Boa e relaxante Tarde em 11 de Abril de 2025
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terça-feira, 5 de março de 2024
NRDC 597/09/2024 -As Mulheres na Revolução Soviética(1) As Mulheres na Revolução Francesa(2) As Mulheres na Revolução Chinesa(3) - Mulheres no mercado de trabalho: desafios e desigualdades constantes - Mulheres - Inserção no mercado de trabalho - Vídeo extremamente esclarecedor. Misogenia, Violencia de genero, Feminicídio, Cultura do estupro, Assédio sexual, Violência doméstica, Machismo, Relacionamento tóxicos, Coercitividade e controle, Sororidade, Empoderamento feminino, Acessibilidade universal.Explique a um Cristão - Judaísmo não Cristianismo - A escolha é sua - Jesus um MILITANTE - Eles não sabem o que dizem - Barroso alerta "Risco a Democracia era maior do se pensava". - Mídias Amigas - Destaque Maria Lopes - Agradecimentos fraterno aos participantes de 03/03/2024. - Acesso direto e rápido aos destaques. - Braskem, Senador Aziz em ação, operação da PF mira diretor, gerentes, técnicos e consultores Braskem. Impactos de operações da Vale no Brasil e no mundo- Imagens de 08 de março - Dedicado aos Inescapáveis.
Conforme Santo Ambrósio: "Adão foi levado ao pecado por Eva, e não Eva por Adão. É justo e correto então que a mulher aceite como senhor e dono aquele a quem ela levou ao pecado". Aversão ou ódio às mulheres que se manifesta através da discriminação sexual, violência e objetificação sexual das mesmas. Ideia de inferioridade da mulher em relação ao homem, atravessou o tempo e se mantém até hoje devido a contextos sociais, culturais e históricos que a reforçam. O repúdio às mulheres persiste em situações de opressão e violência, como agressões físicas, psicológicas, sexuais, perseguições e feminicídio. O reconhecimento do processo histórico que levou à ideia de inferiorização de mulher é relevante para compreensão e desarticulação dos mecanismos que perpetuam essa construção.
Violência de gênero
Toda e qualquer agressão física, verbal ou psicológica direcionada a alguém em função de seu gênero ou sexo. As mulheres são as maiores vítimas desse tipo de violência. A desigualdade de gênero, que é sustentada por normas e práticas culturais, por legislações discriminatórias e pela falta de representação adequada em posições de poder, dá as bases para a violência de gênero. Progressos significativos no combate à violência de gênero só serão possíveis a partir do reconhecimento e da dissolução desses desequilíbrios.
Feminicídio
O assassinato de mulheres especificamente devido à sua condição feminina. É o resultado mais extremo da violência de gênero, motivado pela misoginia e pelo desejo de dominar ou controlar a vítima. Esses atos frequentemente ocorrem no contexto de relações íntimas, onde o agressor, muitas vezes um parceiro ou ex-parceiro, sente-se ameaçado ou busca vingança. Infelizmente, em algumas culturas e jurisdições, o feminicídio não é reconhecido como um crime distinto, o que pode resultar em impunidade e falta de justiça adequada para as vítimas.
Cultura do estupro
A cultura do estupro refere-se a ambientes socioculturais em que a violência sexual é normalizada, minimizada ou trivializada. Nesta cultura, a vítima muitas vezes é responsabilizada enquanto o agressor é isentado. Isso é perpetuado por estereótipos, pela mídia, ou por práticas sociais que desvalorizam o consentimento e a autonomia feminina. A educação sobre consentimento e a promoção de relacionamentos respeitosos são cruciais para desmantelar a cultura do estupro. Entender a raiz dessa cultura ajuda a identificar e desafiar normas nocivas, que, por sua vez, podem levar a mudanças significativas na percepção pública sobre violência sexual.
Assédio sexual
Um conjunto de comportamentos indesejados de natureza sexual, desde comentários verbais inapropriados a toques não consensuais. O assédio pode ocorrer em diferentes configurações, incluindo locais de trabalho, escolas, transportes públicos e espaços online. O poder e o controle são centrais nesta forma de violência; o agressor frequentemente ocupa uma posição de poder em relação à vítima. Para combater o assédio sexual é preciso desafiar certas normas sociais de gênero, promover ambientes de trabalho seguros e apoiar as vítimas para que elas denunciem esses tipos de incidente.
Violência doméstica
Refere-se à violência que ocorre no âmbito das relações familiares ou domésticas. Esta forma de violência não se limita apenas a danos físicos, mas também abrange abuso emocional, psicológico, sexual e financeiro. Certos padrões de controle e dominação caracterizam essas relações abusivas. Enquanto as mulheres são desproporcionalmente afetadas, é essencial reconhecer que homens e outros grupos também podem ser vítimas. Programas de intervenção e promoção à isonomia financeira, apoio jurídico e abrigo para vítimas são iniciativas vitais para combater a violência doméstica.
Machismo
Crenças ou atitudes que valorizam os homens acima das mulheres, justificando e perpetuando a desigualdade de gênero. O machismo pode ser captado de diferentes maneiras, desde comentários sutis a ações violentas. É um produto de normas e valores culturais arraigados que, muitas vezes, resistem à mudança. A conscientização e a educação são fundamentais para desafiar e desarticular atitudes machistas.
Relacionamentos tóxicos
Relações caracterizadas por padrões persistentes de abuso, manipulação e desequilíbrio de poder. A toxicidade pode ser sutil, manifestando-se em comportamentos passivo-agressivos, ou explícita, como violência física ou verbal. Os efeitos desses tipos de relacionamentos podem ser duradouros, afetando inclusive a saúde mental e física da vítima. Reconhecer os sinais e padrões de relacionamentos tóxicos é o primeiro passo para buscar ajuda e apoio, permitindo que vítimas se desvinculem de situações abusivas.
Coercitividade e controle
Essas táticas são usadas para dominar, manipular e reter o poder sobre a vítima, muitas vezes em contextos de relacionamentos íntimos. A coercitividade pode ser sutil ou explícita e compreende o isolamento da vítima, o controle financeiro, ameaças e manipulação emocional. O reconhecimento desses padrões, sobretudo por parte de familiares, amigos e outras pessoas próximas da vítima, é crucial para a busca de apoio adequado e para intervenções em situações de risco potencial à vítima.
Sororidade
A sororidade expressa a solidariedade entre mulheres, principalmente em face de discriminação e violência. Ela representa uma resposta coletiva e comunitária contra opressões sistêmicas, incentivando mulheres a se apoiarem mutuamente, tanto emocionalmente quanto prática e politicamente. Em um contexto mais amplo, a sororidade é um instrumento de empoderamento, uma forma de resistência à marginalização e de se opor à violência de gênero.
Empoderamento feminino
Trata-se do processo pelo qual as mulheres adquirem maior controle sobre suas próprias vidas, incluindo suas decisões, corpos e destinos. Em contextos de violência, o empoderamento feminino pode servir como uma ferramenta valiosa de prevenção e resistência. Ao garantir que as mulheres tenham acesso a recursos, educação, oportunidades e representação adequada, é possível dirimir a vitimização e as condições de vulnerabilidade à violência.
Acessibilidade universal
Acessibilidade universal está relacionada ao direito de ir e vir de qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiências físicas, visuais ou auditivas, gestantes, idosos e crianças. Garantir a acessibilidade universal significa possibilitar a essas pessoas o acesso, com máxima autonomia e usabilidade, seja a edifícios, às calçadas, aos modos de transportes, painéis com informações ou outras tecnologias de comunicação.
BIBLIOGRAFIA
Saffioti, H. I. (2001). Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos pagu, 115-136. Disponível aqui. Data de acesso: 08 de agosto de 2023.
Araujo, M. F (2002). Violência e abuso sexual na família. Psicologia em estudo, p. 3-11. Disponível aqui. Data de acesso: 08 de agosto de 2023.
Debert, G. G., & Gregori, M. F. (2008). Violência e gênero: novas propostas, velhos dilemas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 23, 165-185. Disponível aqui. Data de acesso: 08 de agosto de 2023.
Moterani, G. M. B; Carvalho, F. M. (2016). Misoginia: a violência contra a mulher numa visão histórica e psicanalítica. Avesso do avesso, v. 14, n. 14, p. 167-178. Disponível aqui. Data de acesso: 30 de novembro de 2023.
Destaque
Maria Lopes fez mais um excelente trabalho clique e assista.
Agradecimento fraterno aos presentes e seus comentários, na live de 03/03/2024 à Jornalista Maria Lopes e Artes, Leonardo Bastos (TV e Rádio Repensar no Youtube e Facebook), Mídia Livre (garante a nossa maior audiência), Célia Mary TV, Teddy Hair Canal Música, Peri, Zé Alves, Ciências Humanas TV, Vinicius, Tereza, Regina Faziolli, Paulo Roberto Carneiro, Helô Machado, Celina, Luiza Joana, e um abraço especial aos que nos prestigiam no Instagram, Pinterest e no Twitter, e nas visualizações nacionais e internacionais...
Indice
Bem vindos e bem aventurados os que se dedicam à PAZ ao AMOR à RECONSTRUÇÃO e à Fraternidade (Mídias Companheiras) e valoroso[a]s militantes!
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Dia a dia da Secretaria das Empresas Privadas do Sindicato dos Petroleiros RJ (N5)
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Quadro Dedicado ao Canal do Youtube - Teddy Hair Canal Musicacom a relação dos nossos aniversariantes homenageados e alguns fatos relevantes de 26/02 a 03/03/2024 (D12)
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do senado Federal que investiga o crime ambiental provocado pela Braskem, senador Omar Aziz (MDB/AM), vai requerer ao Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas, as informações e documentos sobre a audiência realizada pela instituição em que dirigentes da multinacional negaram responsabilidade com o afundamento de cinco bairros em Maceió. Diante do relato do geólogo Thales Sampaio, funcionário aposentado da CPRM, de que consultores da Braskem foram grosseiros com os técnicos que apontavam a multinacional como responsável pelo afundamento de 20% da área territorial da capital alagoano, Aziz decidiu requerer os documentos ao MPF/AL. “Quero ver consultores da Braskem serem grosseiros aqui, nesta CPI” – afirmou o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, ressaltando que vai requerer todos os fatos relativos à essa audiência, bem como os nomes dos participantes.
A ação apura a atuação de duas empresas que prestavam consultoria para a Braskem: Modecon (RJ) e Flodim (SE) - Brasília, 04 de março de 2024.
CPI do crime ambiental da trilhardária BRASKEM em Maceió/AL, 60 mil famílias de trabalhadores expulsos de suas residências. “Isso não é a Ucrânia, é o bairro em que eu morava', diz ex-morador à CPI da Braskem” A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem realiza nesta terça-feira, 5/03/2024, sua primeira sessão com convidados externos para discutir o desastre ambiental em Maceió. No início das oitivas, José Geraldo Marques, um morador da região impactado pela mineração, doutor e ativista em ecologia, falou sobre a situação na área afetada. Ele começou sua participação exibindo uma imagem impactante que ilustra o estado do bairro onde vivia em Maceió após o desastre ambiental, que forçou famílias a deixarem a região. Enquanto a imagem era exibida, José enfatizou: "Isso não é a Ucrânia, é o bairro onde eu morava".
Manifestação no Dia Internacional da Mulher, em 1917 em São Petersburgo.
A mulher soviética
As conquistas de direitos das mulheres na revolução de 1917 influenciariam o mundo inteiro e mudariam a existência de milhões de mulheres na URSS (Fonte: O Partisano)
(1)No mundo capitalista, a simples possibilidade biológica de ser mãe definirá praticamente tudo na vida do ser humano. Será suficiente para ganhar menos pelas mesmas funções, ter menos oportunidades de trabalho, na maior parte subalternas e distantes das áreas mais visceralmente vinculadas à produção do capital, como indústria, engenharia, pesquisa científica e até transporte, e dos cargos políticos de maior relevo e importância, facilitando bastante um golpe, inclusive, se por um acaso heroico do destino você for eleita Presidenta da República. Nascer com uma vagina, no nosso mundo, vai jogar em você toneladas de uma muito bem estruturada cultura de sexualização e objetificação do seu corpo, regulando seu comportamento, sua autoimagem, obrigando-lhe a ser “bonita”, sorridente e amiga. Impondo a sua escolha por longos cabelos bem cuidados, cuidando para sempre ter quadril, peito e barriga “no lugar”, e enquanto não vencer o seu prazo de validade, você será responsável por tudo o que é homem que cativa, até sem querer, e dos filhinhos que chegarem através da bênção da plena realização de “ser mulher”. Depois que já não estiver mais no “mercado” afetivo-sexual, agora sim você estará livre para passar à categoria de sombra viva que ninguém nem nota na rua, resignando-se ao papel de vovozinha doce e assexuada, com direito compulsório a uma desaposentação para ser obrigada a gostar de cuidar dos netos carentes, mimados e remelentos da filha separada, que, afinal, tem o direito de trabalhar e viver a “sua vida” na balada, já que dar é obrigação e abortar é pecado. Mas não seria forçar muito a barra achar que tudo isso aí é culpa do capitalismo? E como é que fica a milenar cultura patriarcal-opressora que resiste em pleno século XXI apenas e tão somente porque não conseguimos ainda alcançar um índice suficiente de feminismo e mulheres empoderadas para derrubar essa macharada tosca?
A marcha das mulheres que iniciou a Revolução Russa
Com Lênin governando a União Soviética, o pensamento bolchevique começara a mudar em relação ao sexo feminino, foram implementadas diversas políticas públicas que as favoreciam e lhe traziam direitos essenciais para atingir a igualdade de gênero, incluindo nos direitos trabalhistas.
