Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos. |
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Vinheta |
EDITORIAL O desastre do neoliberalismo salta aos olhos. Só não vê quem não quer |
Módulo I ExxonMobil e Chevron registram perdas milionárias por pandemia |
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06/08/2020
http://twitter.com/profivanluiz
https://www.facebook.com/profile.php?i
Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977. |
Módulo II SINAVAL contesta Petrobrás e diz que contratação da indústria local ajudaria o Brasil na retomada pós-pandemia |
Módulo III Privatização de refinarias da Petrobrás pode provocar desabastecimento |
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Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Séculos XIX, XX e XXI destaque para a República Dominicana |
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Módulo V - Homenageados na cultura brasileira, destaque para Naná
Vasconcelos (76 anos) 02 - |
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Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 31/07 a 06/08 |
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Módulo VII – Como uma das principais petrolíferas se destacou quando os preços caíram |
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Módulo VII_I – BB faz 'negócio de pai pra filho' com o BTG Pactual. Estatal vende carteira de crédito de R$ 3 bilhões por R$ 300 milhões para banco fundado por Paulo Guedes |
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Módulo VII_II – Reforma tributária de Guedes cobra mais da sociedade e facilita privatizações com dinheiro da Previdência |
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Módulo VII_III –Petrobras desaponta construção naval brasileira |
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Urgente - Como o nosso petróleo atiçou a cobiça dos EUA |
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Homenagem Especial: |
Momento Furtado Domingo
Dona Maria alegre
No início da semana
Deu-me a grande ‘notícia’:
- Domingo que vem
- Mamãe vem almoçar
conosco
Meio cabreiro argumentei:
- Ela e quem mais?
Senti fechar o tempo
Dona Maria na bronca
Secamente respondeu:
- Por quê? Algum problema?
Sem graça retruquei:
- Não há nada não
Domingo contra mim
Dia bom, forte calor
Vendo a ‘patroa’ feliz
Geladeira cheia, cervas,
refrigerantes, quentão
Fogão lotado de panelas
Na pia, carnes e peixes
Ela toda faceira
Cantando
Fiquei esperando
“Papai” dançou
Meio dia
Chega a galera
Sogra, tio, tia, primos,
sobrinhos
Papagaios, periquitos
Confirmei: sambei
Vieram com uma fome danada
Rasparam até o fundo das
panelas
Geladeira esvaziou,
sobraram os cascos
Da sobremesa, não senti
nem o cheiro
Se não chego junto
O estômago ia ficar a
roncar
A conta sabe para quem
ficou?
Claro, para mim, sem dó
nem piedade.
O poder das
multinacionais e o retorno do Estado
O desastre do neoliberalismo salta aos
olhos. Só não vê quem não quer
Hoje, a concentração de poder é especialmente clara no setor tecnológico. As
cinco grandes – Apple, Google, Microsoft, Facebook e Amazon – são as mais
valiosas da Bolsa.
Se a Apple fosse um país, teria um tamanho similar ao da economia turca,
holandesa ou suíça. O Google abocanha 88% da fatia de mercado de publicidade
on-line. O Facebook (incluindo Instagram, Messenger e WhatsApp) controla mais
de 70% das redes sociais em celulares. A Amazon tem 70% da fatia de mercado dos
livros eletrônicos e, nos Estados Unidos, absorve 50% do dinheiro gasto em
comércio eletrônico (El País, 7/11/2017).
A Apple vale US$ 1,098 trilhão, enquanto a Microsoft está
avaliada em US$ 1,078 trilhão. Uma diferença de US$ 20 bilhões, lembrando que o
valor de mercado das empresas oscila. A Amazon e o Google já teriam atingido 1
trilhão e estariam hoje na faixa de US$ 874 bilhões (Amazon) e US$ 872 bilhões
(Google).
É esclarecedor comparar o valor dessas empresas com o PIB de alguns países, pequenos ou médios. Vejamos alguns, escolhidos ao acaso, por continente. Os dados variam conforme o ano e segundo a fonte, mas permitem uma visão geral comparativa com o valor de mercado das empresas multinacionais. Os dados estão em bilhões de dólares.
1) América: Chile: 294 Argentina: 922 Colômbia: 331 Uruguai: 59,6 Honduras: 21,52 Paraguai: 40,5 Bolívia: 40.3 |
2) Europa: Bélgica: 532 Suiça: 715 Áustria: 456 República Checa: 376 Bulgária: 153 Romênia: 267 Sérvia: 73 |
3) África Argélia: 250 Marrocos: 211 Tanzânia: 162 Senegal: 27,5 Angola: 95 Quênia: 54 C. do Marfim: 34,15 |
4) Ásia Irã: 549 Turquia: 790 Bangla Desh: 244 Cazaquistão: 450 Filipinas: 92,5 Israel: 387 Vietnam: 300 |
O orçamento das maiores empresas multinacionais é superior ao PIB da maioria dos países que se converteram em verdadeiras províncias. Num mundo globalizado, o capital entra e sai de um país deixando atrás uma crise cambial, econômica e política. As comunicações eletrônicas não respeitam as fronteiras nacionais, o tráfico de drogas e armas tampouco.
O poder hegemônico das empresas multinacionais, e seu controle sobre os
fluxos tecnológicos, financeiros e comerciais, impactou a maior parte do
desenvolvimento industrial e subdesenvolvimento dos países periféricos. As
consequências foram nocivas, como devastação ambiental, baixos salários e
abandono dos direitos de proteção social. Os governos recorreram à prática de
realizar desregulamentações fiscais e trabalhistas, a fim de atrair
investimentos diretos estrangeiros em troca de empregos pouco qualificados,
resultando em baixa receita fiscal, baixa produtividade, desequilíbrios na
balança de pagamentos e baixos resultados sociais.
A teoria subjacente era a de que os países deveriam seguir suas vantagens
comparativas e deixar o mercado determinar preços de mão-de-obra e bens, a fim
de ser competitivo no mercado mundial. Mas essa teoria foi criticada desde o
início pelo abandono do papel do Estado na política do desenvolvimento. Afinal,
as instituições públicas sempre desempenharam um papel fundamental não apenas
na criação quantitativa da acumulação capitalista, mas também em seus
resultados qualitativos de distribuição e desenvolvimento.
Nesse debate, enfatizou-se que o Estado deve ser visto como um facilitador
(auxiliando as empresas nas transações de mercado); um regulador (para mitigar
a desigualdade e as externalidades negativas do mercado); um comprador
(contratos públicos); um produtor (empresas estatais) e um financiador (fundos
soberanos e bancos de desenvolvimento).
Essas funções do Estado podem levar a uma estratégia dirigida aos objetivos de
desenvolvimento. Portanto, o crescimento econômico, se efetivamente planejado,
coordenado e sustentável, pode levar a benefícios sociais. Os objetivos de
desenvolvimento não podem ser perseguidos apenas por atores privados. Para
atingir as metas de desenvolvimento a longo prazo, é necessário destacar o papel
estratégico do Estado como estabilizador, investidor, protetor, prestador de
serviços e empreendedor (Laura Carvalho, Curto-circuito,
O vírus e a volta do Estado).
