Programa 411 - Semana de 09 a 15/10/2020 – 42ª Edição do
ano Fonte-Ricardo Cravo Albin
Notícias
Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos. Apresentadores Ivan Luiz – A Furtado – Bernardo – Leonardo
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Vinheta 09 |
EDITORIAL - Dia do professor no Mundo(15), Abraços ao Cristo Redentor (12) |
Módulo I - Chê e os seus primeiros anos |
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15/10/2020
http://twitter.com/profivanluiz
https://www.facebook.com/profile.php?i
Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977. |
Módulo II - Chê e os seus interesses intelectuais e literários |
Módulo III – Che e as viagens pela América Latina |
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Módulo IV - Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI Che pela Bolívia, Peru, Equador, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras e El Salvador e o fantasma da United Fruit Company |
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Módulo V - - Homenageados na cultura
brasileira, destaque para |
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Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 9 a 15/10 |
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Momento Furtado - Abertura e Encerramento |
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Destaque para Che Guevara (Princípios de uma Sociedade Socialista por Eleida Guevara) e Taiguara | |
Homenagem Especial: |
Momento Furtado – Abertura
Sementes de Ironia
Nas terras férteis do jardim da ilusão
Você semeou as sementes da ironia
As cultivou com esmero
Vendo-as nascer melancólicas
Triste e sem viço
Árvores sem vida
Folhas amareladas
Você com o passar do tempo
Apenas colheu desenganos
Os espinhos feriram as mãos
Magoando o desiludido coração
Descrente e irônica
Dançando em passos lentos
Nos braços da amargura
Vivendo na ausência do sorriso
Derramando lágrimas ácidas
Vagando por entre lamentações
Expondo no peito
A carne rasgada pelo grito do ódio
Antônio Furtado - Topo
Quando ainda era um jovem estudante de medicina, viajou por toda a América do Sul e radicalizou suas posições após testemunhar a pobreza, a fome e as doenças que assolavam o continente. Seu crescente desejo de ajudar a derrubar o que ele viu como resultado da exploração capitalista da América Latina levou ao seu envolvimento nas reformas sociais da Guatemala sob o presidente Jacobo Árbenz, cuja eventual derrubada assistida pela CIA a pedido da United Fruit Company solidificou a ideologia política de Guevara Mais tarde na Cidade do México, conheceu Raúl e Fidel Castro, juntou-se ao Movimento 26 de Julho e partiu para Cuba a bordo do iate Granma com a intenção de derrubar o ditador cubano Fulgencio Batista, apoiado pelos Estados Unidos Guevara logo ganhou destaque entre os insurgentes, foi promovido a segundo comandante e desempenhou um papel fundamental na vitoriosa guerrilha que, após dois anos, depôs o regime de Batista
Após a
Revolução Cubana, desempenhou vários papéis-chave no novo governo, incluindo a
revisão dos apelos e dos esquadrões de fuzilamento para os condenados como
criminosos de guerra durante os tribunais revolucionários a instituição da reforma agrária
como ministro das indústrias, a liderança exercida em uma campanha de
alfabetização nacional bem-sucedida, serviu tanto como presidente do banco
nacional e diretor de instrução das Forças Armadas de
Cuba e atravessou o globo como diplomata em nome do socialismo
cubano. Tais posições também lhe permitiram desempenhar um papel central no
treinamento das forças da milícia que repeliu a invasão da Baía
dos Porcos e levando mísseis balísticos
soviéticos com armas nucleares para Cuba, o que precipitou a crise dos mísseis
de 1962. Além disso, foi um prolífico
escritor e diarista, compondo um manual seminal sobre guerrilhas, junto com um
livro de memórias best-seller sobre sua jornada de motocicleta
pelo continente sul-americano. Suas experiências e estudos sobre o marxismo-leninismo levaram-no
a afirmar que o subdesenvolvimento e dependência do Terceiro Mundo eram resultados
intrínsecos do imperialismo, do neocolonialismo e do capitalismo
monopolista, que só poderiam ser solucionados pelo internacionalismo
proletário e a revolução mundial. Ele deixou Cuba em 1965 para
fomentar a revolução no exterior, primeiro sem sucesso no Congo-Kinshasa e
depois na Bolívia,
onde foi capturado por forças bolivianas assistidas pela CIA e
sumariamente executado.
Guevara
continua a ser uma figura histórica venerada e desprezada, polarizada no
imaginário coletivo em uma infinidade de biografias, memórias, ensaios,
documentários, canções e filmes. Como resultado de seu martírio percebido, suas
invocações poéticas para a luta de classes e seu desejo de criar a
consciência de um "Novo Homem"
impulsionada por incentivos morais e não materiais, Guevara tornou-se um ícone por
excelência de vários movimentos de esquerda. A revista Time nomeou-o uma das 100 pessoas mais influentes do século XX, enquanto uma fotografia
de Alberto Korda,
intitulada Guerrillero Heroico,
foi citada pela Maryland Institute of Art como "a mais famosa fotografia
do mundo".
Guerrillero Heroico, fotografia de Alberto
Korda tirada em 5 de março de 1960 |
|
Ministro da Indústria de Cuba |
|
Período |
11
de fevereiro de 1961 |
Presidente |
|
Antecessor |
Cargo criado |
Sucessor |
Joel Domenech Benítez |
Presidente do Banco Central de Cuba |
|
Período |
26
de novembro de 1959 |
Antecessor |
Felipe Pazos |
Sucessor |
Raúl Cepero Bonilla |
Dados pessoais |
|
Nome completo |
Ernesto Guevara |
Nascimento |
|
Morte |
9 de
outubro de 1967 (39 anos) |
Progenitores |
Mãe: Celia de la Serna e Llosa |
Esposa |
Hilda
Gadea (1955–1959) |
Filhos |
Hilda (1956–1995) |
Partido |
|
Religião |
Nenhuma (ateísmo) |
Profissão |
Médico, fotógrafo, guerrilheiro, político, jornalista, escritor |
|
O
legado de Che Guevara para a luta socialista do século XXI |
Taiguara
http://www.taiguara.art.br
Taiguara Chalar da Silva (Montevidéu, 9 de outubro de 1945 — São Paulo, 14 de fevereiro de 1996)
foi um cantor, compositor e instrumentista radicado brasileiro. Taiguara nasceu em Montevidéu, no Uruguai, em 1945, durante uma temporada de
espetáculos de seus pais, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva e sua mãe, Olga
Chalar, também uruguaia, cantora de tango.
Radicado no Brasil, estabeleceu seu nome na Música Popular
Brasileira, junto a nomes como Chico Buarque e Toquinho, após participar, ser finalista e
ganhar uma série de festivais nos anos 1960, lançando álbuns com canções que marcaram
sua primeira fase, como "Helena, Helena, Helena" e "Hoje",
nos álbuns Taiguara! (1965) e Taiguara (1968).
Nos anos 1970,
lançou Viagem (1970), Carne e
Osso (1971), Piano e Viola (1972) e Fotografias (1973).
Entretanto, foi o artista mais censurado no Brasil durante o período do regime militar (1964-1985),
tendo mais de sessenta músicas censuradas entre os anos de 1972 e 1973,
impedindo-o de gravar ou reproduzir uma série de composições. Um de seus
álbuns, Let The
Children Hear The Music, foi gravado no exterior mas censurado
mesmo assim, impedindo seu lançamento. Em 1975 retorna ao Brasil após breve
autoexílio, quando grava o icônico Imyra, Tayra,
Ipy - Taiguara - que acaba sendo recolhido das lojas pela
polícia.
Após mais extenso exílio, na Europa e na África, volta ao Brasil em princípios dos
anos 1980, após
a anistia, quando
retoma carreira, com shows atravessando os anos 1990 e dois álbuns, mais ativos
politicamente e com letras de música também mais politizadas, Canções de Amor
e Liberdade (1983) e Brasil Afri (1994). Morre em São
Paulo, no ano de 1996, vítima de câncer.
Taiguara, foto de Ana Lasevicius, utilizada na capa do disco
"Brasil Afri" (Movieplay, 1994). |
|
Informação geral |
|
Nome completo |
Taiguara Chalar da Silva |
Nascimento |
9 de outubro de 1945 |
Morte |
14 de fevereiro de 1996 (50 anos) |
Nacionalidade |
Brasileiro naturalizado |
Bossa nova, MPB, Samba, Jazz |
|
Voz, Piano, Violão, Mellotron e
inúmeros instrumentos de origem Africana. |
|
Período em atividade |
|
Afiliação(ões) |
Lindolfo Gaya, Beth
Carvalho, Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Michel
Legrand, Marlui Miranda, Chico
Buarque, Vinicius de Moraes. |
Página oficial |
Saiba mais
aqui
Nascimento, Michel Legrand, Marlui Miranda, Chico Buarque, Vinicius de Moraes
EDITORIAL:
Dia do professor - Descrição
O dia 5 de outubro foi proclamado pela UNESCO como Dia Mundial
dos Professores em 1994, para celebrar a aprovação, em 5 de outubro de 1966, a
Recomendação da UNESCO / OIT sobre o Estatuto dos Professores, em cooperação
com OIT, numa conferência intergovernamental especial convocada pela UNESCO e
realizada em Paris. Wikipédia
Data: quinta-feira, 15 de outubro de 2020 - Tipo: Internacional - O Dia do Professor
No Brasil, o Dia do Professor é comemorado
em 15 de outubro.
