Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos. |
|
Vinheta |
EDITORIAL Aproveitadores da pandemia e ACT - 1 |
Módulo I China: gigante industrial e tecnológico. |
|
09/07/2020 https://ivanluizefemeride.blogspot.com/
http://twitter.com/profivanluiz
https://www.facebook.com/profile.php?i
Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977. |
Módulo II Os líderes europeus que estão usando a pandemia para concentrar mais poder |
Módulo III Pedido do Congresso para barrar venda de refinarias divide opiniões |
|
Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI destaque para “República das Bananas”: a Guatemala e a UFCo |
|
Módulo V - Homenageados na cultura
brasileira, destaque para |
|
Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 03 a 09/07 |
|
Módulo VII – Cirurgia separa e salva irmãs |
|
Módulo VII_I – Teletrabalho: vitória na Justiça contra “termo de ciência” lesivo aos trabalhadores |
|
Módulo VII_II –Carta de Einstein à sua filha Lieser |
|
Módulo VII_III – O coronavírus: uma ataque da Terra contra nós |
|
Urgente -Momento Furtado - Abertura e Encerramento
|
|
Homenagem Especial: |
Irmã
Jandira
Filha
mais velha
De uma
família de vinte filhos
Durona,
mão de ferro e pesada
Eu que
o diga, quando rodava a baiana
Nossa,
sai de perto
Apesar
de tudo, nos tratava com carinho e respeito
No que
dava a entender
Dos
irmãos, a preferência era por mim
Na
cozinha, deitava e rolava
Cozinheira
de mão cheia
Carinho
especial aos nossos pais
A nossa
avó também
Jandira
operária
Trabalhava
em uma fábrica
Como
faxineira, mulher de poucos estudos
Porém
de uma boa leitura
Lia uns
livros, parecia dos estrangeiros
Falando
de revolução operária
Dos
direitos dos trabalhadores
Das
poucas conquistas destes
Carga
horária, seis horas diárias
Escutava
ela falar
O povo
unido jamais será vencido
Diversas
foram às vezes
Acompanhando
Jandira
Falar
às pessoas que ali estavam
Vamos à
luta
Jandira
sem estudo, falava muito bem
Emocionando
a todos:
- O
trabalhador não pode ser sacrificado
-
Massacrado, ridicularizado em suas conquistas
Um dia
aconteceu uma revolução no País
Contra
o Comunismo, entretanto,
O que
era ser Comunista
Regime
vindo da Rússia, todos os direitos foram caçados
Jandira
sumira da fábrica desta vez
Mãe
recebeu um aviso, Jandira viajara
Os anos
passando, ela nunca mais voltou
O que
houve? Jandira viajou?
Para
Onde? Lugar distante?
Correu
um boato que Jandira fora para Cuba
Jandira,
a minha querida irmã
Aquela
que pouco sorria
Símbolo
de uma luta
Jandira,
um dia você vai voltar?
Direitos;
Conquistas; Liberdade;
São os
gritos de Jandira
Ecoando
e jamais serão abafados
Jandira
estará sempre presente
Mesmo
ausente nos nossos pensamentos
Jandira
presente
Antônio Furtado
Um absurdo
o que está acontecendo conosco Petroleiros Petrobras, na live de ontem
realizada pela Secretaria dos Aposentados dos Sindicatos da FNP, primeira
reunião nacional, as informações relevantes nos deixaram grandes preocupações,
em relação a Petros e a AMS e agora
solicitar á Categoria que participem na defesa dosn nossos interesses no mais
importante ACT que acontecerá agora em setembro de 2020.
Sindipetro-RJ informa que:
1 - Tomamos conhecimento da proposta de termo para ajuda de custo elaborado pela empresa. Nossa orientação é que a categoria não assine neste momento e aguarde o posicionamento do sindicato para tomar qualquer decisão.
2 - Ao nosso ver, esse termo vem tentar atravessar a ação judicial do sindicato, com o objetivo de estabelecer um acordo fora da negociação coletiva pleiteada e de termos que dela viriam. Uma das evidências disso é que tão logo a empresa divulgou as notícias ela se manifestou no processo judicial.
3 - Em que pese isso, pretendemos fornecer informações com o embasamento e seriedade necessários, diferente dos turbilhões de fake news e falta de transparência protagonizados pela diretoria da empresa. Com esse objetivo, nosso jurídico está avaliando o termo e o sindicato se reunirá e brevemente irá se pronunciar sobre o tema.
4 - Entendemos a ansiedade da categoria. A política de sufocamento protagonizada pela alta direção da empresa, que desgasta boa parte dos trabalhadores em uma época já tão difícil quanto a pandemia, pode fazer com que essa ajuda pareça algo inquestionável. Mas nós, como direção sindical, temos a obrigação de apontar os caminhos e consequências dessa decisão bem como a abrangência que a empresa pode dar a ela, evitando quaisquer eventuais "pegadinhas", e até lá pedimos que a categoria tenha paciência, lembrando que a própria empresa deu até o dia 10 para receber no contracheque deste mês.
5 - Cada vez mais seremos tentados por ofertas
incríveis que devem ser aceitas com muita rapidez e/ou com letras miúdas. Tudo
indica que esse é mais um de vários capítulos de "corrida do ouro" em
contratos com várias cláusulas que podem ou não ter consequências nocivas.
Reiteramos que a nossa saída deve, sempre que possível, ser coletiva. O
sindicato está, como sempre, disposto ao diálogo e à luta em defesa dos
interesses da categoria.
Fonte: Diretoria colegiada do Sindipetro-RJ
Topo
Destaque para Módulo I
China: gigante industrial e tecnológico.
INTRODUÇÃO
Tenho tentado, em
recentes artigos, alertar para a importância do relacionamento Brasil/China
cujo crescimento, na minha opinião, não encontra força capaz de estancar.
É preciso que nós brasileiros nos conscientizemos disto e nos preparemos para
aproveitar o melhor possível desta parceria em benefício de nosso povo e de
nosso futuro.
Existe uma gama de fatores raciais, culturais ,políticos e religiosos, que nos
separam da China, mas a complementaridade econômica é tão forte que vai nos
obrigar a uma adaptação.
E o quanto mais rápido isto for feito melhor.
Por isto insisto na frase "Melhor aprendermos a jogar o Go".
Como falei no artigo "Se fosse para comprar, quanto custaria etc" do
último dia 16/06, no jogo de Go são permitidos apenas dois jogadores.
No tabuleiro de Go mundial atualmente jogam Estados Unidos x China,
acompanhados por diversos assessores.
Neste jogo o Brasil já está cercado pelos chineses. Para conseguir isto
provavelmente os chineses concederam espaços para os americanos em algum outro
lugar. Talvez a Venezuela/Colombia.
Mas o fato é que no caso brasileiro as coisas já estão definidas. Reações contrárias
como assistimos muitas vezes por parte de integrantes do governo Bolsonaro, são
inócuas e atestam a falta de sensibilidade e ignorância da realidade.
Por outro lado é preciso compreender o papel dos militares neste contexto,
muitas vezes injustamente criticados por falta de nacionalismo.
Os militares continuam nacionalistas como sempre foram, mas tem de se adequar
às perspectivas atuais de forma a alcançar o melhor para a nação. Isto é
responsabilidade.
Sempre nos lembramos de figuras relevantes, até lendárias, como a do Gen. Horta
Barboza, que , no meu modo de ver deveria ser nominado patrono da Petrobrás. Ou
do Gen. Geisel, que tanto fez pelo desenvolvimento brasileiro. E muitos outros.
Mas os militares no atual governo, mesmo que discretamente, tem feito
afirmações e tomado providências que mostram a direção a ser seguida.
Lembremo-nos de que no último mês de maio, o Gabinete de Segurança
Institucional – SGI, comandado pelo Gen. Augusto Heleno, apesar dos protestos
do governo americano, aprovou a participação da gigante chinesa Huawei no
leilão para implantação da tecnologia 5G no Brasil.
Lembremo-nos que em abril, em entrevista, o Gen. Hamilton Mourão ,
vice-presidente da república, declarou "O Brasil e a China tem um
casamento inevitável" relacionamento "por pragmatismo não por
dogma" e "a pandemia provocará mudanças significativas na geopolítica
mundial, aumentando o papel econômico estratégico da Ásia". Notem que o
Gen. Mourão propõe deixar de lado aspectos de cunho ideológico muito influentes
no governo Bolsonaro.
Lembremo-nos que no final de abril, o Gen. Braga Neto, Ministro Chefe da Casa
Civil, propôs, à revelia do Ministro da Economia, Paulo Guedes, a implantação
do programa Pro-Brasil.
