12 - Bebel Gilberto - Isabel Gilberto de Oliveira - 12/5/1966 - Nova York, EUA - Cantora. Compositora. - Filha de João Gilberto e Miúcha. Neta de Sérgio Buarque de Holanda. Sobrinha do compositor Chico Buarque e das cantoras Ana de Hollanda e Cristina Buarque. Ainda menina, atuou como vocalista em gravações e participou dos musicais infantis “Saltimbancos” e “Pirlimpimpim”. Em 1983, gravou um LP com Pedrinho Rodrigues, contendo obras de Geraldo Pereira. Lançou, em 1986, um compacto duplo, contendo suas composições “Mais feliz”, “Amigos de bar” e “Preciso dizer que te amo”, todas de sua parceria com Dé e Cazuza, e “Tua na lua” (c/ Dé e Rachel), além de “Nós” (Roberto Frejat e Cazuza). Participou, em 1986, do disco “Há sempre um nome de mulher”, produzido por Ricardo Cravo Albin, interpretando com Miúcha a faixa “Jou-jou e balangandans” (Lamartine Babo). Em 1991, mudou-se para Nova York. Atuou com David Byrne, Arto Lindsay e DJ Towa Tei (do Dee-Lite). Apresentou-se em espaços como Zanzibar e Red lion Pub, em Manhattan. Em 1998, apresentou-se, com João Gilberto, no Carnegie Hall, em Nova York. No final da década de 1990, mudou-se para Londres. Em 2000, lançou o CD “Tanto tempo”, registrando canções como “Samba da bênção” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Samba e amor” (Chico Buarque), “So nice (Summer samba)” (Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e Norman Gimbel) e “Bananeira” (João Donato e Gilberto Gil), além de composições próprias como “Mais feliz”(c/ Cazuza e Dé) e a faixa-título (c/ Suba), entre outras. O disco, que teve uma vendagem mundial de cerca de 1 milhão de cópias, obteve grande sucesso nas principais cidades européias, especialmente Londres e Paris, tornando-a uma personalidade internacional da música popular em fase de ascensão. A cantora e o disco “Tanto tempo” foram eleitos os melhores de 2000, na categoria “Musiques”, da revista francesa “Les Inrockuptibles”. Nesse mesmo ano, fez turnê de shows na Europa, Estados Unidos e Canadá.
*** Jamelão
José Bispo Clementino dos Santos - 12/5/1913 - RJ, RJ - Cantor. Compositor. Nascido no bairro de São Cristóvão, começou a ganhar a vida aos nove anos como pequeno jornaleiro. Ganhou o apelido de Jamelão na gafieira Jardim do Meyer, um dos muitos endereços de seu aprendizado de crooner. Foi levado à Mangueira pelo lendário compositor Gradim, amigo de Cartola e Carlos Cachaça, apesar de ter iniciado a trajetória de sambista acompanhando a mãe, Dona Benvinda, que saía na Escola Deixa Malhar, no Engenho Novo. Trabalhou como operário antes de começar a cantar em gafieiras. Faleceu aos 95 anos vítima de infecção generalizada na Clínica Pinheiro Machado onde estava internado. Seu corpo foi velado na quadra da Escola de samba Estação Primeira de Mangueira, sendo seu caixão coberto pelas bandeiras da Mangueira e do Vasco da Gama, e sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Iniciou-se na bateria da Estação Primeira de Mangueira tocando tamborim. Interessou-se por aprender cavaquinho. Quando começou a cantar, seu estilo foi influenciado por Cyro Monteiro. Nos anos de 1930, passou por diversas gafieiras como a Fogão, de Vila Isabel, Cigarra e Tupi. Entre os dancings, cantou no El Dorado, Farolito, Avenida, Samba-Danças, Brasil e Belas-Artes. Começou a gravar no fim da década de 1940, após participar de inúmeros programas de calouros do rádio, incluindo o célebre “Calouros em desfile”, de Ary Barroso e vencer um concurso da extinta Rádio Clube do Brasil, que finalmente o contratou por um ano. Até então, contentava-se