As mulheres desempenharam um papel essencial na Revolução Russa de 1917. Elas não apenas foram a “centelha” que acendeu o movimento, mas também a força motriz que o impulsionou. Vamos explorar o impacto significativo das mulheres durante esse período:
Greve das Tecelãs em 1917:
No Dia Internacional das Mulheres, em 1917, as mulheres tecelãs no distrito de Vyborg, em Petrogrado (atual São Petersburgo), entraram em greve.
Elas saíram das fábricas e percorreram centenas de outras fábricas, convocando operárias e operários para aderirem à greve.
Enfrentaram confrontos violentos com a polícia e os soldados.
Essas mulheres, muitas delas sem qualificação e com baixa remuneração, trabalhavam longas horas em condições precárias e insalubres.
Exigiram solidariedade e ação por parte dos homens, especialmente daqueles com maior conscientização política e influência social.
Seu protesto pelo pão e melhores condições de trabalho inadvertidamente deu início à tempestade que varreu o czarismo.
As palavras de ordem políticas contra a guerra também surgiram durante essas greves.
Unidade entre Trabalhadores e Soldados:
As mulheres compreenderam a raiz de seus problemas e a necessidade de unidade entre os trabalhadores.
Convenceram soldados a apoiar a revolta, agarrando rifles e pedindo que baixassem suas baionetas.
Sua coragem e determinação foram fundamentais na relação entre trabalhadores e soldados.
Divisão de Poder e Mudanças:
Após a Revolução de Fevereiro, os protestos das mulheres não desapareceram.
Fizeram parte do processo que viu o apoio dos trabalhadores mudar do governo provisório para o Soviete.
A liderança socialista moderada de Mencheviques-Socialistas Revolucionários deu lugar aos Bolcheviques em setembro.
Força de Trabalho Feminina:
Milhões de homens estavam ausentes, lutando no front ou feridos/mortos.
As mulheres se viram forçadas a trabalhar a terra sozinhas, chefiar os lares e integrar a força de trabalho urbana.
Em 1917, as mulheres representavam quase metade (43,4%) da força de trabalho.
O objetivo do tema da campanha deste ano, #EmbraceEquity, é fazer com que o mundo fale sobre a falta de igualdade de oportunidades
Todos os anos, a 8 de março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher para comemorar e honrar as realizações das mulheres, aumentar a sensibilização para as disparidades de género e a discriminação, bem como promover o apoio global às mulheres.
Mas o que sabe sobre o Dia Internacional da Mulher? Vamos lembrar a cinco questões importantes.
Há quanto tempo é comemorado o Dia Internacional da Mulher?
Clara Zetkin fundou o Dia Internacional da Mulher em 1910CORBIS / HULTON DEUTSCHA 28 de fevereiro de 1909, o então ativo Partido Socialista da América celebrou o primeiro Dia Nacional da Mulher em homenagem às 15 mil mulheres que protestaram em Nova Iorque contra condições de trabalho duras e salários mais baixos. Em 1910, Clara Zetkin, advogada dos direitos da mulher e líder do Gabinete da Mulher Alemã para o Partido Social Democrata, propôs a ideia de um Dia Internacional da Mulher global. A 19 de março de 1911, realizou-se o primeiro Dia Internacional da Mulher, com a participação de mais de 1 milhão de pessoas na Áustria, Dinamarca, Alemanha, e Suíça. Foi preciso esperar até 1975, para as Nações Unidas começarem a celebrar o Dia Internacional da Mulher (IWD). Desde então, a ONU tem sido o principal patrocinador do evento anual, encorajando mais países a reconhecer "atos de coragem e determinação por parte de mulheres comuns que desempenharam um papel de destaque na história dos seus países e comunidades". E para aqueles que se sentem excluídos, há um Dia Internacional do Homem, que é celebrado a 19 de novembro em mais de 80 países em todo o mundo, incluindo o Reino Unido. Só é assinalado desde os anos 90 e não é reconhecido pela ONU. Qual é o símbolo e a cor do Dia Internacional da Mulher?
O símbolo do Dia Internacional da Mulher é um símbolo do género feminino. cores roxo, verde e branco. É normalmente acompanhado pelas cores roxo, verde e branco.
De acordo com o website do Dia Internacional da Mulher, roxo significa dignidade e justiça, verde significa esperança, e branco significa pureza. "As cores tiveram origem na União Social e Política da Mulher (WSPU), no Reino Unido, em 1908".
É feriado?
O objetivo do dia varia consoante o país. Em alguns, é um dia de protesto, enquanto em outros, é um meio de promover a igualdade de género. Em alguns países, o Dia Internacional da Mulher é um feriado nacional: Afeganistão, Arménia, Bielorrússia, Camboja, Cuba, Geórgia, Laos, Mongólia, Montenegro, Rússia, Uganda, Ucrânia e Vietname. Em certos países como a Albânia, Macedónia, Sérvia e Uzbequistão, o Dia da Mulher juntou-se ao Dia da Mãe. Na China, muitas mulheres recebem meio-dia de folga, enquanto a "Festa da Donna Italiana" é celebrada com a oferta de mimosas.
Porque é que é uma celebração histórica na Rússia?
Manifestantes em São Petersburgo a 8 de Março de 1917Getty Em 1917, a celebração do Dia da Mulher na Rússia deu-lhes o direito de voto.
As mulheres na Rússia comemoraram o dia desse ano entrando em greve pelo "pão e paz", para protestar contra a Primeira Guerra Mundial e fazer campanha pela igualdade de género. O Czar Nicholas II autorizou o General Khabalov do Distrito Militar de São Petersburgo a abater qualquer mulher que se recusasse a renunciar à greve. Elas não recuaram e os protestos permaneceram e levaram à renúncia do czar. O governo interino concedeu às mulheres o direito de voto como resultado da sua ação de protesto.
Qual é o tema deste ano?
O tema deste ano é #EmbraceEquityInternational Women's Day
Desde 1996, cada Dia Internacional da Mulher tem um tema oficial.
O primeiro tema adotado pela ONU, em 1996, foi "Celebrating the Past, Planning for the Future". No ano passado, o tema para o Dia Internacional da Mulher foi #Breakthebias, que destacou as questões que as mulheres enfrentam devido a preconceitos de género.
Este ano, é #EmbraceEquity. Como o website do Dia Internacional da Mulher afirma, 2023 centra-se na importância da equidade de género como parte do ADN de cada sociedade: "É fundamental compreender a diferença entre equidade e igualdade. O objetivo do tema da campanha IWD 2023 #EmbraceEquity é fazer com que o mundo fale sobre a falta de igualdade de oportunidades. As pessoas partem de lugares diferentes, pelo que a verdadeira inclusão e pertença exigem uma ação equitativa". As imagens deste ano apresentam todas o gesto do abraço, promovendo um enorme abraço à equidade.
Outro ponto alto deste ano é o tema da ONU "DigitALL: Inovação e tecnologia para a igualdade de género", com o objetivo de sensibilizar as pessoas para a importância e contribuição da tecnologia digital na revelação de questões de desigualdade e discriminação de género. A IWD irá explorar o impacto do fosso digital de género na desigualdade entre mulheres e raparigas, uma vez que a ONU estima que a falta de acesso das mulheres ao mundo online causará uma perda de 1,5 mil milhões de dólares para o produto interno bruto dos países de rendimento baixo e médio até 2025, se não forem tomadas medidas."Desde os primeiros dias da informática até à era atual da realidade virtual e da inteligência artificial, as mulheres têm feito contribuições incalculáveis para o mundo digital em que vivemos cada vez mais", declarou a ONU. "As suas realizações vão contra todas as probabilidades, num campo que historicamente não as tem acolhido nem apreciado".
(2) Mulheres na Revolução Francesa Vamos explicar o papel que as mulheres desempenharam na Revolução Francesa. Além disso, quem se destacou e quais direitos elas exigiram.
A marcha sobre Versalhes em 1789 começou como uma manifestação de mulheres. Qual foi o papel que as mulheres desempenharam na Revolução Francesa? A Revolução Francesa foi um processo revolucionário que começou em 1789 com o objetivo de derrubar as estruturas políticas e sociais do Antigo Regime na França. Embora a maioria de seus protagonistas políticos fossem homens, muitas mulheres de diferentes camadas sociais desempenharam um papel de destaque tanto nas mobilizações populares (como a marcha sobre Versalhes) quanto na organização de clubes e sociedades revolucionárias (como a Sociedade das Cidadãs Republicanas Revolucionárias).
A luta das mulheres na Revolução Francesa combinou objetivos políticos revolucionários com a demanda pelos direitos das mulheres. No entanto, durante a Revolução Francesa, as mulheres permaneceram em grande parte excluídas da atividade política, como evidenciado pela promulgação do sufrágio universal masculino em 1792. Mesmo assim, alguns direitos civis foram reconhecidos, como a igualdade de homens e mulheres no direito ao divórcio. Entre as mulheres que se destacaram durante a Revolução Francesa estão Olympe de Gouges (autora da Declaração dos Direitos da Mulher e Cidadã), Pauline Léon, Claire Lacombe, Charlotte Corday e Théroigne de Méricourt. Veja também: Revolução Francesa
Mulheres na marcha sobre Versalhes
Antes da Revolução Francesa, havia mulheres na Europa que, individualmente, faziam reivindicações para a igualdade das mulheres. Um exemplo é a ilustrada espanhola Josefa Amar, que escreveu livros como a Importância da instrução que se deve dar às mulheres (1784) e discursos como Discurso em defesa do talento das mulheres e de sua aptidão para o governo (1786) ou Discurso sobre a educação física e moral das mulheres (1790).
No entanto, foi somente com a Revolução Francesa que as vozes das mulheres começaram a se expressar coletivamente. Em outubro de 1789, quase três meses após a tomada da Bastilha, um grupo de mulheres em Paris se manifestou contra o alto preço do pão e a escassez de farinha.
Milhares de homens e mulheres parisienses se juntaram à manifestação e, visto que o rei Luís XVI havia realizado um banquete em seu palácio alguns dias antes, começaram a marchar até o Palácio de Versalhes para expressar sua indignação e exigir que o rei e a rainha se mudassem para Paris e abandonassem seus luxos.
Alguns manifestantes conseguiram entrar no palácio e houve violência até que o rei concordou em mudar sua família para o Palácio das Tulherias, em Paris.
As ideias de Condorcet sobre os direitos das mulheres
Entre os escritores franceses do Iluminismo que elaboraram o programa ideológico da Revolução Francesa estava Nicolas de Condorcet (1743-1794), que em sua obra Esboço de um Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano (publicada postumamente em 1795) pediu o reconhecimento do papel social das mulheres.
Condorcet comparou o status social das mulheres de sua época ao dos escravos e era a favor da participação delas como cidadãs, como expressou em seu ensaio Sobre a Admissão do Direito de Cidadania às Mulheres (1790). Após o triunfo da Revolução de 1789, surgiu uma contradição óbvia: uma revolução que baseava sua justificativa na ideia universal da igualdade natural e política dos seres humanos (“liberdade, igualdade, fraternidade”), negava às mulheres (metade da população) o acesso aos direitos políticos, o que na realidade significava negar sua liberdade e sua igualdade perante os demais indivíduos.
“O hábito pode chegar a familiarizar os homens com a violação de seus direitos naturais, a ponto de não se encontrar ninguém entre aqueles que o tenham perdido que sequer pense em reivindicá-los, nem acredite que tenha sido objeto de uma injustiça. (...) Por exemplo, não violaram todos os princípios da igualdade de direitos ao privar, com tanta irreflexão, a metade do gênero humano do direito de participar da formação das leis, ou seja, excluindo as mulheres do direito de cidadania? Pode existir uma prova mais evidente do poder que cria o hábito mesmo entre homens eruditos, que de ver invocar o princípio da igualdade de direitos (...) e de esquecê-lo com relação a doze milhões de mulheres?”
Nicolas de Condorcet Sobre a Admissão do Direito de Cidadania às Mulheres (1790)
Olympe de Gouges e a Declaração dos Direitos da Mulher
Olympe de Gouges reivindicava liberdade, igualdade e direitos políticos para as mulheres.
A dramaturga e ativista revolucionária Olympe de Gouges (1748–1793), cujo nome de nascimento era Marie Gouze, foi uma figura importante na luta pelos direitos das mulheres durante a Revolução Francesa. Em 1791, publicou a Declaração dos Direitos da Mulher e Cidadã, que era uma cópia da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão adotada pela Assembleia Nacional em agosto de 1789, mas com modificações significativas nos termos usados. Uma comparação entre os dois textos é esclarecedora:
“Os representantes do povo francês, constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governos (...) reconhecem e declaram (...) os seguintes direitos do homem e do cidadão’.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789
“As mães, as filhas e as irmãs, representantes da nação, pedem para ser constituídas em Assembleia Nacional. Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos das mulheres são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção dos governos, elas resolveram estabelecer em uma declaração solene os direitos naturais, inalienáveis e sagrados da mulher (...)”.
Olimpia de Gouges Declaração dos Direitos da Mulher e Cidadã, 1791
Ao reinterpretar o grande documento programático da revolução, Olympe de Gouges denunciava o fato de que a revolução havia esquecido as mulheres em seu projeto igualitário e libertador. Afirmava que “a mulher nasce livre e deve permanecer igual ao homem em direitos” e que “a lei deve ser a expressão da vontade geral; todos as cidadãs e cidadãos devem contribuir, pessoalmente ou por meio de seus representantes, para sua formação”. O programa de Olympe de Gouges era claro: liberdade, igualdade e direitos políticos, especialmente o direito de voto, para as mulheres. No entanto, a abordagem feminista não era compartilhada pela grande maioria dos homens que lideravam a revolução. Muitos acreditavam que as mulheres deveriam cuidar das tarefas domésticas e familiares. Em 1793, durante o período do governo jacobino conhecido como “o Terror”, Olympe de Gouges foi acusada de defender os princípios políticos dos girondinos (oponentes dos jacobinos), presa e executada na guilhotina.
