Reserve Board (Fed) dos EUA ceder dólares a bancos centrais de determinados países em troca de moeda local, sendo os dólares reembolsados em data posterior juntamente com um juro sobre o empréstimo. Tais linhas de swap foram desenvolvidas no momento da crise de 2008 e agora foram ressuscitadas. O Fed abriu linhas de swap ilimitadas a cinco bancos centrais da metrópole, o Banco Central Europeu, o Banco de Inglaterra, o Banco do Japão, o Banco do Canadá e o Banco Nacional Suíço; e também estendeu linhas de swap limitadas a outros nove países: Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brasil, México, Coreia do Sul, Suécia, Dinamarca e Noruega. Estas linhas de swap, no entanto, dão aos EUA o poder de decidir quem recebe assistência durante a crise e quem não recebe, uma disposição claramente odiosa.


Contra isto tem havido uma exigência de que o FMI emita Direitos Especiais de Saque (DES) e que os atribua de acordo com o poder de voto dos vários países. Estes DES aumentarão as reservas cambiais dos países membros, sem qualquer discriminação entre eles além da que já existe sob a forma de direitos de voto diferenciados. Mas os EUA obviamente se opõem a este movimento, com o argumento ostensivo de que qualquer emissão de novos DES não ajudará muito os países pobres, pois 70% destes iriam para os países avançados e apenas 3% para a categoria dos mais pobres. Ao invés disso, favorecem o estabelecimento de uma facilidade especial (como após o choque petrolífero) destinada a prestar assistência aos países pobres.
No entanto, existem três diferenças óbvias e cruciais entre qualquer disposição deste tipo e uma nova emissão de DES.  Em primeiro lugar, a concessão de empréstimos a partir de tal dispositivo será necessariamente discriminatória, ao passo que os DES não o serão (para além do que já está estabelecido na estrutura de votação do FMI).  Em segundo lugar, qualquer empréstimo concedido com base numa tal facilidade terá de ser reembolsado juntamente com um custo dos juros, ao passo que os DES não exigem qualquer reembolso.  Terceiro, precisamente porque tem de ser reembolsado, qualquer empréstimo tomado de uma tal facilidade especial atrairá as odiosas "condicionalidades" do FMI, ao contrário dos DES.
É por estas razões que na reunião do comité de finanças do FMI houve um apoio esmagador a uma nova emissão de DES. A oposição veio dos EUA, como era previsível, e da Índia. O governo Hindutva da Índia, que proclama "hiper-nacionalismo" e que está ocupado a prender activistas de direitos civis e todos aqueles que falam em favor dos pobres como "anti-nacionais", não perde nenhuma oportunidade de se prostrar perante os EUA; e fê-lo novamente na reunião do comité de finanças do FMI, lançando os interesses dos povos do terceiro mundo, assim como do próprio povo da Índia, pelo cano abaixo.
A luta por uma nova emissão de DES para superar a crise do coronavírus, e contra qualquer discriminação entre países, como exigido pelos EUA, terá que ser intensificada. Ao mesmo tempo, porém, não se deve cair na ideia de que os DESs resolverão os problemas enfrentados pelos países do terceiro mundo no contexto da crise actual. A mera acumulação de reservas por estes países através de novos DES não deterá a fuga de capitais que agora se verifica. Afinal, a Índia tem actualmente quase meio trilião de dólares de reservas cambiais, mas isso não impediu um fluxo de saída financeiro da Índia, nem uma depreciação da taxa de câmbio da rupia em relação ao dólar.
Os novos DES numa tal situação serão usados apenas para financiar a fuga de capitais dos países pobres do terceiro mundo, sem ajudar na sua batalha contra o coronavírus. Não há dúvida de que a sua posição estará melhor com novos DESs do que sem eles; mas os novos DES apenas adiarão o colapso das suas economias sem deixar nada para apoiar o povo durante o combate contra o vírus.
Para isto, duas medidas adicionais serão necessárias: em primeiro lugar, uma moratória sobre todos os pagamentos da dívida externa durante pelo menos um ano; e em segundo, controles de capital impostos por estes países para deter a saída das finanças. Se estas duas medidas adicionais forem impostas, então todo o divisas estrangeiras adicionais que vierem através dos DES poderão ser utilizadas para pagar importações adicionais necessárias. Nesse caso, um múltiplo da divisa estrangeira disponibilizada pode ser gasto pelo governo de cada país para administrar um défice orçamental a fim de combater o coronavírus e proporcionar socorro às pessoas sujeitas à aflição da pandemia. Por outras palavras, os DES não aumentam a capacidade do governo de gastar um montante igual para si próprio; permitem ao governo gastar um múltiplo do seu valor na forma de um défice orçamental.
Um exemplo numérico esclarecerá este último ponto. Em qualquer economia, a soma dos défices dos três sectores, o sector governamental, o sector privado e o resto do mundo, deve sempre somar zero. Comecemos por uma situação em que os DES são adquiridos por um país. Agora, se 300 DES forem disponibilizados a este país e se todo ele está disponível para financiar importações adicionais (vamos assumir, por simplicidade, que as exportações permanecem inalteradas, assim como o investimento privado) e se o rácio das importações em relação ao rendimento adicional gerado é de 15% e da poupança privada em relação ao rendimento adicional gerado é de 25%, então o governo, com base nestes 300 DES, pode gerir um défice orçamental com valor igual a 800 DES. Com este défice orçamental de 800 DES, 2000 DES serão o rendimento adicional, dos quais 300 DES serão o valor das importações adicionais, as quais podem ser atendidas com os novos DES disponibilizados ao país.
O director-geral do FMI manifestou-se a favor de uma nova emissão de DES, até os EUA sabotarem a operação. Mas os DES só por si não ajudariam muito se não houvesse uma moratória sobre os pagamentos da dívida externa e controles de capital para conter as saídas financeiras.

