Notícias Petroleiras e Outras - Especial Mes de junho, dedicada à Biodiversidade no Meio Ambiente. Início 02/06/2024
EDITORIAL! - Junho dedicado à defesa da vida na BIODIVERSIDADE!
|1| 03/06/2024 - Passeio na Orla do Marine (maricá - RJ)
|2|04/06/2024 - Vivência indígena no xingu! Como é participar de uma festa na tribo? Demarcação Já, respeito é bom e os originários exigem.
|3| 05/06/2024 - Mensagem Ministra Marina Silva, Maria Lopes e Artes e a ressaca hoje, em seguida e o tema "Muro vivo" - Destaque Sahel
|4| 06/06/2024 - "Desertos verdes"? Os riscos ambientais das medidas que incentivam as florestas de eucalipto sem licenciamento. Silviculturaé aciênciadedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentosflorestaiscom vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.
|5| 07/06/2024 - O Povo (Eleitor) não ouviu o alerta. Um rio, duas margens: tragédia no Vale do Taquari foi maior em lado menos preservado.
|6|08/06/2024 || Barulho (Som) e visitas na roça é assim -
|| Biodiversidade O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais conhecidas no País, espalhadas pelos seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos. || A Palmeira que fornece água para o viajante || Passeando na Lagoa de Araçatiba em Maricá || Dia Mundial dos Oceanos (08/06/2024)
|9| 09/06/2024 - No meio de tudo está o meio ambiente 1) Entrevista com o Indígena Curim Puri, nome branco origem dos invasores "Washington". 2) Cientista indígena é reconhecida. Quem entende de Biodiversidade e meio ambiente é Indígena, tenho dito! Vídeo - Krenak, uma história de resistência
|11| 10/06/2024 - 1) Kangwaá - Cantando para Nhanderú - Indígenas Tupi Guarani 2)Projeto RS, defendido pelo ministro, deve ser a resposta à catástrofe ambiental
|16| 2) Cientista explica por que é preciso frear desmatamento no Cerrado para não faltar água no Brasil 3) O Cerrado superou a Amazônia e, em 2023, foi o bioma brasileiro mais desmatado. Uma situação que coloca em risco a savana com maior biodiversidade do mundo.
|17| 12/06/2024 - Caso Braskem 1) Abertura: TRAGÉDIA DOS FLEXAIS l Documentário de Carlos Pronzato, vamos ler os comentários . 2) Empresa do grupo Petrobrás, o depoimento que a CPI não ouviu.
Editorial 2 - Em 04/06/2024 - Um destaque importante será a exposição que a partir de 05/06/2024 acontecerá no Museu Janete Costa em Niterói RJ, conversamos bastante com o Curador, que nos recebeu carinhosamente e fez questão que assistíssemos na íntegra o vídeo Demarcação Já, muito nos emocionou esse momento. 2.1 - Vivência indígena na Xingu! Como é participar de uma festa na tribo? 2.2 - Demarcação Já, respeito é bom e os originários exigem.
Editorial 3 - URGENTE Em 05/06/2024 - Pronunciamento da Ministra Marina Silva (em 04/06/2024) em seguida Praia de Itaipuaçu, Maricá RJ, Maria Lopes e a ressaca no dia do meio ambiente e após o tema "Muro Vivo".
É grande responsabilidade política dos sindicatos de trabalhadores e associações de profissionais prover robustas campanhas de Educação Ambiental aos trabalhadores, sobretudo educação ambiental aos seus militantes e dirigentes, pessoas que devem ser multiplicadoras responsáveis, ensinando as causas e realidade das Mudanças Climáticas no Brasil e esperança de vida melhor para as famílias trabalhadoras.
Colaboração Companheiro Arthur Ferrari
Muro Vivo
O 'muro vivo' construído para conter o deserto do Saara, que não para de crescer
Países que fazem parte do Sahel estão plantando árvores para criar o que eles afirmam ser a maior ‘estrutura viva’ do mundo, a chamada Grande Muralha Verde.
Por BBC em
Você deve prestar muita atenção por onde anda em Paga, no extremo norte de Gana. Se caminhar pela parte errada desta pequena cidade, na fronteira com Burkina Faso, corre o risco de ficar cara a cara com um crocodilo.
A população local cultivou uma relação assustadoramente próxima com esses répteis, que vivem em lagos "sagrados" ao redor da cidade.Reza a lenda que o primeiro líder de Paga foi salvo por um crocodilo durante uma expedição de caça – e decretou que daquele dia em diante nenhum membro do seu povo faria mal aos animais. Hoje, os moradores ainda cuidam dos crocodilos, alimentando e protegendo os animais.Aparentemente, as mulheres podem lavar suas roupas nas lagoas sem medo, e algumas almas corajosas até nadam com eles. Os turistas, atraídos pela promessa de ver crocodilos "amigáveis", são incentivados a posar para fotos tocando os répteis.
É supostamente seguro abordar os animais, desde que você faça isso por trás. Mas Paga e seus crocodilos enfrentam a ameaça do avanço do deserto ao seu redor. Localizada no extremo sul da região semiárida do Sahel, faixa de terra ao sul do deserto do Saara que se estende de leste a oeste do continente africano, a área circundante de Paga é coberta por um solo arenoso que se dispersa facilmente. As árvores retorcidas e os arbustos atrofiados, perfeitamente adaptados para lidar com os períodos de seca que atingem a região, ajudam a fixar o solo. Mas a crescente população de Paga e das cidades vizinhas levou à derrubada de muitas árvores, para fornecer combustível e material de construção, além de abrir caminho para terras agrícolas. Sem a vegetação para fixar o solo, ele é simplesmente varrido pelo vento e pelas fortes tempestades. Com isso, as plantações e a vegetação selvagem ficam sem opção para criar raízes.
E a terra está se transformando em um deserto. "Há muita degradação no nosso meio ambiente, porque há muito desmatamento", explica Julius Awaregya, fundador de um grupo ambiental em Paga. "Isso tem sérias implicações para as futuras gerações, por isso precisamos conservar o que temos." Awaregya está atualmente ajudando a coordenar os esforços para conter o avanço do deserto – construindo, entre outras coisas, um muro. Mas não se trata de um muro qualquer, feito de tijolo, pedra ou concreto. Este muro é formado por troncos, galhos e folhas – uma barreira verde viva para deter o deserto quase sem vida.
Constitui uma zona de transição entre a ecozonapaleoártica e a ecozona afro-tropical, ou seja, entre a aridez do Saara e a fertilidade da savana sudanesa (no sentido norte-sul).[7]
Trata-se de uma região fitogeográfica dominada por vegetação de estepes, que recebe uma precipitação entre 150 e 300 mm por ano. Pode-se, portanto pensar que a agricultura no Sahel está condenada ao
fracasso. No entanto, a região é protegida por um cinturão verde constituído por uma flora altamente diversificada, que a protege dos ventos do Saara. Por outro lado, o Sahel tem sido atingido por longos períodos de seca. Entre 1968-1974, a prolongada seca levou a uma situação de fome nos países da região, o que motivou a fundação do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, uma agência especializada das Nações Unidas.
Por vezes, o termo 'Sahel' designa os países da África ocidental, para os quais existe um complexo sistema de estudos da precipitação.
Ao longo da história da África, o Sahel assistiu à sucessão de alguns dos mais avançados reinos africanos, que beneficiaram do comércio através do deserto, conhecidos como reinos sahelianos.
Quais eram as principais atividades comerciais do povo Sahel?
As mercadorias mais importantes e mais antigas comercializadas nos centros urbanos do Sahel foram: o escravo, o ouro, o sal e a noz-de-cola.
Qual era o principal produto comercializado pelos povos do deserto?
Entre os principais produtos comercializados estavam o sal, tecidos, cavalos, tâmaras, escravos e ouro.
Como era o comércio pelo Saara?
Da mesma forma que o Mar Mediterrâneo era o centro comercial entre Europa e Ásia Menor no período medieval, o deserto do Saara, por meio das caravanas de camelos, tornou-se o principal canal de escoamento de artigos variados, como ouro, marfim, cereais, escravos, diversas especiarias e sal.
Editorial 4 - Em 06/06/2024 - Destaque fundamental!
O presidente Lula sancionou a lei que exclui a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras, liberando-a do licenciamento ambiental. Mas quais são os riscos ambientais dessa decisão? ((o))eco explica pra você! 📝
‘A questão ambiental não é mais para ativistas e bichos grilos. É um chamado a responsabilidade humana.’
Lula. O Governo Federal sancionou, na sexta-feira (31/5/2024), a Lei 14.876, aprovada pelo Congresso Nacional, que exclui a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. A mudança ocorre na Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente. Governo exclui silvicultura da lista de atividades poluidoras Com isso, o setor não precisará mais de licenciamento ambiental para o plantio de florestas para extração de celulose
Por Nayara Figueiredo — São Paulo - 02/06/2024 15h53 Atualizado há 3 dias
O governo federal
sancionou a lei 14.876 que retira a silvicultura da lista de
atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos
ambientais. Com isso, o setor não precisará mais de licenciamento ambiental
para o plantio de florestas para extração de celulose, informou o Ministério da
Agricultura informou em nota ontem (1/6/2024). A
mudança, sancionada na sexta-feira (31/5/2024), ocorre na Lei 6.938/81 da Política
Nacional do Meio Ambiente. A partir de então, o cultivo de árvores como os
pinus e eucaliptos também estará isento do pagamento da Taxa de Controle e
Fiscalização Ambiental (TFCA).
Silviculturaé aciênciadedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentosflorestaiscom vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.
Chico Mendes, uma vida sindical e ambiental, foi assassinado pela causa, mas não viveu pra ver o pior do viés do sindicalismo e ativismo social que vive de migalhas de poluidores, ignorantes sobre os sistemas naturais e a biodiversidade, sinergias que suportam a vida e a verdadeira economia para os trabalhadores, povos originários e tradicionais. Muitos dirigentes são até mesmo negacionistas da crise ambiental e climática, nos imposta por capital belicista que explora e devora os dois de vez, a renda do trabalho e o Meio Ambiente do trabalhador. Disse Chico Mendes, “Ambientalismo sem luta de classe é jardinagem” e a luta de classe sem ambientalismo, é o quê ? Colaboração do Companheiro Arthur Ferrari
A medida, comemorada na ocasião por parlamentares como o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) e o deputado Domingos Sávio (PL-MG), foi bastante criticada por ambientalistas e pesquisadores da área.
Role, Ligia Guimarães De São Paulo para a BBC News Brasil
27 maio 2024
No dia 8 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou uma alteração na Política Nacional do Meio Ambiente: o projeto de lei 1366/22, do Senado, que excluiu da lista de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais a silvicultura. Esse é o segmento agroindustrial que planta florestas como pinus e eucaliptos para extrair celulose.
Na prática, se a medida for sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o setor não precisará mais de licenciamento ambiental, nem estará sujeito ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TFCA).
A medida, comemorada na ocasião por parlamentares como o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) e o deputado Domingos Sávio (PL-MG), foi bastante criticada por ambientalistas e pesquisadores da área.
Embora as grandes florestas de eucalipto tenham aspectos ambientais que podem ser considerados positivos, como captar gases de efeito estufa da atmosfera, têm muitas das desvantagens das demais atividades agrícolas da monocultura, voltadas à produtividade em larga escala e que dependem de grande quantidade de água e insumos, como pesticidas e agroquímicos, para crescer.
Reproduzidas em técnicas de clonagem para acelerar a produção e qualidade da madeira e da celulose, elas são imensas florestas de árvores homogêneas sem a biodiversidade das florestas naturais e da mata nativa.
"No chão das florestas de pinus elliottii ou de eucalipto, por exemplo, não tem nada: não tem minhoca, não tem samambaia, os troncos não têm nem líquen; é realmente um deserto verde. Esses arvoredos coíbem qualquer outra espécie, é uma monocultura e liquida a biodiversidade. São os desertos verdes", afirma o pesquisador Rualdo Menegat, geólogo, doutor em Ciências na área de Ecologia de Paisagem e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
No Rio Grande do Sul, onde mais de meio milhão de pessoas foram desalojadas por enchentes, a expansão acelerada e o afrouxamento de leis que incentivam a silvicultura preocupa pesquisadores e ambientalistas.
A perspectiva é de que o bioma Pampa, que segundo o MapBiomas é o que mais perdeu vegetação e área natural nos últimos 38 anos, torne-se ainda mais vulnerável a inundações e a eventos climáticos, como as chuvas extremas que serão cada vez mais frequentes.
Entre 1985 e 2022, a área dedicada ao plantio comercial de árvores como pinus e eucalipto cresceu mais de 17 vezes, chegando a para 1,195 milhão de hectares, segundo o MapBiomas. No Brasil, a expansão foi de 7,3 milhões de hectares, sendo a maior parte desse avanço (61%) realizada nas áreas de pastagem e agricultura.
O receio agora é que esse processo e seus impactos sejam agora ampliados com a aprovação de leis em âmbito federal e estadual que, segundo seus críticos, afrouxam o controle sobre a silvicultura.
As empresas do setor afirmam, por sua vez, que o que houve foi uma correção de uma distorção que aplicava ao setor, que é agroindustrial, as mesmas regras impostas a indústrias consideradas poluidoras.