A Sociedade das Republicanas Revolucionárias
A facção enragés (uma das facções mais radicais da Revolução Francesa) incluía vários sans-culottes parisienses (setores urbanos inferiores, como artesãos e trabalhadores). Nesse grupo havia mulheres revolucionárias, como a atriz Claire Lacombe.
Em 1793, Lacombe, junto a Pauline Léon, criou a Sociedade das Republicanas Revolucionárias. Pauline Léon havia participado da tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789 e apresentou um documento assinado por mais de trezentas mulheres à Assembleia Nacional em 1792, solicitando a formação de uma milícia armada feminina (um projeto que acabou sendo rejeitado).
A Sociedade das Republicanas Revolucionárias era formada por mulheres pertencentes às classes trabalhadoras e à pequena burguesia, que defendiam o direito das mulheres de participar da revolução e exigiam melhorias em suas condições de vida. Algumas usavam a cocarda tricolor ou o barrete frígio da França revolucionária.
No entanto, em outubro de 1793, a Convenção Nacional que governava a França fechou essa e todas as sociedades e clubes de mulheres que existiam na França, o que, junto à execução de Olympe de Gouges, simbolizou o fracasso das reivindicações feministas durante a Revolução Francesa.
Após a revolução, o Código Civil Napoleônico (1804), que incorporou os principais avanços sociais da revolução, negou às mulheres os direitos civis reconhecidos aos homens durante o período revolucionário (igualdade jurídica, direitos de propriedade) e impôs leis discriminatórias segundo as quais o lar foi definido como a esfera exclusiva da ocupação feminina.
Outras mulheres de destaque da Revolução Francesa
Marie-Jeanne Roland
Marie-Jeanne Roland participou da revolução ao lado dos girondinos.
Na França, os salões literários eram locais de encontro de personalidades políticas e literárias. Entre os anfitriões desses salões estavam mulheres, como Marie-Jeanne Roland, que apoiava a revolução, tinha afinidade com os girondinos (uma facção moderada) e escrevia artigos e discursos políticos. O salão de Roland era o ponto de encontro de importantes líderes revolucionários. Marie-Jeanne Roland e seu marido, Jean-Marie Roland, opunham-se aos grupos mais radicais e denunciavam o extremismo jacobino. Em 1793, Marie-Jeanne Roland foi presa e acabou sendo executada na guilhotina.
Germaine de Staël
Outro salão literário em Paris foi o de Germaine de Staël, que tinha ideias esclarecidas e defendia a igualdade de educação para homens e mulheres. Durante a Revolução Francesa, ela defendia uma posição moderada em favor da monarquia constitucional e foi forçada ao exílio na época do governo republicano da Convenção em 1793. Quando retornou à França, por meio de um escrito, defendeu Maria Antonieta, que estava sendo julgada, e durante o período napoleônico teve que se exilar novamente.
Sophie de Condorcet
O girondino Nicolas de Condorcet costumava participar do Círculo Social, um clube revolucionário fundado em 1790 que promovia o republicanismo. Entre 1790 e 1791, o Círculo Social promoveu os direitos das mulheres, com a participação de personalidades como Etta Palm.
Sophie de Condorcet, esposa de Nicolas de Condorcet, permitiu que o Círculo Social se reunisse em sua casa.
Charlotte Corday
Charlotte Corday assassinou o líder jacobino Jean-Paul Marat e foi executada.
Entre as mulheres que participaram da Revolução Francesa ao lado dos girondinos destacou-se Charlotte Corday. Além de participar de reuniões políticas, em julho de 1793 assassinou Jean-Paul Marat, um dos líderes jacobinos responsáveis pelo Período do Terror. No mesmo mês, os jacobinos a executaram na guilhotina.
Théroigne de Méricourt
Uma das mulheres que usaram uma cocarda tricolor da Revolução Francesa foi Anne-Josèphe Théroigne de Méricourt. Em 1789, enquanto as mulheres eram proibidas de participar das assembleias revolucionárias, Théroigne compareceu várias vezes às tribunas públicas.
Junto ao revolucionário Charles-Gilbert Romme, criou uma sociedade política que teve vida curta, juntou-se aos clubes dos Cordeliers e dos Jacobinos e foi difamada pela imprensa contrarrevolucionária. Em 1792, participou da invasão do Palácio das Tulherias e, em 1793, foi acusada de apoiar os girondinos e humilhada publicamente. Acabou sendo internada em um asilo psiquiátrico.
Etta Palm
Antes da criação da Sociedade das Mulheres Republicanas Revolucionárias em 1793, outra sociedade de mulheres havia sido criada em 1791, a Sociedade Patriótica e Beneficente das Amigas da Verdade. Essa sociedade foi fundada por Etta Palm, uma cortesã e espiã holandesa que se envolveu no processo revolucionário francês.
A sociedade estava relacionada ao Círculo Social frequentado por revolucionários como Condorcet, mas era reservada às mulheres e propunha reformas que visavam à igualdade entre homens e mulheres em questões civis, políticas e educacionais. Deixou de funcionar depois de 1792.
Mary Wollstonecraft
Mary Wollstonecraft foi uma escritora inglesa que defendeu a Revolução Francesa com seu panfleto Vindication of the Rights of Man (Reivindicação dos Direitos dos Homens), 1790. Posteriormente, em Reivindicação dos Direitos das Mulheres (1792), ela contestou a ideia de muitos políticos de que as mulheres deveriam ser educadas apenas para o trabalho doméstico e defendeu o direito a uma educação racional para as mulheres.
Em comemoração ao 8 de março, Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras, divulgamos um texto da revolução cultural chinesa sobre a questão da mulher: A libertação das mulheres é parte integrante da revolução proletária, de 1974. Esse texto, traduzido para o português por Henrique Monteiro, é de autoria de Hsu Kwang, vice-diretora da Federação de Mulheres de Pequim, importante organização feminina daquele período.
Essa curta intervenção não consegue, obviamente, captar toda a complexidade da luta das mulheres na revolução chinesa, seus avanços e limites. Além disso, como sabemos hoje, erra ao afirmar uma derrota definitiva da “velha opressão e escravidão das mulheres” durante a revolução cultural, demonstrando assim uma grave subestimação do inimigo de classe que em alguns anos tomaria o poder por completo na China.
No entanto, o texto de Hsu indica, de forma sintética e didática, importantes lições para o feminismo marxista a partir do processo revolucionário chinês. Tal resgate é fundamental para a luta das mulheres trabalhadoras de hoje e para a reconstrução do movimento comunista, que tem como uma tarefa fundamental defender e continuar o legado revolucionário das mulheres chinesas.
A camarada Hsu defende que a construção do socialismo e a libertação das mulheres de sua opressão milenar estão “intimamente conectadas”, “uma vez que a opressão das mulheres tem suas raízes sociais na propriedade privada e exploração de classe”. As conquistas econômicas, políticas e culturais das mulheres nos processos revolucionários são demonstrações práticas dessa conexão.
Jovens chinesas durante sessão de treinamento militar em Xangai, em 1965.
No caso chinês, a luta das mulheres, integrada à luta revolucionária, avançou em inúmeras áreas, combatendo a opressão feminina e toda a ideologia reacionária que a justificava. As transformações no âmbito do trabalho doméstico durante a revolução são relevantes exemplos:
“Por toda China cantinas públicas, creches e jardins de infância, e outras unidades de cuidado de crianças e mães estão crescendo em número. O planejamento familiar é defendido e o trabalho doméstico é dividido entre maridos e esposas. Tudo isso garante a saúde das mulheres e ao mesmo tempo as livra do fardo das tarefas domésticas, permitindo que elas tenham mais oportunidades para participar nas atividades políticas e no trabalho produtivo”.
“Uma vez que a opressão das mulheres tem suas raízes sociais na propriedade privada e exploração de classe, uma mudança completa no status desigual das mulheres trabalhadoras só pode ser atingida pela revolução, através da eliminação da propriedade privada e da exploração de classes”, afirma Hsu. Portanto, a manutenção da sociedade capitalista, fundamentalmente, será a manutenção da opressão feminina para as proletárias, camponesas e trabalhadoras. Verificamos essa realidade a partir da atual sociedade capitalista no Brasil, na qual a vida das grandes massas femininas é de duplas ou triplas jornadas de trabalho, de opressão e violência no lar. Condições de vida agravadas crise após crise, que revertem até mesmo as conquistas parciais das mulheres trabalhadoras, duramente arrancadas com muita luta.
A história das mulheres da Comuna de Paris, das mulheres soviéticas, chinesas, cubanas e de tantas outras demonstram que as mulheres são uma força decisiva da revolução por uma nova sociedade sem exploração. Assim como demonstram que tal revolução só poderá se firmar quando varrer de vez para o lixo da história todo o entulho do patriarcado.
O que está acontecendo é Genocídio ou não, será que só falta a câmera de gás?
propriedade que ele diz que é dele é em frente à uma fábrica de blocos de concreto..
👆🏼👆🏼Segue ação sobre 2 vídeos com ameaça à Lula e à Alexandre de Moraes, recomendo a leitura.
A tal propriedade do meliante, que diz que é dele, e tem hasteada uma bandeira verde e amarela, foto de 2022 e não sei o que está escrito nela, mas já começa suspeita de ser mesmo de bolsonarista bozoloide..estrada Geral do Albardão, 4.900 Palhoça/SC, grande Florianópolis.
Por outro aplicativo do Google Earth, achei o que eu procurava, a bandeira hasteada é do PL n° 22, alguma dúvida que é bolsonarista, o meliante que fez ameaça com espingarda?😂😂😂
👆🏼👆🏼👆🏼Aberto procedimento Criminal contra o indivíduo com espingarda, que fez ameaça a Lula em SC.
👆🏼👆🏼👆🏼Pesquisa Prevenção para não haver duplicidade, ninguém fez denúncia sobre o caso, é a primeira.
Navegação e bases de apoio - De aviação - Consultoria SMA
Headhunter - Prestadoras de serviço OFS - Laboratorios / Quimicos
Cursos OFS (RJ) - Empresa de Terceirização de mão de obra em Engenharia
Contribuição Assistencial
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma nova Contribuição Assistencial que terá um impacto significativo em diversos setores em todo o Brasil.
O que é a Contribuição Assistencial?
Para aqueles que ainda não estão familiarizados, a Contribuição Assistencial é uma taxa que os sindicatos e entidades de classe podem cobrar para financiar atividades e ações em benefício dos trabalhadores.
A Decisão do STF:
O STF deliberou sobre a constitucionalidade da Contribuição Assistencial, permitindo que ela seja imposta a todos os trabalhadores, mesmo que não sejam filiados ao sindicato, desde que tenham o direito de se opor. O valor da contribuição não é fixo e deve ser definido por meio de ACT de cada categoria.
O que isso significa?
Isso implica em algumas considerações importantes:
É fundamental estabelecer em acordo coletivo qual o valor da contribuição, decisão tomada em assembleia;
Isso representa uma oportunidade para fortalecer sindicatos e entidades que atuam em defesa dos trabalhadores; Indice -
Conheça um pouco das Plataformas / Base Sindipetro-RJ
04 = > Gabriel O Pensador - Gabriel Contino - 4/3/1974 - Rio de Janeiro, RJ - Cantor. Compositor. Filho da jornalista Belisa Ribeiro.Passou a adolescência no bairro de São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde conviveu com moradores da favela da Rocinha, o que o aproximou do universo rap. Chegou a cursar Comunicação na PUC-Rio, porém abandonou os estudos para se dedicar exclusivamente à música. Seu irmão (por parte de mãe) Tiago Mocotó também é músico e cantor. Em 2001, lançou na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, o livro “Diário Noturno”, pela Editora Objetiva. Neste mesmo ano lançou também o livro “Um garoto chamado Roberto” (Editora Cosacnaify). Casado com a também cantora de sua banda Aninha Lima, com quem tem dois filhos: Tom e Davi, este último, nascido em 2005. Surgiu no cenário musical com a coletânea “Tiro inicial”, surgida no Rio de Janeiro no início da década de 1980. Produzida pelo CEAP (Centro de Articulações das Populações Marginalizadas) tendo como mentor o político e ativista negro Ivanir dos Santos e como produtor musical Mairton Bahia, a coletânea aglutinou os primeiros valores cariocas ligados ao hip hop carioca: Gabriel O Pensador, MV Bill e Artigo 288 (liderado pelo rapper Gilmar), entre outros. No ano de 1992 lançou o compacto “Tô feliz, matei o presidente”. A música foi proibida de ser executada publicamente, pois o Ministério da Justiça considerou que ela incentivava o assassinato do ex-presidente Collor, então em processo de “impeachment”. Em seguida, foi contratado pela Sony Music. Ainda neste ano, lançou o primeiro disco, “Gabriel, O Pensador”, que, além de contar com “Tô feliz, matei o presidente”, continha os sucessos “Lôra burra” e “Retrato de um playboy”. Enquanto a primeira composição tratava de mulheres interesseiras e de pouca inteligência, a segunda referia-se aos “filhinhos de papai” alienados e que viviam às custas da família. Em 1995, lançou o segundo disco, “Ainda é só o começo”. Com produção de Fábio Fonseca, o disco gerou polêmica nos meios educacionais em função da música “Estudo errado”, levando professores e educadores, de modo geral, a protestarem. O CD seguinte, “Quebra-cabeça”, vendeu cerca de 1,5 milhão de cópias. Produzido pelo DJ Memê, seus principais sucessos foram “2345meia78” e “Cachimbo da paz”, esta última fazendo referência às drogas. No ano 2000, lançou o CD “Nádegas a declarar”, que vendeu 200.000 cópias e contou com as participações de Fernanda Abreu, Daniel Gonzaga e Lulu Santos. Em 2001, pela Sony, lançou o CD “Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo”. No ano de 2002, ao lado de Chico Buarque, Abel Silva, Antônio Cícero, Paulinho Lima, Elisa Lucinda, Alcione, Leila Coelho Frota, Adélia Prado, Afonso Romano de SantAnna, Ritchie, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Alcione, José Carlos Capinam e Murilo Antunes, entre outros, num total de 149 pessoas, participou do álbum com quatro CDs em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. O álbum intitulado “Reunião – O Brasil dizendo Drummond” foi lançado pelo selo Luz da Cidade, do poeta e letrista Paulinho Lima. Neste mesmo ano, no Canal Futura, apresentou o programa “Ponto de Ebulição”, no qual falava da produção científica nacional em seus diversos aspectos, juntamente com o professor Carlos Vogt.