em substituir seu padrinho Onésimo Gomes e até o “Rei da Voz”, Francisco Alves. Em 1945, interpretou “Ai, que saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago, no programa radiofônico Calouros em Desfile, apresentado por Ary Barroso. Logo depois, tornou-se crooner da Orquestra Tabajara e passou a cantar no rádio e em boates. Em 1949, gravou na Odeon, com Antenógenes Silva ao acordeom, o calango “A giboia comeu”, de Antenógenes Silva e J. Correia da Silva, e o samba “Pensando nela”, de Antenógenes Silva e Irani de Oliveira. Em 1950, gravou solo as marchas “Pancho Vila”, de Liz Monteiro, Victor Simon e Luiz Thomasi, e “Este é o maior”, de Pereira Matos, Correia e O. Silva e, em dueto com Onéssimo Gomes, o samba “Capitão da mata”, de Henrique de Almeida, Humberto de Carvalho e Gadé, e a marcha “Já vi tudo”, de Antenor Borges, Raimundo Lessa e S. Queima. Em 1951, gravou como crooner de Carioca e sua orquestra os choros “Casinha da colina”, de Luiz Peixoto e Pedro de Sá Pereira, e “Voltei ao meu lugar”, de Carioca. No mesmo ano, gravou solo o baião “Torei o pau”, de Luiz Bandeira, e o samba-canção “Onde vai sinhazinha”, de Carioca. Em 1952, foi contratado pela Sinter e lá estreou com a marcha “Só apanho resfriado”, de Wilson Batista e Erasmo Silva, e a batucada “Você vai…eu não”, de sua parceria com Pereira Matos. No mesmo ano, fez grande sucesso como crooner da Orquestra Tabajara de Severino Araújo no baile do Castelo de Coberville, na França, quando o estilista francês Jacques Fath apresentou o algodão brasileiro à alta costura européia. No ano seguinte, gravou os sambas “Eu não poderei”, de sua autoria e José Batista, e “Acabei entrando bem”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, além da batucada “Deixa amanhecer”, de sua parceria com Rossini Pacheco e José Ribamar. *** Walter Wanderley
Walter José Wanderley Mendonça - 12/5/1932 - Recife, PE - Instrumentista (pianista e organista). Iniciou sua carreira profissional em Pernambuco. No final da década de 1950, mudou-se se para São Paulo, onde passou a atuar com o conjunto do Bar Claridge. Mais tarde, atuou com o conjunto da Boate Oásis, levado por Isaura Garcia, com quem veio a se casar. Sua primeira gravação foi registrada em 1959, tocando órgão na faixa “E daí?” (Miguel Gustavo), em disco de Isaura Garcia lançado pela gravadora Odeon. Atuou nas boates Michel e Rêverie, tocou em bailes e apresentou-se em programas de televisão. Em 1960, foi convidado para trabalhar no Captains Bar do Hotel Comodoro, com o grupo que passou a se chamar Walter Wanderley e seu Conjunto, com o qual acompanhou, em gravações e programas de televisão, diversos cantores como Isaura Garcia, com quem foi casado, Dóris Monteiro, João Gilberto, Morgana e Francisco Egídio, entre outros. No início da década de 1960, gravou os LPs “Eu, você e Walter Wanderley” (1960), “Walter Wanderley” (1961) e “Sucessos dançantes em ritmo de romance” (1961). Em 1962, lançou os LPs “O sucesso é samba” e “Samba é samba com Walter Wanderley”, que incluiu “O barquinho” (Menescal e Bôscoli) e “Palhaçada” (Haroldo Barbosa e Luis Reis), entre outras.Em 1963, lançou o LP “O samba é mais samba com Walter Wanderley”, registrando “Corcovado” (Tom Jobim) e “A mesma rosa amarela” (Capiba e Carlos Pena Filho), e o LP “Walter Wanderley e o bolero”, com destaque para as faixas “Sabor a mi” (Álvaro Carrilho) e “Solamente una vez” (Agustin Lara), e “Samba no esquema de Walter Wanderley”. Em 1964, mudou a formação de seu conjunto. Apresentou-se no Juan Sebastian Bar e fechou contrato com a gravadora