Em combate à visão neoliberal, surgiu uma nova literatura econômica apoiada na
realidade social que reconhece o simples fato de que, para além do mercado,
intervenções estatais coordenadas são fundamentais para garantir a
sustentabilidade das transformações socioeconômicas. Cada vez mais o
capitalismo neoliberal é questionado em toda a parte, e agora ainda mais com os
problemas colocados pela economia pós-COVID. A crise trazida pela pandemia
obrigou os Governos a colocar no centro das atenções a questão da saúde
pública. Isso enfraqueceu a essência da política econômica neoliberal baseada
na proposta da “austeridade” fiscal, um eufemismo usado para justificar e ao
mesmo tempo esconder a transferência de recursos públicos da área social para o
mercado financeiro.
É verdade que o Brasil de hoje sofre com uma radical política neoliberal que
santifica o mercado e demoniza o Estado. Tudo indica que está na contramão,
pois a tendência após a pandemia do coronavírus é a recuperação do papel do
Estado em detrimento do reinado absoluto do Mercado. Cedo ou tarde, acabará
chegando aqui esse resgate do papel do Estado. O desastre do neoliberalismo
salta aos olhos. Só não vê quem não quer.
Conteúdo
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Destaque para Módulo I
ExxonMobil e Chevron registram perdas milionárias por pandemia
AFP
© Johannes EISELE (Arquivo)
Vista aérea de uma instalação de armazenamento de petróleo bruto em Cushing,
Oklahoma, em 5 de maio de 2020
As
petrolíferas americanas Chevron e ExxonMobil, afetadas pela queda nos preços do
petróleo devido ao coronavírus, perderam bilhões de dólares no segundo
trimestre do ano e planejam continuar reduzindo os custos nos próximos
meses.
A
ExxonMobil registrou um prejuízo líquido de US$ 1,1 bilhão. É a segunda vez
desde a fusão da Exxon-Mobil em 1999 que a empresa, que já estava no vermelho
no primeiro trimestre, perdeu dinheiro.
A
companhia petrolífera viu sua produção diminuir 7% durante o período,
equivalente a 3,6 milhões de barris de petróleo por dia, e suas vendas caíram
mais da metade, para US $ 32,61 bilhões.
O
grupo iniciou medidas drásticas para reduzir custos.
A
Chevron, afetada por encargos relacionados à queda dos preços do petróleo e
suas operações na Venezuela, registrou uma perda líquida de US$ 8,3 bilhões no
segundo trimestre na sexta-feira.
"Os
últimos meses apresentaram desafios únicos", disse o presidente da
Chevron, Michael Wirth, em comunicado. "O impacto econômico da resposta ao
COVID-19 reduziu bastante a demanda por nossos produtos e reduziu os preços das
matérias-primas.
Com as
incertezas associadas à recuperação econômica e ao abundante suprimento de
petróleo e gás, analisamos nossa perspectiva sobre os preços das commodities,
que se traduz em depreciação de ativos e outros encargos ",
explicou.
O
grupo registrou em suas contas uma cobrança de US$ 1,8 bilhão relacionada à
queda nos preços do petróleo. A Chevron também registrou uma taxa de
depreciação de US$ 2,6 bilhões por seus ativos na Venezuela devido a
"incertezas sobre o ambiente atual" de suas operações naquele país,
bem como uma taxa de US$ 437 milhões por efeitos cambiais e outra de 780
milhões relacionados à saída de funcionários.
Excluindo
elementos excepcionais, o grupo registrou uma perda de 3.000 milhões. Ajustado
por ação, a perda é de US$ 1,59, enquanto os analistas preveem 93
centavos.
Sua
receita no período caiu 56%, para US$ 15,9 bilhões, significativamente abaixo
do esperado pelos analistas, que previam US$ 21,9 bilhões.
jum/bh/ll/lp/piz/cc
Fonte: Topo
SINAVAL
contesta Petrobrás e diz que contratação da indústria local ajudaria o Brasil
na retomada pós-pandemia 31
Julho
Privatização de refinarias da Petrobrás pode provocar desabastecimento 30 Julho
Um dos
riscos do processo de venda é que sejam criados pequenos monopólios regionais,
com aumento de preços para o consumidor
Enquanto
a população sofre com o novo coronavírus, o governo Bolsonaro aproveita a
pandemia para acelerar a privatização de refinarias da Petrobras. A medida pode
provocar desabastecimento.
De acordo
com reportagem de Dayane Ponte (TVT), um acordo entre o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras foi formado
recentemente para a venda de refinarias no Norte, Nordeste e Sul do país.
Estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro apontou
impactos, em médio e em longo prazo, da privatização dessas unidades.
"Em
uma primeira etapa fizemos uma análise das áreas de influência das refinarias
que estão sendo ofertadas pela Petrobras. São oito refinarias colocadas para
privatização", afirma o professor Antônio Márcio Thomé, do Departamento de
Engenharia Industrial da PUC-Rio.
"Numa
segunda etapa nós buscamos entender como o mercado estaria reagindo a essa
iniciativa de privatização. Não necessariamente se aumenta a competitividade
pela privatização. A segunda grande conclusão que nós tiramos do estudo foi da
necessidade de estabelecimento de período de transição com regras claras. E
também reforço dos órgãos reguladores de controle", disse ainda.
Ele
entende que qualquer transição deve se dar protegendo o aumento de
competitividade e o barateamento do combustível para o consumidor.
No acordo
para venda dos ativos há uma determinação de que refinarias localizadas na
mesma região não sejam adquiridas pelo mesmo comprador ou por empresas do mesmo
grupo econômico para evitar monopólio. Mas é possível que a concorrência seja
limitada ou até mesmo que determinadas regiões não sejam atendidas.
Atratividade dos ativos
"Você precifica os ativos a partir da expectativa do fluxo de caixa que
eles vão gerar no futuro. E com a deterioração do preço dos derivados, tanto no
mercado nacional como no internacional, você de fato tem um impacto na
precificação dos ativos. A Petrobras vai sentir. Isso provavelmente faz com que
alguns dos possíveis compradores que estariam dispostos a entrar no processo
não entrem, você diminui as empresas interessadas nesses ativos", afirma o
pesquisador Henrique Jager, do Inep. Ele entende que é grande a possibilidade
de serem criados pequenos monopólios regionais
Para
Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), nenhuma
empresa vai ter interesse em vender combustíveis em áreas remotas do sertão do
Nordeste, ou áreas remotas no Norte do país.
Segundo a
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as
refinarias respondem por quase 40% da operação de importação de gás de cozinha.