No dia 15
de outubro de 1827, Dom Pedro I,
Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o
Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e
lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava
de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as
matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os
professores deveriam ser contratados.[4] A ideia, inovadora e
revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Discurso do Presidente
Getúlio Vargas em cerimônia para professores em dezembro de 1943. O primeiro
Dia do Professor seria criado apenas 4 anos depois.
Mas foi
somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que
ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
Começou
em São Paulo, em
uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta,
onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como
"Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas
dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de
organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento
e análise de rumos para o restante do ano.
O
professor Salomão
Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro,
data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces
de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a
comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor
Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou
famoso pelas frases " Professor é profissão. Educador é missão" e
"Em Educação, não avançar já é retroceder". Com a participação dos
professores Alfredo
Gomes, Antônio Pereira e Claudino
Busko, a ideia estava lançada.
A
celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos
anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo
Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente
o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades,
em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar
os alunos e as famílias".
No Brasil, o Dia do Professor é comemorado
em 15 de outubro.
No dia 15
de outubro de 1827, Dom Pedro I,
Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o
Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e
lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava
de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as
matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os
professores deveriam ser contratados.[4] A ideia, inovadora e
revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Discurso do Presidente
Getúlio Vargas em cerimônia para professores em dezembro de 1943. O primeiro
Dia do Professor seria criado apenas 4 anos depois.
Mas foi
somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que
ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
Começou
em São Paulo, em
uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta,
onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como
"Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas
dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de
organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento
e análise de rumos para o restante do ano.
O
professor Salomão
Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro,
data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces
de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a
comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor
Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou
famoso pelas frases " Professor é profissão. Educador é missão" e
"Em Educação, não avançar já é retroceder". Com a participação dos
professores Alfredo
Gomes, Antônio Pereira e Claudino
Busko, a ideia estava lançada.
A
celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos
anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo
Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente
o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades,
em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar
os alunos e as famílias".
Índia
5 de setembro é o Dia do Professor
na Índia. É o dia de nascimento do ex-presidente e professor indiano Dr. Sarvapalli
Radhakrishnan. Quando o Dr. Radhakrishnan tornou-se o presidente da
Índia em 1962, alguns de seus alunos e amigos se
aproximaram dele e lhe pediram para permitir que eles comemorassem seu
aniversário no dia 5 de setembro. Em resposta, o Dr. Radhakrishnan disse, "Ao
invés de comemorar o meu aniversário separadamente, eu ficaria mais orgulhoso
se o dia 5 de setembro fosse marcado como o Dia do Professor."
Ele não é
um feriado na Índia. É considerado um "dia comemorativo", onde professores
e estudantes vão para as escolas como de costume, mas as atividades habituais e
de classe são substituídas por atividades de celebração, agradecimentos e
recordações. Em algumas escolas neste dia, a responsabilidade de ensinar é
deixada por conta dos alunos das séries mais avançadas como uma avaliação por
seus professores.
Tradicionalmente,
as pessoas na Índia têm tido grande respeito e estima pelos professores. Um
antigo ditado indiano (geralmente ensinado para as crianças), coloca o
professor em terceiro lugar: "Maata, Pitha, Guru, Daivam",
significando a mãe, o pai e o professor é Deus. Há um outro ditado na forma de
uma parelha de versos (doha), que diz, "Guru Govind doou khare
kake lagon paai? Balihari guru aap ki Govind deeo batai," significando
"Eu estou em dificuldade de saber quem saudar primeiro: o professor ou o
Deus. Eu escolherei o professor porque ele é um instrumento da sabedoria de meu
Deus". Ainda, um ponto central na escritura Hindu mostra "Guru
Bramha, Guru Vishnu, Guru devo Maheshwaraha - Gurusakshath parabramha tasmai
shree gurve namaha", que se traduz como "O professor é a
santíssima trindade. O professor é a manifestação do próprio senhor".
5 de setembro é o Dia do Professor
na Índia. É o dia de nascimento do ex-presidente e professor indiano Dr. Sarvapalli
Radhakrishnan. Quando o Dr. Radhakrishnan tornou-se o presidente da
Índia em 1962, alguns de seus alunos e amigos se
aproximaram dele e lhe pediram para permitir que eles comemorassem seu
aniversário no dia 5 de setembro. Em resposta, o Dr. Radhakrishnan disse, "Ao
invés de comemorar o meu aniversário separadamente, eu ficaria mais orgulhoso
se o dia 5 de setembro fosse marcado como o Dia do Professor."
Ele não é
um feriado na Índia. É considerado um "dia comemorativo", onde professores
e estudantes vão para as escolas como de costume, mas as atividades habituais e
de classe são substituídas por atividades de celebração, agradecimentos e
recordações. Em algumas escolas neste dia, a responsabilidade de ensinar é
deixada por conta dos alunos das séries mais avançadas como uma avaliação por
seus professores.
Tradicionalmente,
as pessoas na Índia têm tido grande respeito e estima pelos professores. Um
antigo ditado indiano (geralmente ensinado para as crianças), coloca o
professor em terceiro lugar: "Maata, Pitha, Guru, Daivam",
significando a mãe, o pai e o professor é Deus. Há um outro ditado na forma de
uma parelha de versos (doha), que diz, "Guru Govind doou khare
kake lagon paai? Balihari guru aap ki Govind deeo batai," significando
"Eu estou em dificuldade de saber quem saudar primeiro: o professor ou o
Deus. Eu escolherei o professor porque ele é um instrumento da sabedoria de meu
Deus". Ainda, um ponto central na escritura Hindu mostra "Guru
Bramha, Guru Vishnu, Guru devo Maheshwaraha - Gurusakshath parabramha tasmai
shree gurve namaha", que se traduz como "O professor é a
santíssima trindade. O professor é a manifestação do próprio senhor".
Malásia
16 de maio é o Dia do Professor (malaio: Hari Guru) na Malásia.
16 de maio é o Dia do Professor (malaio: Hari Guru) na Malásia.
Turquia
O Dia do
Professor (em turco: Öğretmenler
Günü) é comemorado em 24 de novembro na Turquia. O dia 24 de novembro foi dedicado aos
professores por Kemal Atatürk.
Atatürk achou e declarou que aquela nova geração seria criada por professores.
(turco: "Öğretmenler yeni nesil
sizin eseriniz olacaktır." - M. Kemal Atatürk) - O Dia do Professor comemorado em dias úteis
O Dia do
Professor (em turco: Öğretmenler
Günü) é comemorado em 24 de novembro na Turquia. O dia 24 de novembro foi dedicado aos
professores por Kemal Atatürk.
Atatürk achou e declarou que aquela nova geração seria criada por professores.
(turco: "Öğretmenler yeni nesil
sizin eseriniz olacaktır." - M. Kemal Atatürk) - O Dia do Professor comemorado em dias úteis
Albânia
Na Albânia, o Dia do Professor é um feriado não
oficial em 7 de março, um dia
antes do Dia das Mães (8 de março).
Na Albânia, o Dia do Professor é um feriado não
oficial em 7 de março, um dia
antes do Dia das Mães (8 de março).
China
O Dia do
Professor foi primeiramente instituído na Universidade Central Nacional
em 1931. Foi adotado pelo governo central
de Taiwan em 1932 e
em 1939 o dia foi transferido para 28 de setembro, que é o dia do aniversário
de Confúcio. Foi extinto pelo governo da República
Popular da China em 1951 e
restabelecido em 1985 sendo que o dia foi novamente mudado
para 10 de setembro.
Atualmente mais e mais pessoas estão fazendo esforços para retornar o Dia do
Professor para o dia de nascimento de Confúcio.
O Dia do
Professor foi primeiramente instituído na Universidade Central Nacional
em 1931. Foi adotado pelo governo central
de Taiwan em 1932 e
em 1939 o dia foi transferido para 28 de setembro, que é o dia do aniversário
de Confúcio. Foi extinto pelo governo da República
Popular da China em 1951 e
restabelecido em 1985 sendo que o dia foi novamente mudado
para 10 de setembro.
Atualmente mais e mais pessoas estão fazendo esforços para retornar o Dia do
Professor para o dia de nascimento de Confúcio.
República
Tcheca
Na República Tcheca,
o Dia do Professor (Den učitelů) é um feriado não oficial, comemorado
em 28 de março,
aniversário de Jan Ámos Komenský (Comenius). As crianças levam flores para seus
professores. Representantes do governo utilizam este dia para demonstrar
agradecimento a esta profissão e premiar os melhores professores.