Philips, que lançou, ainda nesse ano, os LPs “Entre nós” e “Órgão, sax e sexy”, com Portinho, e “O toque inconfundível de Walter Wanderley”. No ano seguinte, gravou os LPs “O autêntico Walter Wanderley”, “Samba só” e “Quarteto Bossamba”. Em 1966, lançou o LP “Sucessos + Boleros = Walter Wanderley”. Transferiu-se, nesse ano, para os Estados Unidos, onde viveu até o final de sua vida. Ainda em 1966, gravou “Samba de Verão” (c/ Paulo Sérgio Valle), alcançando o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas. São também da década de 1960 seus LPs “Rainforest” (1966), “A certain smile, a certain sadness”, gravado com Astrud Gilberto, “Chegança” (1967), “Popcorn” (1967), com Luiz Henrique, “Kee-ka-roo” (1967), “Batucada” (1968), “When it was done” (1968) e “Moondreams” (1969). Na década de 1970, lançou os LPs “The return of the original Walter Wanderley sound” (1971) e “Brazils greatest hits!” (1972). Em 1981, gravou o LP “Perpetual motion love”. Faleceu em São Francisco, no dia 1 de setembro de 1986. Dez anos depois, foram lançadas as coletâneas “The fantastic Walter Wanderley – Boss of the bossa nova” e “Samba swing!”. |
13 - Picolino da Portela - Claudemiro José Rodrigues - 13/5/1930 - RJ, RJ - Compositor. Cantor. Instrumentista. Ritmista. Funcionário aposentado do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis. Apresentou-se em vários clubes e rodas de samba do Rio de Janeiro. Compôs a primeira música aos 16 anos de idade. Pertenceu à Ala dos Compositores da Portela até o seu falecimento. Em 1946 já compunha para o Bloco Unidos da Tamarineira, de Oswaldo Cruz. Com Candeia e Valdir 59, entrou para a Portela, passando a integrar a Ala dos Compositores, na época presidida pelo compositor Wanderley. Compôs os sambas-enredos da Portela “Samba do gigante”, feito em homenagem ao “IV Centenário da Cidade de São Paulo”, em 1954 e “São Paulo Quatrocentão”, que classificou a escola em 4º lugar do Grupo 1, no desfile daquele ano. Integrando a Ala de compositores da Portela, fez apresentações entre 1955 e 1956 no Clube High-Life, juntamente com a Orquestra Tabajara e a Orquestra do Maestro Cipó. Mais tarde, fundou a Ala dos Malabaristas, a qual liderou durante cinco anos, transferindo-se para a Ala dos Compositores, da qual exerceu a presidência por dois anos. Compôs “Legados de D. João VI”, em 1957, samba-enredo com o qual a Portela foi campeã no desfile daquele ano. Em 1963, ao lado de Casquinha, Candeia, Casemiro, Arlindo, Jorge do Violão e Davi do Pandeiro, formou o grupo Os Mensageiros do Samba, que fez parte do Movimento de Revitalização do Samba de Raiz, promovido pelo Centro de Cultura Popular (CPC) em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE). Com esse grupo, gravou o LP “Mensageiros do samba”, pela gravadora Philips. O disco contou com músicas compostas pelos integrantes do grupo, como “Se eu conseguir” (c/ Casquinha e Picolino) e “Lenço Branco”, esta última, somente de sua autoria. Formou o Trio ABC da Portela, juntamente com Noca da Portela e Colombo. Com o Trio, participou de vários espetáculos de samba e alguns festivais, como o “II Concurso de Música de Carnaval”, organizado pelo Presidente do Conselho Superior de Música Popular Brasileira do Museu da Imagem e do Som, Ricardo Cravo Albin, em 1968, quando inscreveu duas composições do trio. A primeira composição inscrita foi “Portela Querida”, que foi classificada em quinto lugar, sendo interpretada, com grande sucesso, por Elza Soares, que a gravou na Odeon, e a segunda, “É bom assim”, interpretada pelo cantor Gasolina.