A privatização pode provocar desabastecimento porque o sistema de integração,
atualmente promovido pela Petrobras, das oito refinarias pode acabar se cada
uma delas passar para grupos diferentes. Segundo Deyvid, isso também vai
repercutir no preço ao consumidor.
Clique
aqui para assitir a matéria
Fonte: Seu Jornal
Fonte:
Topo
Data |
Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI |
A ditadura de Rafael Trujillo
Rafael
Leónidas Trujillo Molina chegou ao poder na República Dominicana em agosto de
1930 e de lá só saiu em 1961, assassinado numa emboscada financiada pela
Agência Central de Inteligência (CIA). Talvez seja um dos poucos casos na
história da América Latina em que o governo norte-americano tenha agido para
depor um ditador que sempre teve seu apoio quase irrestrito. Isso diz muito
sobre o desgaste que representava, para o governo dos Estados Unidos, ter sua
imagem associada à de Trujillo, um dos ditadores mais emblemáticos e
autoritários da história do continente.
A família
de Trujillo era dona de aproximadamente 70% das terras cultiváveis da República
Dominicana — não por acaso, em 1936 ele rebatizou a capital, Santo Domingo, de
Ciudad Trujillo, nome que se manteria até 1961. Fez da tortura e dos
assassinatos seletivos sua arma contra as figuras políticas e civis, eliminando
assim quem se pusesse no caminho. Por meio de um organizado sistema de
vigilância e inteligência, auxiliado pelas forças armadas e com o apoio da
igreja católica, Trujillo exerceu poder quase absoluto.
Rafael Leónidas Trujillo governou
o país por 31 anos (Foto: Reprodução)
Ao longo da Era Trujillo surgiram alguns movimentos de
resistência, porém incapazes de ameaçar a ordem política estabelecida. No
início de 1960, a polícia dominicana prendeu milhares de pessoas acusadas de
tramar clandestinamente a derrubada do “Benfeitor da Pátria”. Os presos, que
pertenciam às células secretas da organização clandestina Movimento Patriótico
14 de Junho, foram torturados pelo Serviço de Inteligência Militar (SIM), chefiado
por Johnny Abbes García.
O centro
de detenção, chamado “La 40”, era na verdade um centro de tortura equipado com
artefatos modernos, onde os prisioneiros eram interrogados — não raro durante
meses — para dar informações sobre o Movimento.
Esse
episódio levou bispos e sacerdotes da igreja católica a pedir, em cartas
pastorais, a libertação dos prisioneiros a Trujillo. Ao invés de atendê-los,
porém, o ditador atacou a igreja, acusando-a de “comunista e ingrata”, já que o
governante sempre oferecera apoio financeiro à construção de templos e
instituições de caridade. A campanha contra os sacerdotes, encabeçada pelos
agentes do SIM, culminou numa série de episódios de intimidação e abusos, em
que alguns deles foram presos e também enviados a “La 40”.
Diante
das denúncias das prisões e torturas, delegados da Organização dos Estados
Americanos (OEA) decidiram, em agosto de 1960, expulsar a República Dominicana
e impor sanções diplomáticas e econômicas ao país. Mas nem a oposição nem a
comoção internacional conseguiram frear o autoritarismo de Trujillo. Foi assim
que, a um só tempo, o ditador começou a perder o apoio tanto da igreja quanto
do seu maior aliado, os Estados Unidos.
Em
novembro de 1960, Trujillo ordenou o assassinato das irmãs Minerva, Patria e Maria
Tereza Mirabal, presas por pertencerem ao Movimento 14 de Junho. Apesar de
terem sido libertadas graças à intervenção da Comissão de Paz da OEA, Trujillo
estabeleceu um plano violento para eliminá-las: mandou transferir os
respectivos maridos, detidos em Santo Domingo, para a prisão de Puerto Plata, a
duas horas de onde vivia a família, obrigando-as a viajar para visitá-los. Numa
dessas viagens, as irmãs Mirabal foram detidas numa emboscada, torturadas e
assassinadas, juntamente com o motorista, Rufino de La Cruz. Seus corpos foram
colocados de volta no carro e lançados num precipício, a fim de simular um
acidente.
Galeria
Sessenta
tiros: jornalistas observam o carro, perfurado de balas, no qual
Trujillo foi assassinado, em Ciudad Trujillo (Santo Domingo), dias após a
investida. Segundo a versão oficial, dois dos assassinos foram mortos no
tiroteio com a polícia
(Foto: Bettmann/Getty Images)
Fonte:
Topo
Módulo_V - Módulo Destaque Cultural - Topo
Biografia
Naná
Vasconcelos (76 anos) Juvenal de Holanda Vasconcelos
2/8/1944 Recife, PE
9/3/2016
Recife, PE -
Instrumentista (percussionista). Compositor. Aprendeu a tocar sozinho ainda na
infância, batucando em panelas e penicos. Aos doze anos, apresentava-se
profissionalmente em bares e clubes. Jamais frequentou nenhuma escola de
música, tendo, por toda sua carreira, sido autodidata. Em uma entrevista
declarou: “Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre
consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de
bicicleta. Seu corpo se lembra.”. Foi eleito oito vezes, entre 1983 e 1990,
pela revista Down Beat, considerada a Bíblia do Jazz, o melhor percussionista
do mundo. Em 2015, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). No mesmo ano, descobriu um
câncer no pulmão esquerdo e passou quase um mês internado. Morreu no ano
seguinte, vitimado por complicações derivadas do câncer. Permaneceu internado
por dez dias no hospital Unimed III, no Recife, onde sofreu uma parada
respiratória a qual não resistiu. O velório ocorreu na Assembleia Legislativa
de Pernambuco. Segundo familiares, o músico se sentiu mal após apresentar-se em
Salvador, num show com o violoncelista Lui Coimbra. Seu corpo foi sepultado no
cemitério de Santo Amaro, no dia seguinte a sua morte. Sobre sua partida, o
governador Paulo Câmara declarou: “Pernambuco acordou triste. O silêncio
causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da
sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a
todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão
inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus
sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”. Foi decretado
luto oficial de três dias.
Biografia –
Carlos
Cachaça (118 anos) Carlos Moreira de Castro
3/8/1902
RJ
16/8/1999
RJ Compositor. Cantor. Filho de funcionário
da Estrada de Ferro Central do Brasil, nasceu no morro da Mangueira, em uma das
casas que a companhia alugava para seus funcionários. Seu pai, Carlos,
abandonou a família. D. Inês, sua mãe, vendo-se em dificuldade para criar seus
seis filhos menores, o entregou ao padrinho, o portuguêsTomás Martins, dono de
vários barracos no morro da Mangueira. Logo, o menino passou a fazer
cobranças, lidar com recibos e anotações dos aluguéis, substituindo o padrinho
analfabeto. Aos16 anos, atuava como pandeirista no conjunto de
Mano Elói (Elói Antero Dias). O pseudônimo
"Cachaça" surgiu em uma das reuniões na casa do tenente Couto (do
Corpo de Bombeiro), na qual estavam presentes três Carlos. Para diferenciá-lo,
o anfitrião sugeriu "Cachaça", bebida preferida do compositor, na
época com 17 anos. Em 1922, conheceu Cartola,
com quem mais tarde comporia diversos clássicos.