26/Abril/2020

[*] Economista, indiano, v. Wikipedia
O original encontra-se em peoplesdemocracy.in/2020/0426_pd/exodus-finance-third-world

Este artigo encontra-se em https://resistir.info/ .

 



 

Data

Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI

A revolução cubana

Uma revolução na América Latina

É possível falar de revolução cubana em dois sentidos: como processo de luta pela tomada do poder por Fidel Castro e os companheiros que com ele lutaram na oposição insurrecional ao regime do ditador Fulgencio Batista. Nessa acepção, foi um movimento guerrilheiro que capitalizou o descontentamento do povo contra as condições de miséria, corrupção, falta de liberdade e dependência em relação aos EUA, para instalar um governo revolucionário nos primeiros dias de 1959.

Na segunda acepção, a revolução cubana de 1959 foi a continuidade das frustradas lutas de independência iniciadas na segunda metade do século passado e pode ser caracterizada efetivamente como uma revolução, não pelo fato de ter tomado o poder, mas por ter desenvolvido um processo de transformações, radicais das estruturas econômicas, sociais, políticas e ideológicas que fizeram de Cuba o primeiro país socialista da America Latina e do mundo ocidental.

Revolução, nesse sentido, é o conjunto de processos de mobilização, organização e luta do povo, em condições históricas concretas, contra o poder instituído, pela construção de um novo poder político que dirija as transformações radicais das estruturas dominantes na sociedade.

Nesta acepção, a revolução cubana é um dos poucos exemplos neste continente que realmente merece o nome de revolução, qualquer que seja o juízo que se faça sobre o seu caráter. Ela não é apenas um produto histórico da mobilização popular, mas é o desenvolvimento de um programa de transformações democráticas, nacionais e socialistas que modificou substancialmente a sociedade cubana nas décadas transcorridas desde a fuga de Batista para o exterior e a instalação do poder revolucionário em Havana.

As maiores dificuldades derivam do caráter polêmico do tema. Talvez não exista questão mais contraditória na historiografia contemporânea que a revolução cubana. Entre a apologia e a satanização, parece não haver meio-termo possível. Entre os que ao visitar a Ilha, quase infalivelmente ficam “maravilhados” com a eliminação do analfabetismo, da prostituição, da descriminação racial, do desemprego, da violência, da miséria, e com a saúde e a educação gratuitas; e, por outro lado, os que execram radicalmente a “falta de liberdade e de democracia” no país, se divide praticamente toda a bibliografia existente.

Sabemos que outra dificuldade se apresenta diante de nós. É que a revolução cubana
foi contemporânea de toda uma geração para a qual a revolução era um fato histórico vinculado ao passado - a revolução francesa, em primeiro lugar - ou a um futuro nebuloso ou seguro, conforme as convicções ideológicas de cada um - o socialismo, o
comunismo. Mas de qualquer forma, a revolução era um fenômeno Iongínquo no tempo - revolução francesa, revolução inglesa -, ou no espaço - Rússia, China.

Foi a revolução cubana que atualizou a revolução no nosso tempo - para algumas gerações que hoje andam pelos trinta ou quarenta anos -, e no espaço latino-americano. Dela se pode indiscutivelmente dizer que, depois do seu surgimento, nada foi como antes no nosso continente e inclusive no Terceiro Mundo.

Se a revolução russa surpreendeu aos marxistas de quase todo o mundo, porque ocorreu onde não se esperava - na atrasada Rússia em lugar da Europa industrializada e, portanto, com classes operárias fortes -, a cubana não somente surgiu onde menos se esperava que existissem as condições para o socialismo - num país com pequena classe operaria, ao contrário da Argentina, Chile, México, Uruguai e
Brasil -, como nem sequer foi dirigida por marxistas - socialistas ou comunistas.
Toda revolução é um processo heterodoxo. Nunca repete, nem na forma, os fenômenos similares dos processos que a antecederam. A revolução russa foi completamente diferente da frustrada tentativa da Comuna de Paris, a chinesa se diferenciou amplamente da russa, e a cubana, não repetiu a história das revoluções anteriores. À complexidade de apreensão do significado da revolução cubana se somou sua polêmica projeção para a America Latina, encarada como "modelo" a seguir ou "perigo" a evitar. Nem a revolução russa teve na Europa a repercussão que o triunfo de Fidel Castro e seus companheiros teve na America Latina. Isso contribui para a polarização radical na abordagem do fenômeno cubano, pelo próprio fato de que ele nos envolve a todos no continente, como atração ou repulsa, apontando "vias de superação da crise capitalista" ou assinalando caminhos a recusar "para preservar a democracia".

Tudo isso contribui para a complexidade na abordagem do tema. Fidel Castro afirmou certa vez que eles tinham "feito uma revolução maior que nos mesmos". Talvez seja uma das poucas afirmações do líder cubano que adeptos e adversários estão dispostos a aceitar como verdadeiras.