*** Ângela Maria Abelim Maria da Cunha - 13/5/1929 - Conceição de Macabu, RJ - Cantora. Nascida em Conceição de Macabu, distrito de Macaé, RJ, filha do reverendo Albertino Coutinho da Cunha. Começou a cantar ainda adolescente no coro da Igreja Batista do bairro carioca do Estácio, onde seu pai era pastor. Na verdade, todos os seus irmãos cantavam durante os cultos religiosos. Sua voz, porém, era a mais apreciada. Já nessa época, trabalhava como inspetora em uma fábrica de lâmpadas, a General Eletric, onde soltava sua potente voz para encanto dos operários e desespero dos chefes. O sonho de ser cantora de rádio impulsionou sua decisão de participar de programas de calouros, o que causou um transtorno familiar. Segundo declaração da própria cantora, ao Jornal O Pasquim em 1976, “…levei muitas surras de minha mãe porque ela não queria de jeito nenhum. Eu fugia de casa para participar de programas de calouros”. O pai não admitia que sua filha desejasse a carreira artística, coisa malvista na época. Mas a jovem estava decidida a ser cantora de rádio e fazer sucesso. Por ser ardorosa fã de Dalva de Oliveira, então no auge da carreira, passou a imitá-la, arrebatando assim todos os concursos de calouros em que se inscrevia. O problema estava no fato de que ninguém a queria contratar, já que era quase cópia de Dalva de Oliveira. Decidida a abraçar a vida artística, largou escola, fábrica, igreja e foi morar com uma irmã no bairro carioca de Bonsucesso. Anos depois, recebeu de Getúlio Vargas o apelido de “Sapoti”. Um dia, ao encontrá-la, o então presidente da República lhe disse: “Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti”. Sua vida pessoal, sempre muito atribulada e freqüentemente rastreada pela imprensa, foi marcada por muitos casamentos. Apesar de não ter tido filhos, adotou algumas crianças, as quais sempre considerou como filhos legítimos. Faleceu aos 89 anos, em São Paulo, onde estava internada há 34 dias no Hospital Sancta Maggiore, em decorrência de um quadro de infecção. O Instituto Cultural Cravo Albin promoveu em sua sede um Requiem de 7º dia assumindo a acriação do Troféu Angela Maria de Ouro, dedicado a descobrir e premiar a melhor cantora iniciante a cada ano.
*** Aniversário do Meier Cortado pela Estrada de Ferro Central do Brasil, a história do Méier se confunde com a dos trens. O aniversário da sua estação ferroviária é utilizado como data de fundação do bairro: 13 de maio de 1889. A estrada de ferro foi de extrema importância para o início de um acelerado progresso da região, que é, atualmente, conhecida como Grande Méier. A partir da década de 1950, o bairro explodiu demográfica e comercialmente. Em 1954, o bairro ganhou o Cine Imperator, na ocasião, a maior sala de cinema da América Latina, com 2 400 lugares. Em seguida, foi a vez do Shopping do Méier se instalar no bairro. Foi o primeiro do gênero a ser inaugurado no Brasil. Um dos grandes problemas atuais do Méier é o trânsito. O aumento de tráfego após a implantação da Linha Amarela, somado às vias de acesso que ainda mantém um dimensionamento obsoleto, complicam o trânsito na região, tornando-o, por vezes, caótico. Quem vem do Centro enfrenta congestionamentos na rua 24 de Maio e quem sai da Linha Amarela observa trânsito lento principalmente no horário do rush em ruas como Arquias Cordeiro, Borja Reis e Dias da Cruz, essa última sendo a principal do bairro e tendo apenas duas pistas em algumas partes, uma de ida e outra de volta. O Méier é o 17º bairro carioca com maior IDH, de 