O programa , abandonado momentaneamente, deverá ser retomado em algum momento,
não muito distante, e acabará incorporando investimentos expressivos na
Petrobrás em parceria com os chineses, fazendo com que a estatal brasileira
retome seu papel de locomotiva do desenvolvimento nacional.
O neoliberalismo globalizante já estava agonizante pois provocou piora na
distribuição de renda e aumentou a pobreza no mundo.
A pandemia do coronavírus mostrou novos inconvenientes como relata Niko Paech,
economista alemão, professor da Universidade de Siegen "a escassez de
equipamentos médicos , em meio à crise do novo coronavírus expõe o ponto fraco
de um modelo de produção que se baseia numa cadeia produtiva elaborada, na qual
a produção de bens é distribuída pelo mundo inteiro".
Já a conceituada revista britânica "The Economist" concluiu "Dê
adeus, à maior era da globalização – e se preocupe com o que vai tomar seu
lugar".
No Brasil, comentando declaração da diretora do Fundo Monetário Internacional –
FMI, Kristalina Georgieva, que defendeu a criação da renda mínima como forma de
combater a desigualdade, o jornalista Paulo Moreira Leite afirmou "o
capitalismo gerou uma desigualdade tão grande, tão grande que, se você não der
uma renda mínima para os debaixo, ocorrerá uma situação de barbárie". E
concluiu: "a renda mínima será a lápide do neocapitalismo".
O atual ministro da economia, Paulo Guedes, no Brasil é o principal defensor da
banca financeira internacional e do neoliberalismo. Ele nomeou, em diversos
cargos, vários integrantes do atual governo. O mais provável é que logo, todos
deixem seus cargos, ou então serão transformados em títeres.
ATUALIZAÇÕES
Estou criando este capítulo "Atualizações" nestes artigos sobre a
China, para aqui relatar, sempre que necessário, fatos relevantes ocorridos no
período próximo, que possam levar a um maior afastamento na relação
Brasil/China ou, de modo inverso, numa maior integração.
Desta forma creio que , no futuro, teremos um bom histórico da evolução dos
fatos.
Ultimamente acompanhei o seguinte:
Pelo afastamento
- Bolsonaro que já sinalizou alinhamento com EUA na tecnologia 5G, nomeou
Ministro das Comunicações o deputado Fabio Faria (PSD-PE). A posse ocorreu no
último dia 17/06. A Anatel, vinculada ao ministério de Faria, terá a atribuição
de escolher o fornecedor da tecnologia, através de leilão. A gigante chinesa
Huawei, líder mundial neste mercado, está relacionada para participar do
leilão. Ao que tudo indica, a nomeação de Pedro Faria foi feita para prejudicar
a participação da empresa chinesa neste leilão.
- O embaixador americano no Brasil , Todd Chapman, declarou em entrevista ao
jornal Estado de São Paulo, que os Estados Unidos não pretendem permitir que o
Brasil adquira tecnologia chinesa no 5G. Vejam como a frase é forte "não
pretendem permitir"
Pela
integração
A China decidiu impor uma série de sanções e aumento de tarifas sobre
produtos australianos devido a desentendimentos diplomáticos. Isto poderá
aumentar a participação da Vale no mercado chinês de minério de ferro.
- O governador de São Paulo, João Doria, anunciou em entrevista coletiva no
último dia 11/06, que o Instituto Butantan fechou acordo de tecnologia com a
empresa farmacêutica chinesa Sinovac Biotec para produção de vacina contra
coronavírus. Se for comprovada a eficácia, o Butantan receberá a transferência
de tecnologia e o direito de começar a produzir.
DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL
É importante lembrar de que é na indústria, que tem por natureza demandar mão
de obra qualificada e onde são iniciadas as criações tecnológicas, que as
nações encontram campo fértil para desenvolvimento econômico e social.
Energia e siderurgia são as bases da industrialização. O desenvolvimento
industrial iniciado no Reino Unido e logo incorporado pelos Estados Unidos e
estendido para Europa e Ásia, tem como base estes dois fatores.
Produtos siderúrgicos são a principal matéria prima das grandes indústrias com
destaque para: automobilística, naval, aeronáutica, ferroviária, construção
civil e produtos para atendimento doméstico. Isto sem falar na indústria
bélica, com navios de guerra, submarinos, blindados etc.
O marco inicial da indústria brasileira, todos sabem, foi a criação de CSN, por
Getúlio Vargas.
Depois da 2ª grande guerra, Japão, Alemanha e Itália estavam com seus parques
siderúrgicos destruídos e tiveram de reconstruí-los. Foi nesta reconstrução que
novas tecnologias foram introduzidas no processo siderúrgico. Com isto Japão,
Alemanha e Itália, passaram a ser os principais fornecedores de equipamentos
para produção siderúrgica no mundo.
A siderurgia brasileira pós CSN foi toda construída com base nesta nova
tecnologia. Usiminas, Cosipa, Companhia Siderúrgica de Tubarão-CST, Açominas,
foram construídas com equipamentos fornecidos pelos países derrotados na guerra.
Estas siderúrgicas hoje, atendem as necessidades brasileiras de aço e ainda
destinam parte da produção para exportação.
Em 2019 o Brasil produziu 32,2 milhões de toneladas de aço e teve um consumo
aparente estimado em 20,6 milhões de toneladas. Portanto gerou um excedente de
11,6 milhões de toneladas para exportação ou aumento de estoques.
No mundo, excluindo
a China, os maiores produtores de aço em 2019 foram pela ordem: Produção de
aço milhões de toneladas
Japão
105
India
89
EUA
79
Russia
71
Total
344
Em 2019 a produção de aço da China foi de 780 milhões de toneladas. Ou seja
mais que o dobro dos principais produtores listado acima. Chega a ser
assustador.
DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
Nas disputas públicas entre EUA e China a briga pelo mercado da nova tecnologia
5G tem se destacado.
No boicote à chinesa Huawei, os americanos que não podem ofertar um produto
competitivo, concentram seu apoio nos concorrentes como Nokia, Samsung e
Ericson, considerados parceiros confiáveis (trusted supplyer).
O boicote americano ganhou apoio de parceiros tradicionais como Austrália, Nova
Zelândia e Reino Unido, mas importantes países como Alemanha e Itália, negam
qualquer tipo de veto ao produto chinês.
O fato é que ,segundo especialistas, a tecnologia 5G da Huawei é superior à dos
concorrentes, além de custar menos e contar com apoio de financiamento do
governo chinês. Condições difíceis de serem vencidas.
Mas além das disputas públicas, ao que tudo indica, o que mais provoca a reação
americana contra a Huawei é a tecnologia recentemente divulgada por uma equipe
de cientistas chineses que consistiu "na transmissão simultânea de uma
mensagem criptografada com tecnologia quântica, enviada de um satélite espacial
para dois telescópios terrestres separados por 1.120 quilômetros, uma distância
cerca de dez vezes maior do que alcançada até então" (El País 15/06/2020).
Esta tecnologia desenvolvida com apoio integral da Huawei, propicia capacitação
plena e total de abrir qualquer sistema de comunicação sigilosa atualmente
existente, por mais evoluído que seja.
Americanos vão perdendo também a guerra tecnológica.
CONCLUSÃO
O diplomata brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães , ex secretário- geral do
Itamaraty e ministro de Assuntos Estratégicos, relata em artigo (Pátria Latina
09/05/2020), "O fenômeno político, econômico e militar mais importante,
anterior à emergência do coronavírus e que, após o fim da pandemia,
permanecerá, é a firme disposição dos Estados Unidos de manter sua hegemonia
mundial, seu poder de império, face a ascensão e à competição chinesa".
E conclui: "Os Estados Unidos e a China parecem estar se movendo em
direção a uma separação que é menos econômica do que política e psicológica.
Haverá uma decisão de "lutar mas não esmagar" e tudo indica que a
coexistência não será nem decoupling (desconexão) nem appeasement (apaziguamento)
, já que as economias destes dois países estão hoje, e estarão no futuro
previsível, ligadas".
As observações de Samuel Pinheiro me parecem adequadas e realistas.
Na verdade China e EUA apesar do aparente conflito, tendem, e já estão no
caminho de um amplo acordo que, dentro do possível, satisfaça a ambas as partes.
É nesta visão que acredito que o Brasil, considerando sua importância
estratégica para o plano de crescimento chinês, já foi colocado na mesa de negociação
como peça fundamental para qualquer acordo.
O também diplomata e ex chanceler, Celso Amorim, recentemente expressou sua
opinião "Mundo pós´pandemia terá um tripé de poder mundial, com EUA, China
e Rússia" (Brasil 247 23/06/2020).
Amorim considera que uma das mudanças mais previsíveis será a ultrapassagem dos
Estados Unidos pela China como maior economia do planeta. "Esta
ultrapassagem já ocorreu em termos de poder de compra".