Autor: Emir Sader - Editora: Brasil Urgente - Ano: 1992

 Baixe para ler!  A Revolução Cubana

 

Módulo_V  - Módulo Destaque Cultural

Biografia  Jessé (68 anos)  Jessé Florentino Santos -  25/4/1952 Niterói, RJ  29/3/1993 Terra Rica, PR - Cantor. Compositor. Nascido em Niterói, RJ, foi criado em Brasília. Mudou-se mais tarde para São Paulo. Atuou, no início da década de 1970, como crooner em boates de São Paulo. Depois, integrou os grupos Corrente de Força e Placa Luminosa, animando bailes por todo o Brasil. Ainda nos anos 1970, chegou a gravar em inglês, com o pseudônimo de Tony Stevens, mas só chegou ao conhecimento do grande público em 1980, no festival MPB Shell, realizado pela Rede Globo, com a música "Porto Solidão", de Zeca Bahia e Ginko. A música logo se tornou seu maior sucesso e lhe deu , naquele festival, o prêmio de melhor intérprete.

 

Biografia    Jair do Cavaquinho (98 anos)  Jair de Araújo Costa  26/4/1922 Rio de Janeiro, RJ  6/4/2006 Rio de Janeiro, RJ Compositor. Cantor. Instrumentista. Nascido e criado no subúrbio de Madureira, desde criança freqüentava a Escola de Samba Portela, chegando a ser o seu primeiro mascote e sócio número 1 da escola. Aos sete anos participava dos ensaios da escola, levado pela mãe, ou pelas irmãs mais velhas, que saíam na Ala das Baianas.

 

Biografia  Paulo César Pinheiro (71 anos)  Paulo César Francisco Pinheiro  28/4/1949 Rio de Janeiro, RJ  Letrista. Poeta. Começou a escrever versos na época em que morou em Angra dos Reis (RJ). Nessa cidade, conheceu João de Aquino, com quem compôs suas primeiras canções. É casado com a instrumentista Luciana Rabello.

Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana.




Intervalo compreendido do dia 24 a 30/04

24

25

26

 Angelino de Oliveira (56 anos)

 Beto Saroldi (64 anos)

 Canhoto da Paraíba (12 anos)

 Carlos Galhardo (107 anos)

 Cristina Saraiva (58 anos)

 Duque Estrada Meyer (115 anos)

 Dôdo Ferreira (61 anos)

 Edigar Alencar (27 anos)

 Fred Falcão (83 anos)

 Karina Neves (34 anos)

 Loma (67 anos)

 Ludmilla (25 anos)

 Marcel Cazes (30 anos)

 Nelson Machado (55 anos)

 Osório Duque Estrada (150 anos)

 Patápio Silva (113 anos)

 Ricardo Leão (61 anos)

 Zé Felipe (22 anos)

 Agostinho dos Santos (88 anos)

 Aloisio da Conceição Filho (71 anos)

 Berval Moraes (45 anos)

 Bruno Castro (47 anos)

 Carmen Costa (13 anos)

 Custódio Mesquita (110 anos)

 Deny

 Dicró (8 anos)

 Elismar Pontes (16 anos)

 Fernando Faro (4 anos)

 Gigante Brazil

 Jessé (68 anos)

 Jesuton (35 anos)

 Jurandir da Mangueira (13 anos)

 Leno (71 anos)

 Mazzola (2) (70 anos)

 Nilton Lamas (1 ano)

 Padre Reginaldo Manzotti (51 anos)

 Paulo Vanzolini (96 anos)

 Perinho Albuquerque (74 anos)

 Ramiro Viola (67 anos)

 Roberto Quartin (16 anos)

 Rogério Flausino (48 anos)

 Rogê (45 anos)

 Rui Biriva (9 anos)

 Ryta de Cássia (14 anos)

 Álvares de Azevedo (168 anos)

 

 César Rossini (25 anos)

 Diogo Nogueira (39 anos)

 Guilherme de Brito (14 anos)

 J. B. de Carvalho (119 anos)

 Jair do Cavaquinho (98 anos)

 João Lyra (71 anos)

 Laércio da Costa (48 anos)

 Luís Berimbau (75 anos)

 Maria Tereza (30 anos)

 Marino dos Santos (112 anos)

 Maurício Carrilho (63 anos)

 Mirianês Zabot (39 anos)

 Mário Pereira (83 anos)

 Patrícia Rangel

 Paulo Márquez (92 anos)

 Pedro Sertanejo (93 anos)

 Pedro de Assis (147 anos)

 Raul Palmieri (52 anos)

 Thais Macedo (31 anos)

 Thiago Amud (40 anos)

 Tião Motorista (93 anos)

27

28

29

 Arthur de Faria Silva (122 anos)

 Cazé (59 anos)

 Chico Roque (67 anos)

 Clarisse Grova (62 anos)

 Denise Krammer (45 anos)

 Dilu Melo (20 anos)

 Dinho Ouro Preto (56 anos)

 Eneida (49 anos)

 Franc Landi (26 anos)

 Guilherme Vaz (2 anos)

 Jonathan Ferr (33 anos)

 Jorge Tavares (98 anos)

 José Utrini (100 anos)

 Leandro Sapucahy (50 anos)

 Leo Canhoto (84 anos)

 Luísa Maita (38 anos)

 Marisa Gata Mansa (82 anos)

 Mário Luiz (11 anos)

 Neuzinha Brizola (9 anos)

 Raphael Rabello (25 anos)

 Teotônio Pavão (105 anos)

 Tertuliano Ferreira (122 anos)

 

