31/12 - Darcy do Jongo - Darcy Monteiro - 1932 RJ, RJ - Cantor. Compositor. Jongueiro. Percussionista. Criador do Grupo Bassam, que mantém a tradição do jongo na Serrinha. Embora sua certidão lhe dê a data de nascimento em 15 de março de 1933, seu nascimento, na realidade, se deu um ano antes, na Ladeira da Balaiada, no Morro da Serrinha, no subúrbio carioca de Vaz Lobo. Filho de Pedro Francisco Monteiro e Maria Joanna Monteiro, conhecida no morro da Serrinha como Vovó Maria Rezadeira. Músico profissional, percussionista desde os 16 anos de idade. Um dos fundadores do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Império Serrano e mais tarde, ao lado de Candeia, Nei Lopes e Wilson Moreira, entre outros, fundou o Grêmio Recreativo e Artes Negras Quilombo. Foi casado com Eunice dos Santos Monteiro. Casado pela segunda vez com Norma Sueli (Dona Sú), cantora e dançarina de jongo que se apresentava ao lado do marido. Pai de Darcy Antonio dos Santos Monteiro, instrumentista que também se apresenta fazendo parte do grupo. Ainda desse mesmo grupo de jongo da Serrinha, Grupo Bassam, fazem parte vários integrantes da família, como Eva Emely Monteiro (irmã), Dely Monteiro Chagas (sobrinha), Núbia Augusta da Silva (prima). Foi filiado à Ordem dos Músicos do Brasil desde sua fundação. Faleceu vítima de um ataque cardíaco em sua casa no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, sendo sepultado no cemitério de Irajá. ------------------------------------------------------------------------------------------------
Rita Lee - Rita Lee Jones - 1947 - SP, SP - Cantora. Compositora. Instrumentista.Filha de imigrantes italianos e norte-americanos, desde nova demonstrou interesse pela música. Sua mãe era pianista e sua irmã mais velha ouvia discos de artistas como João Gilberto, Paul Anka, Dolores Duran, Connie Francis e Tito Madi. Foi aluna da pianista erudita Madalena Tagliaferro. Apenas na adolescência viria a ouvir rock, através dos discos de Elvis Presley. Com 16 anos, formou a sua primeira banda, ao lado de três garotas, “The Teenager Singers”. Tony Campelo as ouviu e passaram, então, a fazer o coro para os Jet Blacks, Demétrius e Prini Lorez. Posteriormente, se juntariam ao “Wooden Faces”, dos irmãos Arnaldo Baptista Dias e Sérgio Baptista Dias, surgindo, daí, “O Seis”, que chegou a gravar um compacto duplo, ainda na década de 1960 e seria o embrião dos Mutantes. Nos anos 80 lançou quatro livros infantis sobre Dr. Alex (um ratinho que lutava pela causa ambientalista) No ano de 2016, pela Globo Livros, lançou o primeiro livro, intitulado “Rita Lee: Uma autobiografia” (com colaboração do jornalista Guilherme Samora), do qual vendeu cerca de 350 mil exemplares, permanecendo por quatro meses como o primeiro da lista dos mais vendidos na categoria “Não-ficção”. O livro ganhou o prêmio de “Melhor biografia”, da Associação Paulista de Críticos de Artes neste mesmo ano. Em 2018 publicou o livro “FavoRita” (Globo Livros), também autobiográfico, com lançamento na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional (Piso do Teatro), no centro de São Paulo. No ano seguinte, em 2019, lançou o livro infantil “Amiga ursa”, com ilustrações de Guilherme Francini, pela Globo Livros, sendo lançado na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Ainda em 2019 a Globo Livros reeditou os quatro volumes dos livros infantis sobre o ratinho Dr. Alex.