Também argumentam que a atividade investe em medidas voltadas à sustentabilidade e que só atuam em áreas que já haviam sido degradadas pela agricultura, seguindo padrões de regulação internacionais, com práticas certificadas por auditorias independentes e externas.
As paisagens do bioma Pampa, que cobre pouco mais de 2% do território brasileiro e foi o que mais perdeu território nas últimas décadas, mudaram radicalmente nas últimas décadas. Além das plantações e silos de soja, a silvicultura tem transformado regiões de vegetação rasteira em grandes florestas.
"Nos últimos 20 anos é nítida a diferença do uso do solo e da intensificação da silvicultura, de um milhão de hectares, que agora vão para 4 milhões de hectares. E com elas também as papeleiras, as fábricas de celulose", diz Rualdo Menegat, geólogo, doutor em Ciências na área de Ecologia de Paisagem e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
"A escala deste avanço se opõe à realidade ambiental do bioma", alerta Ana Paula Moreira Rovedder, engenheira florestal e docente do Departamento de iências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade/UFSM).
"Pode levar a uma intensificação das consequências dos eventos climáticos extremos", diz. Isenção nacional de licenciamento ambiental e tributo
"A decisão da Câmara vai na contramão do que deveria ser feito em tempos de extremos climáticos", diz Ana Paula Moreira Rovedder, engenheira florestal e docente do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade/UFSM).
"Na verdade, o que nós deveríamos estar fazendo é pedindo licenciamento para as outras culturas de commodities, para as outras monoculturas em grandes extensões."
A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que representa 50 empresas da silvicultura, argumenta que a dispensa do licenciamento aprovada pela Câmara tramitava há quase dez anos e, em sua visão, corrige um erro histórico que exigia da silvicultura licenciamentos ambientais mais similares aos de áreas como mineração e siderurgia.
"Para plantar um cafezal, por exemplo, você não precisa de um projeto de um órgão regulador estadual, municipal ou federal para plantar na sua propriedade", diz José Carlos da Fonseca Jr., relações Internacionais da Ibá e presidente da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel).
"Nós somos uma agroindústria, nós plantamos. Nenhuma outra atividade agrícola tinha o tratamento que era dado a nós, por equívoco."
No RS, ampliação do limite de áreas de florestas plantadas
No ano passado, uma decisão do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) do Rio Grande do Sul ampliou o potencial de produção da silvicultura no Estado: o conselho aprovou novas regras de zoneamento para plantio das florestas, elevando o limite para 4 milhões de hectares.
Críticos às novas regras, como acadêmicos, ambientalistas e imprensa local viram conflito de interesse: o estudo que baseou a decisão do Consema foi pago pela multinacional chilena CMPC, que há dez anos produz celulose no Estado. Grifo nosso
Em abril, a empresa anunciou, ao lado do governador Eduardo Leite, um protocolo de intenções para um novo projeto que prevê instalar uma nova fábrica com capacidade anual de 2,5 milhões de toneladas de celulose de eucalipto no município de Barra do Ribeiro, a 60 quilômetros ao sul de Porto Alegre. Grifo nosso
Nas discussões, segundo a Assembleia Legislativa, documento produzido por um grupo de técnicos da Fundação Estadual de Proteção do Meio Ambiente (Fepam) apontava que as novas regras para o zoneamento poderiam resultar na extinção de espécies. Grifo nosso
As regras anteriores de zoneamento haviam sido instituídas em 2009, a partir de estudos promovidos pela Fundação Zoobotânica, órgão técnico do governo estadual. Em 2018, a fundação foi extinta pelo governo estadual. Grifo nosso
Procurada pela BBC News Brasil, a CMPC confirmou que financiou o estudo. "Por solicitação de entidades de classe do Estado, a CMPC subsidiou estudo técnico realizado pela consultoria Codex para o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). A companhia informa que atendeu a todos os pré-requisitos necessários e não possui absolutamente nenhum envolvimento com o conteúdo do relatório. A instituição que representa a CMPC no Consema é a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs)." (Leia a íntegra da nota a seguir)
"A CMPC é uma instituição comprometida com as melhores práticas ambientais e de sustentabilidade em todos os países onde possui operações. A empresa ratifica que suas atividades no Rio Grande do Sul são alicerçadas pelo relacionamento sólido e transparente com vizinhos, órgãos representativos e lideranças da gestão pública. Por solicitação de entidades de classe do Estado, a CMPC subsidiou estudo técnico realizado pela consultoria Codex para o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
A companhia informa que atendeu a todos os pré-requisitos necessários e não possuiu absolutamente nenhum envolvimento com o conteúdo do relatório. A empresa ressalta que o estudo passou por revisão de duas câmaras técnicas, formadas por representantes da academia, da sociedade civil, de setores empresariais gaúchos, de entidades de classe e de lideranças da gestão pública.
O estudo também passou por consulta pública e acompanhamento dos órgãos competentes até chegar à validação final por parte do Consema. A instituição que representa a CMPC no Consema é a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
A companhia informa ainda que a revisão do Zoneamento Ambiental para a Atividade de Silvicultura (ZAS) está prevista na própria resolução e deve ocorrer a cada cinco anos, com o objetivo de manter a norma atualizada conforme pesquisas e dados científicos recentes. A CMPC reitera a idoneidade e transparência de suas ações e que sua atuação é guiada por inegociáveis princípios morais e éticos."
Menos 'esponjas' contra inundações
Embora menos exuberante que florestas como as da Amazônia ou da Mata Atlântica, os campos naturais do Pampa tem papel ambiental importante, especialmente em tempos de eventos climáticos extremos.
A vegetação nativa, principalmente perto dos rios, funcionam como uma espécie de "esponja", absorvendo parte da água das chuvas e evitando que toda a água escoe para os rios, elevando seus níveis e causando inundações.
Conceito similar e natural à das "cidades-esponja" construídas na China para "filtrar" o excesso das águas.
"O que é a esponja do planeta? São as áreas naturais, que prestam esse serviço ecossistêmico de alta recarga dos aquíferos e do lençol freático de alta precisão. Nós as suprimimos em uma escala muito acelerada e as substituímos por monocultivos, principalmente", diz a engenheira florestal Ana Paula Moreira Rovedder, que também integra a Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica e é coordenadora da Rede Sul de Restauração Ecológica.
"As mudanças estaduais do código ambiental pelo governo do Estado foram todas no sentido de desproteger. Nossos campos ficaram muito desprotegidos, é comum aqui no estado conseguir licença para supressão de campo", diz Rovedder. Grifo nosso
A pesquisadora cita, inclusive, que outra decisão da Câmara ameaça a vegetação dos campos do Pampa: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou em março um projeto que permite desmatar vegetações nativas não florestais em todos os biomas brasileiros. Grifo nosso
O projeto precisa passar pelo Senado. "Os campos ainda não recebem o status necessário e legítimo de formações naturais que precisam ser conservadas. Elas possuem alta biodiversidade, fornecem serviços ecossistêmicos vitais", diz.
Mudança de paisagem e animais em extinção
Adaptados a viver sob forte exposição do sol nas paisagens naturais do Pampa, animais que precisam do calor para sobreviver também são afetados pela sombra das florestas plantadas. Grifo nosso
Um dos exemplos mais conhecidos é o do Gato Palheiro Pampeano, animal endêmico do Pampa e ameaçado de extinção em todo o mundo, porque depende dos campos para sobreviver e perdeu seu habitat.
Um estudo publicado no ano passado na revista internacional Frontiers of Biogeography apontou a presença de mais de 12.500 espécies atualmente conhecidas no bioma Pampa, que contém 9% da biodiversidade do país, entre plantas, animais, fungos e outros microorganismos.
Os benefícios das florestas plantadas
A Ibá, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) que representa 50 empresas da silvicultura, diz que o setor têm investido bastante nas últimas décadas para garantir redução de impacto ambiental, com tecnologia em manejo adequado do solo, hídricos e dos insumos, além de plantios em mosaico, monitoramento e preservação da biodiversidade e rastreamento da madeira.
Ele cita que há muita pesquisa em instituições conceituadas como a Embrapa e a Universidade Federal de Santa Maria, principalmente voltados ao desenvolvimento agrário, que subsidiam as boas práticas do setor.
"As empresas foram se desenvolvendo e entendendo que é preciso um contrato social para funcionar", afirma José Carlos da Fonseca Jr, presidente da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel) e relações Internacionais da Ibá, entidade presidida desde 2019 por Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo, estado que também tem programas de incentivo à sivicultura.
Relatório da entidade aponta exemplo de boas práticas para preservar a fauna, como reposicionar pilhas de madeira para não interromper o trânsito de animais, mudar ar áreas de plantio onde são detectadas espécies raras ou interromper as atividades quando há filhotes ou espécies em fase reprodutiva. "100% das empresas que possuem base florestal fazem monitoramento da biodiversidade"
A dispensa do licenciamento aprovada pela Câmara diz, tramitava há quase dez anos e, em sua visão, corrige um erro histórico que exigia da silvicultura licenciamentos ambientais similares aos de áreas como mineração e siderurgia, consideradas poluidoras.
"Nós somos uma agroindústria, nós plantamos. Nenhuma outra atividade agrícola tinha o tratamento que era dado a nós, por equívoco", diz Fonseca Jr, que argumenta que o plantio das empresas associadas ocorre exclusivamente em áreas que já foram degradadas pela agricultura.
Ele cita o setor atende aos altos padrões de exigências das regras ambientais da Europa e Estados Unidos, e que as empresas são certificadas internacionalmente por meio de auditorias independentes e externas, como o Forest Stewardship Council (FSC) e o Programa Nacional de Certificação Florestal (Cerflor).
Rovedder, da UFSM, diz que é "é inegável que a silvicultura comercial é um setor importante da matriz econômica de um país, que produz dividendos, produtos, empregos", diz.
"Mas é um dever do governo do estado retomar o debate de uma série de medidas e possibilidades que foram aprovadas antes de toda essa catástrofe s e que já se mostraram ineficientes para a realidade atual."
Menegat diz que proteger o Estado contra novos desastres ambientais envolve limitar a expansão do monocultivo e restaurar a vegetação nativa que foi devastada.
"Com toda essa intensidade do uso do solo, seja por silvicultura, seja por sojicultura, e monoculturas, tudo que a natureza tinha para ajudar a escoar e evitar esse tipo de inundação foi destruído. Temos que recuperar matas e plantar muito mato nativo", diz.
Fonte: Agência Pública Resumo:Com apenas 31% de cobertura em locais que deveriam ser APP, região viu contraste da destruição nas enchentes no RS
Por Texto: Gabriel Gama | Edição: Giovana Girardi
Uma das regiões mais afetadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no último mês, o entorno do rio Taquari carece de um tipo de proteção que poderia ter ajudado ao menos a reduzir o impacto da tragédia. Apenas 31% das Áreas de Preservação Permanente (APPs) – margens dos rios, que são protegidas por lei – estão, de fato, cobertas com vegetação nativa. É o que revela um levantamento de pesquisadores do Movimento Pró-Matas Ciliares do Vale do Taquari a partir de dados da plataforma MapBiomas.
As APPs são consideradas instrumentos fundamentais para controlar enchentes e deslizamentos e reduzir os impactos de desastres, como o enfrentado pelos gaúchos desde o fim de abril. O rio Taquari passa por 15 cidades e seu transbordamento levou a enchentes em todas elas. Segundo a Defesa Civil do estado, 34 pessoas morreram na região e 20 continuam desaparecidas em decorrência das chuvas sem precedentes.
👉“É inegável a proteção que as florestas exercem sobre as margens dos rios. Essa cobertura vegetal reduz muito a velocidade da água, por conta da resistência provocada pela vegetação, e também previne a erosão do solo. Por conta disso, evita um estrago maior nas porções de terra próximas ao rio”, explica Cleberton Bianchini, engenheiro ambiental egresso da Universidade do Vale do Taquari (Univates) e responsável pela análise.
👉O Código Florestal, principal lei do país que versa sobre a proteção da vegetação nativa, estabelece o conceito de APPs e define que a dimensão da área a ser preservada nas margens de rios varia de acordo com a largura dos corpos d’água: no caso do Taquari, na maior parte da sua extensão, via de regra, deve ser preservada uma faixa de 100 metros de largura em cada margem. Já em outros trechos, quando o rio se alarga, as áreas de preservação aumentam para 200 metros.
👉No entanto, o que se observa na realidade é bem diferente disso. A própria lei, que passou por modificações e teve as regras flexibilizadas em 2012, permite que essa proteção caia para apenas 5 metros em áreas consolidadas (já ocupadas pela agropecuária, por exemplo, antes de 2008). A proteção também é reduzida de acordo com a dimensão da propriedade privada, medida pela quantidade de módulos fiscais, que varia em cada município.
Por que isso importa?
Desmatamento histórico e legislação ambiental fragilizada reduziram a vegetação nativa nas chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs), como as margens de rios. A proteção é considerada fundamental para minimizar danos de chuvas intensas e enchentes.