No entanto, Amorim lembra que "do ponto de vista estratégico-militar, não
há como descartar a Rússia, cujo potencial em armamentos modernos, de alto
poder destrutivos têm sido constantemente atualizado".
Neste cenário Amorim recomenda que "As nações da América Latina e do
Caribe atuem de forma tão unida quanto possível, países em desenvolvimento que
são e que necessitam ainda se capacitar para os grandes desafios econômicos e
tecnológicos do futuro".
O ministro Amorim, lembra muito bem as conquistas soviéticas na área bélica,
como os foguetes hipersônicos e os torpedos de longuíssimo alcance poder
nuclear. Mas se esquece que no mundo atual está prevalecendo a chamada guerra
híbrida bem diversa dos padrões convencionais.
A proposta de união das nações da América Latina e do Caribe me parece
extemporânea pois os fatos já atropelaram esta possibilidade. Prova disto é a
recente notícia (Clarim e agência Telam) "China tira do Brasil posto de
maior parceiro comercial da Argentina".
Cláudio da Costa
Oliveira
Economista da
Petrobrás aposentado
Última modificação em
Terça, 23 Junho 2020 18:37
É preciso que nós brasileiros nos conscientizemos disto e nos preparemos para aproveitar o melhor possível desta parceria em benefício de nosso povo e de nosso futuro.
Existe uma gama de fatores raciais, culturais ,políticos e religiosos, que nos separam da China, mas a complementaridade econômica é tão forte que vai nos obrigar a uma adaptação.
E o quanto mais rápido isto for feito melhor.
Por isto insisto na frase "Melhor aprendermos a jogar o Go".
Como falei no artigo "Se fosse para comprar, quanto custaria etc" do último dia 16/06, no jogo de Go são permitidos apenas dois jogadores.
No tabuleiro de Go mundial atualmente jogam Estados Unidos x China, acompanhados por diversos assessores.
Neste jogo o Brasil já está cercado pelos chineses. Para conseguir isto provavelmente os chineses concederam espaços para os americanos em algum outro lugar. Talvez a Venezuela/Colombia.
Mas o fato é que no caso brasileiro as coisas já estão definidas. Reações contrárias como assistimos muitas vezes por parte de integrantes do governo Bolsonaro, são inócuas e atestam a falta de sensibilidade e ignorância da realidade.
Por outro lado é preciso compreender o papel dos militares neste contexto, muitas vezes injustamente criticados por falta de nacionalismo.
Os militares continuam nacionalistas como sempre foram, mas tem de se adequar às perspectivas atuais de forma a alcançar o melhor para a nação. Isto é responsabilidade.
Sempre nos lembramos de figuras relevantes, até lendárias, como a do Gen. Horta Barboza, que , no meu modo de ver deveria ser nominado patrono da Petrobrás. Ou do Gen. Geisel, que tanto fez pelo desenvolvimento brasileiro. E muitos outros.
Mas os militares no atual governo, mesmo que discretamente, tem feito afirmações e tomado providências que mostram a direção a ser seguida.
Lembremo-nos de que no último mês de maio, o Gabinete de Segurança Institucional – SGI, comandado pelo Gen. Augusto Heleno, apesar dos protestos do governo americano, aprovou a participação da gigante chinesa Huawei no leilão para implantação da tecnologia 5G no Brasil.
Lembremo-nos que em abril, em entrevista, o Gen. Hamilton Mourão , vice-presidente da república, declarou "O Brasil e a China tem um casamento inevitável" relacionamento "por pragmatismo não por dogma" e "a pandemia provocará mudanças significativas na geopolítica mundial, aumentando o papel econômico estratégico da Ásia". Notem que o Gen. Mourão propõe deixar de lado aspectos de cunho ideológico muito influentes no governo Bolsonaro.
Lembremo-nos que no final de abril, o Gen. Braga Neto, Ministro Chefe da Casa Civil, propôs, à revelia do Ministro da Economia, Paulo Guedes, a implantação do programa Pro-Brasil.
O programa , abandonado momentaneamente, deverá ser retomado em algum momento, não muito distante, e acabará incorporando investimentos expressivos na Petrobrás em parceria com os chineses, fazendo com que a estatal brasileira retome seu papel de locomotiva do desenvolvimento nacional.
O neoliberalismo globalizante já estava agonizante pois provocou piora na distribuição de renda e aumentou a pobreza no mundo.
A pandemia do coronavírus mostrou novos inconvenientes como relata Niko Paech, economista alemão, professor da Universidade de Siegen "a escassez de equipamentos médicos , em meio à crise do novo coronavírus expõe o ponto fraco de um modelo de produção que se baseia numa cadeia produtiva elaborada, na qual a produção de bens é distribuída pelo mundo inteiro".
Já a conceituada revista britânica "The Economist" concluiu "Dê adeus, à maior era da globalização – e se preocupe com o que vai tomar seu lugar".
No Brasil, comentando declaração da diretora do Fundo Monetário Internacional – FMI, Kristalina Georgieva, que defendeu a criação da renda mínima como forma de combater a desigualdade, o jornalista Paulo Moreira Leite afirmou "o capitalismo gerou uma desigualdade tão grande, tão grande que, se você não der uma renda mínima para os debaixo, ocorrerá uma situação de barbárie". E concluiu: "a renda mínima será a lápide do neocapitalismo".
O atual ministro da economia, Paulo Guedes, no Brasil é o principal defensor da banca financeira internacional e do neoliberalismo. Ele nomeou, em diversos cargos, vários integrantes do atual governo. O mais provável é que logo, todos deixem seus cargos, ou então serão transformados em títeres.
Desta forma creio que , no futuro, teremos um bom histórico da evolução dos fatos.
Ultimamente acompanhei o seguinte:
Pelo afastamento
- Bolsonaro que já sinalizou alinhamento com EUA na tecnologia 5G, nomeou Ministro das Comunicações o deputado Fabio Faria (PSD-PE). A posse ocorreu no último dia 17/06. A Anatel, vinculada ao ministério de Faria, terá a atribuição de escolher o fornecedor da tecnologia, através de leilão. A gigante chinesa Huawei, líder mundial neste mercado, está relacionada para participar do leilão. Ao que tudo indica, a nomeação de Pedro Faria foi feita para prejudicar a participação da empresa chinesa neste leilão.
- O embaixador americano no Brasil , Todd Chapman, declarou em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, que os Estados Unidos não pretendem permitir que o Brasil adquira tecnologia chinesa no 5G. Vejam como a frase é forte "não pretendem permitir"
- O governador de São Paulo, João Doria, anunciou em entrevista coletiva no último dia 11/06, que o Instituto Butantan fechou acordo de tecnologia com a empresa farmacêutica chinesa Sinovac Biotec para produção de vacina contra coronavírus. Se for comprovada a eficácia, o Butantan receberá a transferência de tecnologia e o direito de começar a produzir.
Energia e siderurgia são as bases da industrialização. O desenvolvimento industrial iniciado no Reino Unido e logo incorporado pelos Estados Unidos e estendido para Europa e Ásia, tem como base estes dois fatores.
Produtos siderúrgicos são a principal matéria prima das grandes indústrias com destaque para: automobilística, naval, aeronáutica, ferroviária, construção civil e produtos para atendimento doméstico. Isto sem falar na indústria bélica, com navios de guerra, submarinos, blindados etc.
O marco inicial da indústria brasileira, todos sabem, foi a criação de CSN, por Getúlio Vargas.
Depois da 2ª grande guerra, Japão, Alemanha e Itália estavam com seus parques siderúrgicos destruídos e tiveram de reconstruí-los. Foi nesta reconstrução que novas tecnologias foram introduzidas no processo siderúrgico. Com isto Japão, Alemanha e Itália, passaram a ser os principais fornecedores de equipamentos para produção siderúrgica no mundo.
A siderurgia brasileira pós CSN foi toda construída com base nesta nova tecnologia. Usiminas, Cosipa, Companhia Siderúrgica de Tubarão-CST, Açominas, foram construídas com equipamentos fornecidos pelos países derrotados na guerra.
Estas siderúrgicas hoje, atendem as necessidades brasileiras de aço e ainda destinam parte da produção para exportação.
Em 2019 o Brasil produziu 32,2 milhões de toneladas de aço e teve um consumo aparente estimado em 20,6 milhões de toneladas. Portanto gerou um excedente de 11,6 milhões de toneladas para exportação ou aumento de estoques.
No mundo, excluindo
a China, os maiores produtores de aço em 2019 foram pela ordem: Produção de
aço milhões de toneladas
Japão
105
India
89
EUA
79
Russia
71
Total
344
Em 2019 a produção de aço da China foi de 780 milhões de toneladas. Ou seja mais que o dobro dos principais produtores listado acima. Chega a ser assustador.