Na República Tcheca,
o Dia do Professor (Den učitelů) é um feriado não oficial, comemorado
em 28 de março,
aniversário de Jan Ámos Komenský (Comenius). As crianças levam flores para seus
professores. Representantes do governo utilizam este dia para demonstrar
agradecimento a esta profissão e premiar os melhores professores.
Irã
América
Latina
O Dia
Internacional do Professor na América Latina é 11 de setembro, em memória ao dia da morte
de Domingo Faustino
Sarmiento, um político argentino e pedagogo respeitado. Esta data foi
estabelecida na Conferência Interamericana sobre Educação de 1943,
no Panamá.
Muitos
países latino-americanos, porém, têm uma data separada para comemorar o Dia do
Professor de acordo com acontecimentos de sua própria história. No Brasil, o Dia do Professor é 15 de outubro. No México, em setembro de 1917,
o Congresso Federal decretou o dia 15 de maio como Dia do Professor (Día
del Maestro). No Peru, o Dia do Professor é
comemorado em 6 de julho.
O Dia
Internacional do Professor na América Latina é 11 de setembro, em memória ao dia da morte
de Domingo Faustino
Sarmiento, um político argentino e pedagogo respeitado. Esta data foi
estabelecida na Conferência Interamericana sobre Educação de 1943,
no Panamá.
Muitos
países latino-americanos, porém, têm uma data separada para comemorar o Dia do
Professor de acordo com acontecimentos de sua própria história. No Brasil, o Dia do Professor é 15 de outubro. No México, em setembro de 1917,
o Congresso Federal decretou o dia 15 de maio como Dia do Professor (Día
del Maestro). No Peru, o Dia do Professor é
comemorado em 6 de julho.
Polônia
Na Polônia o Dia do Professor (Dzień
Nauczyciela), ou Dia da Educação Nacional (Dzień Edukacji Narodowej)
é 14 de outubro.
Nesse dia a Komisja Edukacji
Narodowej (Comissão de Educação Nacional) foi criada
em 1773.
Na Polônia o Dia do Professor (Dzień
Nauczyciela), ou Dia da Educação Nacional (Dzień Edukacji Narodowej)
é 14 de outubro.
Nesse dia a Komisja Edukacji
Narodowej (Comissão de Educação Nacional) foi criada
em 1773.
Rússia
Na Rússia o Dia do Professor é 5 de outubro. Antes de 1994,
esse dia era comemorado no primeiro domingo de outubro.
Na Rússia o Dia do Professor é 5 de outubro. Antes de 1994,
esse dia era comemorado no primeiro domingo de outubro.
Singapura
Em Singapura, o Dia do Professor é um feriado
oficial escolar, comemorado em 1 de setembro. As comemorações são geralmente
realizadas no dia anterior, quando os estudantes têm metade do dia livre.
Em Singapura, o Dia do Professor é um feriado
oficial escolar, comemorado em 1 de setembro. As comemorações são geralmente
realizadas no dia anterior, quando os estudantes têm metade do dia livre.
Eslováquia
Na Eslováquia, o Dia do Professor (Deň
učiteľov) é um feriado não oficial, comemorado em 28 de março, aniversário de Jan Ámos Komenský
(Comenius).
Na Eslováquia, o Dia do Professor (Deň
učiteľov) é um feriado não oficial, comemorado em 28 de março, aniversário de Jan Ámos Komenský
(Comenius).
Coreia
do Sul
Na Coreia do Sul o Dia do Professor (스승의 날) é 15 de maio. Nesse dia, os professores são
geralmente presenteados com cravos por seus alunos
e ambos desfrutam de um dia escolar mais curto. Ex-estudantes prestam seus
respeitos aos seus antigos professores visitando-os e oferecendo-lhes
presentes. Atualmente muitas escolas por todo o país suspendem suas aulas para
comemorarem esta data.
Na Coreia do Sul o Dia do Professor (스승의 날) é 15 de maio. Nesse dia, os professores são
geralmente presenteados com cravos por seus alunos
e ambos desfrutam de um dia escolar mais curto. Ex-estudantes prestam seus
respeitos aos seus antigos professores visitando-os e oferecendo-lhes
presentes. Atualmente muitas escolas por todo o país suspendem suas aulas para
comemorarem esta data.
Taiwan
Na República da China (Taiwan) é comemorado
em 28 de setembro. O
dia presta homenagem às virtudes, às dificuldades dos professores e também as
suas contribuições não apenas em relação aos seus próprios alunos, mas também para
com toda a sociedade. As pessoas geralmente aproveitam o dia para expressar sua
gratidão aos seus professores, tais como lhes fazendo uma visita ou
enviando-lhes um cartão. Esta data foi escolhida por comemorar o nascimento
de Confúcio, que se acredita ter sido o modelo de
mestre e educador da antiga China.
Em 1939,
o Ministério da Educação estabeleceu que o feriado nacional seria em 27 de agosto, atribuído ao dia de nascimento
de Confúcio. Em 1952,
o governo o mudou para setembro, alegando ser esta a data correta pelo Calendário gregoriano.
O festival
comemorativo acontece nos templos de Confúcio espalhados por toda a ilha,
conhecido como a "Grande Cerimônia Dedicada a Confúcio" (祭孔大典). A
cerimônia acontece às seis horas da manhã com batida de tambores. 54 músicos vestindo roupões com
cintos azuis, 36 (ou 64) dançarinos vestidos de amarelo com cintos verdes. Eles
são conduzidos pelo chefe descendente de Confúcio (atualmente Kung
Te-cheng) e acompanhado por oficiais do cerimonial. Três animais --
a vaca, a cabra, e o porco -- são sacrificados. A pelagem retirada desses
animais sacrificados é chamada de Cabelos da Sabedoria.
Além
disso, institutos locais de educação e órgãos civis oferecem prêmios a
determinados professores por suas influências excelentes e positivas.
Na República da China (Taiwan) é comemorado
em 28 de setembro. O
dia presta homenagem às virtudes, às dificuldades dos professores e também as
suas contribuições não apenas em relação aos seus próprios alunos, mas também para
com toda a sociedade. As pessoas geralmente aproveitam o dia para expressar sua
gratidão aos seus professores, tais como lhes fazendo uma visita ou
enviando-lhes um cartão. Esta data foi escolhida por comemorar o nascimento
de Confúcio, que se acredita ter sido o modelo de
mestre e educador da antiga China.
Em 1939,
o Ministério da Educação estabeleceu que o feriado nacional seria em 27 de agosto, atribuído ao dia de nascimento
de Confúcio. Em 1952,
o governo o mudou para setembro, alegando ser esta a data correta pelo Calendário gregoriano.
O festival
comemorativo acontece nos templos de Confúcio espalhados por toda a ilha,
conhecido como a "Grande Cerimônia Dedicada a Confúcio" (祭孔大典). A
cerimônia acontece às seis horas da manhã com batida de tambores. 54 músicos vestindo roupões com
cintos azuis, 36 (ou 64) dançarinos vestidos de amarelo com cintos verdes. Eles
são conduzidos pelo chefe descendente de Confúcio (atualmente Kung
Te-cheng) e acompanhado por oficiais do cerimonial. Três animais --
a vaca, a cabra, e o porco -- são sacrificados. A pelagem retirada desses
animais sacrificados é chamada de Cabelos da Sabedoria.
Além
disso, institutos locais de educação e órgãos civis oferecem prêmios a
determinados professores por suas influências excelentes e positivas.
Tailândia
16 de janeiro foi adotado como o Dia do
Professor na Tailândia por uma
resolução do governo em 21 de novembro de 1956.
O primeiro Dia do Professor aconteceu em 1957.
16 de janeiro foi adotado como o Dia do
Professor na Tailândia por uma
resolução do governo em 21 de novembro de 1956.
O primeiro Dia do Professor aconteceu em 1957.
Estados
Unidos
Nos Estados Unidos, o Dia do Professor é um
feriado não oficial na terça-feira da primeira semana de maio.
A Associação
de Educação Nacional (National Education Association) descreve o Dia
Nacional do Professor como "um dia para homenagear os professores e
reconhecer todas as contribuições duradouras que eles realizam em nossas
vidas".
A
Associação apresenta uma história do Dia Nacional do Professor: A origem do Dia
do Professor não é precisa. Por volta de 1944 um
professor de Arkansas Mattye
Whyte Woodridge começou a se corresponder com líderes políticos e educacionais
sobre a necessidade de se ter um dia nacional para homenagear os professores.
Woodbridge escreveu para Eleanor Roosevelt que em 1953 convenceu
o Congresso dos Estados Unidos a proclamar o Dia Nacional do Professor.
A
Associação juntamente com seus estados afiliados Kansas e Indiana e Dodge City (Kansas) pressionaram
o Congresso para criar um dia nacional para os professores. O Congresso
declarou 7 de março de 1980,
como o Dia Nacional do professor apenas para aquele ano.