👉Além das brechas previstas na lei federal, leis estaduais também têm afrouxado a proteção das APPs. Em 9 de abril, poucas semanas antes de a catástrofe se instalar no estado, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, sancionou a Lei nº 16.111, proposta pelo deputado estadual Delegado Zucco (Republicanos). A medida tinha o objetivo de autorizar o uso das APPs para irrigação de campos agrícolas, flexibilizando ainda mais a proteção.
A análise conduzida por Bianchini, feita com dados de uso e ocupação do solo do MapBiomas e obtida com exclusividade pela Agência Pública, calculou que 6.142 hectares às margens do rio Taquari deveriam ser delimitados e protegidos como APPs, de acordo com a legislação federal. Mas apenas 31%, ou 1.943 hectares, estão realmente cobertos com formação florestal.
👉Outros 52%, ou 3.232 hectares, são ocupados com um mosaico de agricultura e pastagem, e o restante se divide entre infraestruturas urbanas, formações campestres e outras áreas não vegetadas. A análise abrange toda a extensão de 140 km do rio Taquari, desde sua formação, com a união dos rios Carreiro e Antas, até o deságue no rio Jacuí.
👉“Do que deveria ser 100 metros preservados [em cada margem], nós temos 5 ou 10 metros apenas, e isso não dá sustentação para todas as funções que as matas ciliares exercem. Ou seja, é como se fosse um canal concretado, só que, ao invés de concreto, é solo [exposto] dos dois lados”, afirma Bianchini. Sem vegetação, que promoveria a infiltração da água no solo, a mancha de inundação acaba se espalhando mais facilmente.
O contraste na paisagem pós-desastre: devastação e preservação nas margens de um mesmo rio
O importante papel de proteção que as APPs desempenham ficou evidente, aliás, durante a tragédia recente. Um dos afluentes do Taquari, o rio Forqueta – onde uma ponte que ligava as cidades de Travesseiro e Marques de Souza cedeu com a cheia – tem um trecho em que as duas margens se encontram em condições opostas.
👉De um lado, havia uma porção significativa de vegetação nativa e, no outro, campos desmatados e casas. O resultado: com as chuvas e a inundação, a margem que seguia a determinação de APP se manteve intacta, enquanto a outra foi arrasada e deixou o solo totalmente exposto.
“Quando olhamos para fragmentos maiores [de vegetação], nós vemos que eles estão protegidos. É a prova de que, se você tem porções mais largas, a proteção acontece”, diz a bióloga Elisete Freitas, professora na Univates e integrante do Movimento Pró-Matas Ciliares do Vale do Taquari.
👉Não faltam outros exemplos no Vale do Taquari em que a conservação das matas ciliares foi determinante para minimizar os danos causados pelo desastre. No entorno da Ponte de Ferro, que ligava as cidades de Lajeado e Arroio do Meio e que também colapsou com a inundação, o contraste se repete. Nas margens em que há vegetação, a destruição é mínima, enquanto os trechos que abrigavam terras com atividade agrícola se encontram destruídos.
👉Cleberton Bianchini reforça essa percepção: “A porção de vegetação está toda ali, não teve deslizamentos nem movimentos de massa. Não aconteceu a erosão que se vê do outro lado do rio, onde havia uma pequena faixa de vegetação, praticamente nula. É um exemplo muito bom da situação com e sem mata, no mesmo ponto do rio. Como o lugar não tem proteção do relevo, as duas margens sofrem a mesma ação de velocidade [da água]. Dá para ver nitidamente que em um lado está tudo bem e no outro aconteceu uma tragédia gigantesca, os taludes da margem erodidos, completamente expostos, o solo caindo”.
👉Ponte de Ferro que desabou no encontro do rio Forqueta com o Taquari. Em uma margem, a vegetação se manteve em pé e, na outra, o cenário é de destruição
👉Outro caso que mostra a importância das APPs é a faculdade onde Elisete Freitas atua. “A própria Univates é um exemplo disso. A universidade tem uma porção grande de floresta e quem passa vê que está tudo intacto. A água subiu, sim, mas não destruiu nada. Já nas porções onde não tem vegetação, a destruição é total”, afirma a professora. “Do que eu vi, só ficou preservado aquilo que tinha faixas muito largas de vegetação, e isso são poucos locais. No restante, não sobrou nada.”
👉Uma loja da Havan, empresa do bolsonarista Luciano Hang, construída às margens do rio Taquari, em Lajeado, em local onde deveria ser uma APP, foi destruída pela inundação. Segundo Freitas, não faltaram alertas dos ambientalistas e técnicos sobre os perigos de instalar o empreendimento ali, mas o projeto seguiu adiante e obteve o licenciamento, graças à proximidade de Hang com a prefeitura de Lajeado. O empresário já afirmou que pretende reconstruir a unidade no mesmo local, ignorando os riscos de novas enchentes.
Reconstrução do RS precisa envolver a recuperação da vegetação nativa, afirmam especialistas
Em estudo divulgado em setembro do ano passado, o Instituto Escolhas calculou os custos necessários para recompor a vegetação nativa no país, segundo a legislação vigente, e alcançar a meta estabelecida pelo Brasil junto ao Acordo de Paris de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares – ainda distante de ser atingida.
👉Em nível nacional, seria necessário um investimento de R$ 228 bilhões para recuperar essas áreas, com um retorno esperado de R$ 776 bilhões, 5 milhões de empregos gerados e 156 milhões de toneladas de alimento produzidas. O estudo Estratégias de recuperação da vegetação nativa em ampla escala para o Brasil prevê a recuperação de vegetação em consórcio com o cultivo de alimentos, em sistemas agroflorestais que conciliam o plantio de espécies nativas com aquelas voltadas ao consumo.
Para o Rio Grande do Sul, o Escolhas estima que seriam necessários R$ 20 bilhões para repor o déficit de vegetação no estado, calculado em 1,165 milhão de hectares. Desse montante, R$ 9,3 bilhões seriam destinados para restaurar APPs e R$ 10,7 bilhões, para Reservas Legais (dispositivo que, também previsto no Código Florestal, estabelece um percentual de área que tem de ser preservado com vegetação nativa dentro das propriedades privadas, dependendo do bioma onde ela está inserida – 20%, no caso do Rio Grande do Sul).
O retorno desse investimento, de acordo com o levantamento, seria de R$ 60 bilhões, com a criação de 300 mil empregos e a produção de 9 milhões de toneladas de alimentos.
Sérgio Leitão, diretor executivo do Escolhas, reconhece que a recuperação de vegetação nativa depende de investimentos vultosos, mas aponta que eles podem ser distribuídos ao longo do tempo e, principalmente, geram retornos importantes e muito inferiores aos custos da remediação de eventos extremos. “É uma atividade que gera benefícios econômicos, sociais, ambientais e ecossistêmicos. Não faz sentido o Brasil não olhar para isso durante a reconstrução da economia do Rio Grande do Sul.”
Quanto aos desafios para promover a readequação ambiental no estado, cujo bioma dominante é o Pampa, o principal entrave é o alto grau de degradação dos solos já desmatados. “Existem algumas iniciativas de conhecimento técnico e acadêmico com relação à recomposição do bioma, mas há muitas áreas com baixo potencial de regeneração natural, que seria a forma mais propícia de se fazer a restauração das áreas campestres do Pampa”, explica Eduardo Gusson, pesquisador responsável pelo levantamento dos dados do estudo do Instituto Escolhas.
👉“O Brasil precisa entender, de forma definitiva, que a infraestrutura natural prestada pelas árvores e florestas deve ser respeitada, ou vamos pagar um preço muito alto em vidas humanas e destruição completa da economia em eventos climáticos extremos, que infelizmente irão se repetir com maior frequência”, analisa Leitão.
Editorial 6 - Opção 2 Barulho(Som) e visitas inesperadas, na roça é assim
Biodiversidade
O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais conhecidas no País, espalhadas pelos seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos. Suas diferentes zonas climáticas do Brasil favorecem a formação de biomas (zonas biogeográficas), a exemplo da Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado, com suas savanas e bosques; a Caatinga, composta por florestas semiáridas; os
campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos. Essa abundante variedade de vida abriga mais de 20% do total de espécies do mundo, encontradas em terra e água.
A rica biodiversidade brasileira é fonte de recursos para o País, não apenas pelos serviços ecossistêmicos providos, mas também pelas oportunidades que representam suaconservação,uso sustentávelepatrimônio genético. Em 1992, o Brasil sediou a ECO 92 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro. Lá foi estabelecida a Convenção de Diversidade Biológica – CDB, da qual o Brasil é signatário.
Desde então uma série de compromissos tem sido assumidos pelo Brasil como forma de trabalhar, principalmente, os três pilares da CDB: a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos.
A CDB abarca temas relacionados, direta ou indiretamente, à biodiversidade, funcionando como uma espécie de arcabouço legal e político para diversas outras convenções e acordos ambientais mais específicos. Alguns exemplos são: o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura; as Diretrizes de Bonn; as Diretrizes para o Turismo Sustentável e a Biodiversidade; os Princípios de Addis Abeba para a Utilização Sustentável da Biodiversidade; as Diretrizes para a Prevenção, Controle e Erradicação das Espécies Exóticas Invasoras; os Princípios e Diretrizes da Abordagem Ecossistêmica para a Gestão da Biodiversidade; e o Protocolo de Nagoia (recentemente aprovado pelo Congresso Nacional).
Como país mais mega diverso do mundo, o Brasil tem papel fundamental nas discussões relacionadas ao tema. Nacionalmente um dos locais de discussão relacionados ao tema é a Comissão Nacional da Biodiversidade - Conabio, instituída pelo Decreto 1.354, de 29 de dezembro de 1994. No âmbito internacional, o principal fórum de discussão sobre biodiversidade é a Convenção de Diversidade Biológica – CDB. Comissão Nacional da Biodiversidade - Acesse a página da CBD
Desde 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora a cada dia 8 de junho o Dia Mundial dos Oceanos, para destacar a importância desse ecossistema que cobre mais de 70% da Terra. Em 2024, a ONU e sua Divisão de Assuntos Oceânicos decidiu celebrar a data no dia 07 de junho, sexta-feira, como informado no site oficial. Desde 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora a cada dia 8 de junhoo Dia Mundial dos Oceanos, para destacar a importância desse ecossistemaque cobre mais de 70% da Terra. Em 2024, a ONU e sua Divisão de Assuntos Oceânicos decidiu celebrar a data no dia 07 de junho, sexta-feira, como informado no site oficial.
Com ações em diferentes partes do mundo, a data é tambémum alerta para a importância do cuidado com os oceanos e os inúmeros perigos que as mudanças climáticas representam por conta especialmente do aquecimento global e o consequente aumento dos níveis dos mares. As consequências do aquecimento global nos oceanos As mudanças climáticas já estão causando um aumento na frequência e na intensidadede ondas de calor, furacões, secasmais frequentes, incêndios florestaise afetando gravemente a elevação do nível do mar e mudanças na precipitação e na evapotranspiração e esses efeitos quase certamente aumentarão no futuro.
As calotas polares da Antártida (foto) e do Ártico sofrem processos de derretimento causados pelo aquecimento global. FOTO DEPAUL NICKLEN
No Dia Mundial do Meio Ambientede 2024, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que existe uma chance de 80% de que, em pelo menos um dos próximos cinco anos, a temperatura média global anual ultrapasse temporariamente 1,5°C acima dos níveis pré-industriais– o que impacta diretamente o derretimento das calotas polarese aumento do nível dos mares. Em março de 2024, a revista científica Naturepublicou um novo estudo sobre a elevação dos níveis dos oceanos, com enfoque nas consequências para as cidades litorâneasdos Estados Unidos até 2050. Porém, outros estudos alertam para o perigo em todo mundo, com possibilidade de países inteiros desaparecerem.
Veja a seguir, alguns lugares do planeta que podem desaparecer caso o aquecimento global siga ou ultrapasse os níveis de 1,5ºC acima dos índices pré-industriais. Que lugares do mundo podem desaparecer com o aumento dos níveis dos oceanos? A famosa e turística ilha de Phi Phi, na Tailândia - um dos países asiáticos com regiões ameaçadas pelo aumento dos níveis dos oceanos. FOTO DEGETTY IMAGES INC
No estudo recente da Nature, já podemos observar que importantes cidades litorâneas dos Estados Unidos estão realmente ameaçadas de desaparecer até 2050. De acordo com a publicação, a projeção é de que o nível do mar ao longo do litoral norte-americano suba de 0,25 a 0,3 metros até 2050, aumentando a probabilidade de enchentes e inundações mais destrutivas nas principais cidades da Costa Leste (como Boston, Nova York, Miami, New Orleans, entre outras) e também da Costa Oeste (San Diego, Long Beach, San Francisco e demais cidades especialmente na costa da Califórnia). Outras regiões em perigo real por conta do aquecimento global e elevação dos níveis oceânicos. Em outro estudo publicado também na Nature, em 2019, era avaliado os riscos até 2050 em diferentes locais do planeta Terra, com base em cálculos de satélites de uma forma mais precisa de medir os efeitos do aumento do nível do mar em grandes áreas.