No boicote à chinesa Huawei, os americanos que não podem ofertar um produto competitivo, concentram seu apoio nos concorrentes como Nokia, Samsung e Ericson, considerados parceiros confiáveis (trusted supplyer).
O boicote americano ganhou apoio de parceiros tradicionais como Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, mas importantes países como Alemanha e Itália, negam qualquer tipo de veto ao produto chinês.
O fato é que ,segundo especialistas, a tecnologia 5G da Huawei é superior à dos concorrentes, além de custar menos e contar com apoio de financiamento do governo chinês. Condições difíceis de serem vencidas.
Mas além das disputas públicas, ao que tudo indica, o que mais provoca a reação americana contra a Huawei é a tecnologia recentemente divulgada por uma equipe de cientistas chineses que consistiu "na transmissão simultânea de uma mensagem criptografada com tecnologia quântica, enviada de um satélite espacial para dois telescópios terrestres separados por 1.120 quilômetros, uma distância cerca de dez vezes maior do que alcançada até então" (El País 15/06/2020).
Esta tecnologia desenvolvida com apoio integral da Huawei, propicia capacitação plena e total de abrir qualquer sistema de comunicação sigilosa atualmente existente, por mais evoluído que seja.
Americanos vão perdendo também a guerra tecnológica.
E conclui: "Os Estados Unidos e a China parecem estar se movendo em direção a uma separação que é menos econômica do que política e psicológica. Haverá uma decisão de "lutar mas não esmagar" e tudo indica que a coexistência não será nem decoupling (desconexão) nem appeasement (apaziguamento) , já que as economias destes dois países estão hoje, e estarão no futuro previsível, ligadas".
As observações de Samuel Pinheiro me parecem adequadas e realistas.
Na verdade China e EUA apesar do aparente conflito, tendem, e já estão no caminho de um amplo acordo que, dentro do possível, satisfaça a ambas as partes.
É nesta visão que acredito que o Brasil, considerando sua importância estratégica para o plano de crescimento chinês, já foi colocado na mesa de negociação como peça fundamental para qualquer acordo.
O também diplomata e ex chanceler, Celso Amorim, recentemente expressou sua opinião "Mundo pós´pandemia terá um tripé de poder mundial, com EUA, China e Rússia" (Brasil 247 23/06/2020).
Amorim considera que uma das mudanças mais previsíveis será a ultrapassagem dos Estados Unidos pela China como maior economia do planeta. "Esta ultrapassagem já ocorreu em termos de poder de compra".
No entanto, Amorim lembra que "do ponto de vista estratégico-militar, não há como descartar a Rússia, cujo potencial em armamentos modernos, de alto poder destrutivos têm sido constantemente atualizado".
Neste cenário Amorim recomenda que "As nações da América Latina e do Caribe atuem de forma tão unida quanto possível, países em desenvolvimento que são e que necessitam ainda se capacitar para os grandes desafios econômicos e tecnológicos do futuro".
O ministro Amorim, lembra muito bem as conquistas soviéticas na área bélica, como os foguetes hipersônicos e os torpedos de longuíssimo alcance poder nuclear. Mas se esquece que no mundo atual está prevalecendo a chamada guerra híbrida bem diversa dos padrões convencionais.
A proposta de união das nações da América Latina e do Caribe me parece extemporânea pois os fatos já atropelaram esta possibilidade. Prova disto é a recente notícia (Clarim e agência Telam) "China tira do Brasil posto de maior parceiro comercial da Argentina".
Topo
Os
líderes europeus que estão usando a pandemia para concentrar mais poder
21 abr 2020 15:27
Os líderes da Hungria, Polônia, Rússia e Turquia estão sendo vistos como aproveitadores da crise de saúde para aumentar seus poderes.
Enquanto
autoridades na Turquia prendem centenas de pessoas por postagens em redes
sociais e na Rússia a população é ameaçada de prisão por qualquer publicação
considerada notícia falsa, há temores de que a democracia esteja em risco na
Polônia e já tenha sido varrida na Hungria.
A BBC
pediu para seus correspondentes de cada região analisarem se o coronavírus está
sendo usado como desculpa para abuso de poder.
Debate
semelhante acontece no Brasil. Neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro participou de um ato que defendia a
intervenção militar no país, provocando reações de políticos, como o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ministros do Supremo Tribunal Federal. “Nós
não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, disse o presidente,
em discurso que foi transmitido ao vivo em rede social.
“Invocar
o AI-5 e a volta da ditadura é rasgar o compromisso com a Constituição e com a
ordem democrática”, publicou no Twitter o ministro do STF Gilmar Mendes. No dia
seguinte, Bolsonaro, que vem perdendo apoio, moderou o tom e falou em respeito
ao regime democrático.
Hungria: “suicídio” do Parlamento confere poderes
extraordinários a Orban
Análise por Nick Thorpe, correspondente em Budapeste
O
poderoso primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, foi apontado em seu país e
no exterior de estar usando a crise do coronavírus para ganhar ainda mais
poder, em vez de unir o país.
Primeiro,
seu governo declarou estado de emergência no dia 11 de março, ganhando tempo
valioso para se preparar para a pandemia.
Mas
depois ele usou sua maioria parlamentar para estender o estado de emergência
indefinidamente. O governo agora tem o poder de governar por decreto pelo tempo
que for necessário e pode decidir quando o perigo acabará.
Críticos falam de fim da democracia na Hungria, mas o Ministro da Justiça insiste que a “Lei de Autorização” expirará ao final da emergência, e que é necessária e proporcional.
O Parlamento húngaro, onde Viktor Orban tem a maioria, deu ao primeiro-ministro poderes especiais créditos: Reuters
É o
fim da democracia? O especialista em direito constitucional Zoltan Szente
adverte que a pandemia pode ser facilmente usada para manter os poderes
extraordinários do governo.
Como
é poder exclusivo do governo decidir quando encerrar o estado de emergência,
Szente diz que o Parlamento realmente “cometeu suicídio” ao abrir mão de seu
direito de controle sobre ele.
Em
teoria, ainda existem três áreas de controle sobre o poder de Viktor Orban:
·
O Parlamento continua funcionando, a menos que a pandemia o
impeça
·
O Tribunal Constitucional ainda está trabalhando
·
As eleições gerais estão agendadas para 2022
Mas o
partido Fidesz, de Orban, tem maioria no Parlamento, e todos as votações foram
adiadas até o final da emergência.
O
Tribunal Constitucional já está repleto de pessoas próximas a Orban. O que pode
atrapalhar o primeiro-ministro, contudo, é o Judiciário, que é amplamente
independente.
O
partido no poder precisa manter a maioria de dois terços no Parlamento para
nomear um novo presidente da Suprema Corte no final de 2020. Caso isso
aconteça, o poder de Orban será quase inexpugnável.
Turquia: a “oportunidade” para Erdogan
Análise de Orla Guerin, correspondente em Istambul
O combativo líder da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, não precisa usar a pandemia de coronavírus para usurpar o poder, porque ele já tem bastante. Essa é a opinião dos ativistas de direitos humanos no país.
Para ativistas, Erdogan não precisa usar o coronavírus para aumentar seu poder, porque já tem demais créditos: Getty Images
“Existe
um sistema tão centralizado que não é preciso obter mais poderes”, diz Emma
Sinclair-Webb, diretora da Human Rights Watch para a Turquia.
No
entanto, Sinclair-Webb acrescenta que houve uma tentativa oportunista de
“sondar o terreno” com propostas para aumentar o controle sobre as empresas de
redes sociais.
Elas
foram “enterradas profundamente” em um projeto de lei que lida principalmente
com medidas econômicas para amortecer o impacto do vírus.
O
objetivo, explica, era “fortalecer as plataformas de redes sociais para
sujeitá-las ao controle e à censura do governo”.
Os projetos de emendas foram retirados de repente, mas Sinclair-Webb tem a expectativa de que voltem no futuro.
A polícia multa as pessoas que violam as medidas de confinamento na Turquia créditos: EPA
O
governo turco está determinado a controlar a narrativa durante a crise.
Centenas de pessoas foram presas por “postagens provocativas” sobre a covid-19
nas redes sociais.
Poucos
médicos ousaram falar.
“Ocultar
os fatos e criar um monopólio da informação infelizmente se tornou o modo como
este país é governado”, diz Ali Cerkezoglu, da Associação Médica da Turquia.
“Médicos, enfermeiros e profissionais de saúde se acostumaram a isso nos
últimos 20 anos”.