A
Associação de Educação Nacional e seus afiliados continuaram a comemorar o Dia
do Professor na primeira terça-feira de março até 1985,
quando a Associação Nacional de Pais e Professores estipulou a Semana de
Avaliação do Professor na primeira semana de maio. A Assembleia Representativa
da Associação de Educação Nacional então votou para que se fizesse na
terça-feira daquela semana o Dia Nacional do Professor.
A partir
de 7 de setembro de 1976,
foi adotado o Dia do Professor em 11 de setembro no estado de Massachusetts.
Nos Estados Unidos, o Dia do Professor é um
feriado não oficial na terça-feira da primeira semana de maio.
A Associação
de Educação Nacional (National Education Association) descreve o Dia
Nacional do Professor como "um dia para homenagear os professores e
reconhecer todas as contribuições duradouras que eles realizam em nossas
vidas".
A
Associação apresenta uma história do Dia Nacional do Professor: A origem do Dia
do Professor não é precisa. Por volta de 1944 um
professor de Arkansas Mattye
Whyte Woodridge começou a se corresponder com líderes políticos e educacionais
sobre a necessidade de se ter um dia nacional para homenagear os professores.
Woodbridge escreveu para Eleanor Roosevelt que em 1953 convenceu
o Congresso dos Estados Unidos a proclamar o Dia Nacional do Professor.
A
Associação juntamente com seus estados afiliados Kansas e Indiana e Dodge City (Kansas) pressionaram
o Congresso para criar um dia nacional para os professores. O Congresso
declarou 7 de março de 1980,
como o Dia Nacional do professor apenas para aquele ano.
A
Associação de Educação Nacional e seus afiliados continuaram a comemorar o Dia
do Professor na primeira terça-feira de março até 1985,
quando a Associação Nacional de Pais e Professores estipulou a Semana de
Avaliação do Professor na primeira semana de maio. A Assembleia Representativa
da Associação de Educação Nacional então votou para que se fizesse na
terça-feira daquela semana o Dia Nacional do Professor.
A partir
de 7 de setembro de 1976,
foi adotado o Dia do Professor em 11 de setembro no estado de Massachusetts.
Vietnã
No Vietnã, o Ngày nhà giáo Việt Nam (Dia
do Educador Vietnamita) cai em 20 de novembro. Naquele dia, os estudantes têm
o dia livre, mas se espera que eles visitem seus atuais e antigos professores
em suas casas e lhes levem flores para demonstrar sua consideração.
No Vietnã, o Ngày nhà giáo Việt Nam (Dia
do Educador Vietnamita) cai em 20 de novembro. Naquele dia, os estudantes têm
o dia livre, mas se espera que eles visitem seus atuais e antigos professores
em suas casas e lhes levem flores para demonstrar sua consideração.
Referências
1.
↑ «World teachers day». UNESCO. Consultado em 15 de outubro de 2018
2.
↑ «Recomendação da UNESCO/OIT sobre o Estatuto dos
Professores». UNESCO.
Consultado em 15 de outubro de 2018
3.
↑ «Recomendação da UNESCO sobre o Estatuto do Pessoal
Docente do Ensino Superior». UNESCO. Consultado em 15 de outubro de 2018
4.
↑ «LEI DE 15 DE OUTUBRO DE 1827 - Publicação Original -
Portal Câmara dos Deputados». www2.camara.leg.br. Consultado em 9 de outubro de 2018
1.
↑ «World teachers day». UNESCO. Consultado em 15 de outubro de 2018
2.
↑ «Recomendação da UNESCO/OIT sobre o Estatuto dos
Professores». UNESCO.
Consultado em 15 de outubro de 2018
3.
↑ «Recomendação da UNESCO sobre o Estatuto do Pessoal
Docente do Ensino Superior». UNESCO. Consultado em 15 de outubro de 2018
4.
↑ «LEI DE 15 DE OUTUBRO DE 1827 - Publicação Original -
Portal Câmara dos Deputados». www2.camara.leg.br. Consultado em 9 de outubro de 2018
Destaque para
Módulo
I
Primeiros anos do Che - Infância e adolescência
O jovem Ernesto (esquerda) com seus pais e irmãos, c. 1944. A
partir dele da esquerda para a direita: Celia (mãe), Celia (irmã), Roberto, Juan
Martín, Ernesto (pai) e Ana María
Ernesto
Guevara nasceu em 14 de junho de 1928[a] em Rosario, Argentina, filho de Ernesto Guevara Lynch e
Celia de la Serna e Llosa, mas segundo o livro do biógrafo Jon Lee Anderson, Che Guevara: A
Revolutionary Life, sua mãe confiou a um amigo astrólogo que Che nasceu em
14 de maio de 1928. O engano foi feito para evitar o escândalo de já estar
grávida de três meses antes do casamento.
De acordo com essa explicação,
os Guevara deixaram Buenos Aires durante a gravidez e depois foram intencionalmente
para Rosário para evitar que descobrissem a verdadeira data do parto.
Anderson apoia sua versão nos
dados fornecidos por Julia Constenla, biógrafa de Celia, como resultado de suas
conversas com ela e nas inconsistências da certidão de nascimento de Ernesto.
Ernesto Guevara foi por vezes
apresentado durante a sua vida como sietemesino, um termo que à
época era considerado "o resultado de uma relação pré-matrimonial".
Ele foi o
mais velho de cinco filhos de uma família de classe média argentina de
ascendência espanhola (incluindo basca e cantábrica) e irlandesa por meio de
seu ancestral patrilinear Patrick Lynch.
Um bisavô paterno, Patricio Julián
Lynch y Roo, chegou a ser considerado o homem mais rico da América do Sul. Embora
muitas das biografias e relatos da família atribuírem sua mãe como sendo
descendente de José de la Serna
e Hinojosa, último vice-rei espanhol de Lima, este fato é implausível, pois
o vice-rei José de la Serna morreu sem deixar descendentes. Celia de la Serna
também descendia do espanhol Juan Manuel de la Serna y de la Quintana (de
origem cantábrica, nascido em Ontón) que se mudou para o Vice-Reino do
Rio da Prata no final do século XVIII, mudando-se para a cidade
de Montevidéu, onde se casou em 1802 com Paula Catalina Rafaela Loaces y
Arandía.
Segundo o genealogista Narciso
Binayán Carmona, era um descendente do
conquistador, explorador e colonizador espanhol Domingo Martínez
de Irala (1509-1556) e Leonor "Iboty-I Yu" Moquiracé,
uma indígena guarani que foi integrante do harém pessoal deste.
De acordo com a flexibilidade
permitida na língua espanhola,
seu nome legal (Ernesto Guevara) às vezes aparece com "de la Serna"
e/ou "Lynch" acompanhando-o. Referindo-se à natureza
"inquieta" de Che, seu pai declarou que "a primeira coisa a
notar é que nas veias do meu filho fluía o sangue dos rebeldes
irlandeses".
Muito cedo
na vida, Ernestito (como era então chamado) desenvolveu uma "empatia pelos
pobres". Crescendo em uma família com tendências de esquerda,
foi apresentado a um amplo espectro de perspectivas políticas, mesmo quando
menino. Seu pai, um forte defensor dos republicanos da Guerra Civil
Espanhola, várias vezes recebeu muitos veteranos do conflito em sua
casa.
O pai de Ernesto conseguiu organizar
durante a Segunda Guerra
Mundial um pequeno grupo para espionar as atividades nazistas
em Córdoba, do qual Ernestito também participou.
Em 1942, iniciou seus
estudos secundários na Escola Deán Funes, localizada na esquina das ruas Peru e
Independencia, no bairro Nueva Córdoba (na cidade de Córdoba).
Córdoba, que na época tinha cerca de 350 mil habitantes, começava a sofrer transformações
decisivas devido a um notável processo de industrialização, chegando a ser chamada
de "Detroit argentina".
Ele esteve na escola entre
1942 e 1946, em um momento de grandes mudanças e transformações políticas na
Argentina. Nesta época, o peronismo emergia
com o apoio maciço da classe trabalhadora e, inversamente, uma rejeição massiva
das classes média e alta. Os estudantes foram um dos grupos que mais ativamente
se mobilizaram contra o peronismo nascente, sob o lema "não à ditadura das
alpargatas".
Seus pais e toda a sua família eram
abertamente anti-peronistas,
assim como a grande maioria da classe média e da classe alta. Ernesto, por outro
lado, parece nunca ter abraçado posições anti-peronistas. Ao contrário da família,
atribuía sentimentos favoráveis ao peronismo, recomendava aos empregados
domésticos de sua casa e às casas de seus amigos que votassem pelo peronismo, e nutria respeito por Perón, a quem
ele apelidou de "el capo". Por outro lado, rejeitou
explicitamente as posições do Partido
Comunista da Argentina, pois "criticava duramente seu
sectarismo". Se alguma ideologia clara
começou a aparecer em Ernesto Guevara, nos últimos anos de sua adolescência,
foi sua posição anti-imperialista e,
em particular, absolutamente contrária ao imperialismo estadunidense, uma ideologia com raízes
profundas na cultura político-social argentina. Nesse sentido, ele escandalizou seus parentes e
conhecidos, quando se opôs à declaração de guerra da Argentina contra a
Alemanha nazista em 1945, argumentando que ela foi realizada sob pressão dos
Estados Unidos e que o país deveria permanecer neutro.