0,931, sendo um dos mais valorizados da Zona Norte do município na 4ª posição, só perdendo para o Jardim Guanabara (0,962), Maracanã (0,944) e o Grajaú (0,938), estando a frente de bairros "rivais" nesse quesito dentro da Zona Norte como Tijuca (0,926), Vila da Penha (0,911), Vila Isabel (0,909) e Portuguesa (0,904). “ | É o Méier o orgulho dos subúrbios e dos suburbanos. | ” | — Lima Barreto em "Feiras e Mafuás" (póstumo), 1956,
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14 - Clóvis Pereira - 14/05/1932 - Caruaru-PE - Compositor. Pianista. Arranjador. Regente. Filho do clarinetista Luiz Gonzaga Pereira dos Santos, da Banda Musical Nova Euterpe.Teve suas primeiras lições de músicacom o próprio pai. Em 1950, com 18 anos, mudou-se para Recife, onde iniciou-se no estudo de piano com o professor Manoel Augusto dos Santos, no Conservatório Pernambucano de Música, de onde acabou se tornando professor e presidente, mais tarde. Estudou também na Escola de Belas Artes da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), onde se aperfeiçoou em harmonia, composição e orquestração, com o maestro Guerra Peixe. Formou-se pela Berkelee School of Music, em Boston nos EUA, em Harmonia Moderna e Orquestração. Membro da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, constituiu carreira também como professor do curso de graduação de Música da Universidade Federal de Pernambuco. A partir da década de 1960, tornou-se muito conhecido, principalmente em Pernambuco, pela composição de inúmeros frevos de rua, caboclinhos e maracatus. Em 1958, lançou seu primeiro disco, “Ritmos alucinantes”, pelo selo Repertório. O álbum contou com músicas como “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e Frederico Brito; “Adeus Maria Fulô”, de Sivuca e Humberto Teixeira; “Que Será Será”, de Jay Livingston e R. Evans, com Versão de Ruy Rey; “Tim Tim Por Tim Tim”, de Portinho e Wilson Falcão; “Innamorata”, de R. Warren e J. Brooks; e “Dó Re Mi”, de Fernando César. Em 1961, lançou o segundo disco, “Gostoso de dançar – Clóvis Pereira e Seu Conjunto”, pelo selo Caravelle. Nele, constaram as músicas já, gravadas anteriormente pelo próprio Maestro, como “Tim Tim Por Tim Tim”, de Portinho e Wilson Falcão; “Adeus Maria Fulô”, de Sivuca e Humberto Teixeira; “Que Será Será” de Jay Livingston Evans; “Dó-ré-mi”, de Fernando César; “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; e “Innamorata”, de R. Warren e J. Brooks, além das músicas “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso; “Poinciana”, de Simon e Bernier; “Mi Oracion”, de F. Boulanger e J. Kennedy; Caruarú”, de Belmiro Barrela; Stars Fellin Alabama”, de F. S. Perkins e M. Parish; e “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e F. de Brito. Apresentou-se, em 1976, como representante brasileiro, na “Fouth International Choir Festival”, nos Estados Unidos da América, em Washington, no Teatro “Kennedy Center”; e em Nova Iorque, no “Lincoln Center Performing for the Arts”, junto com o Coral da Universidade da Paraíba. Em 1978, lançou, pelo o selo Marcus Pereira, o seu terceiro álbum “Grande Missa nordestina”, junto com a Orquestra, da Universidade Federal da Paraíba, regida por ele mesmo, e também o Coral da mesma Universidade. Esse disco, diferentemente dos anteriores, contou com composições próprias, que foram “Grande Missa Nordestina – I Kyrie, II Glória, III Credo”; e “Grande Missa Nordestina – IV Sanctus, V – Agnus Dei”. Em 1986, esteve novamente nos EUA, a convite do Governo Norte-americano, para