Em 2003 lançou o primeiro disco ao vivo intitulado “Gabriel O Pensador MTV Ao vivo”, gravador em show na Fundição Progresso e no qual regravou diversos sucessos dos 10 anos de carreira e ainda algumas inéditas. Em 2004, ao lado de Frejat e da banda Detonautas, apresentou-se no “Festival Skol Rio”, na Lona da Marina da Glória, evento produzido por Liminha, ex-guitarrista da banda Mutante. No ano de 2005 lançou o CD “Cavaleiro andante”, no qual contou com a participação especial do grupo Detonautas na faixa “Sorri”; do filho Tom em “Sem neurose”; da rapper paulista Negra Li na música “Deixa rolar” e ainda de Adriana Calcanhoto na faixa “Tás a ver”, que virou clipe e também está incluído no disco, no qual também foram incluídas as composições “Bossa 9”, “Rap do feio” e “12 meses por ano”, entre outras de autoria do próprio rapper. Ao lado de Caetano Veloso, Zeca Baleiro e Milton Nascimento, participou do disco “O irmão do meio”, do cantor e compositor português Sérgio Godinho, um dos principais representantes da nova música de Portugal. Considerado um dos artistas brasileiros que mais desenvolveram o rap no Brasil, obteve também grande sucesso em Portugal a partir de 1996, país para qual faz constantes viagens para turnê de divulgação de seus discos.
05 = >Villa-Lobos - Heitor Villa Lobos - 5/3/1887 - Rio de Janeiro, RJ - Compositor. Maestro. Violoncelista. Filho de Raul Villa-Lobos, músico amador e autor de livros didáticos, e Noêmia Umbelina Santos Monteiro. Nasceu numa casa na rua Ipiranga, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro e teve sete irmãos. Seu avô materno foi boêmio e gostava de frequentar festas na companhia de músicos populares. Segundo C. Paula Barros, o avô (Santos Monteiro) chegou a compor uma quadrilha, intitulada “Quadrilha das Moças”. Na infância, Villa-Lobos era tratado pelo apelido de Tuhu. No ano da morte de seu pai, em 1899, escreve, aos 12 anos, a cançoneta “Os sedutores”. Aos 16 anos, morando então com uma tia, começa a travar contato com os chorões, como se chamavam os músicos que tocavam choro (ou chorinho). Tornou-se companheiro de Eduardo das Neves, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Catulo da Paixão Cearense. O interesse pelo choro faria com que desenvolvesse uma significativa parte de sua obra valorizando o violão. Em 1905, faz sua primeira viagem ao Nordeste e recolhe canções folclóricas. Torna-se aluno, no Rio de Janeiro, de Francisco Braga, Frederico Nascimento e Agnello França. Em 1910 é contratado como violoncelista de uma companhia de operetas e começa a compor mais intensamente. Três anos depois casa-se com a pianista Lucilia Guimarães. Em 1915, acontece a primeira audição pública de suas obras, em Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro. Em 1922, participa, no Teatro Municipal de São Paulo, da Semana de Arte Moderna, ao lado dos modernistas Mário e Oswald de Andrade. Em 1936, separa-se de Lucília para casar-se com Arminda Neves de Almeida, a Mindinha, com quem viveria até a morte, após uma carreira de sucesso no Brasil e no exterior. Dois anos antes de seu falecimento em decorrência de um tumor maligno, seus 70 anos de idade foram saudados num editorial no The New York Times. É geralmente considerado o maior compositor do Brasil, do ponto de vista internacional. Em sua mocidade pertenceu a um grupo de chorões, seresteiros de escol. Segundo o crítico Vasco Mariz, seu quartel general era “O cavaquinho de ouro”, loja de música na atual Rua da Carioca, onde os chorões recebiam convites de toda a espécie para tocarem nos lugares mais diversos. Faziam parte do grupo, cujo chefe era Quincas Laranjeira, os seguintes chorões: Luís de Souza e Luís Gonzaga da Hora (pistão-baixo), Anacleto de Medeiros (saxofone), Macário e Irineu de Almeida (oficleide), Zé do Cavaquinho (cavaquinho), Juca Kalú, Spíndola e Felisberto Marques (flauta). O repertório abrangia peças de Calado, Nazareth, Luís de Souza e Viriato. Tirou os chorões do ambiente para criar uma atmosfera nova na música clássica. Naquele meio, formou uma faceta de sua personalidade, aproveitando o que havia de original. Entre os chorões, ele era o violão clássico e chegou mesmo a influenciá-los, tanto que, por sua sugestão, Ernesto Nazareth escreveu batuques, fantasias e estudos. Reminiscências dessa época são encontradas em várias peças da série dos “Choros” e na fuga da “Bachiana Brasileira nº 1”, composta à maneira da música de Sátiro Bilhar. No livro “O Choro”, publicado em 1936, Alexandre Gonçalves Pinto diz: “Conheci Villa-Lobos quando ele era um exímio chorão. Tocando em seu violão o que é muito nosso com perfeição e gosto de um exímio artista, em companhia do grande cantor e poeta Catulo, de quem ele é dedicado amigo”. O seu permanente interesse pela música popular está claramente evidenciado no livro de Jota Efegê “Figuras e coisas do carnaval carioca” (MEC Funarte, Rio de Janeiro, 1982) onde o autor descreve, de modo muito pitoresco, o desfile do cordão “Sodade do cordão”, organizado pelo próprio maestro. Considerando o canto orfeônico um caminho adequado para a educação musical, é nomeado, na década de 1930, superintendente de Educação Musical e Artística pelo presidente da República, Getúlio Vargas. Em 1940, durante o Estado Novo, regeu no estádio do Vasco da Gama a concentração orfeônica que reuniu 40 mil escolares. No ano seguinte, no mesmo local, regeu a apresentação do cantor Sílvio Caldas, acompanhado por um coro de 30 mil vozes na interpretação de “O Gondoleiro do amor”, de Castro Alves. Dentre sua numerosa obra de mais de 1000 peças de todos os gêneros, aproveitou com freqüência temas, ritmos e células de motivos populares urbanos, sobretudo da região do Rio de Janeiro, onde nasceu e passou a juventude. O crítico e seu biógrafo Vasco Mariz afirma que a série dos “Choros”, 14 peças escritas ao longo dos anos 1920, representa sua contribuição mais importante para a música moderna, destacando o caráter suburbano do Rio de Janeiro, com seu lirismo irônico extravasado em surdinas e lissandos. O “Choro nº 2” reflete diretamente os ambientes do Rio do início do século XX, enquanto o “Choro nº 4” é talvez o mais característico sob o ponto de vista da forma. No “Choro nº 5”, sub-titulado “Alma Brasileira”, introduziram-se combinações rítmicas curiosas que identificam o estilo dos seresteiros. Já o “Choro nº 6”, para orquestra, tem muito maior envergadura e, no entender de José Maria Neves, representa “uma viagem através da alma de seu povo”. A Orquestra Sinfônica Mundial, com Lorin Mazel, gravou esta obra e o disco vendeu mais de 1 milhão de exemplares no exterior. O “Choro nº 8”, o choro da dança, é o choro do Carnaval nos seus múltiplos aspectos e heranças. O “Choro nº 10” tem como tema central o schottisch “Yara”, de Anacleto de Medeiros, que com letra de Catulo da Paixão Cearense passou a ser conhecido com o nome de “Rasga Coração”. O jornalista e crítico Luiz Paulo Horta lembra que esse é considerado o choro mais famoso da série e que a variedade de pássaros existente no Brasil serviu para alguns motivos do “Choro nº 10” (“Villa-Lobos, uma introdução”, Jorge Zahar Editor, 1987).Também algumas de suas “Bachianas Brasileiras” representam a justaposição de certos ambientes harmônicos e contrapontísticos do estilo de Bach ao lado de algumas regiões do Brasil, sobretudo da música dos chorões cariocas. Vasco Mariz ressalta a notável série das 16 Cirandas e algumas peças do Guia Prático como “A maré encheu” e “Na corda da viola”. Na música de câmara destacam-se o “Cinco – Quarteto de Cordas”, de um lirismo seresteiro, o belo “Quatuor”, para conjunto de câmara e coro feminino, que o próprio autor classificava como “impressões da vida mundana carioca”, e a “Suíte Popular Brasileira”, para violão solo, de 1912. Merece ainda destaque a famosa série de canções, as “14 Serestas”, de 1926, e o “Samba clássico”, de 1950, para canto e orquestra. Entre suas obras mais conhecidas pelo grande público está “O trenzinho do caipira”, último movimento da “Bachianas brasileiras nº 2”, composta em 1930, e que recebeu letra do poeta Ferreira Gullar, em 1975, como parte de seu famoso “Poema Sujo”. Essa canção foi primeiramente gravada com letra por Edu Lobo, no final da década de 1970. A cantilena da “Bachianas nº 5” é talvez a sua música mais conhecida e executada, principalmente depois do sucesso do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, escrito e dirigido por Glauber Rocha em 1964. A seqüência em que os personagens vividos pelos atores Othon Bastos e Yoná Magalhães beijam-se em pleno sertão, ao som da cantilena regida pelo próprio maestro, na gravação da Orchestre National de la Radiodiffusion Française, com solo vocal do soprano Victoria de Los Angeles e acompanhamento de oito violoncelos, tornou-se um dos marcos do Cinema Novo. A “Bachianas brasileiras nº 5”, cujo segundo movimento recebeu letra do poeta Manuel Bandeira, mereceu as mais diversas interpretações de músicos eruditos e populares e foi incluída pelo intrumentista e compositor Egberto Gismonti no seu disco inteiramente dedicado a uma releitura da obra de Villa-Lobos, “Trem Caipira”, lançado em meados da década de 1980. Extraída da obra “Floresta Amazônica”, a canção “Melodia sentimental” foi gravada também na década de 1980 por Ney Matogrosso e Olívia Byington. A canção “Modinha”, com letra de Manuel Bandeira, foi incluída por Antônio Carlos Jobim em disco gravado na década de 1980, com interpretação vocal de Danilo Caymmi. Foi um dos compositores mais admirados e citados por Tom Jobim, e um exemplo dessa influência é a música “Saudade do Brasil”, composta e gravada por Tom Jobim em 1976, no disco “Urubu”. Em 1980, Milton Nascimento gravou no LP “Sentinela” a faixa “Caicó”, uma adaptação da compositora Teca Calazans para o terceiro movimento (Cantiga) da “Bachiana brasileira nº 4”. Os músicos Turíbio Santos, João Carlos Assis Brasil e Wagner Tiso estão entre os que mais recentemente têm revisitado sua obra. Em 1985, foi homenageado pelo músico Egberto Gismonti que gravou o LP “Trem caipira”, apenas com obras composas pelo maestro: “O Trenzinho do Caipira”, ” Dansa”, ” Bachianas Brasileiras Nº 5″, ” Desejo”, ” Cantiga”, ” Canção do Carreiro”, com Ribeiro Couto, ” Prelúdio”, e a adaptação do tema tradicoional ” Pobre Cega (Toada da Rede)”. No ano 2000, o cineasta Zelito Vianna levou às telas o filme “Villa-Lobos”, interpretado na juventude pelo ator Marcos Palmeira e na maturidade pelo ator Antônio Fagundes. As atrizes Ana Beatriz Nogueira e Letícia Spiller interpretam respectivamente as duas mulheres com quem o compositor casou-se: Lucilia e Mindinha. Desde 1960, seu acervo é resguardado pelo Museu Villa-Lobos, criado por determinação do presidente Juscelino Kubisthceky e que teve a viúva do compositor (Mindinha) como idealizadora e diretora até 1985. O museu se encontra atualmente num casarão do século