Muitos países na Ásiapodem ser afetados, segundo esse artigo. O Sul do Vietnã pode praticamente desaparecerem menos de 30 anos, tendo a
parte inferior do país submersa em temporadas de maré alta e até definitivamente. Sendo que mais de 20 milhões de pessoasdo país vivem em terras que serão inundadas. Também Jacarta, a capital da Indonésia, poderá também ficar completamente submersade água até 2050. 1) A Tailândiaé um país asiático que também poderá ser afetado. De acordo com o estudo, mais de 10% dos cidadãos tailandesesvivem em terras que provavelmente serão inundadas até 2050. A capital política e comercial, Bangkok, está particularmente ameaçada. 2) Cidades na China também estão na lista de possíveis locais que podem desaparecer ou sofrer graves danos, como Xangai– cidade importante da Ásia. 3) Outra grande e populosa metrópolemundial, Mumbai, na Índia, também está na rota de desaparecimento por conta do aumento dos níveis dos mares. Construído sobre o que antes era uma série de ilhas, o centro histórico da cidade é particularmente vulnerável.
Este ano, o tema da ONUpara o Dia Mundial dos Oceanosé “Awaken New Depths”, algo como “Despertar de Novas Profundezas” (em tradução livre) para tentar alertar o mundoe mostrar como a nossa relação com o oceano precisa mudar urgentemente. E, ainda, motivar um impulso generalizado em prol do oceano, como descreve o site da celebração de 2024.
Os plânctons são microrganismos que fazem parte dos ecossistemas aquáticos. São geralmente microscópicos, unicelulares ou pluricelulares (algas microscópicas, bactérias, protozoários, etc.), os quais flutuam passivamente, de forma que são arrastados pelas correntes e movimentos das águas dos rios, lagos e mares.
Embora alguns plânctons possuam locomoção própria, como o Krill (crustáceo semelhante ao camarão) e as medusas (cnidários), a maioria deles vivem sempre à deriva. Diante dessa característica, curioso notar que a palavra “plâncton”, do grego "plagktos", significa errante, andarilho.
Tipos de Plâncton
Há quatro tipos de plâncton, a saber:
Fitoplâncton: são os plânctons de origem vegetal que vivem nas águas superficiais, uma vez que os organismos vegetais autótrofos, necessitam realizar o processo de fotossíntese através da luz solar, por exemplo, as microalgas fotossintetizantes (algas microscópicas).
Zooplâncton: caracteriza o plâncton de origem animal (metazoários), ou seja, seres heterotróficos, classificados em dois grupos, os “holoplânctons” que passam a vida toda no plâncton, como alguns crustáceos, cordados e cnidários, enquanto que os “meroplânctons” vivem no plâncton somente durante a fase larval por exemplo as larvas de moluscos, crustáceos equinodermos. O denominado ictioplâncton é a parte do zooplâncton que inclui os ovos e larvas de peixes.
Bacterioplâncton: caracteriza o grupo dos organismos procariontes autótrofos e heterótrofos, os quais auxiliam no ciclo do oxigênio, na fixação do nitrogênio e nos processos de nitrificação e desnitrificação, por exemplo, as bactérias que flutuam nas águas, as cianofíceas ou algas azuis.
Protozooplâncton: grupo dos unicelulares eucariontes, ou seja, dos plânctons do reino protista.
Os plânctons são organismos essenciais para a vida no planeta Terra, posto que compõem a base da cadeia alimentar, sendo assim, um componente fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos e da manutenção da cadeia alimentar de tais espécies. Destarte, importante destacar que muitos animais se alimentam dos mais variados tipos de plânctons, sejam eles, peixes, baleias, tubarões, mamíferos, dentre outros.
Além disso, a importância dos plânctons na natureza viabiliza a sobrevivência de milhares de espécies, desde a função da captação de gás carbônico da atmosfera e na produção de oxigênio, responsável pelo fitoplâncton, considerada a principal fonte de oxigênio para a atmosfera do planeta.
Se por um lado, o fitoplâncton é o principal produtor primário dos oceanos, o zooplâncon são os consumidores primários, visto que se alimentam de fitoplâncton e bacterioplâncton, tendo um importante papel no transporte de energia dos produtores primários para os consumidores de níveis tróficos.
Silviculturaé aciênciadedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentosflorestaiscom vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.
A silvicultura também está relacionada à cultura madeireira. O manejo de uma área de silvicultura exige a participação de técnicos de várias áreas.
Busca ainda auxiliar na recuperação das florestas através do plantio demudas, preferencialmente de caráter regional, de forma a ampliar as possibilidades de manutenção dosbiomaslocais visando à recuperação de recursos hídricos e manutenção dabiodiversidade, de forma a aumentar a eficiência do processo.
Pode referir-se também à exploração comercial madeireira. Em muitos casos, é citada como megassilvicultura. Um exemplo bem próximo é o desmatamento incontrolável da floresta amazônica.[1][1]
A psicologia de massas é um campo de estudo que busca compreender como as pessoas se comportam em grupos e como suas emoções e pensamentos podem ser manipulados. Na política, essa influência é muito forte, pois os políticos sabem que, se conseguirem controlar a mente das pessoas, poderão conquistar o poder.
Em 2023, o Brasil ficou em quarto lugar na lista de países com maiores perdas econômicas devido a eventos climáticos. Isso demonstra como o clima equilibrado é essencial para proteger nossos recursos naturais e garantir a estabilidade econômica. As mudanças climáticas afetam diretamente nossa vida e atividades produtivas. Doe agora e ajude a reduzir estes impactos. Fonte:
Hoje 09/06/2024 às 10:30 estávamos com esses visitantes
Conversa de Indígena - Tenuarrê (Espero ter acertado) 1) Quem é Curi Puri? 2) Qual a luta principal da Aldeia Puri? 3) Considerando que estamos no mês dedicado à Biodiversidade no meio ambiente, e quem conhece tudo desse tema são os Irmãos e Irmãs Indígenas, isto é, nossos parentes, o que significa para vocês o meio ambiente? 4) O teu casamento com a indígena Krenac, teve como consequência anos ou séculos de conflitos pacificados, é possível eu fazer essa afirmativa, conte um pouco dessa história?
Ilustrações fotográficas.
Assista ao vídeo da entrevista/conversa, na íntegra.
português), coletivo de ativistas e lideranças climáticas mundial. O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) parabeniza essa parceira histórica da Instituição pelo reconhecimento como uma das mais respeitadas referências no estudo sobre a crise climática em comunidades indígenas de Roraima e na inclusão dos povos originários na pauta ambiental. Sinéia é atual coordenadora do CIMC (Comitê Indígena das Mudanças Climáticas), grupo apoiado pelo IPAM que faz parte da Câmara Técnica de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
“Neste momento em que a gente se coloca junto com a ciência que chamamos de ciência universal, a ciência indígena tem uma importância tanto quanto a que os cientistas traduzem para nós, principalmente na questão do clima”,afirmou do Vale em entrevista.
Ela explica que os povos originários já incluíram as
mudanças climáticas em seus planos de enfrentamento e que não há mais tempo
para que os países não cumpram seus acordos. “As águas já aqueceram, os peixes
sumiram, não estamos mais vivendo o período de adaptação, mas o de crise
climática. Os povos acabam sofrendo com grandes catástrofes ambientais.”
A história de Sinéia do Vale se entrelaça com a do CIR
(Conselho Indígena de Roraima). Integrante do povo Wapichana da região Serra da
Lua, em Roraima, ela começou a colaborar com o CIR aos 17 anos, quando o
Conselho, agora com 53 anos, ainda estava se constituindo.
“Em Roraima há mais de 50 mil indígenas de dez povos.
Ver muitas lideranças trabalhando nessa frente, buscando nossos direitos,
demarcação de terras, direitos das mulheres indígenas, foi o que me motivou a
participar”, afirma.
Atual coordenadora de gestão territorial e ambiental do
CIR, Sinéia participou de diversas conquistas do Conselho. Além de sua própria
estruturação e consolidação, contribuiu para assegurar maior presença de
mulheres na organização e para um de seus maiores marcos: a demarcação da terra
indígena Raposa Serra do Sol.
Quando as pessoas de sua região, na Serra da Lua, notaram
que as mandiocas começavam a cozinhar dentro da terra, iniciou-se uma busca para entender o que estava acontecendo.
Em meados de 2010, O CIR realizou um
estudo para saber a percepção dos indígenas sobre os efeitos das mudanças
climáticas em suas vidas – socialmente, culturalmente (a exemplo da medicina
tradicional) e seus meios de subsistência (plantações, caça e pesca). O resultado foi a construção de um plano de enfrentamento
às mudanças climáticas que trouxe incidência em nível nacional: começaram
a
participar de reuniões, formações e discussões diversas sobre como os efeitos
das mudanças climáticas estavam sendo tratados no Brasil. Foi durante uma
dessas formações que se criou o CIMC (Comitê Indígena das Mudanças Climáticas),
tendo Sinéia como representante da região Amazônica.
“Foi um momento bem importante para os povos indígenas pois
passamos a ser conhecidos internacionalmente e participamos da COP
como o único
comitê indígena de mudanças climáticas”, recorda. Atualmente, o grupo faz parte
da Câmara Técnica de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente e
Mudança do Clima.
Para que povos originários estejam cada vez mais presentes
nas discussões e decisões
globais sobre clima e meio ambiente, o CIMC criou uma
formação com metodologia acessível à essas populações.
Chamada de “português indígena”, a capacitação trata de
temas como REDD+ (instrumento que visa recompensar financeiramente países em
desenvolvimento por seus resultados relacionados à recuperação e conservação de
suas florestas), crédito de carbono, mudanças climáticas, dentre outros.
Para Sinéia, é fundamental que os povos originários
participem dessas discussões, principalmente porque eles são impactados
diretamente pelos efeitos das mudanças climáticas.
“Precisamos estar preparados
para debater a nível regional, nacional e internacional, até porque já é sabido
que o conhecimento originário faz parte da solução”, diz, que complementa que
as informações da capacitação também evitam que as lideranças cedam a pressão
de empresas que queiram fazer acordos sobre os territórios indígenas.
“Toda a minha luta na agenda climática se resume à questão do bem viver dos povos indígenas, da garantia pelo território e a garantia à vida – que não é só para os povos indígenas, mas para todos”, conclui.
Uma respeitosa homenagem a Irmãs e Irmãos Indígenas, Krenak
Produzido pelo jornalismo da TV Cultura, “Krenak, Uma História de Resistência” mostra uma cultura indígena que esteve à beira da extinção.O povo suportou toda a violência do estado brasileiro, da época do Brasil colonial até às ações arbitrárias praticadas contra eles durante a ditadura militar, a partir dos anos 60. Mais recentemente, os Krenak enfrentaram a poluição de seu ambiente com o rompimento de uma barragem em Mariana, em 2005, e tiveram que buscar alternativas para replantar as árvores e ter de volta a água que a natureza lhes deu e os homens que vieram de longe tomaram.
Fechando com chave de ouro a nossa transmissão do dia 09/06/2024. Nossa Floresta é o nosso coração.
1) Kangwaá - Cantando para Nhanderú - Indígenas Tupi Guarani Projeto desenvolvido junto aos indígenas Tupi-Guarani das aldeias Bananal, Nhamandu Mirim e Piaçaguera do Litoral Sul e São Paulo.
Pimenta defende a "reconstrução sustentável" do Rio Grande do Sul, em contraponto ao neoliberalismo
Projeto RS, defendido pelo ministro, deve ser a resposta à catástrofe ambiental
O solo é a camada superior da superfície terrestre, composto por matéria orgânica e inorgânica. É nesta camada superficial, que se desenvolvem as atividades humanas, bem como a vida animal e vegetal.
É formado por sedimentos, ou seja, pela desagregação das rochas que compõem a crosta terrestre através da interação entre a água, o clima, o relevo e a ação dos seres vivos.
Degradação Do Solo: Efeitos Nocivos E Soluções Eficazes
A degradação do solo se espalha a uma taxa alarmante, colocando em risco a fertilidade e a produtividade da terra e, por extensão, o suprimento mundial de alimentos. A segurança alimentar global, a saúde dos ecossistemas e o desenvolvimento sustentável estão em risco devido à degradação do solo, que é resultado de fatores humanos e naturais. Proteger o terreno, esse recurso valioso, requer nossa compreensão do contexto, causas, soluções viáveis e efeitos da degradação da terra. Felizmente, inovações de ponta, como sensoriamento remoto e tecnologias agrícolas de precisão, fornecem recursos eficazes para monitorar a saúde do terreno, realizar intervenções direcionadas e incentivar práticas sustentáveis de manejo da terra para garantir a preservação do terreno a longo prazo.
O Que É Degradação Do Solo?
A degradação do solo causada pelo ser homem e refere-se à perda das qualidades físicas, químicas, biológicas e ecológicas da terra devido a perturbações naturais ou causadas pelas pessoas. Alguns exemplos de processo de degradação do solo são a exaustão de nutrientes e matéria orgânica, erosão do solo, acidificação, desertificação e poluição. Há uma série de fatores que afetam a quantidade de terra que se deteriora, incluindo:
a condição de partida do terreno;
a natureza e a severidade das tensões que lhe são impostas;
as reações da terra a esses estresses;
o feedback dessas reações sobre os ativos naturais .