Fundou, em 1925, juntamente com Cartola,
Marcelino José Claudino, Francisco Ribeiro e Saturnino Gonçalves, o Bloco dos
Arengueiros, que mais tarde deu origem à Escola de Samba Estação Primeira de
Mangueira, da qual também foi um dos fundadores, participando de todas as
reuniões preliminares sem, contudo, comparecer à reunião de fundação por estar
de serviço.
No ano de 1926, entrou para Estrada de Ferro
Central do Brasil, galgando vários cargos, permanecendo até o ano de 1965,
quando se aposentou como oficial de administração. Com sua primeira mulher,
Maria Aída da Silva, teve três filhos: Luco, José Carlos e Marinês.
Casou-se com Menininha (Clotilde da Silva,
falecida em 1983), irmã de Dona Zica, com a qual viveu durante 45 anos. Foi
presidente de honra da Mangueira e da Academia Brasileira da Cachaça, da qual
constam apenas 40 membros acadêmicos. Em 1998, antes de falecer,
fez seu último desfile pela Mangueira. Já debilitado em uma cadeira de rodas,
presenciou a escola sagrar-se campeã com o enredo "Chico Buarque da
Mangueira", desfilando ao lado do homenageado, que o beijou repetidas
vezes. Co-autor do livro "Fala, Mangueira", com
Marília T. Barboza da Silva e Arthur L. Oliveira Filho em 1980, lançado pela
Editora José Olympio. Autor de "Alvorada", livro de poemas e letras,
publicado pela Funarte em 1989, organizado por Marília Trindade Barboza.
Biografia Dominguinhos do
Estácio (79 anos) Domingos da Costa Ferreira
4/8/1941
RJ - Cantor. Compositor. Nasceu no Morro de São
Carlos, no local denominado de Terreiro Grande. Começou a
carreira como puxador de samba-enredo para a Escola de Samba Estácio de Sá, passou
pela Grande Rio e Imperatriz Leopoldinense. Em 1996 transferiu-se
para a Unidos do Viradouro, escola da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
Paulo Jobim (70
anos) Paulo Hermanny Jobim
Biografia –
Biografia –
Adoniran
Barbosa (110 anos) João
Rubinato
6/8/1910 Valinhos, SP
23/11/1982
São Paulo, SP - Compositor.
Cantor. Humorista. Ator. Filho de imigrantes italianos. Ainda muito jovem
em Jundiaí, passou a ajudar o pai no serviço de cargas em vagões da
E.F. São Paulo Railway, atual E.F.Santos - Jundiaí. Ainda em Jundiaí,
trabalhou como entregador de marmitas e varredor numa fábrica. Em
1924, transferiu-se com a família para Santo André, onde exerceu as
funções de tecelão, pintor, encanador, serralheiro e garçom, na casa do
então Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras. Posteriormente, foram para São
Paulo, onde aprendeu o ofício de metalúrgico - ajustador no Liceu de Artes e
Ofícios. Foi obrigado a abandonar a função porque seus pulmões ficaram
afetados pelo pó do ferro esmerilhado. Empregou-se em outras funções, entre as
quais a de vendedor. Foi apelidado de "Noel Rosa paulista". E
um símbolo quase unânime do chamado samba paulista/paulistano do Brás. Seu nome
artístico surgiu a partir do aproveitamento do nome Adoniran, do amigo Adoniran
Alves, colega de boemia, e Barbosa, do cantor e compositor Luiz Barbosa,
pioneiro do samba de breque.
Biografia
Baden Powell
(83 anos) Baden Powell de Aquino
6/8/1937
Varre-Sai, Itaperuna, RJ -
26/9/2000
Rio de Janeiro, RJ - Violonista. Compositor. Nasceu em Varre-Sai,
distrito de Itaperuna. Aos três meses de idade, foi com a família para o Rio de
Janeiro. Morou nos bairros de Vila Isabel e São Cristóvão, Zona Norte da
cidade, onde passou toda a sua infância. Filho do sapateiro e músico amador
Lilo de Aquino e de Adelina, recebeu o nome em homenagem ao britânico Robert Stephenson
Smyth Baden Powell, o fundador do escotismo. Filho mais novo do casal, teve
dois irmãos: Jackson, que morreu ainda bebê, e Vera. Começou sua vida musical
brincando com o violino do pai, sendo, mais tarde, presenteado com um violão.
Apesar de canhoto, tocava o instrumento como destro. Teve sólida formação
violonística, e, desde criança, era possível perceber seu talento para a
música. Seu primeiro professor de violão foi Meira (Jayme Florence), então
violonista do regional de Benedito Lacerda, com quem começou seus estudos, aos
oito anos de idade. Teve ainda influências de Garoto e Dilermando Reis. Por
volta dos 12 anos, ingressou na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro.
Sua primeira apresentação pública foi aos nove anos de idade, no programa
"Papel carbono" (Rádio Nacional), de Renato Murce, no qual recebeu o
Prêmio de Melhor Violão Solo, por sua interpretação da música "Magoado",
de Dilermando Reis. Em seguida, apresentou-se em outros programas populares da
época, como "Programa do guri" e "Calouros do Ary",
comandado por Ary Barroso. Conheceu muitos músicos famosos, apresentados por
Meira, entre eles Pixinguinha. Aos 13 anos, tocava em bailes nos subúrbios
cariocas e shows, como solista ou acompanhando cantores. Em 1950, Renato Murce
reuniu calouros talentosos no show "Arraia miúda", apresentado no
Teatro João Caetano(RJ). Nesse show, apresentaram-se, também, Claudette Soares
e Alaíde Costa, em uma temporada de três meses, com grande sucesso. Renato
Murce também promoveu excursões pelo interior do país, no período das férias
escolares, impulsionando a carreira de quem seria um dos maiores violonistas
brasileiros. Mais tarde, estudou, também, com Moacir Santos. Segundo ele mesmo,
em entrevista ao jornal O Globo, em março de 2000, "Moacir me passava
exercícios de composição em cima dos sete modos gregos (...). Foram esses
exercícios que viriam a se tornar mais tarde os afro-sambas." Casou-se com
Heloísa Setta, em março de 1963, tendo como padrinho o parceiro Vinicius de
Moraes. No fim de 1965, separou-se de Heloísa, começando namoro com Tereza
Drummond, com quem viveu até 1969. Em 1970, conheceu Márcia Siqueira Toledo,
então com 16 anos de idade, com quem começou a viver. Em 1975, casou-se com
Sílvia Eugênia, com quem teve dois filhos, Philippe Baden Powell e Louis Marcel
Powell. No fim dos anos 1990, separou-se de Sílvia, passando a viver com
Elizabeth Amorim do Carmo. Por diversas vezes, internou-se para desintoxicar-se
do abuso do álcool. Morreu na manhã do dia 26 de setembro, do ano de 2000, na
Clínica Sorocaba, no bairro de Botafogo(RJ), onde estava internado desde o dia
24 de agosto. O corpo foi velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. O
enterro foi realizado às 11h do dia 27 de setembro no Cemitério de São João
Baptista, em Botafogo(RJ).