XIX tombado pelo Patrimônio Histórico, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. O endereço do Museu Villa-Lobos na internet é: http://www.museuvilla-lobos.org.br. O livro biográfico de Vasco Mariz, intitulado “Villa-Lobos, compositor brasileiro”, já teve onze edições das quais duas em inglês, uma em francês, uma em russo, uma em espanhol e e uma em italiano. Já mereceu em torno de 70 livros dedicados a sua obra, tanto no Brasil, quanto no exterior. Em 2007, foi gravado no Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, o DVD “Quadros de uma alma brasileira”, no qual são interpretados seus choros de câmara, além do “Sexteto místico” e do “Noneto”, pela Companhia Bachiana Brasileira com direção de Ricardo Rocha. Nesse ano, o dia 5 de março, data de seu nascimento, foi escolhido pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro como o “Dia Estadual da Música Clássica”. Em 2009, por ocasião do cinqüentenário de sua morte suas partituras originais começaram a ser digitalizadas, assim como todo seu acervo reunido em 220 caixas guardadas no Museu Villa-Lobos, para em seguida serem disponibilizadas ao público. Também como parte das homenagens ao cinqüentenário de sua morte foi aberta em outubro uma grande exposição no Arquivo Nacional com fotos raras, documentos e vídeos históricos do compositor bem como a gravação de todas as suas sinfonias pela Orquestra Petrobras Sinfônica com o posterior lançamento de CD. Também foi planejado para a Sala Cecília Meireles o ciclo “Paris de Villa-Lobos” com concertos sinfônicos e de câmara com obras que ele ouviu e fez ouvir quando morou em Paris na década de 1920. A exposição “Viva Villa”, no Arquivo Nacional foi dividida em três partes. A primeira perfaz um passeio do século XIX até a primeira metade do século XX e tem como destaque uma reprodução em escala real da sala de sua casa. A segunda parte é a reprodução de um trem, que seria o “Trenzinho do caipira” e que dividido em cinco vagões, “sertão”, “Paris”, “Os anos 1930/1940”, a “Amazônia” e “As Américas” levou o visitante a percorrer os caminhos que levaram o compositor a ser reconhecido como “O compositor das Américas”. Finalmente, a terceira parte é dedicada às crianças mostrando suas adaptações para melodias infantis e seu projeto de canto orfeônico nas escolas. Foram ainda projetados filmes como “O descobrimento do Brasil”, de Humberto Mauro, para o qual compôs quatro suítes, e “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade, além de concertos de solistas e de orquestras no pátio central do Arquivo Nacional. No dia 17 de novembro, data do cinqüentenário de sua morte foi tema de diversas reportagens em diferentes canais de televisão. Ao final do ano de 2009, o Ministério das Relaçoes Exteriores distribuiu em todas as embaixadas do Brasil no exterior um CD produzido especialmente por Ricardo Cravo Albin, misturando grandes intérpretes populares e eruditos. Ainda nesse ano, foi homenageada pela Academia Brasileira de Letras no projeto “MPB na ABL” apresentado no Teatro R. Magalhães Jr., daquela entidade, com o show “Villa-Lobos e seus contemporâneos” apresentado por Turíbio Santos. Em 2010, foi lançado pela Academia Brasileira de Música o livro “Heitor Villa-Lobos e o violão”, de Humberto Amorim, abordando toda a obra violonística do compositor. Em 2012, completaram-se 50 anos re realizção do Festival Villa-Lobos com intensa programação musical em sua homenagem. Foram realizados eventos gratuitos no Museu Villa-Lobos, no Teatro Municipal, no Espaço Tom Jobim, na Escola de Música da Rocinha, na Escola de Música da UFRJ e no Centro Cultural Carioca. Em 2015, foi lançado pelo escritor o regente e compositor Guilherme Bernstein, de volta ao Brasil, após 4 anos na Europa, o livro “Sobre Poética e Forma em Villa-Lobos: Primitivismo e Estrutura nos Choros Orquestrais”, pela Editora Prisma. Segundo o autor, “este livro propõe uma viagem dupla. De início, nos dirigimos à Europa e à efervescência cultural de princípios do século XX. Daí vem o Primitivismo nas Artes e na Música e aí encontraremos a centelha estética e os processos composicionais que fizeram Villa-Lobos se descobrir como criador de uma arte nacional. Depois, nos voltamos às obras em si, aos Choros orquestrais, em toda sua fascinante complexidade. Deste mergulho duplo sairemos com mais ferramentas para racionalizar a irracionalidade villa-lobiana, interpretar o gesto intuitivo e fazer sentido de seu universo criativo – um universo de sentido tão particular e original quanto sua inspiração, o Brasil visto pelos olhos do artista”. Ainda em 2015, estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sua ópera infantil “A menina das nuvens”, que estreara no mesmo local em 1960 e que nunca mais havia sido reencenada. A montagem foi concebida em Belo Horizonte em 2009 e reprisada dois anos depois em São Paulo. Em 2019, por ocasião dos 60 anos de seu falecimento, foi anunciado pelo Museu Villa-Lobos a fase final de digitalização de seu acervo e a disponibilização da coleção de 1800 fotografias digitalizadas. Ainda por conta das comemorações foi exibido no canal Film & Arts o documentário “Villa-Lobos: de Bach ao Brasil”, de Carlos Andrade. Foi ainda anunciada que o escritor Rodrigo Alzuguir está escrevendo uma nova biografia sobre o compositor para preencher as lacunas existentes sobre a vida do maestro.
06 = > Pedrão - Pedro Augusto Baldanza - 6/3/1953 - Porto Alegre, RS - Músico. Compositor. Guitarrista. Baixista. Em 1994 realizou workshops de nome “Baixos da Alegria”. Entre 1965 e 1966 integrou a banda de rock The Roberts. Como músico baixista trabalhou por dois anos (1969/1970) com o grupo Novos Baianos. A partir de 1970, como baixista e guitarrista, passou a integrar a banda paulista de rock progressivo Som Nosso de Cada Dia, juntamente com Manito (teclados e sopros), Pedrinho (bateria) e Egídio Conde (guitarra) em São Paulo. No ano de 1974, pela gravadora Polydor, o grupo lançou um LP “Snegs”. No ano de 1976, pela mesma gravadora, o grupo lançou o LP “Som nosso de cada dia – Sábado/Domingo”. Entre 1978 e 1980 trabalhou em shows e estúdio com Gal Costa, com quem gravou os seguintes disco: “Água viva” (1978), “Gal Tropical” (1979) e “Aquarela do Brasil”, de 1980. Por essa época também trabalhou como músico do grupo As Frenéticas. Durante a década de 1980 trabalhou com vários artistas de renome, tanto em show como em gravações. Entre os muitos artistas destacam-se Elis Regina, Ney Matogrosso, Sá & Guarabira, Raul Seixas, Zizi Possi, Marina Lima, Guilherme Arantes, Sá, Rodrix e Guarabyra, Lobão e João Donato. Como músico de estúdio atuou em discos de Elba Ramalho, Simone, Fafá de Belém, Trem da Alegria, Os Saltimbancos, Xuxa, Angélica, Mara Maravilha, Wando, Margareth Menezes, Rui Mota, Banda KGB, Zé Geraldo, Rodrigo Roviralta e Eduardo Dusek. No ano de 1994, fazendo parte da nova formação do Som Nosso de Cada Dia, participou do disco “Live 94”. Em 2002, com Pedro Primo, fez a direção artística do projeto “Quarta dá canja!”, idealizado e produzido por Augusto Pinto no restaurante Eugênia, em Pinheiros, Zona Sul de São Paulo. Em 2005 foi lançado o disco “A procura da essência” com gravações inéditas do grupo Som Nosso de Cada Dia feitas nos anos de 1975 – 1976. Neste mesmo ano, participou do “Projeto Instrumental SESC Brasil” junto ao trio Trio Echo (Fábio Caramuru – piano, Magda Painno- mezzo soprano e Pedro Baldanza- baixo). Entre 2003 e 2006 trabalhou com a dupla Sá & Guarabira e ainda manteve com Fábio Caramuru um duo de baixo e piano. Ainda em 2006 integrou, com Rodrigo Roviralta e Marcos a banda de rock Mahabanda. É co-autor da composição “Não faz sentido”, gravada por Ney Matogrosso.
07 = > Turíbio Santos - Turíbio Santos - 7/3/1943 - São Luís, MA - Instrumentista (violonista). Compositor. Professor. Filho de um violonista clássico e seresteiro. Nascido em São Luís, mudou-se com sua família, em 1946, para o Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos musicais aos dez anos de idade, com Antônio Rabelo. Em 1953, conheceu aquele que seria um grande incentivador de sua carreira, o compositor e produtor Hermínio Bello de Carvalho, então membro da diretoria da Associação Brasileira de Violão. Teve ainda, como professores, o violonista uruguaio Óscar Cáceres e o maestro e compositor Edino Krieger. Iniciou sua carreira profissional em 1962, em um concerto realizado em São Luís. Nesse mesmo ano, voltou a se apresentar no Rio de Janeiro, ocasião em que conheceu Arminda Villa-Lobos, esposa de Heitor Villa-Lobos, que viria a ser de fundamental importância em sua carreira. Foi a pedido dela que fez sua primeira gravação, um LP com os 12 estudos para violão de Villa-Lobos. Em 1963, realizou a primeira audição da composição “Sexteto místico”, também de Villa-Lobos, atuando ao lado de um conjunto camerístico. No ano seguinte, participou de um movimento pela integração dos gêneros popular e erudito, liderado por Hermínio Bello de Carvalho. Nessa ocasião, exibiu-se ao lado de outros artistas, como Clementina de Jesus, Jacob do Bandolim, Paulo Tapajós e Araci de Almeida. Em 1965, obteve consagração internacional ao vencer o “Concours International pour la Guitare”, promovido pela Rádio e Televisão Francesa. Foi nomeado professor de dois conservatórios em Paris. Gravou, nessa cidade, cerca de dez LPs, lançados simultaneamente na França, Inglaterra, Estados Unidos, Japão, Austrália e outros países. Estudou com dois dos maiores nomes do violão do século XX: Julian Bream, na Inglaterra, e Andrés Segóvia, na Espanha. Apresentou-se por toda a Europa como solista. Em 1972, atuou ao lado de Elizeth Cardoso, interpretando a “Seresta nº 5”, de Villa-Lobos, para a série “Concertos para a Juventude”, da Rádio MEC. Nesse mesmo ano, apresentou-se com Leonard Bernstein e Arthur Rubinstein na temporada do anfiteatro da Faculdade de Direito, em Paris. Em 1983, criou a Orquestra de Violões do Rio de Janeiro, integrada por seus alunos, e a Orquestra Brasileira de Violões. Dois anos depois, recebeu a comenda de “Chevalier de la Legion D Honneur”, conferida pelo governo francês. A partir desse ano, passou a exercer o cargo de diretor do Museu Villa-Lobos. Em 1989, foi condecorado oficial da Ordem do Cruzeiro do Sul. Sua discografia inclui mais de 40 LPs gravados, sendo que muitos deles foram relançados em CD. Em 2001, lançou o CD “John Sebastian Bach visita a Mata Atlântica”. Flertando com o cancioneiro popular, lançou, em 2008, ano de seu 65º aniversário, o 65º disco, “Mistura brasileira”, cujo repertório registra clássicos de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (“Asa branca”, “Juazeiro” e “Baião”) e Jackson do Pandeiro (“O canto da ema”, “Forró em Limoeiro” e “Sebastiana”), mistura Tom Jobim e Villa-Lobos, e inclui composições próprias, como “Prelúdio da Rosa”, entre outras É membro fundador do Conseil d Entraite Musicale da UNESCO.
