Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos.
|
|
Vinheta
|
|
01/08/2019
Jornalista
- Reg. CPJ 38.690 - RJ – 1977. |
Nossos Homenageados inesquecíveis da semana que proporcionaram grandes impactos na cultura brasileira e internacional Moacir Santos (93 anos) - Gedeão da Viola (14 anos) - Nilze Carvalho (50 anos) - Anísio Silva (99 anos) - Barbeirinho do Jacarezinho (69 anos)- Ney Matogrosso (78 anos) |
. | |
Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória destaque para o dia | |
. | |
Relação completa dos aniversariantes de 26 a 01/08/2019 |
EDITORIAL - Presidente do México aponta efeitos nefastos da política neoliberal para a grande maioria da população
Data |
Fatos históricos relevantes que não podem ficar esquecidos da nossa memória
|
26
|
2015 o Escritor e coordenador do NPC, Vito Giannotti, é velado no Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro). Centenas de militantes do país inteiro comparecem e cantam, juntos, “Bella Ciao” e “A internacional”, a trilha sonora da vida do militante, que foi metalúrgico e um incentivador da comunicação dos trabalhadores. |
27
|
1935 Comício unitário antifascista no parque Dom Pedro, em SP, contra a repressão crescente do governo contra a esquerda nacionalista e comunista.
|
28
|
1821 no Perú é declarada a independência pelo general José de San Martín, um dos principais lutadores pela libertação dos países da região ao lado de Simón Bolivar. Em 1824 ocorrerá a batlha de Ayacucho, decisiva
para selar a emancipação do país. |
29
|
1998 grande protesto, no RJ, com participação de todos os Estados, contra a privatização da Telebras, a segunda maior empresa de telecomunicações do mundo.
|
30
|
1998 a privatização da Telebras, vendida por 22 R$ bilhões, é notícia na imprensa nacional e mundial. A repressão da PM ao protesto contra a privatização, que feriu 44 e prendeu 32, passa quase despercebida na mídia empresaria.
|
31
|
1977 a Folha de SP publica um relatório secreto do Bird sobre a politica econômica do governo brasileiro. O relrelatório diz que em 1973, houve uma “alteração” nos índices da inflação que prejudicava a todos os
trabalhadores, obra do ministro DelfiNeto. |
01
|
1839 no Brasil dois mil rebeldes balaios tomam Caxias, segunda maior cidade do Maranhão. É o ponto alto da Balaiada: todo o leste do MA e o noroeste do PI estão nas mãos dos escravos aquilombados, caboclos e pobres livres mestiços, ofensivamente chamados de “bodes” pela elite
escravista. O movimento será duramente reprimido por tropas comandadas por Duque de Caxias, que ironicamente entrará para história como o “pacificador” |
Resistencia popular do Contestado
Por Caio Teixeira(*)
1.
O Brasil no inicio do século 20 era uma jovem República, dependente de investimentos de estrangeiros que gozavam de aval e benesses do governo, Em 1909 a Brasil Railway Company, estadunidense com capital fancês, inaugura a Ferrovia São Paulo-Rio Grande. Esta só viria a funcionar plenamente em 1912, quando a empresa passa a tomar posse dos 15 quilometros de cada lado da estrada de ferro que ganhou do Governo Federal, entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, visando à exploração da madeira abundante. Os caboclos que ocupavam as terras, resistiram no movimento que ficou conhecido por Guerra do Contestado (1912-1916), nome que vem da disputa
O Brasil no inicio do século 20 era uma jovem República, dependente de investimentos de estrangeiros que gozavam de aval e benesses do governo, Em 1909 a Brasil Railway Company, estadunidense com capital fancês, inaugura a Ferrovia São Paulo-Rio Grande. Esta só viria a funcionar plenamente em 1912, quando a empresa passa a tomar posse dos 15 quilometros de cada lado da estrada de ferro que ganhou do Governo Federal, entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, visando à exploração da madeira abundante. Os caboclos que ocupavam as terras, resistiram no movimento que ficou conhecido por Guerra do Contestado (1912-1916), nome que vem da disputa
do territótio pelos dois estados.
2.