Biografia –
Paulo
Sérgio Valle (80 anos) Paulo Sérgio Kostenbader
Valle
6/8/1940
Rio de Janeiro, RJ Compositor. Irmão do
instrumentista, compositor e cantor Marcos Valle. Formado em Direito pela
antiga Universidade Estadual da Guanabara.
Fonte: Ricardo Cravo Albin
Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana. Topo
Intervalo compreendido do dia 31 de julho a 06 de agosto
Fonte: Dicionário Ricardo Cravo Albin
Como
uma das principais petrolíferas se destacou quando os preços caíram
Quando os
preços do petróleo caíram para mínimos históricos em abril, a maioria dos
produtores de petróleo,
incluindo
os países da OPEP +, respondeu cortando drasticamente a produção para se livrar
do enorme excesso de oferta. No entanto, uma empresa de petróleo respondeu
fazendo exatamente o contrário: aumentando a produção e armazenando o excesso
de petróleo em antecipação a uma recuperação do mercado. A gigante estatal
norueguesa de petróleo e gás Equinor é uma das poucas empresas de petróleo que
conseguiram lucrar nesse mercado tumultuado depois que sua aposta no
armazenamento de petróleo valeu a pena. A Equinor divulgou um lucro
líquido surpresa de US $ 646 milhões no segundo trimestre, superando as
expectativas de Wall Street de uma perda de US $ 250 milhões, graças aos
enormes lucros comerciais, apesar de uma queda de 53% na receita, para US $
8,04 bilhões.
A divisão
de marketing da Equinor apresentou resultados recorde, com os ganhos ajustados
no segundo trimestre da divisão de marketing, midstream e processamento da
empresa chegando a US $ 696M, contra apenas US $ 74M um ano atrás.
Curiosamente,
a Equinor também se destacou de seus pares europeus, mantendo suas previsões de
preços de petróleo a longo prazo, evitando assim uma potencial baixa contábil.
A companhia de petróleo controlada pelo estado manteve sua previsão anterior do
preço do barril a US $ 80 em 2030.
O
impressionante trimestre da Equinor pode ser diretamente atribuído à execução
perfeita dos chamados jogos de óleo de contango.
Quando os
preços do petróleo caíram em abril, a diferença de preço entre um contrato
Brent para contrato a prazo de seis meses e outro para entrega imediata - uma
medida fundamental do grau de contango - caiu para um recorde de quase - US $
14 o barril, superando o último grande contango testemunhado durante a crise
financeira de 2008-09.
A Equinor
aproveitou a oportunidade e começou a armazenar milhões de barris da commodity,
enchendo seus navios com petróleo bruto, transformando-os em instalações de
armazenamento flutuantes e alugando armazenamento em terra em outros lugares. A
empresa fez isso antecipando que seria capaz de aumentar seu estoque de
petróleo com lucro quando os preços se recuperassem posteriormente no
famoso jogo de contango.
E os
preços se recuperaram.
Após
acumular a média de uma baixa de vários anos de US $ 18,38 / barril em abril,
os preços do Brent tiveram uma recuperação significativa, com média de US $
29,38 em maio e, posteriormente, cruzando e mantendo acima da marca de US $ 40
/ barril no final de junho. A Equinor aproveitou a alta do preço do petróleo
para vender seus estoques, o que, combinado com outras atividades de comércio
de petróleo, ajudou a entregar um recorde de cerca de US $ 1,16 bilhão em
ganhos ajustados antes dos impostos em apenas um trimestre.
"O
aumento deveu-se principalmente ao mercado de contango durante o trimestre e
aos bons resultados do comércio de refinados", disse a empresa durante seu
último relatório de resultados.
A Equinor
foi jogador duro e solitário no jogo contango.
Empresas
de petróleo experientes, como a Royal Dutch Shell, bem como casas comerciais
como Glencore, Vitol e Trafigura, foram feridas durante a queda do preço do
petróleo. Enquanto isso, a Reuters informou em junho que a unidade de
negociação de commodities da Goldman Sachs registrou mais de US $ 1 bilhão em
receitas de negociação, depois de prever corretamente o colapso e posicionar
suas mesas de acordo. A BP P, a Total SA, Eni SpA e a Lukoil PJSC também
possuem grandes mesas de negociação cujos lucros podem ajudar a compensar as
perdas devido aos baixos preços do petróleo.
Obviamente,
um componente-chave de uma execução bem-sucedida do contango é o acesso a um
amplo armazenamento. Felizmente, a Equinor era bem dotada nesse departamento,
com suas cavernas subterrâneas de Mongstad, Eldar Saetre, capazes de conter
quase 9,5 milhões de barris. A empresa também disse que havia alugado
capacidade de armazenamento na Coréia por anos e também usava extensivamente
armazenamento flutuante.
Infelizmente,
a falta de espaço de armazenamento é a principal razão pela qual os preços
caíram em território negativo em abril - e a razão pela qual muitos outros
traders foram impedidos de obter os suculentos lucros do contango.
Fonte: Oilprice.com
BB faz 'negócio de pai pra filho' com o BTG Pactual
Estatal vende carteira de crédito de R$ 3 bilhões por R$ 300 milhões para banco fundado por Paulo Guedes
Por
MARTHA IMENES
Na web, Ciro denunciou a negociata, que ele classificou de "roubo
moderno". "Estão roubando de braçada. É um negócio absolutamente
escandaloso o governo do 'seu' Jair Bolsonaro", conclui. O vídeo com do
ex-governador pode ser visto em https://www.instagram.com/tv/CDPpyS1BZNO/?igshid=1vsj0cknxhz2c.
Fake
news
Só para lembrar: além da venda de créditos por quase 10% do seu real valor, o
BB é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos em
publicidade em sites que divulgam notícias falsas. O caso levou à suspensão
dessas propagandas do BB em blogs, portais e redes sociais suspeitos de
propagar mentiras.
Os sites e blogs, que são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, também são
alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga as fake news. Seus
proprietários, inclusive, chegaram a ser conduzidos para prestar contas à
Justiça e seus perfis em redes sociais foram desativados.
Respostas
Procurado pelo jornal O DIA, o BB informou que a negociação passou por
licitação e que é prática comum no mercado. Salientou ainda que todas as
transações são feitas com aval de um comitê e que não se trata de decisão
individual. Já o BTG Pactual disse que não vai comentar o assunto.