Evitar o retrocesso e a degradação do solo, que reduzem o potencial do ecossistema de produzir commodities e serviços para os seres humanos, é essencial para preservar a segurança alimentar global. Tomar medidas imediatas para reduzir a deterioração do terreno melhora a qualidade da terra e a produtividade, protegendo esse recurso insubstituível para o futuro.
O Que Causa A Degradação Do Solo
Há uma ampla gama de fatores que podem desencadear a degradação da terra. Todas as causas de degradação do solo, no entanto, se encaixam perfeitamente em um dos quatro grupos.
A degradação da terra ocorre naturalmente, mas é exacerbada pelas atividades humanas. O desmatamento, incêndios, a agricultura industrial, o sobrepastoreio e a urbanização aceleraram a degradação nas últimas décadas. Vamos dar uma olhada mais de perto nas principais razões humanas para a degradação do solo:
Más práticas agrícolas: monocultivo, que esgota certos nutrientes do campo, irrigação ineficiente, que afeta negativamente a estrutura da terra e a disponibilidade de nutrientes, e dependência excessiva de fertilizantes químicos e pesticidas, que leva à saúde do solo degradada.
Práticas agressivas de cultivo, como aração profunda e preparo pesado, enfraquecem os agregados do terreno e perturbam a estrutura do terreno.
O uso indevido de fertilizantes pode afetar a saúde do terreno e organismos benéficos por meio de desequilíbrios de nutrientes, poluição ambiental e acidificação da terra.
O sobrepastoreio provoca a degradação do solo pelo esgotamento da cobertura vegetal e pelo aumento da compactação do terreno.
Desmatamento. A derrubada de florestas para agricultura, extração de madeira ou expansão urbana destrói a cobertura vegetal protetora da terra.
Erosão. O terreno, a matéria orgânica e os nutrientes podem ser perdidos devido à erosão hídrica, que ocorre como resultado do excesso de rega e da má drenagem. Da mesma forma, partículas finas são levadas pela erosão eólica quando os campos atingidos pela seca são deixados nus.
A expansão urbana envolve conversão de terras, impermeabilização e construção de infraestrutura, que levam à perda de terreno fértil e à degradação da terra.
Atividades industriais e de mineração podem introduzir poluentes tóxicos e metais pesados na terra, tornando-a imprópria para fins agrícolas ou ecológicos.
A contaminação do solo é uma ameaça à saúde humana e ao meio ambiente, causada pela descarga de poluentes tóxicos e produtos químicos por meio de derramamentos industriais, descarte incorreto de resíduos ou escoamento agrícola.
Abordagens sustentáveis de manejo da terra, como agricultura de conservação, métodos de fertilização de precisão, florestamento e medidas de controle da poluição, são essenciais para lidar com os efeitos prejudiciais de todos os tipos de degradação do solo antes que se tornem irreversíveis.
Efeitos E Consequências Da Degradação Do Solo
A degradação do solo tem consequências negativas de longo alcance, incluindo deslizamentos de terra, inundações, desertificação, contaminação da água e queda na produção de alimentos em todo o mundo. Enquanto isso, o setor agrícola enfrenta uma variedade de implicações diretas diariamente.
Salinização Do Solo
Quando o teor de sal da terra sobe a níveis perigosos, ocorre um processo conhecido como salinização do solo. Esse problema surge quando os sais se acumulam na zona radicular da planta, muitas vezes devido a regas inadequadas, altas taxas de evaporação ou má drenagem. A salinização do terreno retarda o crescimento das culturas e pode até tornar a terra imprópria para o cultivo.
Acidificação Do Solo
A diminuição do pH do terreno leva ao aumento da acidez, fenômeno conhecido como “acidificação”. A culpa geralmente é da seleção inadequada de culturas ou fertilizantes. A acidificação pode afetar a população de microrganismos, o que, por sua vez, afeta a produtividade do ecossistema terrestre e a taxa de ciclagem de nutrientes. A acidez agrava ainda mais a degradação da terra, quebrando agregados na terra e enfraquecendo a integridade estrutural da terra.
Perda De Matéria Orgânica
A perda de matéria orgânica, também conhecida como desumidificação, ocorre como resultado da degradação da terra e outros processos de longo prazo. A matéria orgânica atua como cola e une as partículas, tornando a estrutura do terreno mais estável. A erosão da terra e a perda de fertilidade devido a causas naturais ou causadas pelo homem tornam-se mais prováveis quando a terra contém uma porcentagem menor de húmus.
Lixiviação De Degradação Do Solo
A erosão do solo por lixiviação ocorre devido ao escoamento das águas superficiais, levando embora a camada superficial do solo. Esse processo de empobrecimento do solo acontece especialmente em áreas sem cobertura vegetal, onde a fertilidade do solo é reduzida com o passar do tempo. É mais comum em regiões tropicais e equatoriais devido às chuvas abundantes e intensas. A água leva consigo as partículas finas do solo, como argila e silte, além de matéria orgânica e nutrientes disponíveis, resultando no empobrecimento geral do solo.
Laterização De Degradação Do Solo
Esse fenômeno ocorre devido ao processo de intemperismo químico, acompanhado de uma extensa lavagem por lixiviação, resultando em uma camada dura de hidróxido de ferro ou alumínio na superfície do solo. Isso modifica a composição do solo e altera sua cor. Solos sujeitos à laterização têm a tendência de se tornarem ácidos, o que prejudica a preservação da matéria orgânica. Esse processo é mais comum em climas tropicais, em regiões úmidas e quentes, e pode ser intensificado por queimadas e desmatamentos.
Compactação Do Solo
A maioria dos terrenos tem melhor desempenho em uma densidade em torno de 1,2 t/m3. No entanto, como resultado de repetidas corridas de máquinas agrícolas pesadas sobre as mesmas áreas, atualmente densidades de 1,4-1,5 t/m3 não são incomuns. Como as raízes das plantas não podem brotar através de uma massa tão espessa, a compactação tem um efeito devastador no crescimento e desenvolvimento das culturas agrícolas.
Perda De Qualidade E Produtividade Da Terra
O terreno superficial contém aproximadamente metade do fósforo (P) e potássio (K) acessíveis do terreno. Quando o terreno é perdido, nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio também são perdidos, reduzindo o rendimento das culturas. A boa notícia é que essa deficiência de nutrientes pode ser compensada com a aplicação de fertilizantes adicionais. No entanto, a erosão e degradação severas do terreno levam a uma profundidade de enraizamento rasa, estrutura subsuperficial fraca e supercompactação do terreno, resultando em uma perda de produtividade que não pode ser compensada com adubação suplementar .
Perda De Terras Aráveis
Múltiplas formas de degradação da terra que atualmente estão afetando regiões agrícolas em todo o mundo representam uma ameaça à segurança alimentar global. A aridez, a diminuição da cobertura vegetal, a erosão e salinização e o esgotamento do carbono orgânico desempenham um papel significativo na perda de terras aráveis.
Poluição E Entupimento De Cursos De Água
O solo superficial atua como um filtro natural para sedimentos, mas está sendo perdido devido à degradação da terra. Quando o solo é lavado, ele traz consigo sedimentos e poluentes, incluindo fertilizantes, pesticidas e metais pesados. Isso resulta no aumento da sedimentação, o que pode entupir os cursos d’água, prejudicar o fluxo de água e fazer a degradação do solo a qualidade da água.
Perda De Biodiversidade
A degradação do solo e a perda de biodiversidade andam de mãos dadas. A degradação da terra tem um efeito adverso sobre os microrganismos que ali vivem. Simultaneamente, a integridade do terreno e a drenagem são afetadas pelo movimento e pelas atividades alimentares da biota. Assim, o declínio da biodiversidade acelera os processos de perda de terreno .
Aumento Das Inundações
Quando a qualidade da terra se deteriora, o terreno perde parte de sua capacidade de absorver água. Assim, a água da chuva flui sobre a superfície. Mais água (talvez carregada de sedimentos, o que agrava o problema) fluirá para córregos, rios e outros corpos d’água, aumentando o risco de inundações.
Desertificação Na Degradação Do Solo
A desertificação ocorre como efeito colateral da degradação do solo quando os nutrientes em terras outrora férteis são reduzidos, tornando a área menos adequada para o crescimento das plantas. As alterações climáticas, exacerbadas pela exploração humana da terra, estão a acelerar a propagação da desertificação. A erosão causada pelo vento e pela água agrava o problema, removendo o terreno fértil e deixando apenas uma mistura estéril e estéril de poeira e areia.
Arenização De Degradação Do Solo
Comumente confundida com a desertificação, a arenização refere-se à formação de bancos de areia em solos de consistência arenosa. Ao contrário das áreas mais afetadas pela desertificação, a arenização ocorre em regiões úmidas com grandes volumes de chuva, onde a infiltração e o escoamento de água superam a evaporação. A principal causa da arenização é a remoção da vegetação, que protege e estabiliza o solo. Consequentemente, a água das chuvas vai lavando gradualmente o terreno e retirando os nutrientes. Além disso, a prática excessiva da agropecuária pode intensificar ainda mais esse processo.
A degradação da terra é uma consequência e uma causa de processos globais prejudiciais. A deterioração da qualidade da terra reduz a produtividade das culturas. Assim, cada vez mais agricultores estão recorrendo a práticas agrícolas intensas e agressivas em um esforço para aumentar imediatamente seus rendimentos. No entanto, isso acaba causando ainda mais degradação da terra. A única maneira de acabar com esse círculo vicioso é usar métodos de gestão da terra de conservação e agricultura sustentável e de precisão a partir de agora.
Editorial 16 - Opção 12 - Preocupação com o Cerrado em 11/06/2024.
O Cerrado superou a Amazônia e, em 2023, foi o bioma brasileiro mais desmatado. Uma situação que coloca em risco a savana com maior biodiversidade do mundo. Bioma é fundamental para segurança hídrica do país, mas perda de vegetação nativa prejudica capacidade do solo de armazenar água; pesquisa mostra redução na vazão dos rios. Por William Helal Filho - 05/06/2024 04h31
Cientista explica por que é preciso frear desmatamento no Cerrado para não faltar água no Brasil
O geógrafo Yuri Salmona, doutor em Ciências Florestais pela Universidade de Brasília (UnB), dedica-se a pesquisar o Cerrado e encontrar maneiras de preservar seus recursos hídricos.
Ele e um time de cientistas passaram cinco anos analisando a vazão de mais de 80 rios do bioma no Centro-Oeste, considerado a "caixa d'água" do Brasil por abrigar nascentes de oito das principais bacias hidrográficas do território nacional. Os resultados do trabalho foram publicados em um artigo que revela o impacto da produção de commodities agrícolas e das mudanças climáticas, indicando um futuro difícil. Dia do Meio Ambiente:Quilombo preserva 80% da vegetação em seu território no Cerrado Restauração do Cerrado:Movimento coordena recuperação de 2 milhões de hectares do bioma Nesta entrevista ao GLOBO para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira, o pesquisador, que é diretor executivo do Instituto Cerrados, detalhou o seu estudo dos rios e deixou claro por que é urgente preservar o Cerrado para não faltar água no Brasil.
Qual é a importância hídrica do Cerrado? É a peça central no provimento de água do país. Ocupa cerca de 25% do Brasil e distribui água para oito bacias hidrográficas (mais de 90% das águas do Rio São Francisco e 100% das águas do Pantanal). Mais de três mil nascentes da região abastecem o bioma amazônico. Na Bacia do Paraná, onde há diferentes hidrelétricas, 48% da água sai do Cerrado. Aliás, segundo a WWF Brasil, 90% da população consome energia produzida por hidrelétricas cujas águas nascem na região. O Cerrado também é protagonista na produção de commodities: 80% das áreas irrigáveis do país estão no bioma.
Sua pesquisa mostra que os rios do Cerrado estão perdendo volume. Quais são os riscos? O estudo analisou 81 bacias para fazer três perguntas. A vazão dos rios está mudando? Se está, o que vem causando isso? Como deve ser o futuro? Levamos cinco anos para chegar às respostas. Pelo menos 95% dos rios analisados tiveram redução de vazão de, em média, 15% entre 1985 e 2022. Identificamos que 56% dessa redução foi causada pelo desmatamento, e 43%, pelas mudanças climáticas. Para o futuro, nossa projeção indica uma redução média de 33% na vazão dos rios do Cerrado. O que isso pode significar, na prática?
É muito preocupante. O Brasil depende da água do Cerrado. No futuro, podemos enfrentar racionamentos frequentes. A situação também vai gerar conflitos como os que já ocorrem no oeste da Bahia, onde comunidades estão acionando a Justiça contra fazendas de commodities por uso indiscriminado da água. Se o Cerrado não for preservado, até hidrelétricas podem vir a disputar com o agro, já que 72% da água consumida no país vai para irrigação, especialmente de commodities agrícolas Floresta invertida: Entenda por que a natureza do Cerrado pode ser chamada assim Tragédia ambiental : Desmatamento no Cerrado supera o da Amazônia pela primeira vez Como explicar as causas dessa redução na vazão dos rios? São diferentes motivos, mas o consumo excessivo de água pelo setor agropecuário, o desmatamento e as mudanças climáticas são fatores importantes. A vegetação do Cerrado faz a interface entre a atmosfera e o solo, infiltrando a água da chuva. Essa água armazenada debaixo da superfície é essencial nos períodos de seca, tanto para as plantas quanto para manter a vazão dos rios. Sem vegetação, o bioma perde essa capacidade. Ou seja, o combate ao desmatamento no Cerrado deve preconizar a preservação da água. Até porque, com as mudanças climáticas, o período de chuvas foi atrasado em 56 dias.