08 = > .Saraiva - Luiz Saraiva dos Santos - 8/3/1929 - Belo Monte, AL - Instrumentista. Sax-soprano. Compositor. Nasceu na cidade alagoana de Belo Monte, às margens do Rio São Francisco. Começou a ter contato com a música ainda criança, com o pai, que era maestro da banda de música da cidade de Belo Monte. Ainda criança mudou-se para a cidade de Santos, litoral de São Paulo, onde fixaria residência e identificação por toda a vida. Aprendeu a tocar bandolim em Santos, mas acabaria se fixando no sax-soprano. Trabalhou na antiga Companhia Docas, de Santos. Foi proprietário de uma casa de shows na cidade de Santos chamada “Recanto do Saraiva” sempre lotada por visitantes locais e de outras regiões do país. Iniciou a carreira artística na cidade de Santos, onde nas horas vagas tocava em bailes de gafieira, nos quais acabou desenvolvendo sua apurada técnica. Chamado para uma entrevista com o diretor artístico da Rádio Clube de Santos, Arnaldo Dias, chamou a atenção não apenas dele, mas de todos os funcionários da Rádio tocando ali mesmo com grande maestria e sendo imediatamente contratado. Em 1964, gravou, pela Continental, o LP “Sobre o ritmo das ondas”, no qual interpretou, em solo de clarineta, doze composições de sua autoria, com diferentes parceiros, a saber: “Bodas de ouro”, com Alfredo Celso; “Corintiano” e “Mulher fingida”, com Palmeira; “Célio no baião”, com Nairson Menezes; “Não me toque assim”, com Leonel Cruz; “Galera do Nelson”, com Teixeira Filho; “Relembrando o passado”, com Ivanildo José da Silva; “Selma”, com Nelson Machado; “É disso que eu gosto”, com Milton José; “A natureza”, com J. Luna; “Morada perdida”, com Waldemar Pimentel, e “Foi de lá que eu vim”, com Victor Settanni. Em 1965, lançou, ainda pela Continental, o LP “Saraiva é sucesso”, com as músicas “Parabéns Rio de Janeiro”, com J. Pires, homenagem ao Quarto Centenário de fundação da cidade do Rio de Janeiro, então comemorados naquele ano, “Acompanhe se puder” e “De um amigo só lembranças”, de sua autoria; “Lágrimas de namorados”, com J. Luna, e que seria um de seus maiores sucessos;”O sapato do Zé”, com Ivanildo José, também grande sucesso; “Alegria de campeões”, com Jair Gonçalves; “Chapéu de couro”, com Waldemir Farias; “Vida ingrata”, com Palmeira; “És vaidosa”, com Milton José; “Soluço de amor”, com Alfredo Celso, e “Estela”, com Layre Giraud, além de “Bate papo”, de Palmeira e Ângelo Apolônio, o “Poly”. No mesmo ano, também pela Continental, lançou o LP “Saxosoprando pelo Brasil”, com os choros “Milagre de Deus”, com Hélio de Araújo; “Coração sem amor”, com Teixeira Filho; “Mambo da Bahia”, com José Messias; “Bodas de Ouro”, com Alfredo Celso; “Um passeio em Petrópolis”, com Apolonio R. Pinheiro; “Noites em Olinda”, com Enzo Almeida Passos; “Reconciliação”, com J. Luna; “Peixeiro no choro”, com Ivanildo José da Silva; “Homenagem a Paulo Afonso”, com Jorge Paulo, e “Saudade do Ceará”, com Milton José, além de “Gigante mosqueteiro”, de Anselmo dos Santos e Palmeira, e “Seresta paulista”, de César Bartolotto e Jair Gonçalves. Em 1966, registrou, pela Continental, o LP “Mar de melodias”, com os choros “Balanço do Garrincha”, de Palmeira e Celso dos Santos, uma homenagem ao jogador de futebol Garrincha, que naquele ano estaria representando a seleção brasileira na Copa do Mundo da Inglaterra. Estão presentes também “A bossa na Bahia”, com J. Luna; “Soprano de gafieira”, com Reni Perone; “À procura de você”, com Edu Aldi; “Chorei por você”, com Nairson Menezes, e “Morais Sarmento”, com José Russo, homenageando o radialista paulista Morais Sarmento. Ainda nesse disco gravou “Quem me viu”, de Jair Gonçalves; “Saudade do meu Paraná”, de Olegário Mazzer; “Na Rua Augusta o ritmo é assim”, de João Borges e Teixeira Filho; “Verão santista”, de Hylário Geraud e Mário Sabino; “Sinos de Santa Cecília”, de J. M. Alves, e “O choro na Guanabara”, de Apolonio R. Pinheiro e Gerselino Oliveira. Em 1967, lançou dois LPs, pela Continental, “Cascata de melodias” e “Saraiva”. No mesmo ano, participou da coletânea “Festival de sucessos”, da Continental, que contou com nomes como Dilermando Reis; Trio Nordestino; Anastácia, Gerson Filho e Geraldo Vandré, entre outros. Nessa coletânea foi incluída seu choro “A bossa na Bahia”, com J. Luna. Em 1968, deixou a Continental e ingressou na gravadora Copacabana na qual estreou com o LP “Sucesso em alta tensão”, com os choros “Saraivando pelo Brasil”, com Walter Sperandeo; “Sobre o céu da Bahia” e “Ana sempre te amei”, ambos com o radialista baiano J. Luna; “Tabú Corintiano”, com Neilor de Oliveira; “Náutico Capibaribi”, com Santos Jr.; “Mágoas de acordeonista”, com R. Caruso; “Coração de mulher”, com Gentil da Silva; “Caserna em festa”, com Norberto de Freitas; “Sofro por causa dela”, com G. da Costa, e “Saudade dos meus conterrâneos”, com Apolonio R. Pinheiro, além de “Sem você”, de Clóvis de Lima e Ubirajara, e “Miranda no choro”, de Ivan Pires e Miranda. No mesmo ano, gravou o LP “Saraiva, o sax e o mar” interpretando os choros “Sax soprano magoado”, com Patrasca; “Merenque na Ponta Negra”, com Neilor de Oliveira; ” Quem és tu”, com Batista Linardi; “Aguenta Felipe”, com Nascim Filho; “Nasci para te amar”, com J. Luna; “Peixeiro no mambo”, com Mário Baraçal; “Confusão no baião”, com R. Caruso, e “No Ceará o frevo é assim”, de sua autoria, além de “Procure não chorar”, de Clóvis de Lima e Luis Alcides Zanatelli; “Doce lembrança”, de G. da Costa e Nenê; “Eu e o sax”, de Ivan Pires e A. Miranda, e “Largo da Matriz”, de Olegário Mazzer e Osvaldo Aude. Ainda em 1968, a gravadora Continental lançou o LP “Saraiva… da de sucessos” que reuniu sucessos gravados por ele naquela gravadora, entre os quais, os choros “Corintiano”, “Relembrando o passado”, “Acompanhe se puder”, “O sapato do Zé” e “Balanço do Garrincha”. Em 1969, lançou o LP “Saraiva fenomenal” no qual foram registrados os choros “Sax soprando na Pilantragem”, com F. da Silva, que fazia alusão à pilantragem, espécie de movimento musical que vigorou em fins dos anos 1960; “Onde está você”, com Dilmar Parrela; “Sonho de namorados”, com Geraldo Ozorio; “Roda de bamba”, com Pakrauskas; “Saudades de Dona Eugênia”, com Morais Sarmento; “Saravá Xangô”, com Carlos José Rodrigues; “Saudades do Forró do Luna”, com J. Luna; “Balanço da mulata”, com Teixeira Filho, e “Eu e você”, com Duda, e mais três composições de outros autores: “A vida vou levando”, de Carlos de Carvalho e Clóvis de Lima; “Loucura”, de Rubens Caruso, e “Flagrante”, de Geraldo Barbosa, Amauri Alves e Rubem Gerardi. Em 1970, trasferiu-se para o selo Tropicana, da CBS, na qual estreou com o LP “O Rei do improviso” no qual gravou alguns clássicos da música popular brasileira como “Copacabana”, de João de Barro e Alberto Ribeiro; “Luis Americano na PRH”, de Luiz Americano; “Ai que saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago; “Vassourinha”; “Até amanhã” e “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa; “Está chegando a hora”, de Henricão e Rubens Campos, e “Pedacinho do céu”, de Waldir Azevedo. Em 1971, de volta à gravadora Continental, lançou o LP “Esqueças de mim”, com os fonogramas: “Não esqueças de mim”, com Sylzomar Medeiros; “Traiçoeiro”, com Joceval Costa Lima; “Deixe a coroa passar”, com Carlos José Rodrigues e Nilton Furtado; “Linda”, com J. Luna; “Saudades do Rio São Francisco”, com Paulo Soares; “Chora violão”, com Milton José; “Tarrabufado”, com Nascim Filho; “Cuidado motorista”, com Dilmar Parrela, e “Noite de Iemanjá”, com Candango do Ypê, e mais dois sucessos daquele momento: “Oh meu imenso amor”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e “Paixão de um homem”, de Waldick Soriano, além de “Soprano que chora”, de Geraldo Nunes. Em 1972, foi para o selo Entré, da CBS, e gravou o LP “Até o sol raiar”, no qual registrou em forma de choro grandes sucessos da música popular brasileira, de diferentes épocas e estilos, além de um grande sucesso internacional da época. Foram elas: “Moreninha linda”, de Tonico; “Feijão queimado”, de José Rielli e Raul Torres; “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco; “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira; “Casinha pequenina”, motivo tradicional; “Rio de Piracicaba (Rio de Lágrimas)”, de Lourival dos Santos, Piraci e Tião Carreiro; “Até o sol raiar”, de Roberto Stanganelli e Francisco Barreto; “A banda”, de Chico Buarque; “A Saudade vai”, de Tonico e Tinoco; “A praça”, de Carlos Imperial; “As pastorinhas”, de Noel Rosa e João de Barro, e “Tema de Lara”, de Maurice Jarre. No mesmo ano, lançou pelo selo Tropicana, da CBS, o LP “Saraiva e seu sax-soprano” com várias composições já gravadas anteriormente.
09 = > Dino - Décio Scarpelli - 9/3/1942 - Santos - SP - Cantor. Compositor. Nascido e cirado no bairro da Vila Belmiro, em Santos. Iniciou a carreira artística no final da década de 1950, quando, em dupla com o cantor José Rodrigues da Silva, o Deny, formou a dupla Os Boas Pintas e passou a se apresentar em programas de rádio e boates, com repertório baseado no então nascente rock and roll. Em 1965, a dupla passou a se chamar Deny e Dino. No ano seguinte, gravaram o primeiro disco: um compacto duplo, com as baladas “Coruja” e “O estranho homem do disco voador”, ambas de autoria dele em parceria com Deny, que logo se tornariam sucesso, fazendo com que fossem convidados a se apresentar no programa Jovem Guarda, na TV Record. Ainda em 1966, apresentaram-se no programa do cantor Hugo Santana, e lançaram o primeiro LP, intitulado “Coruja” e que, além da música título e ” O estranho homem do disco voador”, trazia mais três parcerias suas com Deny: “Pare”, “Só para não ver sofrer” e “Charada”. Em 1967, lançou com Deny o LP “Deny e Dino”, com mais oito parcerias dos dois: “Por causa da garota”; “Já estou acostumado com você”; “Só restou saudade”; “Se eu partir”; “O ciúme”; “Infidelidade”; “O que há de mal em mim” e “Pra ver você chorar”. Ainda em 1967, recebeu com Deny o Troféu Chico Viola, uma premiação organizada pela Associação dos Funcionários das Emissoras Unidas (AFEU), e exibida pela TV Record de São Paulo, pela vendagem da música “O ciúme”. Em 1969, lançou com Deny, um compacto duplo com as composições “Vamos tentar” e “Meu bem não vá”, ambas com Deny. Em 1973, a dupla transferiu-se para a gravadora Top Tape e, no primeiro disco lançado no novo selo, um compacto simples, teve incluída sua balada “Cantem comigo”, com Deny. Em 1977, já na Continental, teve gravada pela dupla o rock “Tirando sarro”, com Deny. Em 1982, ainda na Continental, a dupla Deny e Dino lançou seu último disco em sua formação inicial, um compacto simples, com duas composições da dupla “Não devo chorar” e “O amor é a vida”. A dupla original Deny e Dino acabou em 1984, com um breve retorno entre setembro e dezembro de 1990. Seu maior sucesso foi o rock “Coruja”, parceria com Deny e lançado pela dupla Deny e Dino. Faleceu precocemente em Eldorado dos Carajás, a 30 kilômetros de Serra Pelada, em Marabá, no Pará.
Hoje 10 = Tavares da Gaita - José Tavares da Silva - 10/3/1925 - Taquaritinga do Norte, PE - Gaitista. Compositor. Percussionista. Desenhista. Trabalhou como alfaiate, sapateiro e marceneiro, mas teve contato com instrumentos musicais desde criança. Viveu a infância em sua cidade natal, fixando-se em Caruaru a partir de 1957. Começou a construir e criar seus instrumentos em 1982. Em 2003, foi escolhido pela Fundação de Cultura em Caruaru como homenageado da cidade, na festa de São João. Ficou conhecido como Tavares da Gaita nos anos 1970, após encontrar um “realejo” numa gaveta. Tornando-se um virtuose no instrumento, inventou uma maneira de tocar a gaita invertida de modo que ela soasse como uma sanfona, tocando de diversas maneiras. Trabalhou como sonoplasta em uma companhia de teatro mambembe e criou vários instrumentos para a função. Intensificou suas atividades de construtor de instrumentos depois de participar do projeto Mambembe. Continuou fabricando-os por muito tempo e vendendo-os inclusive para o exterior. Utilizando material diversificado como quenga de coco, bambu, madeiras, cabaças, e até mesmo cano de PVC, cria instrumentos que nomeia como pau-pandeiro reco-reco, acoquê, maraca apito e outros. Costuma reproduzir com o apito o canto do galo de campina ou de um sabiá. Como jazzista nato da cultura popular cria, de improviso, xotes, valsas, boleros, frevos, o que pedirem.Tem uma coleção de mais de 200 instrumentos de percussão. Seus instrumentos frequentemente merecem atenção de músicos, pesquisadores ou admiradores de sua arte, que os compram. Elé é considerado um dos patrimônios vivos de Pernambuco. Mantém em sua casa um livro com mais de 1500 assinaturas e declarações – deixadas pelos que vão conhecer sua criações e sua música. Em 1997, o diretor cinematogáfico Roberto Berliner lançou o documentário “Tavares da Gaita”, um curtametragem colorido, de 3min, em que apresenta diversas informações sobre o instrumentista, através de imagens, acompanhadas da fala do próprio gaiteiro. O filme ganhou o prêmio Sol de Prata no Rio Cine 1997 e Menção Especial do Juri no Mostra Internacional do Filme Etnográfico/RJ 1998. O filme contou com co-produção da TvZero e TVE Brasil. Gravou um CD nos Estados Unidos com quinze composições próprias. Nesse CD, toca gaita, percussão, ganzá, reco-reco, triângulo e diversos instrumentos que confecciona. Ainda nos Estados Unidos, participou, como homenageado, com a música “Tocando sem dedos”, de um CD do percussionista Naná Vasconcelos, seu grande admirador e que utiliza instrumentos confeccionados por Tavares em seu shows e gravações. Em 2003, gravou com o bluseiro carioca Jeferson Gonçalves o CD “Sanfonas de Boca”, lançado no ano seguinte. Em 2004, participou do CD “Gréia”, o primeiro disco solo de Jeferson Gonçalves que contou ainda com as participações de Airto Moreira, Peter Madcat Ruth, Jamie Wood, Johnny Rover, Norton Buffalo, Zé da Flauta e Carlos Malta, entre outros.
Isso demonstra a sua sensibilidade do ponto de vista social, e sua capacidade de estar à frente desta empresa estratégica de caráter estruturante para o nosso desenvolvimento.
EDITORIAL PERMANENTE 🤭🤭👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽 "A cadela do fascismo está sempre no cio." Bertolt Brecht
⚖️
Após a transmissão ao vivo da nossa Retrospectiva Semanal, avise aos amigos e amigas que estaremos disponíveis no Youtube canal 👉Professor Ivan Luiz de Maricá,
Mulher tem que ganhar mais ou igual ao homem na mesma função, inclusive porque engravida, perpetua a espécie e por muitas outras razões inteligentes, que os imbecis e idiotas não conseguem enxergar! Agora é Lei
Ivan Luiz Jornalista Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977 Perito Judicial e Ambiental -confira
COM A PETROBRAS O BRASIL TEM FUTURO DE SUCESSO!
ELES QUEREM ACABAR COM A NOSSA EMPRESA E COM O AVANÇO/SUCESSO DAS FUTURAS GERAÇÕES! Os canalhas culpam a Petrobras - Você conhece a riqueza da Petrobras?