O
advogado Hurrem Sonmez teme que a pandemia seja uma oportunidade para o
presidente Erdogan. “A sociedade e a oposição são mais fracas devido à
pandemia”, diz Sonmez, que representou réus em casos de liberdade de expressão.
“Todo
mundo tem o mesmo objetivo: o vírus. A prioridade é sobreviver. Existe uma
séria preocupação de que a situação possa ser mal utilizada por esse governo.”
Rússia: pandemia frustra as ambições de Putin
Análise de Steve Rosenberg, correspondente em Moscou
Em
janeiro, o Kremlin achou que tudo havia funcionado.
A
Constituição russa seria alterada, principalmente para permitir que Vladimir
Putin pudesse permanecer por mais dois mandatos.
Em
seguida, ele realizaria uma “eleição nacional” triunfante no dia 22 de abril
para que os russos endossassem as mudanças. Os críticos do presidente
classificaram como “golpe constitucional”, mas parecia um acordo fechado.
A
covid-19, no entanto, colocou tudo em espera.
O
presidente Putin teve que adiar a votação: afinal, como ele pode convocar as
pessoas a votar em meio a uma pandemia?
O
problema para o Kremlin agora é que aprovar uma nova Constituição pode ser a
última coisa na cabeça dos russos.
As
medidas de confinamento para combater o novo coronavírus estão destinadas a
dizimar a economia, com previsões de uma recessão que pode durar dois anos e a
perda de milhões de empregos.
Os
russos tendem a culpar as autoridades e os burocratas locais, e não a autoridade
central, por seus problemas do dia a dia.
Mas a história mostra que quando as pessoas aqui sofrem um sofrimento financeiro pessoal agudo, voltam sua raiva contra o líder de seu país. Esse sofrimento agora parece inevitável.
Os apoiadores de Putin argumentarão que em momentos de crise o país precisa de uma liderança forte, segundo o correspondente em Moscou créditos: Getty Images
Isso
pode explicar por que o líder do Kremlin recentemente delegou poder aos
governadores regionais para combater o coronavírus – agora eles compartilham
responsabilidades.
Os
apoiadores do presidente Putin, incluindo a mídia estatal, argumentarão que, em
uma crise nacional, a Rússia exige liderança forte e estável mais do que nunca;
em outras palavras, que a era Putin deve ser estendida. Quanto aos críticos do
Kremlin, eles já acusaram as autoridades de usar a pandemia para fortalecer o
controle.
Uma
nova lei aprovada pelo Parlamento impõe duras penas às pessoas condenadas por
espalharem o que forem consideradas informações falsas sobre o coronavírus:
multas equivalentes a US$ 25 mil ou até cinco anos de prisão.
Há
preocupações sobre a implementação de sistemas de vigilância para reforçar a
quarentena.
O
confinamento também significa que os protestos da oposição não podem ocorrer:
atualmente, as reuniões de massa são proibidas para impedir a propagação do
vírus.
Polônia: o governo está arriscando vidas para manter o poder?
Análise de Adam Easton, correspondente em Varsóvia
O
partido no poder da Polônia está sendo acusado de colocar vidas em risco
imprudentemente, pressionando as eleições presidenciais de maio durante a
pandemia.
O
presidente Andrzej Duda viu seu apoio aumentar nas pesquisas durante a pandemia
e é claramente o favorito a vencer.
O
partido no poder, Lei e Justiça, argumenta que é constitucionalmente obrigado a
realizar eleições, e que votar pelo correio é a solução mais segura sob o
confinamento.
Essa é sua opção preferencial, mas o partido também apoia uma proposta de mudar a Constituição para permitir que o presidente Duda sirva por mais dois anos, desde que ele não possa tentar depois uma reeleição.
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, se dirigiu a poloneses no começo do mês pelo aniversário do acidente de avião em que o presidente Lech Kaczynski morreu créditos: EPA
A
oposição diz que votar pelo correio coloca em risco os eleitores, os
funcionários dos correios e os funcionários eleitorais. A comissão eleitoral da
União Europeia e a da Polônia também expressaram preocupação em realizar as
eleições.
Existe
uma maneira legal de esperar, insiste a oposição: declarando um estado de
desastre natural que proíbe as eleições enquanto medidas extraordinárias são
aplicadas pelos próximos 90 dias.
O
governo diz que declarar medidas extraordinárias o responsabilizará pelos
pedidos de indenização.
Se as
eleições forem realizadas em maio, elas não seriam justas, dizem grupos de
direitos humanos, porque os candidatos suspenderam a campanha enquanto o
titular ainda desfruta de ampla cobertura da mídia que ajuda o governo e ainda
visita profissionais de saúde.
Se as
eleições forem adiadas, a Polônia poderia estar no meio de uma recessão durante
as eleições, o que diminuiria substancialmente as chances de reeleição de Duda.
Se um candidato da oposição fosse escolhido, o poder de veto do novo presidente
poderia alterar significativamente a capacidade do governo de impulsionar seu
programa nos próximos três anos e meio.
“Este
é um claro exemplo sobre como tirar o máximo proveito da crise e permanecer no
poder”, disse à BBC Malgorzata Szuleka, advogada da Fundação Helsinski para os
Direitos Humanos em Varsóvia.
Pedido do Congresso para barrar venda de refinarias divide
opiniões
03 Julho
O
pedido feito nesta semana pelo Congresso Nacional para que o Supremo Tribunal
Federal (STF)
emita uma medida
cautelar contra a venda de refinarias da Petrobrás está causando um racha de
opiniões dentro do setor. Para ilustrar esse debate de ideias, o Petronotícias
reproduz agora as considerações de duas instituições sobre o tema. De um lado,
a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) afirma que a privatização das
refinarias traz “riscos empresariais desnecessários” à Petrobras. Na outra
ponta, está o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que defendeu o
desinvestimento da estatal e se disse “surpreso” com o pedido feito por
parlamentares. Vejamos primeiro o posicionamento do presidente da Aepet, Felipe
Coutinho (foto):
“Criar subsidiárias
com o objetivo de privatizá-las é uma fraude administrativa que não tem
sustentação jurisprudencial no STF. Esta prática tem consequências políticas
porque impede a avaliação do interesse público das privatizações pelos
representantes eleitos no Congresso Nacional.
A privatização das
refinarias traz riscos empresariais desnecessários à Petrobras porque
compromete sua geração de caixa para preços moderados ou baixos do petróleo.
Privatizar refinarias
também impede que o mercado brasileiro seja abastecido aos menores custos
possíveis, apesar do Brasil dispor de petróleo e capacidade de refino. Com as
privatizações a economia nacional ficará sujeita aos preços internacionais do
petróleo e às oscilações da cotação da nossa moeda.”
Agora vamos conhecer
as considerações do IBP:
“O setor de Óleo e
Gás recebeu com surpresa o pedido do Senado Federal e da Câmara dos Deputados,
protocolado nesta quinta-feira (2/7), junto ao Supremo Tribunal Federal (STF)
contra a venda de refinarias da Petrobras.
A abertura do mercado
de refino foi respaldada pelo Conselho Nacional de Política Energética pela
Resolução n°9, de maio de 2019, e trará investimentos para o país,
competitividade e benefícios para a sociedade. Foi neste contexto que o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) assinou, ano passado, acordo
com a Petrobras para incentivar a entrada de novos agentes econômicos no
mercado de refino e, por consequência, propiciar mais concorrência no setor.
O procedimento de
venda do controle acionário de subsidiárias e controladas de empresas estatais
está autorizado pelo STF desde junho de 2019. Portanto, a venda de refinarias
da Petrobras está amparada pela legislação e fundamentada na decisão da mais
alta corte de justiça do país.
O IBP entende que a
concentração da capacidade de refino no país em apenas uma empresa não atende
aos interesses maiores da sociedade brasileira e deve ser corrigida, de modo a
criar um ambiente mais competitivo e benéfico para a economia nacional.
O crescimento do país
requer, de forma urgente, consolidar a atração de novos investimentos para o
setor em refino e logística, algo que só pode acontecer com lastro em
previsibilidade jurídica e regras claras. Ao colocar isto em risco, cria-se uma
ameaça à mobilização de empresas nacionais e internacionais que participam
deste e de outros processos amplamente debatidos e formalmente estruturados.”
ENTENDA O CASO:
As mesas do Senado e
da Câmara dos Deputados fizeram um pedido ao STF para que o tribunal emita uma
medida cautelar contra o processo de venda de refinarias por parte da
Petrobrás. Como se sabe, a estatal está desinvestindo em oito unidades do tipo.
Na argumentação dos
parlamentares envolvidos na ação, o método escolhido pela empresa para alienar
as plantas, que consiste na constituição de novas subsidiárias, configura
“desvio de finalidade, sendo prática proibida e inconstitucional, ante a
possibilidade de conduzir a ‘privatizações brancas’, em burla ao controle
democrático do Congresso Nacional”.