No futuro, a escassez de água pode atrapalhar a produção agrícola? A agricultura intensiva está inviabilizando a agricultura. A produção de commodities como soja e algodão consome um volume de água muito alto. Capta água do subsolo para irrigar o cultivo no período seco. Mas isso está gerando consequências. Em hidrologia, há efeitos sensíveis a médio prazo. A falta de água de hoje é consequência de impactos realizados há dez anos, e a falta de água dos próximos dez anos está sendo gerada agora. Se não preservar e restaurar o Cerrado, ampliaremos a insegurança hídrica. Todos perdem.
Há problemas climáticos gerados pelo desmatamento? As consequências já podem ser observadas no âmbito nacional. A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul não aconteceu sem avisos. Há tempos a ciência antecipou que o desmatamento no Cerrado intensificaria a bolha de ar quente e seco sobre o Centro-Sul. O bloqueio atmosférico causado por essa bolha inviabiliza o percurso dos “rios voadores” da Amazônia para o interior do país e impede o espalhamento das frentes frias úmidas do Atlântico Sul, estacionando as chuvas sobre o estado gaúcho. Portanto, o desmatamento no Cerrado é central para explicar essa triste situação.
E por que o desmatamento vem aumentando no bioma? O Cerrado é um bioma desprotegido, onde propriedades rurais podem ter até 80% de área desmatada, de acordo com o Código Florestal. Diferentemente da Amazônia, que tem muitas terras públicas, no Cerrado há bem mais terras privadas, o que exige articulação entre os estados e a União. Apenas 8% do bioma são preservados por unidades de conservação. Além disso, criou-se o imaginário de que a vegetação do Cerrado não tem valor e pode ser devastada. Isso é ignorância a respeito da imensa riqueza do bioma. Pantanal e Amazônia são considerados patrimônio. Cerrado e Caatinga, não. Mas a Amazônia não é uma ilha. A Floresta Amazônica não fica de pé sem o Cerrado.
O que pode ser feito para frear o desmatamento? O poder público tem que fazer um trabalho articulado. Estados e União precisam garantir critérios e processos para supressão de vegetação nativa que garantam a perpetuidade de serviços ambientais, como a água. Cabe às secretarias estaduais de Meio Ambiente avaliar os pedidos de autorização para o desmatamento. Elas não são obrigadas a autorizar o abate de 80% da área. Não é admissível conceder aval de desmatamento em propriedade cuja inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) não foi validada pelo estado. Só que menos de 1% dos imóveis rurais no Brasil estão validados. Se desmatou sem autorização, precisa suspender o CAR e responder legalmente
Mas ainda é preciso desmatar para aumentar a produção agrícola no Centro-Oeste? É urgente dar um freio de arrumação. Antes de autorizar o desmatamento, tem que arrumar a casa. Hoje, há cerca de 30 milhões de hectares de áreas degradadas e subutilizadas no Cerrado, portanto, não é necessário desmatar para produzir. Grande parte dos pedidos de autorização para supressão e o próprio desmatamento são por especulação, para valorizar a terra, sem necessariamente produzir.
Suspender as autorizações de desmatamento geraria uma reação do setor agropecuário... Só dos que não compreenderam a importância do Cerrado em pé para a própria agropecuária. Existe um custo político, mas o custo de não fazer nada é muito maior. Conter o desmatamento do Cerrado seria o maior gesto de soberania do governo. O futuro do Brasil depende de proteger suas fontes de água.
Caso Braskem 1) Abertura: TRAGÉDIA DOS FLEXAIS l Documentário de Carlos Pronzato, vamos ler os comentários . 2) Empresa do grupo Petrobrás, o depoimento que a CPI não ouviu.
Caso Braskem/Flexais ( Atenção Governo Federal - Atenção MPF - Atenção Poder Judiciário), SOS Flexais. Desapropriação/Expulsão Criminosa e desrespeitosa de Brasileiros "legalmente" sendo violentados! Crime Socioambiental, Nota Técnica de 2020 obrigou a Braskem a cumprir decisões, a parte nobre foi contemplada, porém 2 laudos de engenharia, 1 laudo do MPF, 1 Laudo da Defesa Civil, 1 laudo antropológico e por último laudo de urbanistas e arquitetos, só falta a JUSTIÇA (Maiúscula) ser a favor dos desassistidos impondo o cumprimento da LEGISLAÇÃO Brasileira. Art. 225 CF. : Respeitemos Drª Nise da Silveira - "Em memória"
1) Abertura: TRAGÉDIA DOS FLEXAIS l Documentário de Carlos Pronzato, vamos ler os comentários .
2) Empresa do grupo Petrobrás, o depoimento que a CPI não ouviu.
Caso Braskem, empresa do grupo Petrobrás, o depoimento que a CPI não ouviu.
Inadmissível uma Empresa que pela 5ª vez é reconhecida como melhor do mundo não tomar providencias em uma temática como essa.
Obs.: Não temos conhecimento de alguma atitude, se existir nos informem por favor..
Depoimento de servidor público, um dos moradores das mais de 60 mil famílias expulsas pela mineração. Bairros inteiros de Maceió totalmente destruídos pela mineração. Investimentos propagados como enriquecedores do povo brasileiro. Bairros de infâncias ilustres, vivida pela Doutora Nise da Silveira, referência mundial da psiquiatria humanizada.👇
A história invertida de um país, bonito por natureza, que poderia gerar qualidade de vida para seu povo em Meio Ambiente farto de elementos naturais e biodiversidade, mas preferiu a destruição, hoje em processo final. Preservação e conservação ambiental, gerando grande saúde pública e lazer barato aos trabalhadores, emprego qualificados via exportação de bioeconomia de ponta e profusão de recursos econômicos mundiais, gerando massa de empregos e renda pelo turismo ambiental, paisagens naturais, necessidade cada vez mais procurada e valorizada no Mundo.
Caso Braskem: o depoimento que a CPI não ouviu
Flexais não era um simples bairro-dormitório; tinha uma vida pulsante e ativa, mas virou lugar de terror
Redação
Brasil de Fato | Maceió (AL) |
09 de junho de 2024 às 09:10
Meu nome é Maurício Sarmento da Silva, tenho 46 anos e sou servidor público. Sou casado, filho de João Sarmento da Silva e Célia Martiliano dos Santos, e moro em Bebedouro, na localidade conhecida como Flexais. Flexais, hoje resumida a duas ruas – Tobias Barreto e Faustino Silveira –, outrora contava com outras vias, como Rua Santo Amaro (Beira Rio), Carteiro João Firmino e Sargento Ozeias Costa. Este bairro não era um simples bairro-dormitório; tinha uma vida pulsante e ativa. A proximidade da Rua Cônego Costa, centro econômico de Bebedouro, fazia de Flexais um lugar de intensa movimentação.
Historicamente, Flexais era a rota dos tropeiros que passavam por Maceió. Ali, na margem do Riacho do Silva, eles banhavam, alimentavam e saciavam a sede de seus animais. Foi também lar de figuras ilustres, como Nise da Silveira, referência em psiquiatria humanizada, e seu tio, Major Bonifácio da Silveira, amante fervoroso das festividades locais. Outros residentes notáveis, porém menos conhecidos fora da comunidade, incluíam a marisqueira Didi, os pescadores Jaragoga, Zé Bobo e Tonho Bujão, além dos comerciantes Rogildo (do Bar do Rogildo), Major Alonso e Maro Tatu.
Na venda do Major Alonso, encontrávamos um refúgio para longas conversas e debates sobre a política local, sempre acompanhados de uma cerveja e partidas de dominó. Lá, também celebrávamos a vida em comum, com futebol e festas. Times locais, como o Tobias Barreto e o Seca Poço, acendiam nossas paixões esportivas, especialmente sob a liderança do amigo Cícero Ozete.
O Parque da Lagoa, hoje um centro de esporte e lazer, era antigamente o sítio da Dona Norma, um lugar atraente para a juventude pelas frutas que lá cresciam. Nossas travessuras incluíam banhos no Bicame, corridas de jangada na lagoa e festas juninas e carnavalescas que uniam a comunidade. No dia de São Pedro, realizávamos um cortejo marítimo pela Lagoa Mundaú, um evento que simbolizava nossa conexão com a cultura local.
Essas memórias afetivas, tão vívidas e queridas, motivaram minha decisão de permanecer em Flexais quando comprei minha casa há 15 anos, financiada pela Caixa. Escolhi esse lugar por tudo o que ele significava para mim e para minha família.
Contudo, em 3 de março de 2018, nossa vida mudou drasticamente. Os primeiros tremores transformaram nosso bairro em um cenário de desolação. Hoje, para chegar à parte habitada de Flexais, temos que atravessar áreas de risco e escombros. A vitalidade que descrevi está completamente destruída.
O Rogildo se foi, assim como Cícero Ozete e Major Alonso, cuja memória agora reside em outro plano. A Capela de São Pedro Pescador foi demolida, e os pescadores desapareceram. A conexão com a cidade está perdida; as casas estão rachadas e as ruas alagadas, sofrendo as mesmas patologias das áreas já desocupadas.
Demolições sem critério técnico só trouxeram mais transtornos, afetando a segurança e a mobilidade. A triste realidade é que, com a homologação das autoridades do MPF, DPU e MP/AL, os moradores de Flexais receberam uma mísera indenização de R$ 25 mil por núcleo familiar, uma compensação que mal cobre o passado, o presente e o futuro. Hoje, nossa vida saudável desapareceu, e qualquer conversa na mesa de jantar inevitavelmente gira em torno do crime da Braskem, o responsável por transformar nosso lar em um lugar de terror sem fim.
Mas não nos resignamos. A comunidade de Flexais se uniu em uma luta incessante por indenizações justas, que nos permitam reconstruir nossas vidas em outros lugares. Organizamos protestos, buscamos apoio jurídico e mobilizamos a opinião pública. Nossa batalha é por reconhecimento e dignidade, para que possamos superar essa tragédia e retomar nossas vidas em um ambiente seguro e saudável.
Este é o depoimento que a CPI não ouviu, mas que precisava ser escutado. É a voz de uma comunidade que perdeu seu chão, suas memórias e seu futuro, mas que luta incansavelmente para reconquistar a dignidade e a esperança.
* Maurício Sarmento é servidor público e morador da comunidade dos Flexais, em Maceió (AL).
** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
O efeito estufa(português brasileiro) ou efeito de estufa(português europeu) é um processo físico que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha (percebida como calor) é emitida pela superfície terrestre e absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, os chamados gases do efeito estufa ou gases estufa. Como consequência disso, parte do calor é irradiado de volta para a superfície, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido e, assim, garantir a manutenção da vida.
Os pesquisadores do IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas), estabelecido pela Organização das Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial, que representam em seu conjunto a maior autoridade internacional sobre este tema, no seu Quinto Relatório, publicado em 2014, afirmam que estas emissões devem parar de crescer em cinco anos (até 2019), serem reduzidas em 70% até 2050 e reduzidas a zero até 2100, a fim de que os efeitos dessa intensificação não produzam consequências catastróficas para a preservação dos sistemas vitais do planeta, com repercussão direta sobre a sociedade humana.[1]
Efeito Estufa: o que é e como ocorre (com as causas e consequências)
Rubens Castilho
Professor de Biologia e Química Geral
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O efeito estufa é um fenômeno natural causado pela concentração de gases na atmosfera. Esses gases formam uma camada que permite a entrada dos raios solares e a retenção do calor na Terra.
Esse processo é essencial para manter a temperatura adequada no planeta, garantindo a sobrevivência dos seres vivos.
Contudo, o crescente aumento da emissão desses gases pela ação do homem pode levar ao excesso do efeito estufa. Dessa maneira, levar a prejuízos ambientais severos através do aquecimento global.
Como ocorre o efeito estufa
Quando os raios solares atingem a superfície terrestre, devido à camada de gases de efeito estufa, em torno de 50% deles ficam retidos na atmosfera. A outra parte, atinge a superfície terrestre, aquecendo-a e irradiando calor.
Os gases de efeito estufa podem ser comparados a isolantes, pois absorvem parte da energia irradiada pela Terra.
O que acontece é que nas últimas décadas a liberação de gases de efeito estufa, em virtude de atividades humanas, aumentou consideravelmente.
Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo retida na atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa situação dá origem ao aquecimento global.
Para termos uma ideia, o efeito estufa pode ser comparado ao que ocorre no interior de um veículo estacionado, com os vidros fechados e recebendo diretamente a luz solar. Apesar do vidro permitir a passagem da luz solar, ele impede a saída do calor, aumentando a temperatura em seu interior.
Quais as causas do aumento do Efeito Estufa
O efeito estufa é um fenômeno natural, mas é intensificado devido a crescente queima dos combustíveis fósseis que representam a base da industrialização e de muitas atividades humanas.