A História oficial classifica a resistência popular como coisa de fanáticos religiosos. Na verdade o Beato José Maria tornou-se uma liderança mística, pregando uma sociedade justa, solidária, com paz e prosperidade para todos. Essas ideias eram um perigo para a classe dominante.
Para a historiadora Marli Auras, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), longe de fanatismos os caboclos protagonizaram, ali uma luta contra o capitalismo.
3.
Apesar de isolados do mundo, analfabetos e sem grandes conhecimentos, eles resistiram por quatro anos, armados de espingardas de caça, foices e instrumentos agrícolas. Lutaram contra o exército brasileito e a
policia estadual, estes muito bem armados, e por jagunços dos coronéis preocupados em preservar a “ordem estabelecida”.
4.
Marli Auras vê no movimento um conflito entre a ordem republicana , apoiada no catolicismo tradicional, e outra baseada num catolicismo popular representado pelo Beato José Maria. No campo político, os caboclos negavam a República por ter ignorado sua existência ao considerar as terras “doadas” como devolutas e desocupadas para beneficiar a empresa e as oligarquias.
5. Calcula-se que entre 5 e 8 mil caboclos morreram em uma luta de resistência que teve até aviões militares usados contra o povo.
(*)Caio Teixeira é jornalista do TRT de Santa Catarina e diretor do programa Justiça em Movimento.
Módulo Destaque
Cultural
Biografia – Moacir José dos Santos 26/7/1926 Vila Bela, PE -
6/8/2006 Los Angeles, Califórnia, EUA nstrumentista. Arranjador. Regente. Compositor. Professor. Nasceu em uma família simples no sertão de Pernambuco e antes de completar dois anos de idade foi morar com a mãe julita e os 3 irmãos em Flores do Pajeú. Um ano depois, ficou órfão e foi adotado pela madrinha Corina, passando a viver, mais tarde, com a tutora Ana Lúcio. Desde cedo, sua brincadeira preferida era a de imitar, com outros meninos, a banda de música de sua cidade. Improvisava a brincadeira utilizando-se de latinhas e pífanos. Presente em todos os ensaios da banda, foi eleito vigia, com a função de evitar que as crianças mexessem nos instrumentos e com o direito de experimentá-los. Sua inclinação para a música era tão forte que os músicos da
cidade lhe presenteavam com instrumentos, como violão e flautim, que o menino tocava intuitivamente. Recebeu conhecimentos musicais de vários mestres de banda, como o mestre Paixão, enviado pela Brigada do Estado de Pernambuco. Aos 14 anos de idade já era um dos integrantes da banda local, tocando saxofone, clarinete,
pistom, banjo, violão e bateria. Nessa ocasião, decidiu fugir de casa em direção a uma cidade maior, com o propósito de expandir seu talento musical. Pegou carona com jovens caminhoneiros e rumou com eles para Alagoa de Baixo. Em seguida, começou sua vida de andarilho por várias cidades nordestinas, sempre procurando trabalho nas bandas de música e sendo bem acolhido pelos músicos locais.
Biografia Gedeão da Viola Gedeão Nogueira -
16/4/1945 Limeira, SP -
27/7/2005 Barretos, SP nstrumentista. Compositor. Trabalhou
em várias profissões, em especial a de consertador de instrumentos de corda.
Aprendeu a dançar catira ao seis anos de idade. Começou a tocar viola aos 18
anos e não parou mais. Foi peão de boiadeiro. Em 1985, mudou-se para São Paulo,
indo trabalhar com montagem de elevadores e reforma de violas e
violões.Trabalha em Barretos como instrutor de rodeio. É professor de viola. Em
Barretos, onde se dá a maior festa de peão de boiadeiro do Brasil, tornou-se o
ponto em que é mais conhecido e requisitado.
Biografia Nilze Carvalho Albenise de Carvalho Ricardo
28/7/1969 Nova Iguaçu, RJ
Instrumentista. Compositora. Cantora. Filha
de Cristino Ricardo (funcionário da UBC - União Brasileira de Compositores),
trompetista de orquestras de subúrbios, passou a tocar violão e acompanhar a
filha, logo depois que a mesma, foi encontrada pelo irmão mais velho, tocando
no cavaquinho "Acorda Maria Bonita", de autoria de Volta Seca. Por
essa época, aos cinco anos, a menina ainda usava chupeta. Em
1975, fez sua primeira apresentação na Rádio Solimões, em Nova Iguaçu e no
programa "Nicanor Gonçalves" em emissora de Belfort Roxo.