 Alexia Bomtempo (36 anos)

 André Peres (53 anos)

 Djalma Fernandes (89 anos)

 Domingos Fonseca (62 anos)

 Gil Sertão (57 anos)

 Gilda Hellmers (76 anos)

 Gustavo Schroeter (69 anos)

 Ithamara Koorax (55 anos)

 Joel Teixeira (16 anos)

 Mário Luiz Thompson (75 anos)

 Odete Amaral (103 anos)

 Paulo César Pinheiro (71 anos)

 Paulo Russo (70 anos)

 Paulo Vanzolini (7 anos)

 Peterpan (37 anos)

 Sílvio Túlio Cardoso (53 anos)

 Tuco (41 anos)

 Arlindo Pinto (52 anos)

 Belchior (3 anos)

 Cristina Latini (66 anos)

 Daniel Oliva (45 anos)

 Fernando Martins (79 anos)

 Geraldo Amancio (74 anos)

 Gonzaguinha (29 anos)

 Heloisa Carvalho Tapajós (72 anos)

 Izzy Gordon (57 anos)

 Leny Eversong (36 anos)

 Nana Caymmi (79 anos)

 Nicola Bruni (49 anos)

 Paulo Barbosa (120 anos)

 Vidal Assis (35 anos)

 Vinicius Cantuária (69 anos)

30

 Amelia Rabello (65 anos)  Beth Carvalho (1 ano)   Carlos Henrique Costa (54 anos)   Dorival Caymmi (106 anos)   Emília Monteiro (47 anos)   José Mauro (16 anos)   Marcelo Amaro (45 anos)   Maurício Baia (47 anos)   Moacir Peixoto (100 anos)   Nascim Filho (26 anos)   Rodrigo Rosado (55 anos)   Ronaldo Folegatti (62 anos)   Victor Pozas (49 anos)   Walmar Paim (46 anos)   Ziul Matos (30 anos)

 

 


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Como as máfias funcionam? Na base da disciplina, da organização rígida e do amor à camisa. Por Da Redação. access_time 31 out 2016, 18h23 - Publicado em 29 fev 2008, 22h00

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Ministro do STF suspende nomeação de Ramagem para a PF: repercussão

 

Decisão foi tomada por Alexandre de Moraes. Ex-diretor da Abin e amigo da família Bolsonaro, Ramagem foi escolhido pelo presidente Bolsonaro.

29/04/2020 11h58  


0:00

 Ministro do STF suspende nomeação de Alexandre Ramagem para direção-geral da PF

O decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal (PF) repercutiu entre políticos do país.

 

A decisão de Moraes desta quarta-feira (29) é liminar — ou seja, provisória — e foi tomada em ação movida pelo PDT.

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, foi escolhido pelo presidente da República para chefiar a PF em substituição a Maurício Valeixo. A decisão de Jair Bolsonaro foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).

·                     Veja perfil de Alexandre Ramagem

·                     Leia trechos da liminar que suspendeu nomeação

Após a decisão de Moraes, políticos pelo país se manifestaram, a favor e contra, em redes sociais.

"O ministro do STF Alexandre de Moraes atendeu ao mandado de segurança do PDT que pedia a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da PF, por claro desvio de finalidade", escreveu Carlos Lupi, presidente do PDT.

"O Min Alexandre de Morais acaba de suspender a nomeação do Dr Alexandre Ramagem para o cargo de Diretor-geral da Polícia Federal. Interferência de um Poder no outro não é saudável para a democracia e deveria ser a exceção das exceções. Esperamos que o Plenário reveja a decisão", escreveu Vítor Hugo, deputado federal (PSL-GO).

"A nomeação de Alexandre Ramagem foi suspensa pelo STF. Bolsonaro não está acima das leis nem dos princípios constitucionais. A PF precisa de independência p/ atuar e não pode ser ferida pelas influências políticas e familiares de Bolsonaro!", escreveu Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP).

"O Min. Alexandre de Moraes suspendeu Ramagem com base no caso Dilma/Lula. São os chamados 'ilícitos atípicos'. Quando Dilma nomeou Lula para a Casa Civil, ela tinha o 'direito', mas as circunstâncias mostravam que a nomeação era criminosa. O caso de Jair Bolsonaro e Ramagem é igual", escreveu Joice Hasselmann, deputada federal (PSL-SP).

"A decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender a nomeação do diretor-geral da PF é uma vacina contra a motivação suspeita do presidente de promover uma obstrução institucional da Justiça, nomeando um amigo da família que poderia servir de informante pra atuar a seu favor", escreveu Marina Silva, senadora pelo Acre (Rede-AC).

Links importantes:

ALEXANDRE DE MORAES - JAIR BOLSONARO - POLÍCIA FEDERAL - STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

 


24 abr, 2020 Aumenta para 186 o número de contaminados pela COVID-19 em plataformas offshore -

Postado 12:19h em COVID-19Destaque 2PLATAFORMAS 

Segundo a ANP, o setor petrolífero em suas diversas áreas já soma um total de 382 casos confirmados. Há seis dias o número era de 132

Subiu para 186 na quarta-feira (22), o número de trabalhadores contaminados pela COVID-19 nas plataformas de petróleo no Brasil, alta de 150% em relação a 16 de abril, quando começou a quarentena no país.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ao todo, o setor petrolífero soma 382 casos confirmados, contra 132 há seis dias. Os casos suspeitos também não param de crescer, com 1.201 ocorrências em 22 de abril, contra 1.073 no dia 16.