participar do “Music School Administrators”, visitando naquele pais diversas Universidades e instituições musicais. Teve seu nome registrado na “Who’s Who In Music”, na sua oitava edição. Essa enciclopédia musical britânica publica os nomes e as respectivas realizações dos músicos mais notórios mundialmente. Maestro Clóvis, como também é conhecido, foi por muitos anos regente da orquestra da emissora TV Jornal, da qual também foi diretor artístico. Participou do Movimento Armorial, junto com Cussy de Almeida, a convite do escritor Ariano Suassuna, e compôs as primeiras obras representativas deste movimento. Com sua própria orquestra, participou de diversos bailes carnavalescos nos principais clubes da cidade do Recife. Recebeu, durante a carreira, diversos prêmios e homenagens, dentre os quais a Medalha do Mérito Educacional, do Governo do Estado de Pernambuco; o Troféu Cultura Cidade do Recife; a Medalha de Honra ao Mérito Dezoito de Maio, da Câmara Municipal de Caruaru-PE; e o Diploma Memória Viva do Recife. Em 2010, fez o arranjo para a música “Anjo folião”, de Luiz Guimarães. A canção foi uma das premiadas na categoria frevo de rua, no “Festival de Música Carnavalesca 2010”, realizado em Recife (PE) e do qual participaram cerca de 200 artistas e compositores. |
15 - Léo Vaz - 15/5/1932 - Curitiba, PR - Cantor. Em criança gostava muito de futebol e chegou a jogar nas divisões de base do Clube Atlético Paranaense, de Curitiba, atuando em partidas pelo time principal. Formou-se Perito Contador pela Faculdade De Pácido e Silva. Ficou conhecido como o “Cantor da voz de veludo”. Desde criança gostou de cantar e participou de programas de calouros na Rádio Clube Paranaense e na Rádio Guairacá. Depois de formado começou a trabalhar como Perito Contador, ao mesmo tempo em que atuava cantando em casas noturnas de Curitiba. Em 1951, aos 19 anos, venceu um concurso para cantores realizado pela Rádio Guaracá, em programa apresentado por Aluísio Finzetto, e foi contratado pela emissora, na qual permaneceria por seis anos, até 1957. Em 1956, participou do Festival do Rádio Paranaense, realizado em Londrina pela Associação Paranaense dos Radialistas, presidida por Sérgio Fraga. Entre os presentes ao Festival estava o radialista Manoel Barcelos, então presidente da Associação Brasileira de Rádio, que gostou muito da voz do cantor, e resolveu contratá-lo para atuar na Rádio Nacional, passando a fazer parte do cast da emissora então líder de audiência no país. Em 1957, já morando no Rio de Janeiro, foi contratado pela gravadora Todamérica e lançou seu primeiro disco, um 78 rpm com as músicas “Eu vou onde está o Brasil” e “A sorte corta caminho”, ambas de autoria de Alcyr Pires Vermelho e Alberto Ribeiro. No mesmo ano, lançou mais dois discos em 78 rpm. O primeiro com o samba “Nasce Uma Pobre Menina”, de Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho, e o samba canção “Derradeiro Romance”, de Alberto Ribeiro. Já no segundo registrou o samba “Rosário De Lágrimas”, de Oldemar Magalhães, Eden Silva e Nilo Moreira, e a marcha “Pierrô”, de Felícia Godoy. Em 1958, gravou seu primeiro LP, “Apresentando Léo Vaz” com as músicas “Mensagem”, de Cícero Nunes e Aldo Cabral; “Favela”, de Hekel Tavares e Joracy Camargo; “Foi Ela”, de Antônio Rosário; “Ausência”, de Mário Ramos; “Voltaste”, de Sílvio Caldas; “Como os Rios Que Correm Pro Mar”, de Custódio Mesquita e Evaldo Ruy; “Longe dos Olhos”, de Djalma Ferreira e Cristóvão de Alencar; “Fale Comigo Saudade”, de Jairo Argileo e