Aos sete anos já participava das rodas de samba
da Portela, a feijodada da Tia Vicentina, quando conheceu dois de seus
primeiros incentivadores, Adelzon Alves e Rubem Confete. Logo depois apareceu
como revelação no "Programa Fantástico", da Rede Globo. Dois anos
depois, começou a tocar bandolim, instrumento com o qual se tornou mais
conhecida. Por essa época, foi apresentada como menina-prodígio no "1º
Festival do Choro do Rio de Janeiro".
Morou por sete anos no Japão. Irmã
do percussionista Sílvio Carvalho, um dos integrantes do grupo Sururu na Roda,
do qual também faz parte.
Biografia Anísio Silva
29/7/1920
Caitité, BA
18/2/1989 Rio de
Janeiro, RJ Cantor.
Compositor. Nascido
em Caitité, BA, ainda na infância mudou-se com a família para o interior de São
Paulo, e posteriormente, para a capital paulista. Em 1945, transferiu-se para o
Rio de Janeiro, onde empregou-se como balconista de farmácia. Em 1968,
afastou-se gradativamente da carreira artística, passando a se dedicar à
administração de uma casa noturna no Rio de Janeiro.
Biografia Barbeirinho do
Jacarezinho - Carlos Roberto Ferreira César
30/7/1950 Rio de Janeiro, RJ
Compositor. Cantor. Cavaquinista. Filho de pai barbeiro e tocador de acordeom. Residiu
na favela do Jacarezinho. Uma de suas primeiras
músicas gravadas foi "Aperta o cinto", por Bezerra da Silva.
Em 1992, sua composição "Fiquei amarrado na
sua blusinha", em parceria com Rodi do Jacarezinho, foi gravada por Zeca
Pagodinho no disco "Um dos poetas do samba", lançado pela RCA. No ano
seguinte, Zeca Pagodinho interpretou "Cabelo no pão careca" (c/ Rodi
do Jacarezinho) no disco "Alô, mundo", também pela RCA Victor. No
ano de 1996, suas composições "Conflito" e "Dona encrenca",
ambas em parceria com Marcos Diniz, foram incluídas no CD "Deixa
clarear", de Zeca Pagodinho. Em 2000, Marquinhos de
Oswaldo Cruz, no disco "Uma geografia popular", incluiu de sua
autoria "Poderio de Oswaldo Cruz", em parceria com Maneco e
Marquinhos de Oswaldo Cruz. Neste mesmo ano, Ernesto Píres no CD "Novos
quilombos", pela Rob Digital, interpretou de sua autoria "Sindicato
do samba" e "Me quebrei na jogada", parcerias com Marcos Diniz e
Luiz Grande. No ano seguinte, participou do disco "Quintal do
Pagodinho", produzido por Rildo Hora. Neste CD, coletânea que reuniu
alguns compositores preferidos de Zeca Pagodinho, muitos deles já gravados pelo
próprio, participou interpretando "Por dezoito quilates e cinqüenta que
morde", de sua autoria em parceria com Luiz Grande e Marcos Diniz. O disco
foi lançado pela gravadora Universal Music. Em 2002 Valmir Barbosa
gravou "Me quebrei na jogada", parceria com Luiz Grande e Marcos
Diniz. Seu maior intérprete é Zeca Pagodinho, que já gravou oito composições de
sua autoria. No ano de 2003, criou com Luiz Grande e Marcos Diniz
o Trio Calafrio (nome dado por Zeca Pagodinho), que neste mesmo ano lançou o CD
"Trio Calafrio", do qual se destacaram as faixa "Dona
esponja", Carquejo e "Parrtido em três", todas de autoria e
interpretadas pelo trio. Neste mesmo ano, Zeca Pagodinho lançou o CD "Zeca
Pagodinho Acústico MTV", no qual foi incluída "Comunidade
carente" (c/ Luiz Grande e Marcos Diniz). Em 2004, no
disco "Daqui, dali e de lá", o grupo Toque de prima gravou de sua
autoria "Suburbano feliz" (c/ Luiz Grande e Marcos Diniz). No
ano de 2005, no CD "À vera", Zeca Pagodinho regravou "Dona
Esponja".