07/03/2024 - Sindipetro-RJ - Eleição Comissão Eleitoral - Credenciamento 18:00 Locais: Clube de Engenharia RJ e Sub Sede de Angra dos Reis. Período 2024-2027
06/02/2024 - Exxon Mobil ACT 2023 - RT (enviado link zoom) 05/02/2024 - Hospital dos olhos Drª Camila 13:30
05/02/2024 - 10:48 - A Baker manifestou interesse em reunirmos, estou no aguardo de confirmação - Data e hora - ACT 2023 - Manifestei interesse em primeiro conversar com os Trabalhadores
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 31/01/2024 - Manguinhos/Refit RE visando proposta ACT 2024 30/01/2024 - Sindipetro-RJ Plenária do Manifesto na FAAPERJ às 17:30 - Rua do Riachuelo, 373A Centro RJ 29/01/2024 - Shell Ass ACT 2024 15:00 - Agendamos 2ª Quinzena de novembro RT 25/01/2024 - Equinor - Provável Assembleia / Realizamos
24/01/2024 - Equinor - Reunião ampliada para avaliação da audiência de mediação - Apresentação dos Representantes dos Trabalhadores e os próximos passos. 16:00 - ADM e 20:30 OFS
05/01/2024 - Equinor - Em atenção ao processo nº 13041207194/2023-32 (SM007423/2023) ficam V.Sa. convidadas a participar da Mesa Redonda por videoconferência marcada para o dia 23 de janeiro de 2024 às 12 h pelo site:xxx Senha: seret123 (Basta clicar ou copiar e colar o link no navegador Google Chrome).
27/11/2023 - 3R RT continuidade da análise ACT anterior e novas propostas - 14:00
22/11/2023 - 3R RT 16:00 - 19:00
21/11/2023 - TAG - RE ACT 2023
14/11/2023 - TAG transferido para 21/11/2023
11/11/2023 - TAG transferido para 14/11/2023
08/11/2023 - Brayer estará às 13:00 no Sindipetro-RJ e Clayton segunda opção - 15 as 17 horas
07/11/2023 - 20:27 Perfeito, obrigada! Amanhã pela manhã iremos até o sindicato para pegar a assinatura do senhor. Na parte da tarde do Carlos. Na quarta do Clayton e Brayer.
07/11/2023 - 10:00 Eu no Sindipetro-RJ / De 10:30 a 11:30 Clayton poderá aguardar na residência Casé estará hoje às 14:00 no Sindipetro-RJ
06/11/2023 - RE - 18:05 - Extrato do Instrumento Coletivo 2022/2024 - Solicita coleta das assinaturas físicas, para entrada no pedido mediação
06/11/2023 - 15:00 Equinor - Reunião ampliada "Mediação" não compareceu nenhum representante da empresa - Dr Bruno Bárcia deu todos os esclarecimentos
27/02/2023 - RSB - Assembleia ACT - Trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa e ratificaram a manutenção da proposta original elaborada por eles
23/02/2023 - ExxonMobil -RE- Nos enviaram a minuta do ACT para assinaturas
23/02/2023 - Schlumberger RE -"Considerando a rejeição do GYMPASS fica válido o resultado da última assembleia" e garantido que " O referido pleito poderá ser analisado nas próximas negociações".
15/02/2023 - RSB - Assembleia ACT - A empresa solicitou adiamento para 27/02/2023 mesmo horário
14/02/2023 - Reunião Mensal dos Aposentados e Confraternização - Clube de Engenharia recebe reencontro do Sindipetro-RJ com sua base de aposentados e pensionistas 13/02/2023 - Colegiado extraordinário
09/01/2023 - Continuidade da Assembleia Gympass - Schlumberger transferida a pedido para 27/01/2023
10/01/2023 - RE SHELL
11/01/2023 - RSB - RT - Reunião Ampliada Trabalhadores e elaboração da 1ª proposta
13/01/2023 - NTS - Assembleia ACT Sede CCO e Volta Redonda
15/01/2023 - Petrom - Solicitamos reunião
16/01/2023 - Exxon Mobil RE - Respondendo e solicitando nossos e-mails, adiaram para 23/01/2023
16/01/2023 - Transpetro Sede - CIPA
17/01/2023 - Reunião Mensal dos Aposentados Petrobras 18/01/2023 - Shell - Assembleia ACT - Cláusulas Sociais e Econômicas
23/01/2023 - Exxon Mobil - RT
23/01/2023 - Enauta - Assembleia PLR 25/01/2023 - NTS - Sede Japeri e Volta Redonda adiada "Sine Die"
25/01/2023 - Shell - PN_2_Assembleia
27/01/2023 - Exxon Mobil - RE - ACT 2023 27/01/2023 - Schlumberger - Continuidade da Assembleia Gympass
31/01/2023 - Shell - PN_3 - Assembleia
31/01/2023 - REFIT - enviamos e-mail solicitando primeira reunião.
-------------------------------------------------------------------------------------------------- Estamos elaborando/realizando um calendário para 2023 visando manter os ACT´s em dia.
É bom para o trabalhador e não sobrecarrega a empresa na atualização da folha.
3- Em 08/05/2023 solicitaram a primeira rodada para 31/05, refutei, solicitei que seja feita a negociação dentro do mês de maio que é a data base. Ficaram de responder.
2- Em 11/04/2023 solicitei a relação com os novos membros dos Representantes dos Trabalhadores
1 - Enviada mensagem em 06/01/2023 retornará em breve
Origem Energia - enviada mensagem em 06/01/2023, resposta recebida "aguardando melhor momento da empresa".
Último acordo foi de PLR (fechado) 21/07/2021
Para ACT em maio
Baker
ADM ??? OFS - CLÁUSULA 29 – Os empregados dos setores de wireline, beacon, geoscience, copilot e RTO que trabalham em atividade de apoio ao trabalho offshore/ remoto e, portanto, devem desempenhar suas atividades no mesmo horário dos empregados offshore/ remoto, cumprirão uma jornada de trabalho efetiva de 12 (doze) horas diárias. Parágrafo primeiro - Considerando que embora os empregados dos setores de wireline, beacon, geoscience, copilot e RTO trabalhem em jornada de 12 horas, estes gozam de repouso para alimentação e descanso, e podem usufruir de seu intervalo interjornadas livremente, estes terão direito a 01 (um) dia de folga para cada 1 (um) dia de trabalho neste regime. Parágrafo segundo - Serão consideradas como “extraordinárias” as horas trabalhadas além da 12ª (décima segunda) diária.
BG BP - Nos reunimos com RE em 19/04/2023 - Encaminharão dia 20/04/2023
Central Resource
Maersk
Schlumberger
Sonangol - Assembleia 08/05/2023
Equinor
TOTAL - enviamos dados parciais em 18/04/2023
WWT do Brasil
Energy Paraná
3R Petroleum Petrorio - Frade/Tubarão Martelo e Polvo
Até a próxima transmissão, domingo às 20 horas. Encontro marcado no canal professor Ivan Luiz de Maricá no You Tube, e no Facebook https://www.facebook.com/ivanluiz.deandrade.9/ e muito mais ...
A história do Brasil está cheia de mulheres importantes que marcaram sua época. São índigenas, brancas, negras, mulatas cheias de garra que fizeram a diferença na paz e na guerra.
1. Dandara (? - 1694) - Guerreira do Quilombo dos Palmares
Dandara foi uma mulher negra guerreira, que se destacou na defesa dos escravos e na construção do Quilombo dos Palmares - um local que abrigava escravos que fugiam.
Embora não haja registros, acredita-se que Dandara era brasileira ou uma africana que teria vindo ainda pequena para o Brasil. Foi a companheira de zumbi dos palmares, com quem teve três filhos.
Uma vez que não aceitava voltar a ser escravizada, após ter sido presa, Dandara terá pulado de um abismo em 1694, resultando na sua morte.
Durante os ataques ao Quilombo, Dandara terá lutado usando técnicas de capoeira.
Dandara, que se tornou um ícone feminino na luta contra a escravidão, terá morrido ao pular de um abismo em 1694. Ela teria sido presa e não aceitava voltar a ser escravizada.
2. Nísia Floresta (1810 - 1885) - Educadora e primeira feminista do Brasil
Nísia Floresta Brasileira Augusta nasceu em Natal, Rio Grande do Norte e escreveu o seu primeiro livro, Direitos das mulheres e injustiça dos homens, com apenas 22 anos.
Anos depois, Nísia Floresta abriu um colégio para meninas, em que o ensino não se limitava à costura e trabalhos domésticos, mas ensinava também gramática, matemática, ciências, música, entre outros.
Nísia foi bastante criticada por isso. Hoje, é conhecida como a primeira feminista brasileira e, em sua homenagem, a cidade em que nasceu - antiga Papari - passou a se chamar Nísia Floresta.
3. Anita Garibaldi (1821 - 1849) - Líder militar
Anita Ribeiro de Jesus, conhecida como Anita Garibaldi, nasceu em Morrinhos, atual Laguna (SC). Casou-se aos 14 anos, mas abandonou o marido. Em 1839 conheceu Giuseppe Garibaldi, um italiano que fugia de uma sentença de morte na Itália.
Marinheiro mercante, os conhecimentos de Garibaldi foram fundamentais para os rebeldes gaúchos e catarinenses que estavam em guerra contra o governo imperial. Este episódio passou à história como Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos.
Anita Garibaldi se uniu a Giuseppe, com ele lutou pela implantação da república do Rio Grande e tiveram seu primeiro filho. Mais tarde, iriam para o Uruguai onde combateriam o ditador argentino Juan Manuel Rosas. Em Montevidéu, se casariam e nasceriam mais três filhos do casal.
Em 1847, Anita Garibaldi vai para Itália saber se o marido poderia retornar ao país e com isso, ambos se juntam, em 1848.
O casal lutaria pela unificação italiana, tentando expulsar os austríacos da região da Lombardia. Durante a campanha, porém, Anita adoece e vem a falecer.
Por sua participação em guerras nos dois continentes, Anita Garibaldi é chamada a “Heroína dos dois Mundos”
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro e era neta de escravos. Seu pai a casou quando tinha 16 anos, mas ela se revoltou contra o maltrato do marido e o abandonou.
Pianista autodidata, passa a compor obras e chama atenção dos produtores da época. Em 1884, estreia a opereta "A Corte na Roça", sob sua regência e isso a tornou a primeira maestrina brasileira.
Do mesmo modo, se engaja na luta contra a escravidão, os direitos autorais e femininos. Recusa a publicar suas partituras sob pseudônimo masculino e escandalizava a sociedade com sua vida amorosa chocante para os padrões da época.
Chiquinha Gonzaga soube dar um toque brasileiro aos ritmos europeus que se escutavam e dançavam como a valsa, a polca e a mazurca.
Será precursora das marchinhas de carnaval com os temas "Lua Branca" e "Ó, Abre-Alas" até hoje presença obrigatória no repertório carnavalesco.
Deixou mais de duas mil composições e dentre as quais se destacam "O Corta-Jaca", "Atraente", além das já citadas.
O dia do seu nascimento,17 de outubro, foi declarado Dia Nacional da Música Popular Brasileira em 2012.
5. Maria Quitéria (1792 - 1853) - Militar
Maria Quitéria nasceu numa fazenda perto de Feira de Santana (BA) e aos 10 anos perdeu a mãe. Quando começou o processo de independência do Brasil foram convocados todos os homens em idade de lutar.
Tendo apenas filhas, o pai de Maria Quitéria não gostou quando a filha lhe pediu que autorizasse para se juntar ao regimento do Príncipe-Regente.
Diante da proibição paterna, foge de casa e vai para residência da sua meia-irmã que lhe ajuda a se transformar no soldado Medeiros.
Destaca-se no manejo de armas e se torna respeitada, mas o pai acaba descobrindo seu disfarce. Diante da intervenção do major do Batalhão dos Voluntários do Príncipe, ele concede sua permissão para que ela permaneça ali.
Com isto, se torna na primeira mulher a integrar as forças regulares no Brasil. Maria Quitéria participa de várias batalhas contra as tropas portuguesas que não aceitavam a independência do Brasil.
Maria Quitéria foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro, pelo Imperador Dom Pedro I. Casa-se com um antigo namorado e tem uma filha. Faleceu em Salvador e se encontra sepultada nesta cidade.
6. Chica da Silva (1732 - 1796) - Escrava alforriada
Francisca, nasceu em 1732, no Arraial do Tijuco, hoje Diamantina (MG). Nascida de mãe escrava e um militar português, que as abandonaram e não lhes concedeu alforria. Posteriormente, foi escrava de um médico e com ele teve um filho.
Porém, o contratador João Fernandes (responsável pela compra e venda dos diamantes), compra Chica da Silva e os dois se apaixonam. Para escândalo da sociedade, passam a viver juntos e a liberta. Ambos teriam 13 filhos que foram reconhecidos pelo pai, algo raro na época.
Chica da Silva tornou-se uma senhora poderosa e rica, mas não foi totalmente aceita pela sociedade e jamais pôde entrar em certas igrejas e casas.
Igualmente, teve escravos e se vestia de maneira elegante, usando joias e perucas, para exibir sua riqueza.
João Fernandes voltou para Portugal em 1770 levando consigo seus filhos homens enquanto as mulheres ficaram sob os cuidados da mãe. Morreria nove anos depois sem nunca ter reavisto a companheira.
Por sua parte, Chica da Silva administrou os bens de João Fernandes e assim, garantiu bons casamentos para algumas de suas filhas.
Paraguaçu era uma índia da tribo dos tupinambás, filha do cacique Taparica que deu nome à ilha de Itaparica. Sua vida mudou depois que conheceu o português Diogo Álvares Correia, o Caramuru.