Zimbres; “Caminho Verde (camino Verde)”, de Carmelo Larrea, versão de Luis Carlos; “Sem Teu Amor”, de Arcênio de Carvalho e Edson Menezes; “Voltarás”, de Délio Gonçalves Cardoso, e “Meu Lampião”, de Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho. No mesmo ano, sua gravação para a marcha “Pierrô”, de Felícia Godoy, foi incluída na coletânea “Carnaval”, da Todamérica. Em 1959, lançou mais dois 78 rpm pela Todamérica com 4 composições de seu primeiro LP: o bolero “Caminho Verde (Camino Verde)”, de Carmelo Larrea, versão de Luis Carlos; os sambas-canção “Fale Comigo Saudade”, de Jairo Argileo e Zimbres, e “Perdido De Amor”, de J. Cascata e Antônio Nássara, e o samba “Vai Meu Samba”, de Guio de Morais. No mesmo ano, pelo selo Tiger gravou os sambas “Deixa O Barco Correr”, de Lourival Faissal, Edson Menezes e Arcênio de Carvalho, e “Vai Fingindo Amor”, de Aldacir Louro, Linda Rodrigues e Geraldo Serafim. Em 1960, foi lançado seu último trabalho pela Todamérica, o LP “Léo Vaz Sensacional”, no qual interpretou, entre outras, as músicas “Balada Triste”, de Dalton Vogeler e Esdras Silva; “Vai Meu Samba”, de Guio de Morais, “Perdido De Amor”, de J. Cascata e Antônio Nássara, e “Violões Em Funeral”, de Sílvio Caldas e Sebastião Fonseca. Ainda em 1960, passou a gravar na RCA Victor, e lançou dois discos em 78 rpm com o samba canção “Ofensa”, de René Bittencourt e Raul Sampaio; a guarânia “Convite Ao Amor”, de Lourival Faissal e Arcênio de Carvalho; a guarânia “Sem Chorar”, de Eduardo Patané e Almeida Rego, e a balada “Quero Outra Noite Sonhar”, de Graça Batista e Jonas Garret. Também no mesmo ano, participou da trilha sonora do filme “Garotas e Rock” com a gravação da balada “Quero Outra Noite Sonhar”, de Graça Batista e Jonas Garret. Em 1961, gravou mais quatro 78 rpm pela RCA Victor com o bolero “Cadeia De Amor (Dicitencello Vuie)”, de Enzo Fusco e Rodolfo Falvo; o samba canção “Ainda Te Quero”, de Mozart Brandão; a balada “Greenfields”, de Terry Gilkyson, Richard Deher e Frank Miller, em versão de Romeo Nunes, e o samba “Falta De Sorte”, de José Messias. Em 1962, lançou um último disco pela RCA Victor, com o samba “Divórcio”, de José Messias, e o bolero “Aí Vai (ahi Va)”, de Joaquim Prieto, versão de Ramalho Neto. Em 1963, foi contratado pela gravadora Philips e gravou um 78 rpm com o bolero “Onde Estará Susie Wong (tornerai Susie Wong)”, de Fermo Dante Marchetti e Fidenco, versão de Almeida Rego, e o samba “É Tua Vez De Chorar”, de Mário Teresópolis. No mesmo ano, para surpresa de todos, pediu demissão da Rádio Nacional. Em 1964, lançou um compacto duplo com as músicas “Saber Perdoar”; “Tornarei Zuzie”; “Praga”, e o samba “É Tua Vez De Chorar”, de Mário Teresópolis. Em 1965, gravou compacto simples com as músicas “Reencontro” e “Chore, Meu Amor”. Em 1966, lançou, em compacto simples “Pensando Bem” e “Eu Não Disse”. No mesmo ano, sua gravação do bolero “Reencontro”, de Adelino Moreira, fez parte da coletânea “Seleções Favoritas do Público”, da gravadora Philips. Em 1967, gravou os boleros “Eu Sou Aquele (Yo Soy Aquel)”, de Manuel Alejandro, versão de Romeo Nunes, e “O Último Encontro (lultimo Eappuntamento)”. Em 1971, participou da coletânea carnavalesca “Lindo! Lindo! Lindo! – Ninguém Segura o Carnaval 71”, do selo Fontana/Philips, com a gravação da marcha “Maria”, de Celso Castro e Hélton Menezes. A partir dos anos 1970, apesar de não abandonar totalmente a carreira artística passou a atuar mais como empresário. Gravou discos pela Todamérica, RCA Victor e Philips.