As queimadas nas florestas para transformar suas áreas em plantação, criação de gado e pastagens, também colaboram para o aumento do efeito estufa.
Dessa maneira, a intensificação do efeito estufa pode gerar prejuízos severos à natureza. Esse aumento gera o aquecimento global. O aquecimento global tem como consequência as seguintes ocorrências:
Aumento da temperatura terrestre;
Derretimento excessivo das calotas polares;
A alteração do ciclo da água;
Mudança nos ciclos reprodutivos das plantas;
Incêdios espontâneos em florestas;
Problemas de saúde em humanos.
Gases de efeito estufa
Os principais gases de efeito estufa são:
Vapor de água (H2O): encontrado em suspensão na atmosfera.
Monóxido de Carbono (CO): gás incolor, inflamável, inodoro, tóxico, produzido pela queima em condições de pouco oxigênio e pela alta temperatura do carvão ou outros materiais ricos em carbono, como os derivados do petróleo.
Dióxido de Carbono (CO2): expelido pela queima de combustíveis utilizados em veículos automotores à base de petróleo e gás, da queima de carvão mineral nas indústrias, e da queima das florestas.
Clorofluorcarbonos (CFC): composto formado por carbono, cloro e flúor, proveniente dos aerossóis e do sistema de refrigeração.
Óxido de Nitrogênio (NxOx): conjunto de compostos formados pela combinação de oxigênio com o nitrogênio. É usado em motores de combustão interna, fornos, estufas, caldeiras, incineradores, pela indústria química e pela indústria de explosivos.
Dióxido de Enxofre (SO2): é um gás denso, incolor, não inflamável, altamente tóxico, formado por oxigênio e enxofre. É usado na indústria, principalmente na produção de ácido sulfúrico e também é expelido pelos vulcões.
Metano (CH4): gás incolor, inodoro e se inalado é tóxico. É expelido pelo gado, ou seja, na digestão dos animais herbívoros, decomposição de lixo orgânico, extração de combustíveis, dentre outros.
A consequência da intensificação do efeito estufa na atmosfera é o aquecimento global.
Segundo pesquisas científicas, a temperatura média da Terra, nos últimos cem anos, sofreu uma elevação de cerca 0,5 ºC. Se a atual taxa de poluição atmosférica seguir na mesma proporção, estima-se que entre os anos de 2025 e 2050, a temperatura apresentará um aumento de 2,5 a 5 ºC.
As consequências do efeito estufa serão as seguintes:
Derretimento de grandes massas de gelo das regiões polares, ocasionando o aumento do nível do mar. Isso poderá levar a submersão de cidades litorâneas, forçando a migração de pessoas;
Aumento de casos de desastres naturais como inundações, tempestades e furacões;
Extinção de espécies;
Desertificação de áreas naturais;
Episódios mais frequentes de secas;
As mudanças climáticas podem ainda afetar a produção de alimentos, pois muitas áreas produtivas podem ser afetadas.
Outro problema associado à presença de gases poluentes na atmosfera é a chuva ácida. Ela resulta da quantidade exagerada de produtos da queima de combustíveis fósseis liberados na atmosfera, em consequência das atividades humanas.
As águas do rio Amazonas estão enfrentando sérios desafios de poluição. Essa bacia hidrográfica, uma das mais importantes do planeta, sofre com a presença de contaminantes invisíveis, como microplásticos, agrotóxicos, produtos farmacêuticos e metais pesados. A Expedição Silent Amazon, realizada em 2019, percorreu 1,5 mil km de rios, coletando amostras para identificar esses contaminantes. Além disso, o lixo plástico e o microplástico já são encontrados nas águas do Amazonas, prejudicando o ecossistema fluvial e impactando a fauna e a flora. A construção de barragens também afeta a atividade pesqueira e o equilíbrio do ecossistema12. É crucial que continuemos a conscientizar e tomar medidas para proteger esse importante rio e sua biodiversidade. 🌿🌊
O Rio Amazonas, maior rio do mundo em extensão e volume de água, nasce na Cordilheira dos Andes, mais de 5 mil metros acima do nível do mar. Esse rio de planície percorre pelo Peru, Colômbia e Brasil, onde recebe o nome de Solimões. O Rio Solimões vai até o encontro com o Rio Negro, próximo à cidade de Manaus, com suas águas escuras. Ali, ele finalmente se torna o rio Amazonas.
A bacia do Rio Amazonas abrange sete países da América do Sul. Sua foz, conhecida como delta do Amazonas, deságua no Oceano Atlântico, entre os estados do Pará e do Amapá. Existem mais de mil afluentes do Rio Amazonas, incluindo os principais afluentes Japurá (margem esquerda) e Xingu (margem direita).
Qual é a importância do rio
Amazonas para o planeta?
Orio Amazonasrepresenta um importante ecossistema,habitatde diversos animais que dependem dele para manter sua sobrevivência. Ele nutre a maior floresta tropicaldo planeta, a floresta amazônica, e fornece vida para uma imensa variedade impressionante de flora e fauna, além das comunidades ribeirinhas.
Ademais, o rio concentra uma boa parte da geração de energia hidrelétrica do território brasileiro.
Porém, a bacia amazônica, que é a maior bacia hidrográfica do mundo, tem atraído cada vez mais atenção internacional. Isso devido a ameaça da ação humana para o equilíbrio ecológico desse local.
Apesar disso, o rio Amazonas é um destino incomparável para observação da vida selvagem e uma das regiões menos exploradas do planeta. Não por acaso, é uma região que guarda muitos mistérios, coleciona curiosidades e suscita uma série de debates entre cientistas e admiradores.
É consenso que o rio Amazonas representa o maior rio do mundo em volume. Historicamente, no entanto, ele tem sido considerado o segundo maior em extensão, depois do rio Nilo. Cientistas brasileiros, no entanto, reivindicam que essa posição no ranking seja revisada, depois da descoberta de um novo ponto de nascimento do rio Amazonas, o que lhe deixaria, na verdade, com 6.800 km de extensão, na frente dos 6.695 km do rio Nilo. Ainda há controvérsias.
Nascente do rio amazonas
Por muitas décadas a verdadeira origem do rio Amazonas foi motivo de especulação. Assim como há controvérsias a respeito de sua extensão, os pesquisadores passaram anos em desacordo, defendendo uma ou outra teoria. A mais aceita é que o fluxo do rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico e nasce na Cordilheira dos Andes, no Peru. Em seu longo percurso até o território brasileiro, o rio Amazonas recebe vários nomes, como Apurimac, Carhuasanta, Lloqueta, Rio Ene, Rio Tambo, Ucayali e Marañon.
É
lar da maior diversidade de animais aquático
O rio Amazonas possui a maior diversidade de animais aquáticos de qualquer rio do mundo. Até 2.500 espécies diferentes chamam o rio de casa, e há outras muitas esperando para serem descobertas. Alguns dos residentes mais famosos são as enguias elétricas, as piranhas e as sucuris.
Entre as espécies comerciais mais importantes que vivem no rio Amazonas estão o pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, e vários bagres gigantes. Ele faz companhia a tartarugas de rio, golfinhos de rio e peixes-boi. A Amazônia também abriga a capivara semiaquática, o maior roedor do mundo, e o ratão-do-banhado (ou nútria).
Um
homem já atravessou o rio Amazonas a nado
Em 2007, o esloveno Martin Strel, também conhecido como “homem-peixe”, completou a travessia do rio Amazonas, depois de passar 66 dias nadando. Ele percorreu mais de 5 mil quilômetros, entre o Peru e Belém do Pará. Uma aventura e tanto!
Fornece 20% da água doce dos oceanos de todo o mundo
Um quinto da água que flui do rio para os oceanos do mundo pode ser rastreado até o rio Amazonas. O rio é tão grande que, na verdade, é responsável por mais água doce do que os sete maiores rios do mundo juntos!
Você
pode surfar no rio Amazonas
Cerca de duas vezes por ano, durante a lua cheia e a lua nova, as mudanças nas marés no Oceano Atlântico são altas o suficiente para forçar o rio Amazonas a recuar, causando um furo de maré com ondas de até quatro metros de altura. Esse fenômeno é chamado de Pororoca pelos nativos, que significa “grande rugido”, descrevendo o som forte que as ondas fazem ao passar pela selva. Um sonho para surfistas de todo o mundo!
Saiba mais sobre essa experiência neste vídeo do canal Great Big Story, disponível no YouTube:
ou aos 13
Um outro mundo realmente é possível.
Sem Memória não há futuro.
O momento é de enfretamento com a extrema-direita mundial.
Bem vindos e bem aventurados os que se dedicam à PAZ ao AMOR à RECONSTRUÇÃO e à Fraternidade (Mídias Companheiras) e valoroso[a]s militantes!
Agradecimento fraterno aos presentes e seus comentários, na live de 26/05/2024 à Jornalista Maria Lopes e Artes, Leonardo Bastos (TV e Rádio Repensar no Youtube e Facebook), Mídia Livre (garante a nossa maior audiência), Célia Mary TV, Ciências Humanas TV, Peri, Zé Alves,Paulo Roberto Carneiro (Petroleiro), Tereza, Veronica Fonseca, Celina, Valdenise Araújo Nunes, Isabel, Elisaura Bezerra, Dulcinéa Vargas, LisBethe, Carlos Alberto Araújo Silveira (Carlão da Eletrobrás), Canal de Itaipuaçu, Adair, Anna Carolina Mondaca, Regina Fazioli, Cida Cordeiro, Vinicius, Santana Ferreira,
e um abraço especial aos que nos prestigiam no Instagram, Pinterest e no Twitter, e nas visualizações nacionais e internacionais... de 27 a 02 de junho,
Mensagem do Amigo, Companheiro e Irmão Arthur Ferrari Ser humano é ser eco no planeta e em qualquer esquinaNacionalismo sempre foi pano de fundo para políticas nefastas à humanidade e ecossistemas naturais do planeta, nossa casa comum. Sempre geraram degenerações fascistas, xenófobas, belicistas, eugenistas, seitas religiosas, mafiosas, racistas, sexistas, genocidas e imperialistas. Novamente, século XXI, a extrema direita trama ilusão de poder popular via líderes ‘anti sistema’ impostores como na Itália e Alemanha, lembranças horrorosas do século XX. Gerações mais jovens e vindouras, conscientes destas lembranças, derrotarão, outra vez, à bem da vida, a intolerância e violência causadas por nacionalismos e, desta vez, para todo e sempre. Amém!
As chuvas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil
dependem muito da Amazônia preservada. É da floresta que nascem os chamados
'rios voadores', fenômeno natural que leva umidade para essas regiões.
2.1 - Como a reputação da maconha foi manchada na Era Vitoriana?
História de Julio Cezar de Araujo
A maconha nunca foi um problema; as pessoas, sim. Afinal, apesar de ter sido registrada pela primeira vez em 1894 por meio do nome hispânico marijuana, a famosa Cannabis (sativa, indica e ruderalis) começou a ser usada pela humanidade entre 2000 e 1000 a.C. nas regiões da Ásia Central — de onde os três táxons são nativos.
Tudo indica que viajantes trouxeram a planta para o Ocidente durante expedições feitas pelo Himalaia e para a Índia. Eles chamavam a canábis de ganja, um termo provavelmente oriundo do persa antigo para se referir a “tesouro” – e eles não estavam errados quanto a isso.
Em algum momento entre os séculos III e VIII, curandeiros passaram a usar a planta de maneira medicinal para tratar catarro em excesso, diarreia e até mesmo gripe. Foi nesse ínterim, inclusive, que a canábis adquiriu caráter folclórico ao ser incorporada em mitos populares sobre a deusa Shiva e em outros contextos divinos. A partir disso a planta começou a ser queimada como oferenda à deusa e fumada para facilitar o diálogo com seres de outro plano, firmando suas raízes na cultura indiana e fazendo do país o berço da maconha.
No século XVII, o cânhamo da canábis chegou no Ocidente enquanto a Grã-Bretanha se expandia pela América do Norte, se tornando cultura obrigatória para os agricultores. A canábis era plantada, colhida e transformada em produtos têxteis. Foi assim que a planta se tornou tão valorizado a ponto de servir até como moeda.
Na história europeia, a viagem da maconha se transformou em meados de 1841, quando Sir William Brooke O’Shaughnessy, um prestigiado médico irlandês no campo da farmacologia, introduziu ainda mais a planta na medicina ocidental após sua estadia na Índia. Ele conheceu a maconha no país como droga recreativa, quando misturada com tabaco, e como remédio, ao ser extraída em resina e misturada com outros componentes.
O médico não poderia imaginar que isso mancharia a reputação da planta para sempre.
Todo o fascínio de O’Shaughnessy pela maconha e pela quantidade de soluções que ela oferecia para várias doenças, da diarreia à cólera, foi exposto no Provincial Medical Journal de 1842. Seu trabalho eletrizou a comunidade médica vitoriana e, em 1856, ele lançou as bases para a terapia intravenosa com maconha, colocando a planta em livros de farmacologia em toda a Grã-Bretanha e a Europa.