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04- Compadre Moreira - Valdemar Moreira - 1933 - Cândido Mota, SP - Cantor. Compositor. Humorista. - Em 1940, aos sete anos, recebeu a primeira proposta para formar uma dupla. Ele já cantava e contava piadas. Formou sua primeira dupla com Jesus Carmona com quem trabalhou por dois anos no circo de Nhô Fio. A dupla trabalhou na Rádio Difusora da cidade de Assis. Em 1944, foram contratados para fazer apresentações na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Em 1950, conheceu sua futura esposa, Adelaide. Com a mulher e o artista Bio formou um trio, com Adelaide executando as funções de acordeonista e posteriormente contracenando em cenas cômicas com o marido. Em 1964, Compadre Moreira e Adelaide gravaram um primeiro disco em 78 rpm pela Califórnia. De um lado cantaram o corrido “Mentira de amor”, de Sulino e José Fortuna, e do outro lado, a canção rancheira “Canção do passarinho”, de Compadre Moreira e Adelaide. Em 1967, lançaram um LP contendo canções e piadas. Em 1969, gravaram “Dança comprida”, de Francisco Lacerda e Ricardo Jardim, “O caloteiro”, de Compadre Moreira e Luís de Castro, e “Minissaia do sertão”, de Adelaide. Em 1970, lançou o LP “O rei dos xerifes”, com destaque para “Eu só sei fazer pelota”, composição sua em parceria com Zé Matuto. Em 1971, gravou o LP “O xerife da pistola de ouro”, com números cômicos intercalados com músicas. Em 1972, lançou novo LP em que se destacaram “Santa crioula da pensão”, de Edward Di Marchi, e “Xote das formigas”, de Sidney Wyss Barreto. Fez apresentações nas TVs Record e Gazeta. No mesmo ano atuou no programa “Linha sertaneja”, ao lado de Edgard de Souza e Carlos Alberto, na TV Globo do Rio de Janeiro. Em 1974, lançou “Bang bang do outro mundo”, em que interpretou músicas de terror e humor, e que fez sucesso com “A cartilha musical”, parceria sua com conhecido compositor Nhô Pai. Em 1975, gravou o LP “O rei do riso”, coletânea de piadas, contendo ainda algumas músicas. Em 1977, lançou LP em que se destacaram duas composições suas em parceria com o sanfoneiro e radialista paulista Zé Béttio, “Não quero morrer encalhado”, e “Segura o bode”. No mesmo ano, interpretou o personagem Zé Preguiça no filme “Chumbo quente”, de Cleri Cunha. Em 1981, gravou pela Tocantins as composições “Meu sabiá”, de Jeca Mineiro e Atilio Versuti, “Meu berro”, de Compadre Moreira, e “Égua preta”, de Atilio Versuti e Jeca Mineiro. Nos anos 80, deixou de apresentar-se em rádios, dedicando-se apenas ao circo comprado por seus filhos. Foi dono de circo e excursionou por São Paulo, Mato Grosso e outros estados.- *******************************************************************No dia de hoje - 05/01 - Carmen Costa - Carmelita Madriaga - 1920 - Trajano de Moraes, RJ - Cantora. Natural do interior do Estado do Rio de Janeiro. Seus pais eram meeiros na fazenda Agulha, onde ainda pequena, começou a trabalhar como doméstica em casa de uma família de protestantes. Foi lá que aprendeu hinos religiosos e demonstrou seu talento de cantora. Em 1935, foi para o Rio de Janeiro e, com apenas 15 anos, empregou-se como doméstica na casa de Francisco Alves. Foi nessa época que começou a freqüentar programas de calouros do rádio. Em novembro de 1945, casou-se com o norte-americano Hans Van Koehler. Depois de viajar pelo exterior, fixou residência em Nova Jersey, por dois anos. Como compositora, adotou o pseudônimo de Dom Madrid. Faleceu de insuficiência renal, aos 87 anos de idade, no Hospital Lourenço Jorge no Rio de Janeiro onde estava internada, tendo seu corpo sido velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Começou sua carreira participando de coros em gravações de nomes famosos da MPB. Em 1937 adotou o nome artístico de Carmen Costa, sugerido pelo compositor Henricão (Henrique Felipe da Costa), com quem a cantora passou a viver e formou uma dupla em 1938, apresentando-se em feiras de amostras como a do Arraial do Rancho Fundo, em Juiz