Vale lembrar que em
junho do ano passado, o STF deu seu entendimento de que as estatais brasileiras
não podem ser vendidas sem o aval do Congresso Nacional. Porém, o júri disse
que a privatização de subsidiárias poderia transcorrer sem a necessidade de
aprovação do poder legislativo. Foi a partir desta posição do STF que a
Petrobrás conseguiu seguir com a venda de seus ativos.
O presidente da
empresa, Roberto Castello Branco, já declarou que recebeu as propostas
vinculantes pela Refinaria Landulpho Alves, localizada na Bahia. O executivo
agora espera que os lances pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no
Paraná, sejam apresentados em breve também.
Fonte: Petronotícias
Fonte:
Data |
Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI |
Jacobo Árbenz chegou ao
poder de forma democrática, em 1951. Representava a continuidade de um projeto
político progressista, inicialmente posto em prática pelo antecessor, Juan José
Arévalo (1945-1950). Árbenz levou a termo um conjunto de programas socioeconômicos
que estremeceram a estrutura social daquele país de quase seis milhões de
habitantes — dos quais mais de 60% eram indígenas.
Para entender a singularidade do governo de Árbenz — que seria
destituído por um golpe de Estado em 1954 —, é preciso voltar ao tempo em que a
United Fruit Company (UFCo) se estabelecera no país, ramificara suas atividades
econômicas, alargara seu poder de influência na política e atuara de forma
decisiva no destino da Guatemala e de outros países da América Central.
O presidente Arévalo assina o
Código Trabalhista, contrariando interesses da UFCo
(Foto: Cirma/Reprodução)
A UFCo foi criada na Costa Rica pelo norte-americano Minor
Cooper Keith, em fins do século 19, como parte da política expansionista dos
Estados Unidos, que buscava ampliar seu domínio econômico sobre aquela parte do
continente. Investindo inicialmente em plantações de banana, a UFCo logo
assumiu outras atribuições importantes, como a construção de ferrovias, para
beneficiar o escoamento de sua produção.
Nas primeiras décadas do século 20, quando as atividades da
companhia já chegavam a países como Colômbia, Honduras, Panamá e Guatemala,
Keith era chamado de “rei sem coroa da América Central”. O caráter exploratório
da fruteira era explícito, pois sua produção se destinava ao mercado externo, comprometendo
a industrialização interna daqueles países.
Presidente Juan José Arévalo
participa de comício, à frente de uma faixa da Confederação Geral dos
Trabalhadores da Guatemala (Foto: Reprodução)
O poderio da companhia
começou a ser afrontado, enfim, com a ascensão do presidente Juan José Arévalo,
em 1945. Sua principal medida — criação do Código Trabalhista, em 1947 —
desagradou profundamente os interesses da UFCo, pois, pela primeira vez, os
trabalhadores tinham respaldo legal para exigir condições dignas de trabalho.
Em 1951, o então presidente Jacobo Árbenz implementou, como meta primordial, um
programa de reforma agrária que confiscou as terras improdutivas da UFCo e as
distribuiu entre os camponeses indígenas.
Em resposta, o governo dos Estados Unidos, empunhando a
bandeira do macarthismo, promoveu uma intensa “cruzada anticomunista” na
Guatemala. Em 1954, o coronel Carlos Castillo Armas, com apoio do serviço secreto
norte-americano e a colaboração dos governos nicaraguense (sob a ditadura de
Anastasio Somoza García) e hondurenho, comandou uma invasão à Guatemala a
partir de Honduras, concretizando o golpe de Estado que destituiu Jacobo
Árbenz.
Jacobo Árbenz chegou ao
poder de forma democrática, em 1951. Representava a continuidade de um projeto
político progressista, inicialmente posto em prática pelo antecessor, Juan José
Arévalo (1945-1950). Árbenz levou a termo um conjunto de programas socioeconômicos
que estremeceram a estrutura social daquele país de quase seis milhões de
habitantes — dos quais mais de 60% eram indígenas.
Para entender a singularidade do governo de Árbenz — que seria
destituído por um golpe de Estado em 1954 —, é preciso voltar ao tempo em que a
United Fruit Company (UFCo) se estabelecera no país, ramificara suas atividades
econômicas, alargara seu poder de influência na política e atuara de forma
decisiva no destino da Guatemala e de outros países da América Central.
(Foto: Cirma/Reprodução)
A UFCo foi criada na Costa Rica pelo norte-americano Minor
Cooper Keith, em fins do século 19, como parte da política expansionista dos
Estados Unidos, que buscava ampliar seu domínio econômico sobre aquela parte do
continente. Investindo inicialmente em plantações de banana, a UFCo logo
assumiu outras atribuições importantes, como a construção de ferrovias, para
beneficiar o escoamento de sua produção.
Nas primeiras décadas do século 20, quando as atividades da companhia já chegavam a países como Colômbia, Honduras, Panamá e Guatemala, Keith era chamado de “rei sem coroa da América Central”. O caráter exploratório da fruteira era explícito, pois sua produção se destinava ao mercado externo, comprometendo a industrialização interna daqueles países.
Presidente Juan José Arévalo
participa de comício, à frente de uma faixa da Confederação Geral dos
Trabalhadores da Guatemala (Foto: Reprodução)
O poderio da companhia começou a ser afrontado, enfim, com a ascensão do presidente Juan José Arévalo, em 1945. Sua principal medida — criação do Código Trabalhista, em 1947 — desagradou profundamente os interesses da UFCo, pois, pela primeira vez, os trabalhadores tinham respaldo legal para exigir condições dignas de trabalho. Em 1951, o então presidente Jacobo Árbenz implementou, como meta primordial, um programa de reforma agrária que confiscou as terras improdutivas da UFCo e as distribuiu entre os camponeses indígenas.
Em resposta, o governo dos Estados Unidos, empunhando a
bandeira do macarthismo, promoveu uma intensa “cruzada anticomunista” na
Guatemala. Em 1954, o coronel Carlos Castillo Armas, com apoio do serviço secreto
norte-americano e a colaboração dos governos nicaraguense (sob a ditadura de
Anastasio Somoza García) e hondurenho, comandou uma invasão à Guatemala a
partir de Honduras, concretizando o golpe de Estado que destituiu Jacobo
Árbenz.
Galeria
Com o chapéu na mão, o presidente Jacobo Árbenz, que seria deposto pelo golpe de 1954 (Foto: Reprodução)
Soldados rebeldes montam guarda diante de igreja em Esquipulas, durante pausa nos combates que acabariam destituindo Jacobo Árbenz (Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)
NP 398 será »Nicarágua
Topo
Módulo_V - Módulo Destaque Cultural - Topo
Biografia –
Tolito da Mangueira (103 anos) - Erlito Machado Fonseca -
6/7/1917
Recife, PE -
20/3/1997 Rio
de Janeiro, RJ – Compositor. Em 1919, sua família transferiu-se de Pernambuco
para o Rio de Janeiro. Saía em blocos, entre os quais o extinto bloco
"Vizinha faladeira", passando posteriormente a sair em escolas de
samba. Em
1940, participou do desfile da Mangueira. Considerado por muito
compositores de renome com um grande compositor e também sem bandeira definida,
atuou em diversas escola, entre elas "Aprendizes da Boca do Mato", na
qual ganhou por dois anos seguidos a disputa interna de sambas-enredos. Foi o responsável pelo
começo da carreira de compositor de sambas-enredos de Martinho da Vila. Em 1957 retirou seu
samba-enredo da disputa para que a Aprendizes da Boca do Mato desfilasse com o
samba-enredo "Carlos Gomes", de Martinho da Vila.Ao sair da
Aprendizes da Boca do Mato, transferiu-se para Unidos da Capela
Biografia
Moraes Moreira (73 anos) - Antônio Carlos Moreira Pires -
8/7/1947
Ituaçu, BA -
13/4/2020 Rio
de Janeiro, RJ - Cantor.
Compositor. Seu
primeiro instrumento foi a sanfona. Logo depois, passou a tocar violão e
guitarra. Em 1966, transferiu-se para a cidade de Salvador e foi morar em uma
pensão, onde conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luis Galvão, com os quais
formaria mais tarde o grupo Os Novos Baianos. Por essa época trabalhava como
bancário.
Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana. Topo
Módulo_V
- Módulo Destaque Cultural
Biografia –
Tolito da Mangueira (103 anos) - Erlito Machado Fonseca -
6/7/1917
Recife, PE -
20/3/1997 Rio
de Janeiro, RJ – Compositor. Em 1919, sua família transferiu-se de Pernambuco
para o Rio de Janeiro. Saía em blocos, entre os quais o extinto bloco
"Vizinha faladeira", passando posteriormente a sair em escolas de
samba. Em
1940, participou do desfile da Mangueira. Considerado por muito
compositores de renome com um grande compositor e também sem bandeira definida,
atuou em diversas escola, entre elas "Aprendizes da Boca do Mato", na
qual ganhou por dois anos seguidos a disputa interna de sambas-enredos. Foi o responsável pelo
começo da carreira de compositor de sambas-enredos de Martinho da Vila. Em 1957 retirou seu
samba-enredo da disputa para que a Aprendizes da Boca do Mato desfilasse com o
samba-enredo "Carlos Gomes", de Martinho da Vila.Ao sair da
Aprendizes da Boca do Mato, transferiu-se para Unidos da Capela
Biografia
Moraes Moreira (73 anos) - Antônio Carlos Moreira Pires -
8/7/1947
Ituaçu, BA -
13/4/2020 Rio
de Janeiro, RJ - Cantor.
Compositor. Seu
primeiro instrumento foi a sanfona. Logo depois, passou a tocar violão e
guitarra. Em 1966, transferiu-se para a cidade de Salvador e foi morar em uma
pensão, onde conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luis Galvão, com os quais
formaria mais tarde o grupo Os Novos Baianos. Por essa época trabalhava como
bancário.
Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da
semana.
Intervalo compreendido do dia 03 a 09/07
Após sucesso na operação rara de siamesas feita pela equipe do Hospital Estadual da Criança, família comemora primeiro ano da nova vida das meninas
Por O Dia
- Atualizado às 00h00 de 05/07/2020
Metade dos 18 meses de vida de Gabriella e Raphaella foram vividos dentro do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio. As meninas nasceram unidas pela região abdominal, com fusão do fígado e uma pequena parte do osso esterno, após um parto de trigêmeas. Foram cinco meses de preparação para a realização da cirurgia, que completa um ano hoje.
Além do período que antecedeu a cirurgia, as irmãs precisaram ficar mais quatro meses na unidade para acompanhamento pós-operatório. Em novembro de 2019, nove meses após chegar ao Hospital da Criança, a família deixou a unidade e voltou para casa em Rio Claro, na região do Médio Paraíba. Era a primeira vez que o casal teria juntas as trigêmeas Gabriella, Raphaella e Isabella.
A mãe, Sara Domiciano, ainda se emociona ao lembrar dos dias difíceis que as filhas passaram. "Foram muitas horas de cirurgia. Quando a gente voltou para o hospital, a Raphaella já tinha saído da operação e ainda estavam tentando deixar a Gabriella estável. Quando vimos as duas separadas foi outra emoção. A recuperação delas foi melhor do que a gente podia imaginar. Eu olho para elas hoje, conto a história para as pessoas e elas não acreditam. As duas passaram por isso tudo e hoje são saudáveis, espertas como qualquer criança", vibra Sara.
Segundo a mãe, o desenvolvimento das meninas é normal, sem restrição médica alguma. "As três já andam e uma é diferente da outra. Uma aprende uma coisa e as outras imitam. Estão no mesmo nível de desenvolvimento. As três já falam algumas palavrinhas e fazem muita bagunça", conta Sara.
Ela e o marido, Agnaldo Oliveira, descobriram no quinto mês de gestação das trigêmeas que duas delas eram xifópagas. Ou seja: tinham partes dos corpos unidas. O caso atípico se torna ainda mais raro por envolver uma gravidez de trigêmeos, algo inédito na literatura médica brasileira.
"Nunca foi relatado no país um caso com duas crianças siamesas e uma não siamesa juntas na mesma gravidez. Eu só vi na literatura mundial 13 relatos dessa forma, o que torna o caso ainda mais raro", explica o médico Francisco Nicanor, chefe do serviço de Cirurgia e Urologia Pediátrica do Hospital da Criança.
A unidade é referência para tratamentos de média e alta complexidade em crianças e adolescentes, de zero a 19 anos. O procedimento exigiu uma estrutura de pré e pós-operatório que movimentou mais de 50 profissionais de diversas especialidades.
Gabriella e Raphaella foram acompanhadas no hospital, durante cinco meses, por uma equipe multidisciplinar com pediatras, cirurgiões, nutricionistas, entre outros, até que crescessem mais e ganhassem peso para, então, estarem aptas à cirurgia.
Após a cirurgia, em julho, veio a fase das gêmeas aprenderem a viver separadas, experimentando novas impressões, sensações e orientações espaciais. Outras especialidades entraram em ação: fisioterapia e fonoaudiologia, até que Gabriella e Raphaella tivessem mais independência para comer e se movimentar.
Sucesso emociona a equipe médica
Toda a assistência às meninas foi realizada no sistema público de Saúde, desde o pré-natal, na unidade básica municipal, até a cirurgia de separação e o pós-operatório na rede estadual. Atualmente, as crianças seguem em acompanhamento preventivo com fisioterapia e fonoaudiologia no município. O resultado positivo de um procedimento médico tão complexo e sofisticado dá um significado especial à história, não apenas para a família, como também para a equipe médica envolvida.
"Provavelmente, eu não verei mais um caso desses na minha vida, de uma raridade muito grande e com um resultado fantástico. Nós tivemos uma estrutura do nascimento até os quase cinco meses, verificando o ganho de peso das crianças e preparando tudo para a cirurgia. O resultado foi 100% positivo, as crianças são perfeitas. Não só para mim, mas para toda a equipe do hospital, já que foram muitas pessoas envolvidas, é um marco que nós nunca mais vamos esquecer", relembra Francisco Nicanor, cirurgião responsável pela operação de separação das gêmeas.
Procedimento exige até simulação
Um mês antes do procedimento foi feita uma simulação com manequins, desde as crianças saindo da UTI Neonatal e entrando no Centro Cirúrgico, até a intubação. Para simularem a forma siamesa, os bonecos foram amarrados com fitas especiais.
Foi testado também o final da separação das crianças, quando uma delas seria levada para outra mesa, de forma estéril para que não houvesse contaminação. A mesa, aliás, já deveria estar rigorosamente pronta com outra equipe médica. Todas as etapas foram filmadas e estudadas para evitar erros no procedimento real.
Galeria de Fotos
08 jul, 2020 Teletrabalho:
vitória na Justiça contra “termo de ciência” lesivo aos trabalhadores
Postado 18:07h em Destaque 1, Destaque 2
Nesta
quarta (08), a juíza da 52ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Danusa Berta
Malfatti, proferiu decisão favorável à tutela de urgência requerida pelo
Jurídico do Sindipetro-RJ em relação aos itens “a” e “c” da ação inicial (
0100455-61.2020.5.01.0052 ). A conhecer:
“a)
A concessão liminar da tutela de urgência, inaudita altera pars, para determinar à Ré, como
obrigação de fazer, que disponibilize aos substituídos mantidos em regime de
teletrabalho, mobiliário compatível com as funções
a serem exercidas remotamente, similar, em
termos ergonômicos, àquele existente no local
da efetiva prestação de serviços, devendo
a Ré providenciar a entrega na residência de cada substituído,
fixando-se prazo e astreintes para a hipótese de descumprimento.”
“c)
A concessão liminar da tutela de urgência, inaudita altera pars, para
determinar à Ré, como obrigação de fazer, que arque,
doravante, com todos os custos com
equipamentos de informática, pacotes de dados
e energia elétrica, necessários ao regular
desempenho do teletrabalho, fixando-se prazo e astreintes para a
hipótese de descumprimento.”
Confira
a inicial da ação: 2020.06.10. Inicial Teletrabalho
Segundo
a decisão, em dez dias úteis a Petrobrás deverá “disponibilizar mobiliário
compatível com as funções a serem exercidas remotamente, similar, em termos
ergonômicos, àquele existente no local da efetiva prestação de serviços,
devendo, ainda, providenciar a entrega na residência de cada substituído, sob
pena de arcar com multa”.
Todos os direitos garantidos
Ao
contrário do “termo de ciência” imposto pela empresa, que não previa o
reembolso de quaisquer gastos com infraestrutura para o trabalho remoto, a
juíza deferiu que a Petrobrás deverá “arcar com todos os custos com
equipamentos de informática, pacote de dados e energia elétrica necessários ao
regular desempenho do teletrabalho”.
Foi
estabelecida pena de multa de R$ 5 mil em relação a cada empregado prejudicado
na hipótese de descumprimento. A empresa ainda pode recorrer desta decisão.
Consulte
a decisão: 2020.07.08. Teletrabalho-Decisão Tutela de
Urgência
O
Sindipetro-RJ reafirma que os trabalhadores nada devem assinar sem antes terem
obtido orientação do Sindicato. É hora de organização, mobilização e luta.