Senador quer ouvir ex-presidente
O fato de o BB estar no centro de polêmicas nos últimos meses, como a das fake
news e o negócio com o BTG Pactual, fez o Senado acender a luz amarela. A
afirmação de Rubens Novaes de que o banco precisa de renovação para enfrentar a
inovação no mercado e que ele não se acostumou com os esquemas de Brasília,
preocupou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que quer ouvir o
ex-executivo.
"Trata-se de colocação que traz
enorme preocupação, pois pode indicar que grupos criminosos estão interessados
em avançar sobre o gigantesco patrimônio do BB, assim como pode evidenciar que
o senhor Rubem Novaes tomou conhecimento de tentativas de práticas de corrupção
na sua gestão", disse.
Reforma tributária de Guedes cobra mais da sociedade e facilita privatizações com dinheiro da Previdência
Apesar da propaganda de que estariam promovendo uma grande simplificação e facilitando a vida do contribuinte, na prática, a proposta provocará aumento da carga tributária e a simplificação é pífia, tendo em vista que a nova CBS engloba apenas duas contribuições sociais já existentes: a Cofins (contribuição para o financiamento da Seguridade Social) e PIS/Pasep (contribuições para os programas de integração social e formação de patrimônio do servidor público).
Na Câmara, a proposta recebeu o número de PL 3.887/2020, e determina que CBS incidirá sobre o auferimento da receita bruta, à alíquota de 12%, exceto para instituições financeiras, que terão tratamento privilegiado: alíquota de 5,8% e ainda poderão fazer diversas deduções da base de cálculo.
A alíquota de 12% será repassada aos consumidores e destacada na nota fiscal referente à venda de bens e serviços, ou seja, os consumidores pagarão essa contribuição majorada.
Porém, as empresas não recolherão esses 12% aos cofres públicos, pois a CBS não será cumulativa, ou seja, os contribuintes poderão escriturar os valores pagos em suas compras e compensar com o valor que incidiu sobre suas vendas, recolhendo somente a diferença.
Conforme exposição de motivos do PL 3.887/2020, "todo e qualquer crédito vinculado à atividade empresarial poderá ser descontado da CBS devida e os créditos acumulados serão devolvidos."
Preço será cobrado da população
O PL 3.887/2020 trouxe para a legislação federal a Súmula 509 do STJ, referente ao ICMS, e admite que "a pessoa jurídica adquirente de boa-fé, na hipótese de declaração de inidoneidade do documento fiscal ou da pessoa jurídica emitente, poderá apropriar crédito da CBS desde que comprove a ocorrência da operação e o pagamento do preço".
Sem dúvida, está havendo uma facilitação para o aproveitamento de créditos, porém, não são todas as empresas que possuirão créditos para compensar, em especial algumas do setor de serviços.
Compensando ou não, a sociedade que consome pagará pela nova alíquota de 12%, que certamente impactará no aumento dos preços cobrados da população.
Atualmente, na modalidade de não-cumulatividade (modalidade que permite a compensação de créditos), as alíquotas da Cofins e do PIS/Pasep são respectivamente de 7,6% e 1,65%, portanto, somadas, correspondem a uma carga tributária de 9,25%. As instituições financeiras já possuem tratamento privilegiado atualmente e pagam 4% e 0,65%, respectivamente, a título de Cofins e PIS/Pasep.
A outra modalidade, na qual não há compensação de créditos, tem sido utilizada pelas milhões de empresas tributadas pelo Lucro Presumido, em especial as prestadoras de serviços, que não possuem muitos créditos para compensar. Atualmente, as alíquotas da Cofins e do PIS/Pasep para quem não compensa créditos são respectivamente de 3% e 0,65%, totalizando 3,65%. Essa modalidade está sendo extinta pelo PL 3.887/2020.
Mais pesado para as pessoas de baixa renda
É inegável o aumento da carga tributária sobre o consumo, o que agrava a regressividade do modelo tributário brasileiro, e o seu ônus muito mais pesado, proporcionalmente, sobre as pessoas de baixa renda, que empregam tudo que ganham para adquirir produtos necessários à sua sobrevivência.
Mais da metade da arrecadação tributária brasileira advém de tributos que incidem sobre o consumo, o que coloca o Brasil como um dos países mais injustos do mundo em matéria tributária.
A nova CBS vai piorar essa condição, quando deveríamos estar buscando o contrário, tendo em vista a dramática desigualdade social já existente no Brasil. O sistema tributário pode e deveria ser a via mais óbvia para distribuir renda, desde que os tributos sejam cobrados diretamente sobre os grandes lucros e fortunas dos mais ricos. Estamos fazendo o inverso!
A proposta de Guedes ainda representará um risco financeiro ao financiamento da Seguridade Social, que atualmente tem a garantia de receber a totalidade do que se arrecada a título de Cofins e passará a receber um percentual do que se arrecadará com a CBS.
De acordo com o PL 3.887/2020, apenas uma parte da arrecadação da CBS irá diretamente para o caixa da Seguridade Social, tendo em vista que está mantida a destinação de recursos às finalidades do Art. 239 da Constituição Federal, que destina no mínimo 28% das contribuições do PIS/Pasep para o BNDES.
Com a criação da CBS, a destinação de recursos arrecadados pela contribuição ao Pis/Pasep foi modificada, conforme artigos 89 e 90 do PL 3.887/2020, que destinam, respectivamente, 12,95% da CBS ao FAT e 5,3% ao BNDES.
Privatizações do patrimônio público
Conforme tabela no final deste artigo, em 2019, a arrecadação do Pis/Pasep foi de R$ 67,5 bilhões, enquanto a Cofins arrecadou mais de R$250,5 bilhões, ou seja, quase quatro vezes mais.
A atual garantia de destinação da totalidade da arrecadação da Cofins ao financiamento da Seguridade Social passa a ficar sujeita a um percentual da CBS, que pode ser alterado a qualquer momento, por exemplo, aumentando-se a parcela destinada ao BNDES, que tem financiado privatizações de patrimônio estratégico, contrariamente aos interesses da sociedade e da economia do país, e na contramão do que o resto do mundo está fazendo.
Assim, na prática, sob a justificativa de simplificação tributária, a proposta de Guedes aumenta a carga tributária que recai sobre o consumo, penalizando os mais pobres, e fragiliza o caixa da Seguridade Social, podendo ainda facilitar o direcionamento de recursos para a priorização de seu objetivo de "privatizar tudo"!
É preciso que o Congresso Nacional aprofunde o debate para que a reforma tributária necessária aconteça em direção oposta, aumentando-se os tributos diretos que incidem sobre os lucros, grandes fortunas e demais ganhos sobre aplicações financeiras.