Biografia Ney Matogrosso - Ney de Souza Pereira -
1/8/1941 Bela Vista, MS - Cantor. Filho de
militar, morou no Recife, em Salvador, no Rio de Janeiro e em Campo Grande. Aos
17 anos de idade, deixou a casa de sua família, decidido a ingressar na
Aeronáutica. Trabalhou no laboratório de anatomia patológica do Hospital de
Base de Brasília. Mais tarde, passou a fazer recreação com crianças. Integrou,
nessa época, um quarteto vocal, com o qual participou de um festival
universitário e chegou a atuar em um programa de televisão. Em 1966 viajou para
o Rio de Janeiro, decidido a ser ator. Para se manter, trabalhou com confecção e
venda de peças de artesanato em couro. Adepto da filosofia hippie, viveu, nesse
período, entre o Rio, São Paulo e Brasília, até conhecer João Ricardo, que
procurava um cantor de voz aguda para formar um conjunto musical.
Relação completa dos
aniversariantes da semana.
aniversariantes da semana.
Intervalo
compreendido do dia 26 a 01/08
compreendido do dia 26 a 01/08
Aniversariantes
Aniversariantes
26
Alexandre (64 anos) -
Dom Um Romão (14 anos) -
Fernando Lobo (104 anos) -
Flavia Coelho (39 anos) -
Gina Teixeira (64 anos) -
José Conde (46 anos) -
Laurindo de Almeida (24 anos) -
Luhli (1 ano)
Marcelo Cabral (45 anos) -
Moacir Santos (93 anos) -
Mocinha da Mangueira (17 anos) -
Regiane (2 anos) -
Reynaldo Rayol (75 anos) -
Sérgio Reze (53 anos)
27
Adriana Maciel (53 anos) -
Carlos Mills (51 anos) -
Carlos Nobre (10 anos) -
Daltony Nóbrega (71 anos) -
Everaldo Ferraz (82 anos) -
Gedeão da Viola (14 anos) -
Gildo Branco (98 anos) -
Herberto Filho (65 anos) -
Leandro Braga (64 anos) -
Luiz Grande (2 anos) -
Marcos Sacramento (59 anos) -
Mário Silva (57 anos) -
Paulo Henrique (7 anos) -
Pedro Caetano (27 anos) -
Pedro Mann (35 anos) -
Pedro Miranda (43 anos) -
Ricardo Castro Dias Gomes (39 anos)
-
Rômulo Paes (101 anos)
-
28
Curumin (43 anos) -
Daniela Mercury (54 anos) -
Felipe Tadeu (57 anos) -
Guilherme Arantes (66 anos) -
Itamar Assiere (49 anos) -
José Celso Guida (58 anos) -
Lucas Bueno (31 anos) -
Luperce Miranda (115 anos) -
Nilze Carvalho (50 anos) -
Noite Ilustrada (16 anos) -
Pregador Luo (43 anos) -
Tavynho Bonfá (67 anos) -
Vitor Bacelar (108 anos)
29
Alberto Calçada (36 anos) -
Anísio Silva (99 anos) -
Chirol (109 anos) -
Claudio Estevam (52 anos) -
Ed Wilson (74 anos) -
Jeniffer Nascimento (26 anos) -
Luisão Pereira (51 anos) -
Mahmundi (32 anos) -
Mussum (25 anos) -
Mário Júnior (62 anos) -
Ovídio Chaves (109 anos) -
Paulo Sérgio (39 anos) -
Piratini (66 anos) -
Renato Motha (56 anos) -
Vanessa Rangel (48 anos)
30
Aquiles Medeiros (94 anos) -
Barbeirinho do Jacarezinho (69 anos)
-
Carvalhinho (49 anos) -
Clodo Ferreira (68 anos) -
Dennis DJ (39 anos) -
Eduardo Pepato (32 anos) -
Luciana Coló (51 anos) -
Luís da Câmara Cascudo (33 anos) -
Marco César (59 anos) -
Max Pierre (71 anos) -
Rosinha de Valença (78 anos) -
Silvana Stiévano (57 anos) -
Susanne Brandão (50 anos) -
Ted Moreno (87 anos)
-
31
Adelmo Arcoverde (64 anos) -
Celso Pixinga (66 anos) -
Daniela Colla (46 anos) -
Fernando Pellon (63 anos) -
Francisco Malfitano (111 anos) -
Kiko Continentino (50 anos) -
Marcus Teixeira (53 anos) -
Mirabeau (95 anos) -
Odah Teresinha (8 anos) -
Paquito (44 anos) -
Paula Morelenbaum (57 anos) -
Ruy Faria (82 anos) -