Nesta quinta (23), um navio que presta serviços para a Petrobrás, operado pela Subsea 7 Brasil, registrou mais três casos, sendo que sete plataformas offshore da estatal apresentaram casos de contaminação. As plataformas P-50, P-26, P-18, P-35, P-20, P-33 e P-62 registraram trabalhadores contaminados

A P-26 é a plataforma que apresenta o maior número de contaminações, com 22 trabalhadores.

Até o momento, a Petrobrás interrompeu a produção em duas plataformas – Capixaba e Cidade de Santos – e nesta mesma quinta foi obrigada a responder um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a situação do coronavírus na companhia. A empresa informou que desde o início da pandemia foram registrados 2.048 casos suspeitos e 261 trabalhadores contaminados, entre próprios e terceirizados.

A mesma lógica de Bolsonaro

É inevitável constatar que isso confirma mais uma vez que da mesma forma que ocorre na Petrobrás, empresas do segmento de petróleo expõem seus trabalhadores a situações de risco em plena pandemia da COVID-19, seguindo a lógica de não afetar os seus lucros. Respaldando assim o discurso de Bolsonaro que teima em incutir a ideia de que a economia não pode parar, minimizando os efeitos da pandemia. Não final das contas quem paga por isso são os trabalhadores que ficam expostos aos riscos, trabalhando sob forte tensão também afetando suas famílias.
Enquanto isso, os chefões ficam isolados em sua quarentena tentando garantir seus bônus de premiação às custas da força de trabalho.
O Sindipetro-RJ faz um chamado aos trabalhadores do setor privado para que os mesmos enviem denúncias de falta de condições de trabalho, abusos e contaminações pela COVID-19 para o e-mail contato@sindipetro.org.br

Fonte Agência / O Dia

 

 

22 abr, 2020 Desembarques de emergência mostram o estado da calamidade petroleira nas plataformas Postado 13:05h em COVID-19Destaque 2petrobrásPLATAFORMAS 

Informações atualizadas dão conta de que pelo menos sete plataformas da Bacia de Campos (P-50 , P-26, P-18, P-35, P-20, P-33 e P-62) têm relados de casos pelos trabalhadores. Vinte e uma pessoas desembarcaram da P-26, sendo que nove delas com sintomas de COVID-19. As outras 12 estão sob isolamento por terem dividido o mesmo camarote.
Já foram divulgados os resultados de quatro pessoas, em que foram apontadas três em situação de positivo e uma de negativo; outros resultados são aguardados. Dos restantes, é bem provável o diagnóstico positivo para o comissário e o taifeiro, pois apresentam os sintomas principais de forma bem clara, conforme informou a esta reportagem um trabalhador da plataforma que não quis se identificar.

“Estamos em quarentena e não podemos embarcar na P-26, fomos informados que está sendo realizada a higienização dos nossos camarotes e de que chegaram máscaras para distribuir na plataforma” – completou.

Até o momento já chega a 22 o número de contaminados pela COVID-19 na P-26.

Plataformas em situação de calamidade

“Eu estava embarcado há oito dias na P-26 e comecei a sentir uma dor de cabeça e mal estar com uma tosse. E aí, após o enfermeiro me avaliar, fui desembarcado para o hotel, recebendo o acompanhamento diário, sendo que a princípio meu quadro está estabilizado. Caso a situação se mantenha ficarei mais 10 dias aqui e depois irei para casa” – relata outro petroleiro que foi diagnosticado com COVID-19.

Como o Sindipetro-RJ já havia informado ( https://bit.ly/calamidadepetroleira) quatro plataformas da Bacia de Campos, P-18, P-20, P-26 e P-33 realizaram, na última segunda (20), desembarques de emergência por causa de suspeita de COVID-19 para realização de testes em massa. Muitos trabalhadores apresentam sintomas da doença. As informações apuradas são de que os testes seriam realizados na Pousada Hotel Cravo e Canela em Campos-RJ.

A importância das setoriais

A situação de estado de calamidade petroleira reforça cada vez mais a importância das reuniões setoriais para que os casos sejam denunciados e divulgados entre a categoria, de forma que o Sindicato possa ter subsídios para cobrar providências à direção da Petrobrás.

O enfrentamento ao estado de calamidade

Desde o aprofundamento da crise provocada pela pandemia da COVID-19, o Sindipetro-RJ reforçou a existência dos vários riscos após o anúncio em 1º de abril pela direção da Petrobrás do “Plano de Resiliência”, denunciando a situação de estado de calamidade petroleira. Ao longo deste período o Sindicato tem enviado sistematicamente cobranças à direção da Petrobrás para a efetivação de medidas que zelem pela segurança sanitária da força de trabalho petroleira e que suspenda medidas absurdas que retiram direitos dos trabalhadores, como a redução de salários.

Além de tomar medidas judiciais como na obtenção da liminar que suspende os efeitos do “Plano de Resiliência” (https://bit.ly/LiminarResiliencia ) , temos atuado também junto ao MPT para denunciar a calamidade petroleira. (https://bit.ly/DenunciaAoMPT ).

O fato é que o discurso do presidente Bolsonato que minimizar os efeitos da crise da COVID-19 querendo derrubar a quarentena, como está sendo feito em alguns estados brasileiros a exemplo de Santa Catarina, também insufla sua base social e acaba por influenciar claramente no comportamento da direção da Petrobrás sob a gestão de Castello Branco.