de Fora, MG. Em 1939, apresentou-se com o amigo e namorado numa feira de amostras na Praça XV, no Rio de Janeiro, ao lado de grandes cantores da época como Carmen e Aurora Miranda, Alvarenga e Ranchinho e Irmãs Pagãs, entre outros. Com Henricão, formou dupla até 1942, chegando a gravar com ele alguns sucessos como: “Onde está o dinheiro?”, do próprio Henricão, “Dance mais um bocado”, dele e Príncipe Pretinho e “Samba, meu nego”, de Buci Moreira e Miguel Bastos. Gravou o primeiro disco solo em 1942, lançando pela Victor a valsa “Está chegando a hora”, versão feita por Henricão e Rubens Campos da música mexicana “Cielito lindo”, que se tornou um grande sucesso dos carnavais. Em 1943, gravou de Heitor dos Prazeres, o samba “A coisa melhorou”. Em 1944, gravou os sambas “Madalena”, de Raul Marques e Vasco Gomes e “Não há”, de Heitor dos Prazeres. No mesmo ano, gravou “Chamego”, de Luiz Gonzaga, sendo ela, uma das primeiras a gravar músicas do compositor. Em 1945, gravou os maxixes “Sarapaté”, de Luiz Gonzaga e Alselmo Domingos e “Ciúme”, de Henricão e Raul Marques. Em 1946, gravou o samba “Siga seu destino”, de Rubens Campos e Henricão e o samba choro “Meu barraco”, de Dilu Melo e Duque. Em 1947, quando morava nos EUA, fez show no Teatro Triboro em Nova York. Viajou pela América do Sul, apresentando-se em Caracas na Venezuela e em Bogotá, na Colômbia. Em 1949, de volta ao Brasil, estreou na gravadora Star, cantando o frevo canção “Sonhei que estava em Pernambuco”, de Clóvis Mamede. Em 1951, gravou os sambas “Se é pecado eu não sei”, de Henrique de Almeida e Humberto de Carvalho e “Cetim para as baianas”, de César Brasil e Elpídio Viana. Em 1952, gravou a batucada “Vai levando”, de Ataulfo Alves e José Batista. No mesmo ano, gravou com Colé a marcha “Cachaça”, de Mirabeau, Héber Lobato, Marinósio Filho e Lúcio de Castro, que alcançou grande sucesso, ainda hoje uma das músicas mais tocadas nos carnavais. Em 1953, gravou com Colé, os baiões “Maria Pé de Boi”, de Mirabeau e Jorge Gonçlves e “Batendo pé”, de Sílvo Viana e Mirabeau. A partir de 1954, mudou seu estilo de interpretação, que passou a ser mais coloquial e intimista, obtendo grande sucesso nacional com sambas-canções como “Quase” e “Eu sou a outra”, a primeira escrita pelo pai de sua única filha Lú, o compositor Mirabeau e a segunda por Ricardo Galeno. Para isso, passou a cantar em tons mais graves. Ainda em 1954, gravou a marcha “Tranca rua”, de Adelino Moreira, Mirabeau eJorge Gonçlves e o samba “Mais tempero”, de Gildásio Ferreira, Miguel Lima e Abadio Luz. Ainda no mesmo ano, dentro de seu novo estilo, gravou o bolero “Canção da alma”, de R. Hernandez e Ferreira Gomes e o smaba canção “Quase”, de Mirabeau e Jorge Gonçalves. Outro sucesso nessa mesma época foi o samba “Jarro da saudade”, que seria incorporado a seu repertório permanente. Em 1955, participou do filme “Carnaval em Marte”, de Watson Macedo. No mesmo ano, conheceu outro grande êxito carnavalesco com a marcha “Tem nêgo bebo aí”, de Mirabeau e Airton Amorim, e que foi escolhida por um júri reunido no Teatro João Caetano como um das dez mais populares marchas do carnaval daquele ano. Ainda na mesmo ano, gravou em dueto com Mirabeau a toada “Presidiário”, de Mirabeau e Airton Amorim e o samba canção “Se você me quer bem”, de Mirabeau e Jorge Gonçalves. Em 1956, gravou o samba “Na paz de Deus”, de Mirabeau e Milton de Oliveira, a marcha “Deixa o cabrito berrar”, de Mirabeau, Milton Oliveira e Airton Amorim e o samba canção “Se eu fosse contar”, de Irani de Oliveira e Araguari. No mesmo ano, participou do filme “Depois eu conto”, de José Carlos Burle. Em 1957, lançou o LP “Carmen Costa nº 2”, no qual interpretou, entre outras, “Bairro pobre”, de Alberto Paz e Carlos Monteiro de Souza; “Só falo de amor”, de Don Madrid, Waldir Rocha e Mirabeau; “Almas irmãs”, de Waldir Rocha; Jorge Gonçalves e Mirabeau e “Senhoras e senhores”, de Zé e Genival Macedo.
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