A maconha passou a ser usada em pacientes em seu estado de extrato, dissolvida em álcool e administrada por via oral. Além disso, foi adotada como tratamento para histeria, funcionou como sedativo geral, anestesia durante o parto e até como remédio para ciclos menstruais muito dolorosos.
Com isso, a popularização e uso excessivo da maconha encontrou seu maior inimigo: a falta de estudos. Embora tudo tenha acontecido na segunda metade do século XIX, quando o campo da farmacologia sintética havia começado a decolar, muito ainda não estava claro sobre os ativos da planta, sobretudo o tetraidrocanabinol (THC) – que só foi descoberto em 1964.
A maconha usada na Era Vitoriana foi inteiramente preparada de maneira orgânica, portanto, variou amplamente o quanto do ingrediente ativo se poderia obter em um determinado lote de canábis. Ou seja, tanto sua eficácia quanto seus efeitos colaterais não podiam ser previstos de forma confiável. Era a receita para o desastre.
Aspectos técnicos que a comunidade médica enfrentou foram responsáveis pela diminuição do uso da maconha. A começar pela agulha hipodérmica, desenvolvida em 1853, que oferecia melhores formas de administrar tratamentos. Contudo, uma vez que a maconha não é solúvel em água, o uso dela por injeção dificultou cada vez mais sua administração. Quando inovações tecnológicas encontraram o desenvolvimento de drogas sintéticas, a maconha e outros remédios fitoterápicos começaram a cair em desuso.
Tudo aconteceu muito rápido, ainda na segunda metade do século XIX — tanto a ascensão quanto a queda do uso da maconha pela comunidade médica. A essa altura, alguns campos da sociedade já estavam viciados em maconha, principalmente nos hospitais psiquiátricos.
Sem legislação para controlar o uso da planta, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos enfrentaram uma situação quase tão ruim quanto a do ópio.
Em 1891, o The Pioneer, um jornal inglês da Índia, relatou o crescimento da venda de maconha e seus efeitos em pacientes com doença mental na Índia controlada pelos britânicos. A Grã-Bretanha se deparou com o ópio sendo substituído pela maconha, visto que os políticos lutavam ativamente em campanhas contra a droga, considerada um símbolo dos males do imperialismo para os políticos liberais que se opunham ao Império Britânico. É bom ressaltar que o vício em maconha se limitou às instituições médicas psiquiátricas e aos círculos da alta sociedade, em que o ópio era consumido em larga escala.
Muito embora um estudo de 1893 sobre os efeitos da canábis tenha mostrado pouca ou nenhuma evidência de que a planta estava relacionada à insanidade, as alegações do The Pioneer incitaram o governo britânico e os opositores ao ópio a determinar a maconha como uma droga que poderia causar insanidade. Era o início da má reputação da maconha no horizonte moderno que surgia.
"A cadela do fascismo está sempre no cio. " Bertolt Brecht"
9.1 - Desvinculando o pouco que resta!
A atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, possui um plano que resultará na desvinculação dos valores dos benefícios previdenciários do salário mínimo. Mas o que de fato significa isso? Por que essa proposta tem sido comparada com a situação do sistema de pensões chileno? Essa disposição atrai como consequência o rebaixamento dos valores dos benefícios que são concedidos com cifras acima do salário mínimo. 👉 Ou seja, em alguns anos, considerando a não correspondência do índice com o reajuste do salário mínimo, os benefícios acabam sendo achatados ao valor do próprio salário mínimo.😱 Não conseguem se esconder por muito tempo!
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Contribuição Assistencial
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma nova Contribuição Assistencial que terá um impacto significativo em diversos setores em todo o Brasil.
O que é a Contribuição Assistencial?
Para aqueles que ainda não estão familiarizados, a Contribuição Assistencial é uma taxa que os sindicatos e entidades de classe podem cobrar para financiar atividades e ações em benefício dos trabalhadores.
A Decisão do STF:
O STF deliberou sobre a constitucionalidade da Contribuição Assistencial, permitindo que ela seja imposta a todos os trabalhadores, mesmo que não sejam filiados ao sindicato, desde que tenham o direito de se opor. O valor da contribuição não é fixo e deve ser definido por meio de ACT de cada categoria.
O que isso significa?
Isso implica em algumas considerações importantes:
É fundamental estabelecer em acordo coletivo qual o valor da contribuição, decisão tomada em assembleia;
Isso representa uma oportunidade para fortalecer sindicatos e entidades que atuam em defesa dos trabalhadores;
ou aos 13
Conheça um pouco das Plataformas / Base Sindipetro-RJ
Ivan Luiz Jornalista Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977 Perito Judicial e Ambiental -confira
COM A PETROBRAS O BRASIL TEM FUTURO DE SUCESSO!
ELES QUEREM ACABAR COM A NOSSA EMPRESA E COM O AVANÇO/SUCESSO DAS FUTURAS GERAÇÕES! Os canalhas culpam a Petrobras - Você conhece a riqueza da Petrobras?
Art . 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
Art 9º - O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS
DA ESTABILIDADE
Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas.
Parágrafo único - Considera-se como de serviço todo o tempo em que o empregado esteja à disposição do empregador.
22/05/2024 - Assembleia ACT Enauta, mais uma vez adiada 20/05/2024 - Assembleia ACT Sonangol 17/05/2024 - Venceu a Chapa 1 14/05/2024 - HON - 09:30 - Drª Camila - 1º andar - Campo visual em seguida OCT Glaucoma
13/05/2024 a 16/05/2024 - Eleições Sindipetro-RJ Aeroporto de Maricá - Seção eleitoral 12 06/05/2024 a 10/05/2024 - Eleições Sindipetro-RJ Aeroporto de Maricá - Seção eleitoral 13
05/04/2024 - NTS - RE - Reunião Presencial no Sindipetro-RJ - 10:00
04/04/2024 - HON - 10:00 Drª Camila - 1º andar - remarcada para julho consulta 04/04/2024 - REFIT - RE - Extraordinária a pedido do Brayer, Nascimento e Bernardo
07/03/2024 - Sindipetro-RJ - Eleição Comissão Eleitoral - Credenciamento 18:00 Locais: Clube de Engenharia RJ e Sub Sede de Angra dos Reis. Período 2024-2027
06/02/2024 - Exxon Mobil ACT 2023 - RT (enviado link zoom) 05/02/2024 - Hospital dos olhos Drª Camila 13:30
05/02/2024 - 10:48 - A Baker manifestou interesse em reunirmos, estou no aguardo de confirmação - Data e hora - ACT 2023 - Manifestei interesse em primeiro conversar com os Trabalhadores
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 31/01/2024 - Manguinhos/Refit RE visando proposta ACT 2024 30/01/2024 - Sindipetro-RJ Plenária do Manifesto na FAAPERJ às 17:30 - Rua do Riachuelo, 373A Centro RJ 29/01/2024 - Shell Ass ACT 2024 15:00 - Agendamos 2ª Quinzena de novembro RT 25/01/2024 - Equinor - Provável Assembleia / Realizamos
24/01/2024 - Equinor - Reunião ampliada para avaliação da audiência de mediação - Apresentação dos Representantes dos Trabalhadores e os próximos passos. 16:00 - ADM e 20:30 OFS
05/01/2024 - Equinor - Em atenção ao processo nº 13041207194/2023-32 (SM007423/2023) ficam V.Sa. convidadas a participar da Mesa Redonda por videoconferência marcada para o dia 23 de janeiro de 2024 às 12 h pelo site:xxx Senha: seret123 (Basta clicar ou copiar e colar o link no navegador Google Chrome).
27/11/2023 - 3R RT continuidade da análise ACT anterior e novas propostas - 14:00
22/11/2023 - 3R RT 16:00 - 19:00
21/11/2023 - TAG - RE ACT 2023
14/11/2023 - TAG transferido para 21/11/2023
11/11/2023 - TAG transferido para 14/11/2023
08/11/2023 - Brayer estará às 13:00 no Sindipetro-RJ e Clayton segunda opção - 15 as 17 horas
07/11/2023 - 20:27 Perfeito, obrigada! Amanhã pela manhã iremos até o sindicato para pegar a assinatura do senhor. Na parte da tarde do Carlos. Na quarta do Clayton e Brayer.
07/11/2023 - 10:00 Eu no Sindipetro-RJ / De 10:30 a 11:30 Clayton poderá aguardar na residência Casé estará hoje às 14:00 no Sindipetro-RJ
06/11/2023 - RE - 18:05 - Extrato do Instrumento Coletivo 2022/2024 - Solicita coleta das assinaturas físicas, para entrada no pedido mediação
06/11/2023 - 15:00 Equinor - Reunião ampliada "Mediação" não compareceu nenhum representante da empresa - Dr Bruno Bárcia deu todos os esclarecimentos
27/02/2023 - RSB - Assembleia ACT - Trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa e ratificaram a manutenção da proposta original elaborada por eles
23/02/2023 - ExxonMobil -RE- Nos enviaram a minuta do ACT para assinaturas
23/02/2023 - Schlumberger RE -"Considerando a rejeição do GYMPASS fica válido o resultado da última assembleia" e garantido que " O referido pleito poderá ser analisado nas próximas negociações".
15/02/2023 - RSB - Assembleia ACT - A empresa solicitou adiamento para 27/02/2023 mesmo horário
14/02/2023 - Reunião Mensal dos Aposentados e Confraternização - Clube de Engenharia recebe reencontro do Sindipetro-RJ com sua base de aposentados e pensionistas 13/02/2023 - Colegiado extraordinário
09/01/2023 - Continuidade da Assembleia Gympass - Schlumberger transferida a pedido para 27/01/2023
10/01/2023 - RE SHELL
11/01/2023 - RSB - RT - Reunião Ampliada Trabalhadores e elaboração da 1ª proposta
13/01/2023 - NTS - Assembleia ACT Sede CCO e Volta Redonda
15/01/2023 - Petrom - Solicitamos reunião
16/01/2023 - Exxon Mobil RE - Respondendo e solicitando nossos e-mails, adiaram para 23/01/2023
16/01/2023 - Transpetro Sede - CIPA
17/01/2023 - Reunião Mensal dos Aposentados Petrobras 18/01/2023 - Shell - Assembleia ACT - Cláusulas Sociais e Econômicas
23/01/2023 - Exxon Mobil - RT
23/01/2023 - Enauta - Assembleia PLR 25/01/2023 - NTS - Sede Japeri e Volta Redonda adiada "Sine Die"
25/01/2023 - Shell - PN_2_Assembleia
27/01/2023 - Exxon Mobil - RE - ACT 2023 27/01/2023 - Schlumberger - Continuidade da Assembleia Gympass
31/01/2023 - Shell - PN_3 - Assembleia
31/01/2023 - REFIT - enviamos e-mail solicitando primeira reunião.
-------------------------------------------------------------------------------------------------- Estamos elaborando/realizando um calendário para 2023 visando manter os ACT´s em dia.
É bom para o trabalhador e não sobrecarrega a empresa na atualização da folha.
3- Em 08/05/2023 solicitaram a primeira rodada para 31/05, refutei, solicitei que seja feita a negociação dentro do mês de maio que é a data base. Ficaram de responder.
2- Em 11/04/2023 solicitei a relação com os novos membros dos Representantes dos Trabalhadores
1 - Enviada mensagem em 06/01/2023 retornará em breve
Origem Energia - enviada mensagem em 06/01/2023, resposta recebida "aguardando melhor momento da empresa".
Último acordo foi de PLR (fechado) 21/07/2021
Para ACT em maio
Baker
ADM ??? OFS - CLÁUSULA 29 – Os empregados dos setores de wireline, beacon, geoscience, copilot e RTO que trabalham em atividade de apoio ao trabalho offshore/ remoto e, portanto, devem desempenhar suas atividades no mesmo horário dos empregados offshore/ remoto, cumprirão uma jornada de trabalho efetiva de 12 (doze) horas diárias. Parágrafo primeiro - Considerando que embora os empregados dos setores de wireline, beacon, geoscience, copilot e RTO trabalhem em jornada de 12 horas, estes gozam de repouso para alimentação e descanso, e podem usufruir de seu intervalo interjornadas livremente, estes terão direito a 01 (um) dia de folga para cada 1 (um) dia de trabalho neste regime. Parágrafo segundo - Serão consideradas como “extraordinárias” as horas trabalhadas além da 12ª (décima segunda) diária.
BG BP - Nos reunimos com RE em 19/04/2023 - Encaminharão dia 20/04/2023
Central Resource
Maersk
Schlumberger
Sonangol - Assembleia 08/05/2023
Equinor
TOTAL - enviamos dados parciais em 18/04/2023
WWT do Brasil
Energy Paraná
3R Petroleum Petrorio - Frade/Tubarão Martelo e Polvo
Trident - Campo e Enxova
ou aos 13 ------------------------------------------------------------------------------------------------
Até a próxima transmissão, domingo às 20 horas. Encontro marcado no canal professor Ivan Luiz de Maricá no You Tube, e no Facebook https://www.facebook.com/ivanluiz.deandrade.9/ e muito mais ...
6 - Quadro Dedicado ao Canal do Youtube - Teddy Hair Canal Musicacom a relação dos nossos aniversariantes, homenageados, e alguns fatos relevantes.(D12)
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