Então, diante da conjuntura, é necessário reforça e fazer um chamado à categoria para que a mesma participe das reuniões setoriais que estão sendo promovidas de forma virtual pelo Sindipetro-RJ. Integrando-se nos grupos de WhatsApp e acompanhando o Facebook , ferramentas que possibilitam certa interação, para além dos informativos que seguem sendo publicados, até com maior frequência e importância, a categoria se manterá participativa.

Os trabalhadores, mais que ninguém, devem discutir o contingente necessário, escalas de revezamento, quais unidades devem funcionar, com que carga, produtos e destinos. Esta disputa é fundamental neste momento em que os gestores desejam justamente aumentar a exploração, direcionar a empresa para outros interesses que não o combate à COVID-19.


Para STF, covid-19 pode ser doença ocupacional mesmo sem comprovar contágio no trabalho

Em 29/04/2020

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira que o novo coronavírus pode ser caracterizado como uma doença ocupacional independentemente de os empregados comprovarem que tenham contraído a doença em razão da atividade trabalhista. No mesmo julgamento, a corte também suspendeu outra norma que limitava a atuação de auditores fiscais do trabalho à atividade de orientação.

Esses dois pontos — que constavam da Medida Provisória 927, editada pelo governo Jair Bolsonaro — foram suspensos em julgamento pelo Supremo de ações que questionavam a norma. Ela foi editada para autorizar a empregadores a adotar medidas excepcionais em razão do estado de calamidade pública decorrente da pandemia.

Os ministros do STF, que começaram a análise do caso na semana passada, entenderam que a maioria das mudanças previstas pela MP não violou direitos dos trabalhadores e estão de acordo com a legislação trabalhista e a Constituição.

Dessa forma, o STF validou alterações feitas pela medida provisória como a prevalência do acordo individual entre empregador e empregado em relação a leis trabalhistas e acordos coletivos, a possibilidade de interrupção das atividades pelo empregador, a prorrogação da jornada de trabalho dos profissionais da área da saúde e antecipação de férias.

O advogado trabalhista Luciano Andrade Pinheiro, sócio do Corrêa da Veiga Advogados, disse que o direito tem que se curvar diante da realidade.

"Quando temos uma pandemia mundial que precisa conciliar a saúde das pessoas com a necessidade de manutenção das necessidades básicas dos cidadãos, a interpretação da Constituição deve ser de acordo com a vida real e foi isso que o Supremo fez", disse.

"Confirmar a validade dos acordos individuais no cenário atual é medida acertada", completou, em nota.

Segundo o advogado Willer Tomaz, do escritório Willer Tomaz Advogados Associados, "a decisão do Supremo se mostrou razoável e respeita os objetivos da flexibilização da legislação trabalhista". Também em nota, ele disse que o Supremo suspendeu "basicamente apenas disposições relativas à segurança do trabalho, à saúde do trabalhador e ao dever de fiscalização pelo Estado, não havendo motivos para a mitigação dessas normas mesmo em um momento caótico para a atividade produtiva".

 

 

Urgente
[15:13, 29/04/2020] INFORME PRELIMINAR DE ACIDENTE DE TRAJETO

 

1 - Tipo: falecimento por doença

2 - Data: 29/04/2020

3 - Hora: parte da manhã (horário ainda não informado)

4 - Lotação: Ilha Redonda

5 - Atividade: Empregado trabalhava como copeiro na cozinha de Ilha Redonda.

6 - Empresa do acidentado: HCM - Horto Central Marataízes

7 - Nome do colaborador: Gilson da Silva Lima (53 anos)

8 - Função: Copeiro

9 - Tempo na empresa: 2 anos

10 - Descrição da ocorrência: No dia 23 o contratado foi afastado do trabalho por 3 dias quando amanheceu com febre. Voltou a trabalhar no domingo, sem sintomas. Hoje (29/04) sofreu uma convulsão de madrugada. Foi levado pelos familiares para um hospital, onde faleceu. Empresa HCM informa que ele não foi testado para Covid 19.

11 - Ações imediatas tomadas: foi solicitado à HCM que providencie imediatamente um teste para Covid-19. Preventivamente, os 8 empregados da cozinha da Ilha Redonda estão sendo afastados. Será preciso encontrar uma solução de curtíssimo prazo para o restaurante e as refeições da equipe local, inclusive turno.

 

12 - Ações planejadas:

1. Aplicação de teste para Covid-19 para o falecido e/ou para os outros membros da equipe (em avaliação na Saúde)

2. Possibilidade de colocação de todo o pessoal da cozinha da Ilha Redonda em quarentena de 14 dias a partir do último contato com o empregado falecido (22/04).

 

13 - Situação atual: Ações sendo estudadas para fornecer alimentação para a Ilha Redonda durante a quarentena da equipe do restaurante.

Informações dos empregados do restaurante sendo coletadas para envio ao NAE.

 

14 - Outras informações pertinentes não há

[15:13, 29/04/2020]  TABG matou o 1º. Quantos outros serão necessários?

[15:14, 29/04/2020]  No mesmo dia que chegou essa notícia terrível, o Kenji, meu gerente setorial, ligou me assediando para ir ao terminal fazer inspeções.

[15:16, 29/04/2020]  Eu sou hipertenso crônico, tenho uma mulher grávida e uma criança asmática em confinamento comigo... Não irei!