O Amor
Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam e o que vou agora revelar a você, para que transmita à humanidade, também chocará o mundo, com sua incompreensão e preconceitos.
Peço ainda que aguarde todo o tempo
necessário -- anos, décadas, até que a sociedade tenha avançado o suficiente
para aceitar o que explicarei em seguida para você.
Há uma força extremamente poderosa
para a qual a ciência até agora não
encontrou uma explicação formal. É
uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer
fenômeno que opere no universo e queainda não foi identificada por nós.
Esta força universal é o AMOR.
Quando os cientistas estavam
procurando uma teoria unificada do Universo esqueceram a mais invisível e
poderosa de todas as forças.
O Amor é Luz, dado que ilumina aquele
que dá e o que recebe.
O Amor é gravidade, porque faz com
que as pessoas se sintam atraídas umas pelas outras.
O Amor é potência, pois multiplica
(potencia) o melhor que temos, permitindo assim que a humanidade não se extinga
em seu egoísmo cego.
O Amor revela e desvela.
Por amor, vivemos e morremos.
O Amor é Deus e Deus é Amor.
Esta força tudo explica e dá SENTIDO
à vida. Esta é a variável que temos
ignorado por muito tempo, talvez
porque o amor provoca medo, sendo o único poder no universo que o homem ainda
não aprendeu a dirigir a seu favor.
Para dar visibilidade ao amor, eu fiz
uma substituição simples na minha
equação mais famosa. Se em vez de E =
mc², aceitarmos que a energia para curar o mundo pode ser obtido através do
amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado (energia de cura = amor x
velocidade da luz ²), chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais
poderosa que existe, porque não tem limites.
Após o fracasso da humanidade no uso
e controle das outras forças do
universo, que se voltaram contra nós,
é urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia. Se queremos que a nossa
espécie sobreviva, se quisermos encontrar sentido na vida, se queremos salvar o
mundo e todos os seres sensíveis que nele habitam, o amor é a única e a
resposta última.
Talvez ainda não estejamos preparados
para fabricar uma bomba de amor, uma criação suficientemente poderosa para
destruir todo o ódio, egoísmo e ganância que assolam o planeta. No entanto,
cada indivíduo carrega dentro de si um pequeno, mas poderoso gerador de amor,
cuja energia aguarda para ser libertada.
Quando aprendemos a dar e receber
esta energia universal, Lieserl querida, provaremos que o amor tudo vence, tudo
transcende e tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida.
Lamento profundamente não ter sido
capaz de expressar mais cedo o que vai dentro do meu coração, que toda a minha
vida tem batido silenciosamente por você. Talvez seja tarde demais para pedir
desculpa, mas como o tempo é relativo, preciso dizer que te amo e que a graças
a você, obtive a última resposta.
Seu pai,
Albert
O coronavírus: uma ataque da Terra contra nós
Por Leonardo Boff
05/07/2020
16:57
Ele veio da natureza. Ora, como bem disse o Papa Francisco em sua encíclíca “sobre
o cuidado da Casa Comum:”Nunca maltratamos e ferimos nossa Casa Comum como
nos dois últimos séculos”(n.53). Quem a feriu foi o processo industrialista: o
socialismo real (enquanto existia) e principalmente o sistema capitalista hoje
globalizado. Este é o Satã da Terra que a devasta e à leva a todo tipo de
desequilíbrios.
Ele é o principal (não o único) responsável pelas várias ameaças que pairam sobre
o sistema-vida e o sistema-Terra: desde o possível holocausto nuclear, o
aquecimento global, a escassez de água potável até a erosão da biodiversidade.
Faço minhas as palavras do conhecido geógrafo norte-americano David Harley: “O
COVID-19 é a vingança da natureza por mais de quarenta anos de maus-tratos e
abuso nas mãos de um extrativismo neoliberal violento e não regulamentado”.
Isabelle Stengers, química e filósofa da ciência que muito trabalhou em
parceria com o Nobel Ilya Prigogine, sustenta a mesma tese que eu também
sustento:”o coronavírus seria uma intrusão da Terra-Gaia nas nossas sociedades,
uma resposta ao antropoceno”.
Conhecíamos outras intrusões: a peste negra (peste bubônica) que vinda da
Eurásia dizimou, ao todo, segundo estimativas, entre 75-200 milhões de pessoas.
Na Europa entre 1346-1353 desfalcou a metade de sua população de 475 para 350
milhões. Ela precisou de 200 anos para se recompor. Foi a mais devastadora já
conhecida na história. Notória também foi a gripe espanhola. Oriunda
possivelmente dos USA entre 1918-1920, infectou 500 milhões de pessoas e
levando 50 milhões à morte, inclusive o presidente eleito Rodrigues Alves em
1919.
Agora, pela primeira vez um vírus atacou o planeta inteiro, levando milhares à
morte sem podermos detê-la por sua rápida propagação já que vivemos numa
cultura globalizada com alto deslocamento de pessoas que viajam por todos os
continentes e podem ser portadores da epidemia.
A Terra já perdeu o seu equilíbrio e está buscando um novo. E esse novo poderá
significar a devastação de importantes porções da biosfera e de parte
significativa da espécie humana.
Isso vai ocorrer, apenas não sabemos quando nem como, afirmam
notáveis biólogos. Se vier a temida NBO (The Next Big One), o próximo
grande e devastador vírus, poderá, segundo o pesquisador da USP Prof. Eduardo
Massad, levar à morte cerca de 2 bilhões de pessoas, diminuindo a expectativa
geral de vida de 72 para 58 anos. Outros temem até o fim da espécie humana.
O fato é que já estamos dentro da sexta extinção em massa. Inauguramos segundo
alguns cientistas, uma nova era geológica, a do antropoceno e
sua expessão mais danosa, a do necroceno. A atividade humana
(antropoceno) se revela a responsável pela produção em massa da morte
(necroceno) de seres vivos.
Os diferentes centros científicos que sistematicamente acompanham o estado da
Terra atestam que, de ano para ano, os principais itens que perpetuam a vida
(água, solos, ar puro, sementes,fertilidade, climas e outros) estão se
deteriorando dia a dia. Quando isso vai parar?
O dia da Sobrecarga da Terra (the Earth Overshoot Day)
foi atingido no dia 29 de julho de 2019. Isto significa: até esta data foram
consumidos todos os recursos naturais disponíveis e renováveis. Agora a Terra
entrou no vermelho e no cheque especial.
Como frear esta exaustão? Se teimarmos em manter o consumo atual, especialmente
o suntuoso, temos que aplicar mais violência contra a Terra forçando-a a nos
dar o que já não tem ou não pode mais repor. Sua reação se expressa pelos eventos
extremos, como o vendaval-bomba em Santa Catarina em fins de junho e pelos
ataques dos vários tipos de vírus conhecidos: zika, chicungunya, ebola, Sars, o
atual coronavírus e outros. Devemos incluir o crescimento da violência social
já que Terra e Humanidade constituem uma única entidade relacional.
Ou mudamos nossa relação para com a Terra viva e a para com a natureza ou
poderemos contar com novos e mais potentes vírus que poderão dizimar milhões de
vidas humanas. Nunca o nosso amor à vida, a sabedoria humana dos povos e a
necessidade do cuidado foram tão urgentes.
Leonardo Boff é ecoteólogo e escritor.Acaba de escrever um livro:”O
Covid-19: A Mãe Terra contra-ataca a Humanidade” a sair pela Editora Vozes
ainda este ano.
*Publicado originalmente no blog do autor
Urgente
Homenagem Especial
Fonte:
Momento Furtado - Encerramento
Um Dente
Amanheci
com uma forte dor de dente
Mesmo
usando paliativo, comprimido, pasta de dentes
Dor não
passava, incomodando bastante
Dificultando
a alimentação
Inchando
a gengiva, usando remédios caseiros
Fazendo
bochecha com água morna
A dor
não cessava, causando um mal estar
Única
solução o dentista do bairro
Conhecido
como ‘arranca toco’
Terror
do local
Resistência
além do limite, dor aumentando
No
consultório, pessoas gemendo
Aguardando
a vez, cadeira da tortura
Doutor
de jaleco branco
Seringa
na mão pingando, ordena:
- Abre
a boca
Faz a
inspeção e solenemente diz:
- A
maioria caco
- Tem
conserto doutro?
-
Lógico, arrancando os cacos
Olho
para o teto, concordando com a “festa”
Após a
seringa, o boticão iniciou os trabalhos
A dor
foi sumindo até parar
Sensação
de alívio
<![endif]-->
Nenhum comentário:
Postar um comentário