Um evento importante ocorreu em
novembro de 1943, quando seu melhor amigo, Alberto Granado e outros estudantes,
foram presos pela polícia durante uma manifestação estudantil contra o governo.
Ernesto e Tomás Granado iam à prisão visitar Alberto diariamente. Contrariando
todas as expectativas, quando se organizou uma grande passeata para exigir a
liberdade de Alberto e dos outros presos políticos, Ernesto não apenas se
recusou a participar, mas disse que "a marcha era um gesto inútil" e que ele só iria se eles lhe "dessem um revólver".
Apesar de ter sofrido crises
de asma aguda que o afligiram durante toda a
sua vida, ele se destacou como atleta, praticando natação, futebol, golfe e tiro,
ao mesmo tempo em que se tornou um ciclista "incansável".
Ele era um ávido jogador
de rúgbi, e jogou como fly-half pelo
Club Universitario de Buenos Aires.
Seu estilo agressivo em campo
lhe valeu o apelido de "Fusor" - uma contração de El Furibundo (furioso)
e o sobrenome de sua mãe, de la Serna.
Em seguida, ele editou a
primeira revista dedicada a este esporte na Argentina, chamada Tackle,
na qual também escrevia crônicas sob o pseudônimo "Chang Cho", em
alusão ao seu próprio apelido "Chancho".
Topo
Ernesto
Guevara nasceu em 14 de junho de 1928[a] em Rosario, Argentina, filho de Ernesto Guevara Lynch e
Celia de la Serna e Llosa, mas segundo o livro do biógrafo Jon Lee Anderson, Che Guevara: A
Revolutionary Life, sua mãe confiou a um amigo astrólogo que Che nasceu em
14 de maio de 1928. O engano foi feito para evitar o escândalo de já estar
grávida de três meses antes do casamento.
De acordo com essa explicação,
os Guevara deixaram Buenos Aires durante a gravidez e depois foram intencionalmente
para Rosário para evitar que descobrissem a verdadeira data do parto.
Anderson apoia sua versão nos
dados fornecidos por Julia Constenla, biógrafa de Celia, como resultado de suas
conversas com ela e nas inconsistências da certidão de nascimento de Ernesto.
Ernesto Guevara foi por vezes
apresentado durante a sua vida como sietemesino, um termo que à
época era considerado "o resultado de uma relação pré-matrimonial".
Ele foi o
mais velho de cinco filhos de uma família de classe média argentina de
ascendência espanhola (incluindo basca e cantábrica) e irlandesa por meio de
seu ancestral patrilinear Patrick Lynch.
Um bisavô paterno, Patricio Julián
Lynch y Roo, chegou a ser considerado o homem mais rico da América do Sul. Embora
muitas das biografias e relatos da família atribuírem sua mãe como sendo
descendente de José de la Serna
e Hinojosa, último vice-rei espanhol de Lima, este fato é implausível, pois
o vice-rei José de la Serna morreu sem deixar descendentes. Celia de la Serna
também descendia do espanhol Juan Manuel de la Serna y de la Quintana (de
origem cantábrica, nascido em Ontón) que se mudou para o Vice-Reino do
Rio da Prata no final do século XVIII, mudando-se para a cidade
de Montevidéu, onde se casou em 1802 com Paula Catalina Rafaela Loaces y
Arandía.
Segundo o genealogista Narciso
Binayán Carmona, era um descendente do
conquistador, explorador e colonizador espanhol Domingo Martínez
de Irala (1509-1556) e Leonor "Iboty-I Yu" Moquiracé,
uma indígena guarani que foi integrante do harém pessoal deste.
De acordo com a flexibilidade
permitida na língua espanhola,
seu nome legal (Ernesto Guevara) às vezes aparece com "de la Serna"
e/ou "Lynch" acompanhando-o. Referindo-se à natureza
"inquieta" de Che, seu pai declarou que "a primeira coisa a
notar é que nas veias do meu filho fluía o sangue dos rebeldes
irlandeses".
Muito cedo
na vida, Ernestito (como era então chamado) desenvolveu uma "empatia pelos
pobres". Crescendo em uma família com tendências de esquerda,
foi apresentado a um amplo espectro de perspectivas políticas, mesmo quando
menino. Seu pai, um forte defensor dos republicanos da Guerra Civil
Espanhola, várias vezes recebeu muitos veteranos do conflito em sua
casa.
O pai de Ernesto conseguiu organizar
durante a Segunda Guerra
Mundial um pequeno grupo para espionar as atividades nazistas
em Córdoba, do qual Ernestito também participou.
Ele esteve na escola entre 1942 e 1946, em um momento de grandes mudanças e transformações políticas na Argentina. Nesta época, o peronismo emergia com o apoio maciço da classe trabalhadora e, inversamente, uma rejeição massiva das classes média e alta. Os estudantes foram um dos grupos que mais ativamente se mobilizaram contra o peronismo nascente, sob o lema "não à ditadura das alpargatas".
Seus pais e toda a sua família eram abertamente anti-peronistas, assim como a grande maioria da classe média e da classe alta. Ernesto, por outro lado, parece nunca ter abraçado posições anti-peronistas. Ao contrário da família, atribuía sentimentos favoráveis ao peronismo, recomendava aos empregados domésticos de sua casa e às casas de seus amigos que votassem pelo peronismo, e nutria respeito por Perón, a quem ele apelidou de "el capo". Por outro lado, rejeitou explicitamente as posições do Partido Comunista da Argentina, pois "criticava duramente seu sectarismo". Se alguma ideologia clara começou a aparecer em Ernesto Guevara, nos últimos anos de sua adolescência, foi sua posição anti-imperialista e, em particular, absolutamente contrária ao imperialismo estadunidense, uma ideologia com raízes profundas na cultura político-social argentina. Nesse sentido, ele escandalizou seus parentes e conhecidos, quando se opôs à declaração de guerra da Argentina contra a Alemanha nazista em 1945, argumentando que ela foi realizada sob pressão dos Estados Unidos e que o país deveria permanecer neutro.
Um evento importante ocorreu em novembro de 1943, quando seu melhor amigo, Alberto Granado e outros estudantes, foram presos pela polícia durante uma manifestação estudantil contra o governo. Ernesto e Tomás Granado iam à prisão visitar Alberto diariamente. Contrariando todas as expectativas, quando se organizou uma grande passeata para exigir a liberdade de Alberto e dos outros presos políticos, Ernesto não apenas se recusou a participar, mas disse que "a marcha era um gesto inútil" e que ele só iria se eles lhe "dessem um revólver".
Apesar de ter sofrido crises de asma aguda que o afligiram durante toda a sua vida, ele se destacou como atleta, praticando natação, futebol, golfe e tiro, ao mesmo tempo em que se tornou um ciclista "incansável".
Ele era um ávido jogador de rúgbi, e jogou como fly-half pelo Club Universitario de Buenos Aires.
Seu estilo agressivo em campo lhe valeu o apelido de "Fusor" - uma contração de El Furibundo (furioso) e o sobrenome de sua mãe, de la Serna.
Em seguida, ele editou a primeira revista dedicada a este esporte na Argentina, chamada Tackle, na qual também escrevia crônicas sob o pseudônimo "Chang Cho", em alusão ao seu próprio apelido "Chancho".
Topo
Interesses intelectuais e literários
Guevara aprendeu xadrez com seu pai e começou a participar de torneios locais aos 12 anos de idade. Durante a adolescência, ele era apaixonado por poesia, especialmente a de Pablo Neruda, John Keats, Antonio Machado, Federico Garcia Lorca, Gabriela Mistral, César Vallejo e Walt Whitman. Ele também poderia recitar "If-" de Rudyard Kipling e Martín Fierro de José Hernández com facilidade. Com mais de de 3 mil livros em sua casa, Guevara tornou-se um leitor entusiasta e eclético, interessado em Karl Marx, William Faulkner, André Gide, Emilio Salgari e Jules Verne.[50] Além disso, ele admirava as obras de Jawaharlal Nehru, Franz Kafka, Albert Camus, Vladimir Lenin e Jean-Paul Sartre; bem como Anatole France, Friedrich Engels, H. G. Wells e Robert Frost.