Sidney Mattos (67 anos) -
Solange Castro (63 anos) -
Zé Menezes (5 anos)
1
Arlindo Marques Júnior (106 anos) -
Bastos Tigre (62 anos) -
Buci Moreira (110 anos) -
Capitão Barduíno (52 anos) -
Gaby Amarantos (41 anos) -
Levita (74 anos) -
Ney Matogrosso (78 anos) -
Nilo Roméro (59 anos) -
Orlando Dias (96 anos) -
Renata Fronzi (94 anos) -
Roberto Paiva (5 anos) -
Silvia Duffrayer (34 anos) -
Victor Simon (103 anos)
Pesquisa Ipsos: 59% dos brasileiros pensam que país está na
direção errada, e violência é maior preocupação
Brasileiros
estão menos otimistas que na eleição, mas clima no país ainda é melhor que em
2018Imagem: Peeterv/Getty Images
estão menos otimistas que na eleição, mas clima no país ainda é melhor que em
2018Imagem: Peeterv/Getty Images
Levantamento Ipsos mostra que violência,
saúde e desemprego são as maiores preocupação dos brasileiros. E 59% acreditam
que o país está indo na direção errada, alta de 4 pontos percentuais em relação
à última pesquisa.
saúde e desemprego são as maiores preocupação dos brasileiros. E 59% acreditam
que o país está indo na direção errada, alta de 4 pontos percentuais em relação
à última pesquisa.
Os brasileiros estão mais pessimistas a respeito do futuro do
país agora do que estavam logo depois do 1º turno das eleições de 2018, de
acordo com uma pesquisa de opinião global do instituto Ipsos.
país agora do que estavam logo depois do 1º turno das eleições de 2018, de
acordo com uma pesquisa de opinião global do instituto Ipsos.
Na última edição da pesquisa, realizada entre o fim de abril e o
começo de maio, 59% dos brasileiros disseram acreditar que o país está indo
"no rumo errado". Na edição anterior da pesquisa (março-abril), o
número de pessimistas era um pouco menor: 55% pensavam dessa forma.
começo de maio, 59% dos brasileiros disseram acreditar que o país está indo
"no rumo errado". Na edição anterior da pesquisa (março-abril), o
número de pessimistas era um pouco menor: 55% pensavam dessa forma.
No geral, segundo a pesquisa, os brasileiros tiveram um pico de
otimismo logo depois do 1º turno das eleições de 2018, em 7 de outubro: naquela
época, o número de pessoas que acreditavam que o país estava na direção certa
chegou a 50% - os outros 50% achavam que o país estava na direção errada.
otimismo logo depois do 1º turno das eleições de 2018, em 7 de outubro: naquela
época, o número de pessoas que acreditavam que o país estava na direção certa
chegou a 50% - os outros 50% achavam que o país estava na direção errada.
A pesquisa do Ipsos é feita todos os meses em 28 países ao redor
do mundo.
do mundo.
A amostra total é de 19.529 pessoas, entrevistadas por meio da
internet. No Brasil, a amostra é de pouco mais de mil indivíduos entre 16 e 64
anos, e a margem de erro é 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
internet. No Brasil, a amostra é de pouco mais de mil indivíduos entre 16 e 64
anos, e a margem de erro é 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito
presidente da República no ano passado com 57,7 milhões de votos - e a mudança
de governo contribuiu para amenizar o pessimismo dos brasileiros com o futuro.
presidente da República no ano passado com 57,7 milhões de votos - e a mudança
de governo contribuiu para amenizar o pessimismo dos brasileiros com o futuro.