Tradução livre de artigo originalmente em inglês intitulado

“Offshore Oil Rigs Are A Special Case For COVID-19”

Artigo de James Conca em 28 de Abril para Forbes>Business>Energy em https://www.forbes.com/sites/jamesconca/2020/04/28/offshore-oil-rigs-are-a-special-case-for-covid19/#254e47a06b82

 (acessado em 29 de abril de 2020)

“Plataformas de petróleo offshore são um caso especial para COVID-19” “As plataformas de petróleo offshore localizadas no meio do oceano proporcionam uma tempestade perfeita para o COVID-19: instalações médicas limitadas, grandes distâncias da costa e quartos e beliches apertados semelhantes a um navio de guerra.

Existem entre 15.000 e 16.000 pessoas trabalhando em centenas de plataformas tripuladas no Golfo do México e milhares de instalações offshore ao mesmo tempo. As plataformas são como pequenas cidades, com até 200 pessoas em cada.

 

Infelizmente, os drillers não podem se comunicar.

 

Como se um colapso total dos preços do petróleo em todo o mundo não fosse ruim o suficiente para a indústria, o COVID-19 apareceu em muitas dessas plataformas offshore. Em março, a empresa norueguesa de petróleo e gás Equinor anunciou pela primeira vez que um trabalhador offshore em uma plataforma havia contraído coronavírus no campo de Martin Linge, no Mar do Norte.

Em 8 de abril, a Guarda Costeira dos Estados Unidos disse que mais de 26 trabalhadores embarcados nas plataformas do Golfo do México apresentaram resultados positivos para o COVID-19 em sete das 680 plataformas.

Nenhuma instalação de energia nos Estados Unidos foi forçada a fechar por causa do COVID-19, as empresas estão implementando planos de contingência. De fato, Erik Milito, presidente da Associação Nacional das Indústrias Oceânicas, diz que as plataformas offshore são um lugar muito mais seguro para se estar em relação a outros lugares em geral, acrescentando: "Os esforços para limitar a propagação do vírus nas plataformas parecem estar funcionando". Apenas onze casos de COVID-19 foram detectados dentre esses 15.000 a 16.000 trabalhadores nas duas primeiras semanas de abril”.

Número de trabalhadores embarcados nas plataformas do Golfo do México (GOM) – 15000 a 16000

Número de plataformas no GOM 680

Número de trabalhadores confirmados até 8 de abril pela Guarda Costeira dos EUA – 26 Número de trabalhadores confirmados nas duas primeiras semanas de abril – 11

Destaque para o risco devido à proximidade entre as pessoas que trabalham embarcadas por conta do espaço exíguo das acomodações onde geralmente várias pessoas dividem o mesmo quarto.

 

Observação da tradutora: Em plataformas de exploração quando eu embarquei pela última vez (2004) na função de geóloga de poço fiquei em um quarto de quatro pessoas e dividíamos com outras quatro pessoas um mesmo banheiro.

 

Tradução livre do artigo intitulado

 

“Covid-19 has disrupted upstream oil and gas projects in MENA and delayed FIDs”

Artigo de GlobalData Energy na Offshore Technology em 29 de abril de 2020 em https://www.offshoretechnology.com/comment/covid-19-disrupted-upstream-oil-gas-projects-mena/

 

 “O Covid-19 interrompeu os projetos de exploração e produção de petróleo e gás nos países do Oriente Médio e do Norte da África e postergou as decisões finais de investimento”

“No final de abril, o mundo continua lutando contra as graves conseqüências da pandemia de Covid-19, com sua disseminação para 213 países e quase 3 milhões de casos confirmados em todo o mundo.

 

A pandemia atingiu significativamente os exportadores de petróleo no Oriente Médio e no Norte da África, com a maioria dos países afetados pelo vírus. A Turquia e o Irã estão entre os países com uma contagem de casos superior à da China.

 

Com a pandemia global de coronavírus agora em pleno andamento, o colapso da demanda global de petróleo e o armazenamento insuficiente de petróleo bruto levaram o preço do petróleo Brent a maior baixa em mais de duas décadas, apesar dos esforços da OPEP + em meados de abril para reduzir a oferta global em 10%. Como os países do Oriente Médio e do Norte da África representam os principais pontos de acesso de petróleo e gás do mundo, suas economias fortemente dependentes de petróleo foram as mais atingidas durante essa crise sem precedentes nos preços do petróleo.

 

A crescente disseminação de casos Covid-19 causou interrupções operacionais e atrasos nos projetos do Oriente Médio e do Norte da África em 2020. A gravidade disso varia, no Iraque, por exemplo, a empresa chinesa Petrochina reduziu pela metade a produção do campo de Halfaya desde março, pois o número de seus funcionários locais foi reduzido devido à preocupações com a propagação do vírus, enquanto a produção do campo óleo de Garraf parou depois que Petronas evacuou todos os seus funcionários.

 

Além disso, devido à baixa demanda de petróleo, contratos de vários projetos foram suspensos pela Basra Gas Company e o Ministro do Petróleo do Iraque instou a região iraquiana do Curdistão a cortar sua produção de petróleo para atender ao último acordo da OPEP. O mesmo nível de medidas foi adotado ou está sendo planejado por outros produtores de petróleo e gás na região.

 

Reduzindo seus custos, a ADNOC cancelou contratos de desenvolvimento para o projeto de gás Dalma, parte do projeto de concessão de Ghasha nos Emirados Árabes Unidos. A Saudi Aramco está revisando seus principais programas de investimento devido ao surto de Covid-19 e aos baixos preços do petróleo. Vários operadores de petróleo e gás ativos no Norte da África também declararam que os projetos, visando decisões finais de investimento em 2020, correm alto risco de adiamento se a situação atual exacerbar e a incerteza do mercado continuar.