À medida que envelhecia, ele desenvolveu um interesse pelos escritores latino-americanos Horácio Quiroga, Ciro Alegría, Jorge Icaza, Rubén Darío e Miguel Ángel Asturias. Muitas das ideias desses autores ele catalogou em seus próprios cadernos de conceitos, definições e filosofias de intelectuais influentes. Estes incluíram a composição de esboços analíticos de Buda e Aristóteles, juntamente com a análise de Bertrand Russell sobre amor e patriotismo, Jack London sobre a sociedade e Nietzsche sobre a ideia da morte. As ideias de Sigmund Freud o fascinaram quando ele o citou em uma variedade de tópicos, desde sonhos e libido até o narcisismo e o complexo de Édipo. Suas matérias favoritas na escola incluíam filosofia, matemática, engenharia, ciência política, sociologia, história e arqueologia.
Anos mais tarde, um relatório biográfico e de personalidade desclassificado da CIA, datado de 13 de fevereiro de 1958, registrou a ampla gama de interesses acadêmicos e intelecto de Guevara, descrevendo-o como "muito bem lido", acrescentando que "Che é razoavelmente intelectual para um latino".
Viagens pela América Latina
Ver também: Diários de Motocicleta
Guevara (direita) com Alberto Granado (esquerda) em junho de
1952 no rio Amazonas a bordo de sua jangada de madeira "Mambo-Tango",
que foi um presente dos leprosos que eles haviam tratado
Em 1948,
Guevara entrou na Universidade
de Buenos Aires para estudar medicina. Sua "fome de
explorar o mundo" levou-o a intercalar suas
atividades acadêmicas com duas longas viagens introspectivas que mudaram
fundamentalmente a maneira como ele enxergava a si próprio e as condições
econômicas contemporâneas da América Latina. A primeira expedição em 1950 foi uma
viagem solo de 4,5 mil quilômetros através das províncias rurais do norte da Argentina
em uma bicicleta na qual ele instalou um pequeno motor. Em 1951, iniciou uma viagem de
motocicleta continental de nove meses e 8 mil quilômetros por parte da América
do Sul. Para esta última viagem, ele tirou um ano de folga de seus estudos para
embarcar com seu amigo Alberto Granado, com o objetivo final de
passar algumas semanas como voluntário no leprosário San Pablo no Peru,
às margens do rio Amazonas.
No Chile, viu-se enfurecido com as condições de trabalho dos mineiros na mina de cobre de Chuquicamata, em Anaconda, e passou por um encontro noturno no deserto de Atacama com um casal comunista perseguido que nem sequer possuía um cobertor, descrevendo-os como "as vítimas de carne e osso tremendo da exploração capitalista". Além disso, a caminho de Machu Picchu, no alto dos Andes, ele ficou impressionado com a pobreza esmagadora das áreas rurais remotas, onde os camponeses trabalhavam com pequenos lotes de terra pertencentes a latifundiários ricos. Mais tarde em sua jornada, ficou especialmente impressionado com a camaradagem entre aqueles que viviam em uma colônia de leprosos, afirmando: "As formas mais elevadas de solidariedade e lealdade humana surgem entre pessoas tão solitárias e desesperadas". Ele usou anotações feitas durante esta viagem para escrever um livro, intitulado Diários de Motocicleta, que mais tarde se tornou um best seller do New York Times e foi adaptada para um filme premiado em 2004 de mesmo nome.
Uma viagem de motocicleta pela extensão da América do Sul o
despertou para a injustiça do domínio americano no hemisfério e para o
colonialismo sofredor trazido aos seus habitantes originais.
— George Galloway, político britânico
Em sua
viagem, passou pela Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Panamá e finalmente Miami,
onde esteve por 20 dias, antes de voltar para casa
em Buenos Aires. Ao
final da viagem, ele passou a ver a América Latina não como um conjunto de
nações separadas, mas como uma entidade única que requeria uma estratégia de
libertação continental. Sua concepção de uma América hispânica sem
fronteiras e unida, compartilhando uma herança latina comum, foi um tema que se
destacou durante suas atividades revolucionárias posteriores. Ao retornar para
a Argentina, ele completou seus estudos e recebeu seu diploma em medicina em
junho de 1953, tornando-se oficialmente "Dr. Ernesto Guevara".
Ele
observou mais tarde que, através de suas viagens pela América Latina, pode
entrar "em contato próximo com a pobreza, fome e doenças", com a
"incapacidade de tratar uma criança por falta de dinheiro" e
manifestando "estupefação provocada pela contínua fome e punição" que
leva um pai a "aceitar a perda de um filho como um acidente sem
importância". Essas experiências convenceram Guevara de que, para
"ajudar essas pessoas", ele precisava deixar o reino da medicina e
considerar a arena política da luta armada.
Data |
Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI |
Ver artigo principal: Golpe
de Estado na Guatemala em 1954
Em 7 de
julho de 1953, Guevara partiu novamente, desta vez para uma viagem pela Bolívia, Peru, Equador, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras e El Salvador. Em 10 de dezembro de 1953, antes
de partir para a Guatemala, ele enviou
uma carta para sua tia Beatriz de San José, Costa Rica. Nela, Guevara falava em
atravessar o domínio da United Fruit Company,
uma jornada que o convenceu de que o sistema capitalista da companhia era
terrível. Esta carta afirmava o tom mais
agressivo que ele adotou para assustar seus parentes mais conservadores e
terminava com Guevara xingando uma imagem de Joseph Stalin, para não descansar até que
esses "polvos tenham sido vencidos". Mais tarde naquele mês, chegou
à Guatemala, onde o presidente Jacobo Árbenz liderou um governo
democraticamente eleito que, por meio da reforma agrária e
outras iniciativas, tentava acabar com o sistema latifundiário. Para conseguir isso, o
Presidente Árbenz promulgou um importante programa de reforma agrária, no qual
todas as porções não cultivadas de grandes propriedades de terra seriam
desapropriadas e redistribuídas para os camponeses sem terra. A maior
proprietária de terra, e uma das mais afetadas pelas reformas, foi a United
Fruit Company, da qual o governo Árbenz já havia tomado mais de 225 mil acres
de terras não cultivadas. Satisfeito com o rumo que a
nação estava tomando, Guevara decidiu estabelecer-se na Guatemala para
"aperfeiçoar-se e realizar o que for necessário para se tornar um
verdadeiro revolucionário".
Na Cidade da Guatemala,
Guevara procurou Hilda Gadea, uma
economista peruana membra da Aliança
Popular Revolucionária Americana (APRA) e bem relacionada
politicamente. Ela o apresentou a vários funcionários de alto escalão do governo
de Arbenz. Guevara então estabeleceu contato com um grupo de exilados cubanos ligados
a Fidel Castro durante o ataque de 26 de
julho de 1953 no Quartel Moncada em Santiago de Cuba. Durante este período, ele
adquiriu seu famoso apelido, devido a seu uso frequente da sílaba argentina
"che" (um marcador de discurso multiuso, equivalente à sílaba "tchê" em português). Durante sua estadia na
Guatemala, foi ajudado por outros exilados da América Central, uma das quais,
Helena Leiva de Holst, forneceu-lhe comida e hospedagem, discutiu suas viagens para
estudar o marxismo na Rússia e na China, a quem, Guevara dedicou um
poema, "Invitación al camino".
Em maio de
1954, um carregamento de armas de infantaria e de artilharia leves foi
despachado da Checoslováquia para
o governo de Arbenz e chegou a Puerto Barrios. Em resposta, o governo dos
Estados Unidos — que desde 1953 foi encarregado pelo presidente Eisenhower de
remover Arbenz do poder no multifacetado código de operação da CIA chamado
PBSUCCESS — saturou a Guatemala com propaganda anti-Arbenz através de rádio e
lançando panfletos, e iniciaram bombardeios usando aviões não identificados. Os Estados Unidos também
patrocinaram uma força de várias centenas de refugiados e mercenários
guatemaltecos que eram chefiados por Carlos Castillo Armas para
ajudar a derrubar o governo de Arbenz. Em 27 de junho, Arbenz decidiu renunciar. Isso permitiu que Armas e suas
forças assistidas pela CIA marchassem para a Cidade da Guatemala e estabelecessem
uma junta militar, que
elegeu Armas como presidente em 7 de julho. Consequentemente, o regime de
Armas consolidou o poder ao reunir e executar supostos comunistas, enquanto esmagava os
sindicatos anteriormente florescentes e revertia as reformas
agrárias anteriores.
O próprio
Guevara estava ansioso para lutar em nome de Arbenz e juntou-se a uma milícia armada organizada pela Juventude
Comunista para esse propósito, mas frustrado com a inação do grupo, ele logo
retornou aos deveres médicos. Após o golpe, novamente se ofereceu para lutar,
mas logo depois, Arbenz se refugiou na embaixada mexicana e disse a seus
partidários estrangeiros para deixar o país. Os seus repetidos apelos para
resistir foram notados pelos partidários do golpe e ele foi marcado para morrer. Depois que Hilda Gadea foi
presa, Guevara procurou proteção dentro do consulado argentino, onde permaneceu
até receber um salvo-conduto algumas semanas depois e foi para o México.