*** Oscar Castro Neves 15/5/1940 - RJ, RJ - Instrumentista. Arranjador. Compositor. Produtor musical. Irmão dos músicos Mário, Léo, Ico e do cantor Pedro Paulo Castro Neves. Começou a tocar violão e cavaquinho aos seis anos de idade. Em 1954, formou um conjunto com os irmãos Mário (piano), Léo (bateria) e Ico (contrabaixo), apresentando-se na Rádio Difusora de Petrópolis. Participou, no final da década de 1950, das reuniões musicais realizadas na casa de Nara Leão, freqüentadas também por Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli e Chico Feitosa, entre outros integrantes da bossa nova. Em 1959, participou do Festival do Samba Moderno, realizado na Faculdade de Arquitetura (RJ). No ano seguinte, sua canção “Chora tua tristeza” (c/ Luverci Fiorini) foi gravada por Carlos Lyra. Em 1960, apresentou-se, ao lado dos irmãos Léo e Ico, no Festival Nacional da Bossa Nova, realizado no Teatro Record (SP), e no show Noite do Sambalanço, realizado na PUC (RJ). Ainda nesse ano, o trio participou do disco “Bossa nova mesmo”, acompanhando diversos cantores. O LP incluiu duas músicas de sua autoria: “Menina feia”, interpretada por Lúcio Alves, e “Chora tua tristeza”, gravada por seu conjunto. Em 1962, tocando piano e violão, formou um quarteto com Ico Castro Neves (contrabaixo), Henry Percy Wilcox (guitarra) e Roberto Ponte (bateria). O grupo viajou para Nova York, onde se apresentou no Festival da Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall. O quarteto gravou com Milton Banana “O ritmo e o som da bossa nova”, LP lançado pela Audio Fidelity, que incluiu suas composições “Bossa nova blues” e “Não faz assim”. Atuou com Dizzy Gilespie Quintet, Stan Getz Quartet, Lalo Schiffrin Trio e Laurindo de Almeida Quartet, ao lado de Ray Brown, Shelley Manne e Bud Shank. De volta ao Brasil, atuou como arranjador para diversos artistas. Em 1964, participou, ao lado de Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi e Quarteto em Cy, do show produzido por Aloysio de Oliveira e realizado na Boate Zum Zum (RJ), lançado em disco pela Elenco. No mesmo ano, sua canção “Onde está você?” (c/ Luverci Fiorini) foi apresentada por Alaíde Costa no show “O fino da bossa”, realizado no Teatro Paramount (SP), tornando-se um dos seus maiores sucessos como compositor. Em 1965, o grupo de Oscar Castro Neves participou de vários LPs gravados ao vivo, como “A bossa nova no Paramount” e “O fino da bossa”, lançados pela RGE, além de “Bossa nova no Carnegie Hall”, lançado pela Audio Fidelity. Ainda nesse ano, escreveu os arranjos e assinou a direção musical da trilha sonora de “Liberdade, liberdade”, peça de Millôr Fernandes e Flávio Rangel encenada no Teatro Opinião (RJ). Foi também responsável pela trilha musical de “Toda donzela tem um pai que é uma fera”, filme dirigido por Roberto Farias. Em 1966, participou do LP “Tom Jobim apresenta”, com sua canção “Morrer de amor” (c/ Luverci Fiorini). Em 1971, uniu-se ao grupo Brasil 66, de Sergio Mendes, atuando como instrumentista e diretor musical do grupo durante 10 anos em shows e na gravação de mais de 15 discos, alguns como co-produtor.
*** Dia da Assistente Social
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