 

O nível de risco dos projetos a montante que devem receber decisão final de investimento em 2020 com base nos preços de equilíbrio remanescentes”.

Figura 1 - Figura de GlobalData em https://www.offshore-technology.com/comment/covid-19-disrupted-upstream-oil-gas-projectsmena/

 Apesar da região usufruir de preços de ponto de equilíbrio e custos de elevação relativamente baixos , novos projetos que tendem a abastecer os mercados externos serão atingidos pela destruição da demanda e, portanto, enfrentam o maior risco.

 

A maioria dos países no Oriente Médio e no Norte da África possui uma economia baseada no petróleo e será severamente afetada se o preço do petróleo não se recuperar no curto prazo. Isso colocará os projetos que devem ter decisão final de investimento em 2020 a um risco elevado de postergação, já que os governos estão introduzindo medidas de corte de custos”.

 

Ponto importante deste artigo

 

Países com produção majoritariamente em terra e que são grandes produtores também estão sendo afetados pelo COVID.

 

Observações da tradutora: embora neste primeiro momento de queda do preço só esteja se falando na redução da demanda, estamos vendo neste artigo que a oferta de grandes produtores como Iraque que é um dos 4 maiores da OPEP também estão sendo afetados; a postergação de investimentos vai fazer com que este petróleo que existe em subsuperfície, demore a chegar ao mercado no futuro e isto pode significar oferta insuficiente no futuro (https://www.iea.org/reports/world-energy-outlook-2018/oil#abstract)

 “No cenário de novas políticas (NPS), o crescimento da demanda global de petróleo diminui, mas não atinge o pico antes de 2040. A demanda em 2040 é de 106 mb / d, 11 mb / d maior do que hoje. A demanda em 2040 foi revisada em mais de 1 b / d em comparação com o Outlook do ano passado, em grande parte devido ao crescimento mais rápido no curto prazo e às mudanças nas políticas de eficiência de combustível nos Estados Unidos. A China se torna o maior consumidor mundial de petróleo na década de 2030 e o maior importador líquido de petróleo da história, importando mais de 13 mb / d em 2040. Os Estados Unidos dominam o crescimento da produção até 2025: a produção aumenta em mais de 5 mb / d durante esse período para um pico de 18,5 mb / d. A produção dos EUA começa a cair e a OPEP aumenta constantemente sua participação no suprimento total de petróleo.

 

O nível de recursos convencionais de petróleo aprovado para desenvolvimento nos últimos anos está alinhado às necessidades do cenário de desenvolvimento sustentável (SDS), mas é apenas metade do nível necessário para atender ao crescimento da demanda no cenário das novas políticas (NPS). Se essas aprovações não aumentarem acentuadamente dos níveis de hoje, a produção restrita de petróleo dos EUA precisaria triplicar do nível de hoje para mais de 15 mb / d até 2025 para satisfazer a demanda no NPS. Com uma base de recursos suficientemente grande, isso pode ser possível. Mas isso exigiria níveis de investimento de capital que ultrapassariam em muito os picos anteriores em 2014”.

 

No WEO 2019 apresentado em novembro de 2019 a IEA mudou completamente de opinião e agora está apostando em um desempenho dos não convencionais norte-americanos de uma forma impressionante. Me causou estranhamento esta mudança de posição de um ano para o outro, mas vou deixar a crítica deste documento para um outro momento que virá em breve, espero.

 

Desde a década de 90 que os campos gigantes descobertos são majoritariamente de gás natural. O gás natural não virou o queridinho do nada, não é apenas por ser menos poluente, é porquê a maioria das descobertas em reservatórios convencionais estão sendo de gás. E nos anos 2010 o Memoir 113 da AAPG 1 (Associação de Geólogos de Petróleo Norte-Americana) livro que traz os campos gigantes descobertos no mundo traz também os não convencionais. Mas os não convencionais embora tenham muito valor, não são páreo para os convencionais.

 

Entre os campos gigantes com reservatórios convencionais este livro que registra as descobertas de 2000 até 2010 traz Libra que deu origem ao campo de Mero no Pré-sal de Santos e a acumulação da área do plano de avaliação de Pão de Açúcar no Pré-sal da Bacia de Campos que era operada pela Repsol e foi vendida para a Equinor (antiga Statoil, companhia estatal de petróleo e gás da Noruega). Esta última não teve declaração de comercialidade não podendo portanto ser designada por campo de petróleo, permanecendo sob avaliação.

 

Mas o estranho não é só isto. Não estão presentes no livro os campos do Pré-Sal de Santos: supergigante de Lula, atualmente maior campo produtor em águas ultra-profundas; gigante de Sapinhoá, maior pagador de royalties para o Estado de São Paulo; e o campo de Lapa, vendido por Pedro Parente para a Total francesa poucos dias depois da entrada em produção da primeira unidade de produção definitiva. Também não está presente o gigante de Jubarte da Bacia de Campos que hoje por determinação da ANP reúne os campos do Pós-Sal que formavam o Parque das Baleias, mas que também possuem os reservatórios do Pré-Sal.

 

Patrícia Laier Diretora de Política e Formação Sindical do Sindipetro-RJ Conselheira da AEPET

 


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