A derrubada
do regime de Arbenz e o estabelecimento da ditadura de direita de Armas
cimentaram a visão de Guevara sobre os Estados Unidos como uma potência imperialista
que se opunha e tentava destruir qualquer governo que buscasse corrigir a desigualdade
socioeconômica endêmica na América Latina e outros países em desenvolvimento. Ao falar sobre o golpe,
afirmou:
A última democracia revolucionária latino-americana – a de
Jacobo Arbenz – fracassou como resultado da fria agressão premeditada realizada
pelos Estados Unidos. Seu líder visível era o secretário de Estado John Foster Dulles,
um homem que, por uma rara coincidência, também era acionista e procurador da
United Fruit Company.
A convicção de Guevara de que o socialismo alcançado através da luta armada e defendido pelo povo em armas era a única maneira de corrigir tais condições foi, portanto, reforçada. Gadea escreveu mais tarde: "Foi a Guatemala que finalmente o convenceu da necessidade da luta armada e da tomada de iniciativa contra o imperialismo. Quando ele saiu, ele tinha certeza disso."
Atenção
A United Fruit Company (UFC) (1899-1970)
era uma multinacional norte-americana que se destacou na produção e no comércio
de frutas tropicais (especialmente bananas e abacaxis) em plantações no terceiro mundo,
principalmente na América Latina, Estados Unidos e Europa. Seus interesses comerciais abrangeram
grandes extensões na América Central e
no Caribe onde a empresa era conhecida como
"Mamá Yunay".
Tinha
muito poder nos países centro-americanos já que, com a colaboração do governo
dos EUA, ajudava na derrubada de governos locais e a implantação de governos
que facilitassem sua atividades comerciais. Dando lugar para que esses países e
seus governos fossem chamados "república das bananas",
já que a empresa estabeleceu líderes locais para favorecer seus interesses econômicos
Topo
Módulo_V - Módulo Destaque Cultural - Topo
Biografia –
Taiguara (75 anos) – 09 - Taiguara - Taiguara Chalar da
Silva 9/10/1945 Montevidéu, Uruguai 14/2/1996 São Paulo,
SP<br>Compositor. Cantor.<br>Filho de Ubirajara, que tocou
bandônion em vários de seus discos, e de Olga, que havia sido cantora. Seu avô,
Glaciliano Correia da Silva, foi parceiro em algumas canções. Nascido em
Montevidéu, veio para o Brasil aos quatro anos, estabelecendo-se no Rio de
Janeiro. Aos oito anos, ganhou um piano do avô e começou a compor aos 10. Ainda
menino, incorporou diversos ritmos como a guarânia paraguaia, o samba, a bossa
nova e o pop-rock. Aos 15 anos, mudou-se para São Paulo.<br>Segundo o
próprio cantor, em depoimento ao pesquisador Aramis Millarchi, [entrou na
música pelo lado mais operário, mais artesão]. Começou consertando instrumentos
e acabou construindo um acordeão com as próprias mãos em Porto Alegre. Começou
a cantar na noite aos 18 anos, quando foi contratado pela PolyGram, gravando
seu primeiro LP dois anos depois. Em 1964, teve a oportunidade de mostrar seu
trabalho no Juão Sebastião Bar, (SP), onde toda quarta-feira a já veterana
Claudette Soares abria espaço para músicos então iniciantes, como César Camargo
Mariano, Toquinho e Chico Buarque. O contato com Claudette transformou-se em
amizade e, em 1966, os dois juntaram-se ao Jongo Trio e apresentaram o show
[Primeiro tempo: 5 x 0], dirigido pela dupla Miéle e Bôscoli, no Rio. O
espetáculo ficou em cartaz durante um ano, na Boate Rui Bar Bossa. Depois, o
mesmo show foi adaptado para uma versão pocket para o Teatro Princesa Isabel,
permanecendo durante dois anos em cartaz. Foi esse espetáculo que compôs
[Hoje], um de seus maiores sucessos. O show foi gravado ao vivo pela Philips,
em 1966, e hoje se transformou em peça rara de colecionador. Participou, em
1966, da trilha sonora do filme [Crônica da cidade amada], de Carlos Hugo
Christiensen, lançada pela Philips. Em 1967, atuou no show [Farenheit], ao lado
de Eliana Pittman, Cipó, Dori Caymmi e Luiz Eça. Oespetáculo foi gravado em
disco pela Odeon. Versátil, capaz de navegar por mares de diversos gêneros
musicais, postou-se contra a repressão artística imposta pela ditadura militar.
Em 1971, as canções do LP [Ilha] chamaram a atenção da censura. Dois anos
depois, teve 11 músicas proibidas. O disco [Imyra, Tayra, Ipy, Taiguara], de
1975, teve participação especial de Hermeto Pascoal e Wagner Tiso e uma
curiosidade: naquele ano, Taiguara estava sob as lentes da censura e foi Ge
Chalar da Silva, então sua esposa, quem assinou as letras das músicas. O disco
seria lançado em 1976, num show no Rio Grande do Sul, com as participações de
Hermeto Pascoal e Toninho Horta, mas o espetáculo foi cancelado. Entre 1968 a
1975, suas músicas eram freqüentes nas rádios, com destaque para [Universo no
teu corpo], [Hoje], [Viagem] e [Teu sonho não acabou]. Ainda na década de 1970,
viveu na Inglaterra, França, Tanzânia e Etiópia. Estudou regência em Londres,
onde gravou o LP [Let the children hear the music], em inglês. O disco foi
proibido de ser lançado, pela EMI, por decisão da Polícia Federal brasileira. O
compositor recorreu ao Conselho Superior de Censura, em 1982, por sugestão de
seu amigo pessoal, o crítico Ricardo Cravo Albin, que então defendia os autores
de rádio, TV e MPB naquele Conselho. O parecer de Albin acabou por ser aprovado
pela unanimidade do plenário do Conselho, liberando-se imediatamente o disco.
Retornou ao Brasil em 1978. Nos anos 1980, aprofundou-se nas pesquisas das
sonoridades africanas e paraguaias, que resultaram no disco [Brasil Afri]. Em
1990, seu último show, montado no Teatro João Caetano, com roteiro e direção de
Ricardo Cravo Albin, e gravado pela TV Manchete, teve repercussão nacional. Em
1994, passou alguns meses em Nova York. Faleceu de câncer na bexiga no dia 14
de fevereiro de 1996, quando preparava o repertório do disco seguinte, que
seria de sambas que falavam sobre pobreza e alegria de viver nos morros
cariocas. Em maio desse mesmo ano, a amiga e intérprete favorita de suas
canções, Claudette Soares, homenageou o compositor com um show no Memorial da
América Latina, em São Paulo. Constam da relação dos intérpretes de suas
canções Emílio Santiago, Pery Ribeiro, Angela Maria, Claudia, Evinha, Agnaldo
Timóteo, Célia, Orlando Silva, Roupa Nova e Erasmo Carlos, entre outros. Em
2014, foi publicada pela Kuarup o livro [Os outubros de Taiguara - Um artista
contra a ditadura: Música, censura e exílio], biografia escrita por Janes
Rocha. Em 2015, foi homenageado com a exposição (Taiguara 70 Anos - Amor e
Resistência), realizada no Instituto Cultural Cravo Albin em cuja abertura
ocorreu um show de sua filha Imyra cantando composições do pai
Biografia
Tito Mendes (90 anos) 10 - Tito da Silva Mendes
10/10/1930 Ceará -Compositor. Oficial do
corpo de bombeiros. Recebeu em 1964 o título de [Cidadão carioca]. No mesmo ano,
foi nomeado para cargo no Departamento de Federal de Segurança Pública do
Ceará. Foi vice- presidente da SBACEM no começo da década de 1970.
Biografia –
Cartola (112 anos) 11 - Angenor de Oliveira - 11/10/1908 , RJ 30/11/1980 RJ - Compositor.
Cantor. Violonista. Nascido na rua Ferreira Vianna, no Catete, era o
primogênito dos oito filhos do casal Sebastião e Aída. Apesar de ter recebido o
nome de Agenor, foi registrado como Angenor. Mas esse fato ele só viria a
descobrir muitos anos mais tarde, ao tratar dos papéis para seu casamento com
D. Zica, nos anos de 1960. A partir de então, para não ter que providenciar a
mudança do nome no cartório, passou a assinar oficialmente seu nome como
Angenor de Oliveira. Ainda na infância, mudou-se com a família para o bairro
das Laranjeiras, onde entrou em contato com os ranchos União da Aliança e
Arrepiados. Neste último, tocava um cavaquinho que lhe fora dado pelo pai
quando tinha somente 8 ou 9 anos de idade. Seu entusiasmo por esse rancho era
tanto que, mais tarde, ao participar da fundação da Escola de Samba
Estação Primeira de Mangueira, em abril de 1928, sugeriu que aquela
agremiação tivesse as mesmas cores do rancho Arrepiados: verde e rosa. Desde
então, essas duas cores passaram a formar um símbolo dos mais reverenciados no
mundo do samba. Na verdade, soube depois por Carlos Cachaça, que existira
no Morro da Mangueira um antigo rancho de carnaval com o nome de Caçadores da
Floresta, cujas cores eram exatamente o verde e o rosa. Em 1919, foi morar no
Morro da Mangueira, aos 11 anos de idade.