Fonte: ExtraClasse
Petrobras
desaponta construção naval nacional: Estaleiros perdem o Filé mignon de obras
para 3 navios plataformas do tipo FPSO no gigantesco campo de Búzios, no pré-sal
Representantes da Petrobras disseram em entrevista online que a estatal vai seguir o que está na LEI e que os interesses concentram-se em preço, qualidade e segurança.
A
construção naval brasileira executará apenas 25% das obras
Os principais estaleiros do
Brasil estavam contando com a solidariedade da Petrobras nesses últimos tempos.
O anúncio da estatal para afretar 3 navios plataformas do tipo FPSO (Unidade
flutuante de armazenamento e transferência) para o gigantesco Campo de Búzios,
no pré-sal da Bacia de Santos, deixou a construção naval nacional em alerta, junto
com a esperança de que estas obras fossem executadas no país, gerando emprego e
reaquecendo a economia deste setor. Mas parece que não foi desta vez.
Houve uma entrevista online com dois
representantes da Petrobras na última sexta-feira(31): Carlos Alberto de
Oliveira, diretor de E&P e Roberto Castello Branco, atual presidente da
estatal.
Oliveira disse que seguirá o que está
na lei, ou seja, a obrigatoriedade de cumprir pelo menos 25% de conteúdo local
nacional, que geralmente são apenas montagens de módulos, topsides, cascos e
outros pequenos serviços modulares. A maior parte, cerca de 75%, ficará no
exterior. ( Amadores asiáticos, naturalmente).
Castello
Branco disse nessa mesma mesma entrevista que a Petrobras deve trabalhar em
cima de 3 vertentes fundamentais: preço, qualidade e segurança.
Construir em estaleiros asiáticos é barato no curto prazo
A construção naval brasileira é
referência em qualidade técnica e segurança na execução de obras em navios
plataformas do tipo FPSO e outras unidades destinadas ao segmento offshore /
marítimo. A principal barreira que este setor enfrenta no momento recai sobre
custos de produção.
Construir em estaleiros da China,
Cingapura, Sul Coreanos e outros países asiáticos é barato, pois não há quase
nada de direitos trabalhistas. A moeda brasileira (REAL) está muito
desvalorizada, ressaltando que o petróleo é uma commoditie, então quase tudo
que é negociado neste mercado são em dólares comerciais (USD).
Temos a questão da regulação
tributária brasileira, sendo este um dos grandes impeditivos para obras e
projetos de grande porte sejam executados aqui com mais vigor.
Você sabe onde fica o maior campo de petróleo
em águas profundas do mundo? O Campo de Búzios fica no Brasil e já responde por
mais de 20% da nossa produção. Confira: petrobr.as/buzios-curiosi #EnergiaParaTransformar #JuntosNossaEnergiaFicaMaisForte
Resumo da
metodologia que a Petrobras utiliza para contratar ou afretar navios
plataformas do tipo FPSO
Nas palavras de Oliveira nesta mesma
entrevista, ele passou um resumo em três etapas de como funciona o processo de
contratação das plataformas, até começar de fato a serem construídas:
1.
A Petrobras usa um sistema de pré-qualificação de empresas e escolhe que
detém expertise técnico para participar das licitações dos FPSO’s
2.
Em seguida, haverá um processo de competitivo no tocante à contratação
de unidades próprias
3.
Neste ponto, as empresas vencedoras detém autonomia para decidir
em quais estaleiros desejam construir, desde que 25% destas obras sejam feitas
no Brasil, que é o conteúdo local.
Há 6 FPSO sendo construídos no exterior neste momento:
·
FPSO Carioca –
China
·
FPSO Guanabara –
China.
·
FPSO Almirante
Barroso – China
·
FPSO Anita Garibaldi – China
·
FPSO Anna Nery – Malásia
·
FPSO Sepetiba –
China
Para mais detalhes técnicos da
construção destas unidades, empresas envolvidas e respectivos estaleiros,
acessem o Petronoticias aqui.
O diretor executivo de
Desenvolvimento da Produção, Rudimar Andreis Lorenzatto explica que
trabalha em um cenário que à atual pandemia não vai atrapalhar o andamento
destes projetos três projetos para o campo de Búzios: “Como nós temos um
processo que está se iniciando agora e só vamos assinar esses contratos em
2021, esperamos que o efeito da Covid-19 para a construção desses três FPSOs já
tenha passado”
Fonte: CPG
Urgente
Como nosso petróleo atiçou a cobiça dos EUA
Pré-sal poderia abrir grande ciclo de mudanças sociais e criar, na América do Sul, contraponto ao poder de Washington. Era preciso destroçar a aventura — por meio da Lava Jato, do golpe de 2016 e do ultraliberalismo de Bolsonaro-Guedes
"Em matéria de petróleo, tudo o que a nossa imaginação sugerir é pouco em face do que pode acontecer" (Getúlio Vargas, senador, ao defender o monopólio estatal de petróleo no Brasil em 1947)
O The Intercept Brasil publicou, no dia 1º de julho, novos diálogos que revelam a relação íntima entre a Polícia Federal brasileira e o FBI, durante as investigações da operação Lava Jato. Fica muito evidente que a operação funcionou através de uma cooperação muito estreita com as autoridades americanas, completamente à revelia da lei. A conspiração foi dirigida contra a maior empresa da América Latina, importante motor da economia nacional, que recém tinha anunciado a maior descoberta de petróleo do milênio. Mas durante o desenrolar da operação, os EUA aproveitaram para liquidar as grandes empresas brasileiras, que concorrem (concorriam) diretamente com as empresas estadunidenses. A Odebrecht, por exemplo, teve prejuízos que superaram os R$ 6 bilhões. O setor de processamento de carnes teve também uma operação específica, Carne Fraca, impondo prejuízos bilionários às empresas do setor, o que, no caso da JBS, representou um prejuízo na casa dos bilhões.
Na realidade, Sérgio Moro foi o "chefe de fato" da operação, como ficou evidente pelos vazamentos trazidos nas reportagens da Vaza Jato em 2019. Desde o seu início, em março de 2014, já haviam indícios de que a operação Lava Jato tinha sido arquitetada fora do Brasil, possivelmente no Departamento de Estado norte-americano. A Lava Jato foi o grande instrumento do golpe arquitetado pelo imperialismo que, aliás, teve dimensão latino-americana, pois um conjunto de países na América Latina sofreram golpes de estado, com adaptações, claro, às realidades nacionais. Os golpes fazem parte de uma estratégia dos EUA para a região, visando a recuperação de um terreno político e econômico perdido, principalmente na primeira década dos anos 2000.
Em 2014, já era evidente que o golpe se armava pela via da Petrobrás. Mas não era fácil tentar denunciar que a Lava Jato era basicamente uma armação para desmontar a Petrobrás e tomar as riquezas reveladas pela descoberta da maior jazida de petróleo do milênio, o pré-sal. A força da operação Lava Jato, e o enraizamento daquelas ideias no meio da população, disseminada pela grande mídia em peso, já deixava evidente que havia alguém muito poderoso por trás do "Mussolini de Maringá" e seu grupo: era simplesmente a maior força da terra, o imperialismo norte-americano.