Ao longo dos últimos anos, a pesquisa do Ipsos mostrou os
brasileiros em um verdadeiro vale de pessimismo - no fim de 2018, éramos os
mais insatisfeitos com o rumo do próprio país entre 24 nações pesquisadas.
brasileiros em um verdadeiro vale de pessimismo - no fim de 2018, éramos os
mais insatisfeitos com o rumo do próprio país entre 24 nações pesquisadas.
A linha azul escura representa os pessimistas no Brasil, e a
linha azul claro, os otimistasImagem:
Ipsos/Reprodução
linha azul claro, os otimistasImagem:
Ipsos/Reprodução
Marcos Calliari, CEO da Ipsos para o Brasil, diz à BBC News
Brasil que a empresa observou o mesmo padrão na última eleição presidencial nos
Estados Unidos, em 2016. "A eleição, especialmente para presidente da
República, costuma trazer esse momento de otimismo", diz ele. "E
ainda mais num caso tão extremo como o do Brasil, onde mais de 90% da população
chegou a acreditar que o país estava indo na direção errada (em 2018)",
diz.
Brasil que a empresa observou o mesmo padrão na última eleição presidencial nos
Estados Unidos, em 2016. "A eleição, especialmente para presidente da
República, costuma trazer esse momento de otimismo", diz ele. "E
ainda mais num caso tão extremo como o do Brasil, onde mais de 90% da população
chegou a acreditar que o país estava indo na direção errada (em 2018)",
diz.
A pesquisa do Ipsos mostra ainda que os brasileiros não estão
especialmente pessimistas quando comparados aos cidadãos dos outros países
pesquisados. Na média global, 58% das pessoas acham que seus países estão indo
na direção errada - um ponto a menos que o Brasil.
especialmente pessimistas quando comparados aos cidadãos dos outros países
pesquisados. Na média global, 58% das pessoas acham que seus países estão indo
na direção errada - um ponto a menos que o Brasil.
A nível global, os países mais otimistas são a China (91% acham
que o país está indo na direção certa), a Arábia Saudita (82%), e a Índia
(71%). Os três países têm em comum o forte crescimento econômico nos últimos
anos - e o fato de dois deles, China e Arábia Saudita, serem considerados
regimes autoritários.
que o país está indo na direção certa), a Arábia Saudita (82%), e a Índia
(71%). Os três países têm em comum o forte crescimento econômico nos últimos
anos - e o fato de dois deles, China e Arábia Saudita, serem considerados
regimes autoritários.
de otimismoImagem: Ipsos/Reprodução
Segundo Marcos Calliari, os altos índices de
"otimismo" nesses países se explicam pelo bom desempenho econômico e
também pelo fato de que, como os dois primeiros não contam uma imprensa
independente do governo, os cidadãos muitas vezes acabam não tomando
consciência dos problemas de suas sociedades.
"otimismo" nesses países se explicam pelo bom desempenho econômico e
também pelo fato de que, como os dois primeiros não contam uma imprensa
independente do governo, os cidadãos muitas vezes acabam não tomando
consciência dos problemas de suas sociedades.
Os países mais pessimistas, por outro lado, são a África do Sul
(onde 82% dos cidadãos vê o país indo na direção errada), a França (80%) e a
Grã Bretanha (79%).
(onde 82% dos cidadãos vê o país indo na direção errada), a França (80%) e a
Grã Bretanha (79%).
Violência é hoje a maior preocupação dos brasileiros;
corrupção perdeu importância
A pesquisa Ipsos também pediu às pessoas que listassem suas três
principais preocupações no momento. No Brasil, 47% responderam que a violência
era o principal problema - seguido da qualidade do atendimento de saúde (46%) e
o desemprego (39%).
principais preocupações no momento. No Brasil, 47% responderam que a violência
era o principal problema - seguido da qualidade do atendimento de saúde (46%) e
o desemprego (39%).
A corrupção, que chegou a figurar como a principal preocupação
dos brasileiros em 2016, perdeu relevância relativa - foi citada por 38% dos
entrevistados, em 4º lugar.
dos brasileiros em 2016, perdeu relevância relativa - foi citada por 38% dos
entrevistados, em 4º lugar.