Biografia
Jorge Vercillo (52 anos) 11 - Jorge Luis Santana Vercilo
11/10/1968 Rio
de Janeiro, RJ - Iniciou sua carreira
artística aos 15 anos de idade, tocando em bares. Em 1989, representou o
Brasil no Festival Internacional de Trovadores em Curaçau, no qual obteve o
primeiro lugar com sua canção [Alegre] e foi
contemplado com o prêmio de Melhor Interprete. Em 1993, gravou seu
primeiro CD, [Encontro das águas], contendo suas composições
[À
meia luz] (c/ Altay Veloso), [Ciclo milenar] (c/ Maurício
Mattar), [Pode parar] e [Encontro das águas], ambas com Jota
Maranhão, [Alegre], [Penso em ti], [Clara], [Muamba], [Carinha linda] e [Praia nua]. O disco foi
produzido por Renato Corrêa. Em 1996, lançou o CD [Em tudo que é
belo], no qual registrou suas músicas [Tudo ilusão] (c/ Altay
Veloso), [Infinito amor] (c/ Jota Maranhão), [Oração Yoshua] e [Himalaia], ambas com
Paulo César Feital, [Eu só quero dançar], [Longe], [Fácil de
entender], [Raios da manhã], [Mãos do destino], [Olha e não me
olha] e [Fenômenos da natureza], além da
faixa-título. Foi
indicado para o Prêmio Sharp na categoria Melhor Cantor Pop. Teve músicas
incluídas em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo como [Praia nua] ([Tropicaliente]), [Encontro das
águas] ([Mulheres de areia]) e [Infinito amor] ([Indomada]). Assinando os
arranjos e a produção musical, lançou, em 2000, o CD [Leve], contendo suas
canções [Leve] e [Em órbita], ambas com
Zeppa, [Final feliz], com participação vocal de
Djavan, [Rasa], [Bem ou mal], [Avesso] e [Regressão], além de [Beatriz] (Edu Lobo e
Chico Buarque), [Apesar de cigano] (Altay Veloso e Aladim) e [Quando a noite
chegar] (Paulo Façanha e Beto Paiva). Ainda nesse ano,
participou do Festival da Música Brasileira (Rede Globo), interpretando sua
canção [Amanheceu]. Também em 2000,
apresentou-se no Teatro Rival (RJ)
Biografia
João do Vale (87 anos) João Batista do Vale
11/10/1933
Pedreiras, MA
6/12/1996 São
Luís, MA Cantor.
Compositor. Foi o quinto de oito irmãos, dos quais apenas três
sobreviveram à infância pobre. Os pais eram agricultores pobres e sem terra.
Por volta dos seis anos de idade foi apelidado de "Pé de xote", pois
vivia pulando e dançando. Um de seus avós fora trazido de Angola como escravo e
posteriormente fugiu. Chegou a perder a vaga no Grupo Escolar Oscar Galvão para
dar lugar ao filho de um coletor de impostos. Auxiliava nas despesas da casa,
vendendo balas, doces e bolos que a mãe fazia. Com 12 anos mudou-se com a família
para São Luís, onde trabalhou vendendo laranjas nas ruas. Nesse período
participou do Noite Linda, um grupo de bumba-meu-boi, como fazedor de versos, o
chamado "amo". De 14 para 15 anos fugiu de casa, indo de trem para
Teresina, onde conseguiu emprego como ajudante de caminhão. Fazia viagens entre
Fortaleza e Teresina. Um dia viajou até Salvador e resolveu ficar por lá, por
estar mais perto do Rio de Janeiro, para onde tencionava ir. Mais tarde foi
para Minas Gerais, onde trabalhou como garimpeiro na cidade de Teófilo Otoni,
onde obteve dinheiro para a sonhada viagem à então capital da República. Foi
para o Rio de Janeiro de carona em caminhão e arranjou emprego de pedreiro em
Copacabana, numa obra na Rua Barão de Ipanema. Trabalhava e dormia na obra, visitando
periodicamente as rádios, principalmente a Nacional, à procura de artistas que
gravassem suas composições. Mostrava suas músicas a muitos artistas, inclusive à
cantora Marlene e a Tom Jobim, que naquela época tocava piano num inferninho em
Copacabana
Biografia –
Abdias dos Oito Baixos (87 anos) 13 José Abdias de Farias
13/10/1933 - Taperoá, PB
3/3/1991 Rio de
Janeiro, RJ - Compositor.
Sanfoneiro. Produtor. Foi casado com a cantora Marinês. Em 1957,
participou do filme "Rico ri à toa", dirigido por Roberto Faria,
acompanhando Marinês com sua sanfona de oito baixos, na música "Peba na
pimenta", de João do Vale, José Batista e Adelino Rivera. O filme foi
estrelado por Zé Trindade e teve participações de atores como Silvinha Chiozo,
Violeta Ferraz, Oswaldo Louzada e Zezé Macedo. Em 1960, gravou pela Columbia
"Quadrilha no arraiá", de sua autoria, e "Roedeira dor do
amor", de Ari Monteiro. No mesmo ano, Marinês e sua Gente gravaram, de sua
autoria e Zaccarias, o xote "Nova geração". Em 1961, lançou de sua
autoria "Pai Abdias no forró" e "Pulando o frevo". Em 1962,
gravou "Xique-xique", de Reginaldo Alves, e "Catingueira",
de João Silva e Oliveira Bastos. Em 1963, passou a gravar na CBS, onde lançou
"Forquedo de Viano" e "Bode chinê", com arranjos de sua
autoria. No mesmo ano gravou "Fogosa" e "Besouro mangangá",
composições de Rosil Cavalcânti, e "Zé Pereira" e "O
abre-alas" de Chiquinha Gonzaga. Ainda em 1963, Marinês e sua Gente
gravaram pela RCA Victor, de sua autoria e João do Vale, a moda de roda
"Balancero da Usina". Entre seus LPs constam "Seus sambas de
sucessos", "Revivendo sucessos" e "Vou nessa leva",
todos lançados pela gravadora Entre. Como produtor, produziu o
Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro e lançou Marinês. Em 1982, o cantor e
compositor paraibano Vital Farias compôs, com Livardo Alves, "Forrófunfá
(Abdias dos Oito Baixos)", em sua homenagem, contando com sua participação
na gravação, tocando fole de oito baixos. Produziu discos de forró
para a gravadora CBS, incluindo entre outros, o Coronel Ludugero. Em 1995, teve
uma coletânea lançada pela Sony. Em 1998, a Polydisc lançou o CD "20 super
sucessos", com o melhor de sua produção. Em 2016, apresentaram-se como uma
das principais atrações do maior palco da festa de São João de Campina Grande,
na Paraíba. “O maior São João do mundo”, como é conhecida a festa, recebeu,
nesta edição, uma média de 100 mil pessoas por dia.
Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana. Topo
Intervalo compreendido do dia 09 a 15/10
Aniversariantes
Momento Furtado – Encerramento
Razão do Ser
Meu sangue escorre
Por entre os dedos
Nas palmas das mãos
Dos algozes sádicos
Que com uma ânsia voraz
E um enorme prazer
Sente a volúpia da maldade
Brotar em seus lábios
Fazendo-me agonizar
O estado de exceção exige
O regime autoritário
Permite autorizando a tortura
E eles obedecem ferozmente
Torturadores que viram feras
A divergência social e política
Naquela longa noite de horror
Não era permitida
As grades são frias
E nelas insalubres
Reinava o medo psicológico
Destruidor e abafado
Os gritos alucinantes
Que cortavam o silêncio
Rasgando o coração e a alma
Risos a zombar do limite humano
Usando o “pau de arara”
Para dilacerar a combalida carne
O ódio acima da razão
Pessoas que desaparecem
Explicações mentirosas
São raivosamente ditas
Famílias que não enterram
Nem choram os seus entes perdidos
Meu sangue correndo
Eles rindo prazerosamente
Satisfazendo-se com o poder da maldade
Minha vida se esvaindo
Mas o meu sonho de liberdade
Nunca vão conseguir suprimir
Antônio Furtado
Topo
Olá, sou o professor Ivan Luiz, jornalista, bacharel em geografia, petroleiro e diretor do Sindipetro RJ. Minha missão é contribuir com conhecimento, informação, reflexões e soluções para que nós, cidadãos brasileiros, tenhamos maior qualidade de vida com dignidade e respeito. Quer conhecer mais sobre minha trajetória e meus projetos? Então acesse minhas redes sociais. Os canais são abertos para que somarmos forças.
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