Por que a Petrobrás foi o alvo central da operação? Basicamente porque:
1-Se trata de petróleo: produto fundamental e maior causador de todos os conflitos bélicos nos últimos 100 ou 150 anos e sem substituto no curto prazo como fonte de energia e matéria-prima da indústria;
2-A Petrobrás não é uma empresa e sim uma nação amiga: é a maior companhia da América Latina, produzia em 2013, 2,6 milhões de barris de petróleo diários, tinha uma força de trabalho de mais de 100 mil trabalhadores, operava em 25 países, tinha um lucro de R$ 23,6 bilhões e era a 13ª maior companhia de petróleo do mundo no ranking da revista Forbes. Era uma empresa (ainda é, não conseguiram destruí-la) maior do que a economia de muitos países. Como já falou alguém: "a Petrobrás é uma outra nação. Felizmente é uma nação amiga".
Em função da descoberta do pré-sal em 2006, o governo Lula sancionou em 2010, a lei de Partilha, que visava uma retenção maior da renda petroleira por parte da nação brasileira. Por isso foi tão combatida pelas multinacionais do petróleo e seus aliados dentro do país. Pelo sistema de concessão, que defendem os que tentam derrubar a Lei de Partilha, as multinacionais ficam com 67% do valor do petróleo extraído, em óleo, e deixam no Brasil 10% do valor dele em royalties, pagos em dinheiro, além dos impostos. No sistema de Partilha as multinacionais do petróleo têm que dividir com o Brasil o petróleo retirado, além da Petrobrás ter a exclusividade na operação, o que evita roubos do petróleo retirado.
Se o Brasil não fosse um país subdesenvolvido e dependente, a extração de todo o petróleo brasileiro teria que ser um monopólio do Brasil, um monopólio da Petrobrás, a exploração não teria que ser aberta às multinacionais. Todo o subsolo deveria ter esse tipo de política. Mas as multinacionais não "suportaram" nem mesmo a moderada lei de Partilha.
Para termos uma ideia, para exploração do poço de Libra, leiloado em 2013, foi montado um consórcio com uma participação societária de 40% da Petrobrás. Segundo os especialistas no setor (especialmente a AEPET), se a Petrobrás não tivesse participação nesse consórcio, o Estado brasileiro arrecadaria R$ 246 bilhões a menos e as áreas de Educação e Saúde perderiam R$ 50 bilhões em royalties, conforme previa a Lei. Além disso, se a Petrobrás fosse contratada diretamente, tendo 100% de participação em Libra ao invés de abrir para leilão, o Estado brasileiro arrecadaria R$ 175 bilhões a mais.
O que explica um país, que tem uma "nação amiga" como a Petrobrás, que é a maior especialista em exploração em águas profundas e ultraprofundas do mundo, abrir negócios para empresas estrangeiras, em uma área na qual o país gastou bilhões de dólares (de dinheiro público) para explorar e mapear? O fato de ser um país subdesenvolvido, ter forças armadas fracas, e ser subserviente aos interesses imperialistas. Além de ter, é claro, uma burguesia extremamente entreguista e inimiga do povo.
A estratégia dos EUA para a América Latina é impedir o surgimento de potências regionais, especialmente em áreas com abundância de recursos naturais, como é o caso do Brasil. O modelo dos norte-americano proposto para a região é o de países com Forças Armadas limitadas, incapazes de defender suas riquezas naturais, especialmente o petróleo. Só se consegue entender o caso da Venezuela, se compreender-se a estratégia do império estadunidense para a região. Eles não suportam a Venezuela, porque há mais de dez anos, este país reaparelhou suas forças armadas e armou a população para aguentar uma invasão dos norte-americanos, se precisar.
A partir do anúncio do pré-sal pelo Brasil, em 2006, os EUA reativaram a 4ª Frota Naval, dedicada a policiar o Atlântico Sul e rejeitaram a resolução da ONU que garantia o direito brasileiro às 200 milhas continentais. A proposta dos americanos, e dos entreguistas, sempre foi tirar a Petrobrás do caminho e possibilitar às multinacionais do petróleo a apropriação dos bilionários recursos existentes no pré-sal que podem chegar a 300 bilhões de barris de petróleo. Quando a Petrobrás anunciou o pré-sal, os críticos, bafejados pelas multinacionais do petróleo, diziam que o petróleo naquelas profundidades não teria viabilidade comercial. Chegaria tão caro na superfície, em função do custo de petróleo, que não teria viabilidade comercial. Hoje os custos de extração do barril do petróleo, do pré-sal, está a US$ 5, praticamente o custo da Arábia Saudita que retira petróleo praticamente à flor da terra.
Os vazamentos seletivos da Lava Jato, sempre contra símbolos populares e tudo que significasse promoção do Brasil, somado a um trabalho da grande mídia, despertaram uma reação histérica da classe média, que já sido verificada em outros momentos, como no golpe que levou ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Tal reação, de caráter extremamente preconceituoso e intolerante, desferida contra tudo que pudesse sugerir a soberania do Brasil, foi mais uma demonstração, sem maquiagem, do caráter entreguista da Lava Jato. Mais cedo do que alguns possam imaginar, um dia ficará claro para a maioria da população que a Lava Jato não passou de uma estratégia do império para desmontar a Petrobrás e tomar os imensos recursos do pré-sal, como já está fazendo.
Fonte: Outras Palavras
Fonte:
Homenagem Especial
Fonte:
Momento Furtado - Encerramento
Mãe, onde estão Carlão
e Maria?
Ainda criança, sempre
perguntava
Pelos irmãos. Carlão e
Maria
Mãe pouco falava, um dia
vi
Homens armados, levaram
pai
Mãe ficou apreensiva,
calada
Depois de dias
Pai apareceu
Cheio de hematomas
Cuspindo sangue
Mãe em silêncio
Passados dois dias
Pai não resistiu, foi
embora
Só ficando a saudade
Mãe deixou de sorrir
Vovó rezou pela alma de
pai
Vovó falava bem baixinho:
- Filho a tua chama de
igualdade jamais se apagará
Vovó chorou bastante
Lembro-me pouco de Maria
De Carlão menos ainda
Novamente vieram os homens
Dando tapas em mãe,
agressivos:
- Sua vaca! Cadê Maria e
Carlão?
- Aquela puta e aquele
veado
Mãe e vovó calmas
Por que mãe nunca chorou?
Na minha frente, a vi
levando uma bofetada
De um estúpido, canalha
Mãe soube ser forte
Resistiu com dignidade
Maria e Carlão nunca
retornaram
Eram tempos difíceis
De ódio e rancor
Fonte: Antonio Furtado
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