Manifestação contra a corrupção em Brasília: tema perdeu
importância para os brasileiros desde a eleiçãoImagem: Valter
Campanato/Agência Brasil
importância para os brasileiros desde a eleiçãoImagem: Valter
Campanato/Agência Brasil
Segundo Calliari, a corrupção estava mais presente na mente dos
brasileiros no auge da operação Lava Jato, quando o tema estava frequentemente
no noticiário. O número de pessoas preocupadas com a corrupção está em
tendência de queda no país desde setembro de 2018. Na última edição da pesquisa
Ipsos, 42% dos brasileiros se disseram preocupados com a corrupção.
brasileiros no auge da operação Lava Jato, quando o tema estava frequentemente
no noticiário. O número de pessoas preocupadas com a corrupção está em
tendência de queda no país desde setembro de 2018. Na última edição da pesquisa
Ipsos, 42% dos brasileiros se disseram preocupados com a corrupção.
Outra curiosidade: o Brasil é o país mais preocupado do mundo
com a educação. Nada menos que 36% dos brasileiros citaram o tema entre suas
preocupações.
com a educação. Nada menos que 36% dos brasileiros citaram o tema entre suas
preocupações.
Segundo Calliari, o Brasil está sempre no topo da lista dos
países que mais se preocupam com a educação - mas, ao contrário do que possa
parecer, isso não é uma notícia boa. "O que acontece é que o brasileiro
não tem acesso à educação mais básica. O que a pesquisa mostra não é uma
preocupação com o tema da educação, e sim uma preocupação com o acesso a esse
serviço", diz ele. O mesmo acontece com a saúde, segundo o CEO da Ipsos.
países que mais se preocupam com a educação - mas, ao contrário do que possa
parecer, isso não é uma notícia boa. "O que acontece é que o brasileiro
não tem acesso à educação mais básica. O que a pesquisa mostra não é uma
preocupação com o tema da educação, e sim uma preocupação com o acesso a esse
serviço", diz ele. O mesmo acontece com a saúde, segundo o CEO da Ipsos.
A lista de coisas que realmente preocupam os brasileiros neste
momento se encerra com o tema da pobreza e desigualdade social (28%).
momento se encerra com o tema da pobreza e desigualdade social (28%).
Abaixo disso, todas as outras alternativas receberam muitos
poucos votos em nosso país: impostos (16%), inflação (10%), ameaças ao meio
ambiente (8%), extremismo político e religioso (7%), declínio moral (7%),
manutenção dos programas sociais (3%), terrorismo (2%), controle da imigração
(2%), mudança climática (2%), acesso ao crédito (2%) e obesidade na infância
(1%).
poucos votos em nosso país: impostos (16%), inflação (10%), ameaças ao meio
ambiente (8%), extremismo político e religioso (7%), declínio moral (7%),
manutenção dos programas sociais (3%), terrorismo (2%), controle da imigração
(2%), mudança climática (2%), acesso ao crédito (2%) e obesidade na infância
(1%).
Segundo Calliari, isso mostra uma outra peculiaridade do caso
brasileiro: por aqui, a maioria das respostas está concentrada em poucas
preocupações - e geralmente relacionadas às necessidades mais imediatas:
violência, emprego, e acesso a serviços públicos como educação e saúde. Nos
demais países, diz ele, há uma dispersão bem maior entre as respostas - ou seja,
as diferentes questões recebem um número mais parecido de menções dos
entrevistados.
brasileiro: por aqui, a maioria das respostas está concentrada em poucas
preocupações - e geralmente relacionadas às necessidades mais imediatas:
violência, emprego, e acesso a serviços públicos como educação e saúde. Nos
demais países, diz ele, há uma dispersão bem maior entre as respostas - ou seja,
as diferentes questões recebem um número mais parecido de menções dos
entrevistados.
"O que isso mostra é que o brasileiro em geral está tão
alarmado com as questões mais prementes, que ele não consegue nem se preocupar
com temas mais abstratos, de ordem moral", diz Calliari.
alarmado com as questões mais prementes, que ele não consegue nem se preocupar
com temas mais abstratos, de ordem moral", diz Calliari.
Nenhum comentário:
Postar um comentário