Muitos a consideram a mãe do Brasil, porque junto com Caramuru começou a construir a cidade de Salvador.
Em 1528, o casal rumou para a França, onde ela recebeu o batismo na igreja de Saint-Malo. Convertida ao catolicismo, o casal também contraiu matrimônio nesta cidade francesa e tiveram quatro filhas.
Catarina Paraguaçu faleceu em 1583 e legou todos seus bens aos beneditinos. Os restos mortais de Paraguaçu estão na Igreja e Abadia de Nossa Senhora da Graça, em Salvador.
8. Ana Pimentel (1500? -?) - Procuradora e administradora
Ana Pimentel Henriques Maldonado, esposa de Martim Afonso de Sousa, era uma fidalga espanhola. Conheceu o marido quando este acompanhou a rainha viúva Dona Leonor de Áustria (1498 - 1558) ao Reino de Castela.
Martim Afonso foi para o Brasil em 1530, para tomar posse da Capitania de São Vicente, voltando a Lisboa em 1534.
Partiu novamente em missão, dessa vez para Índia. Enquanto ali permaneceu, Ana Pimentel ficou em Lisboa e foi feita procuradora do marido em relação aos negócios do Brasil.
Assim, foi ela que decidiu a introdução do plantio da cana de açúcar em Cubatão e do gado na Capitania de São Vicente (São Paulo). Também revogou a ordem do marido que proibia os colonos de não entrarem no campo de Piratininga. Com isto, ocorreu a interiorização da colônia.
Teria seis filhos com Martim Afonso de Souza e foi completamente esquecida da história do Brasil.
9. Maria Tomásia Figueira Lima (1826 - 1902) - Abolicionista
Maria Tomásia Figueira Lima veio de família abastada, nascida na cidade de Sobral (CE).
Casada em segundas núpcias com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima, fundou, em 1882, a Sociedade Abolicionista das Senhoras Libertadoras, uma seção da Sociedade Libertadora Cearense.
O objetivo da instituição era alforriar escravos, pressionar o governo a abolir a escravidão e conscientizar o maior número de pessoas para este fato.
No dia da sua posse como presidente da sociedade, foram entregues 83 cartas de alforria a escravos
Contou com ajuda de Maria Correia do Amaral e Elvira Pinho, e o próprio José do Patrocínio louvou o trabalho daquelas senhoras cearenses.
Em 1884, após debates, greves e pressão social, a Assembleia Legislativa provincial decretou o fim da escravidão no Ceará, a primeira a fazê-lo no país.
Faleceu em 1902 (ou 1903) no Recife.
10. Princesa Isabel (1846-1921) - Princesa Imperial do Brasil
A princesa Dona Isabel do Brasil foi a segunda filha do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Dona Tereza Cristina. Após o falecimento dos seus irmãos foi declarada herdeira do trono brasileiro e aos 14 anos jura a Constituição imperial.
Casou-se em 1864 com o príncipe francês Gaston de Orleães, conde d'Eu e com ele teria três filhos.
A fim de prepará-la para suas futuras funções, Dom Pedro II a deixou como regente durante três vezes. Nessa ocasião, assinaria leis que visavam favorecer a abolição da escravatura no Brasil.
Em 1888, após intensa luta política, a princesa assina a Lei Áurea que acabaria com a o trabalho escravo no país.
No entanto, a elite agrária e o Exército brasileiro não perdoariam o gesto. Em 15 novembro de 1889, um golpe de Estado proclama a República e a família imperial brasileira é expulsa do Brasil e exilada na França.
A princesa Dona Isabel jamais voltaria viva ao Brasil tendo morrido na França.
11. Maria da Penha (1945) - Farmacêutica bioquímica
Maria da Penha é uma farmacêutica bioquímica que nasceu no Ceará. Ela dá nome à lei brasileira de proteção da mulher contra a violência doméstica e familiar, Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006.
Além disso, ela é fundadora do Instituto Maria da Penha, que visa contribuir para a monitorização do cumprimento da Lei.
Maria da Penha foi vítima de violência doméstica por parte do seu marido na época, que ao atirar em suas costas enquanto ela dormia, deixou Maria da Penha paraplégica. O crime aconteceu em 1983. Meses depois, o homem tenta eletrocutá-la. Mas, a luta por justiça foi longa. Apenas em 2006 a Lei Maria da Penha foi sancionada, graças à intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA)
12. Tarsila do Amaral (1886 - 1973) - Pintora e desenhista
Tarsila do Amaral nasceu na cidade de Capivari, em São Paulo. De família abastada, proprietária de fazendas de cafés, estudou em Barcelona quando adolescente.
Em 1920, vai para Paris onde frequentou a Academia Julien. Amiga da pintora Anitta Malfatti, as duas correspondiam-se e discutiam sobre os novos rumos que a arte estava tomando no Brasil e no mundo.
Ao voltar para o Brasil, Anita Malfatti a introduz no grupo que reunia os grandes nomes do modernismo do Brasil: Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Menotti del Picchia.
Namora Oswald de Andrade e a ele dedica, em 1928, sua tela mais conhecida e obra mais cara de um artista brasileiro: Abaporu. Faz a sua primeira exposição individual no Rio em 1929.
Foi homenageada com retrospectivas na década de 60 no Museu de Arte Moderna, em São Paulo e na Bienal de Veneza.
A pintura de Tarsila absorve as tendências modernistas europeias como o cubismo. Suas obras retratam as mudanças trazidas com a industrialização ao Brasil, as lendas e festas brasileiras como o carnaval.
13. Narcisa Amália de Campos (1856 - 1924) - Jornalista e poeta
Narcisa Amália de Campos nasceu em São João da Barra e é considerada a primeira jornalista profissional do Brasil. Fundou um jornal dirigido ao público feminino, "Gazetinha", onde tratava de questões das mulheres, mas também sobre a abolição da escravidão e o nacionalismo.
Publicou um livro de poesias intitulado "Nebulosas", em 1872, que recebe elogios de Machado de Assis e no jornal carioca "A Reforma", o escritor João Peçanha Póvoa a chamou de "Princesa das Letras"
No entanto, Narcisa teve que enfrentar as acusações de que não era a autora daqueles poemas e aguentar os boatos que seu ex-marido espalhava a seu respeito em Resende (RJ). Deixou esta cidade e contrai um novo matrimônio que também termina em divórcio.
Apesar de ter sido reconhecida em vida, a carreira poética de Narcisa Amália foi curta porque não havia interesse em editar autoras naquele século. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1924, completamente esquecida.
Bertha Lutz nasceu no Rio de Janeiro e recebeu educação esmerada. Estudou na Sorbonne, na faculdade de Ciências e lá em Paris entrou em contato com as ideias feministas.
Volta ao Brasil, em 1918, e trabalha como tradutora no Instituto Oswaldo Cruz junto ao seu pai, o zoólogo Adolfo Lutz.
Torna-se a segunda mulher a prestar concurso público no Brasil, mas sua inscrição só seria aceita após uma batalha judicial. É aprovada e ingressa como secretária do Museu Nacional, do qual, anos mais tarde, seria diretora.
Bertha Lutz também desenvolveu um notável trabalho como educadora. Funda a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher e participa da Associação Brasileira de Educação que defendia a educação pública, laica e mista, e o ensino secundário para todos.
Ao lado de várias mulheres, consegue que o Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, aceite o ingresso de meninas.
Em 1928, ingressa na Faculdade de Direito, da Universidade do Brasil para entender o lugar da mulher na legislação brasileira.
Durante a luta pela conquista do voto feminino, participa da campanha para prefeita de Alzira Soriano Teixeira, em Lages (RN).
Em 1935 é eleita para suplente de deputada, cargo que assume em 1936 e termina com o golpe de Estado de 1937. Desta maneira, volta a dedicar-se à ciência, organizando o acervo do pai no Instituto Oswaldo Cruz.
Bertha Lutz dá o nome a várias escolas e ruas por todo país. Em 2001, foi instituído pelo Senado brasileiro, o Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz. Este prêmio tem como objetivo homenagear anualmente cinco mulheres que tenham se destacado na luta dos direitos femininos no Brasil.
15. Carlota Pereira de Queirós (1892 - 1982) - Médica e deputada
Carlota Pereira de Queirós nasceu em São Paulo numa tradicional família paulistana. Era professora, mas desiludida com a profissão, resolveu ser médica e se formou em Medicina na USP, em 1926. Neste campo, ela se destacaria como hematologista.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 prestou assistência aos feridos organizando um grupo de 700 mulheres.
O gosto pela luta democrática fez com que ela se candidatasse pela Chapa Única por São Paulo nas eleições legislativas de 1933. Sua candidatura era apoiada por cerca de 14 associações femininas de São Paulo.
Vitoriosa, seria a primeira deputada federal do Brasil. Integraria as comissões de saúde e de educação e foi autora da emenda que criava a Casa do Jornaleiro e do laboratório de Biologia Infantil.
Participou da Assembleia Constituinte que elaboraria a nova Carta Magna, mas o golpe de 1937 acabou com sua trajetória política. Durante o Estado Novo lutaria pela redemocratização do Brasil.
Embora fosse pioneira na política, as ideias de Carlota de Queirós eram conservadoras e se distanciavam de intelectuais como Bertha Lutz. Na década de 60, ela apoiou o golpe de 64 que derrubou o presidente João Goulart.
De qualquer maneira, entrou para história ao quebrar a hegemonia masculina do legislativo brasileiro sendo homenageada com uma avenida e um busto em São Paulo.
16. Carmen Miranda (1909 - 1955) - Cantora e atriz
Carmen Miranda nasceu em Portugal, mas sua família foi para o Rio de Janeiro quando ela era ainda bebê. Foi criada no bairro da Lapa, onde conviveu com o melhor do samba carioca que se consolidava.
Com a irmã Aurora fez um duo que interpretava marchinhas e sambas no rádio. Carmen Miranda se tornou rapidamente uma cantora popular e os compositores passaram a dedicar-lhe vários temas. Seu primeiro disco vendou 35 mil cópias, um recorde para a época e consagrou a composição "Taí?", de Joubert de Carvalho.
Seu sorriso cativante, a interpretação teatral que dava às letras das canções e sua dicção rápida inauguraram uma nova era para a música brasileira. Além disso, cuidava com esmero das suas roupas e acessórios que a transformariam num ícone da moda.
Com a aproximação dos Estados Unidos e do Brasil, por conta da política de Boa Vizinhança, Carmen Miranda vai para Hollywood, em 1939, gravar filmes e fazer shows.
Emplaca o sucesso “O que é que a baiana tem?” de Dorival Caymmi e torna-se a artista mais bem paga dos Estados Unidos nos anos 40. A partir daí a personagem da “baiana” com seu figurino exótico a marcariam definitivamente.
Por isso, seus críticos não perdoaram sua transformação numa caricatura, onde no Brasil era uma mulher vestida com uma profusão de frutas tropicais e músicos vestidos à moda mexicana.
De todas as maneiras, o público não a esqueceu. Em 1955, quando faleceu, seu enterro no Rio de Janeiro foi uma verdadeira comoção popular que paralisou a cidade.
Sua influência prosseguiu em movimentos culturais como o Tropicalismo e até hoje Carmen Miranda é uma referência do Brasil no exterior.
Se ainda causa estranheza uma mulher seguir a carreira de engenharia, imagine na década de 40. Enedina Alves Marques, nascida em Curitiba, foi professora de matemática. Ingressou na Universidade Federal do Paraná em 1940 e teve que conciliar o trabalho e o estudo.
Foi a primeira negra no Brasil a se formar como engenheira e a primeira a concluir o curso na universidade paranaense.
Seus esforços foram recompensados, pois quando terminou o curso, trabalhou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná. Igualmente, integrou a equipe de engenheiros que atuou na construção da usina hidrelétrica Capivari-Cachoeira (PR).
Também foi a responsável pela construção da Casa do Estudante Universitário do Paraná e o Colégio Estadual do Paraná, ambos em Curitiba.
Atualmente, o nome de Enedina Alves Marques batiza o Instituto de Mulheres Negras, de Maringá (PR).
18. Zilda Arns (1934 - 2010) - Fundadora da Pastoral da Criança
Nascida em Santa Catarina, Zilda Arns se formou em Medicina, se especializou em Pediatria e também era sanitarista. Era irmã do arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, que se destacou pela sua oposição à ditadura militar.
Foi mãe de cinco filhos e ficou viúva em 1978. Desta maneira, pôde dedicar sua vida aos necessitados através da fundação da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa.
Esta instituição, ligada à Igreja Católica, tinha como objetivo combater a desnutrição infantil, a desigualdade social e a violência.
A Pastoral da Criança orienta as mães ao aleitamento materno, a fazerem o soro caseiro e a multi-mistura. Além disso, ensina noções de higiene e saúde.
A pastoral atua em 43 mil municípios do Brasil e calcula-se que mais de dois milhões de crianças tenham sido beneficiadas pelo seu trabalho.
Zilda Arns faleceu durante o terremoto que devastou o Haiti em 2010.
19. Maria Esther Bueno (1939-2018) - Tenista
Maria Esther Bueno nasceu em São Paulo e começou a praticar o tênis muito jovem no Clube Tietê. Chamava atenção pelo seu estilo elegante e foi conquistando vitórias no circuito mundial do tênis como Wimbledon e o US Open.
Detém 71 títulos mundiais simples e foi a n.º 1 do mundo em 1959, 1964 e 1966. Igualmente, é a única tenista brasileira que tem seu nome no Salão da Fama Internacional do Tênis, homenagem que recebeu em 1978.
Também se destacou no torneio de duplas e conquistou uma medalha de ouro individual e duas de prata em dupla, nos Jogos Pan-Americanos de São Paulo, em 1963.
Esther Bueno abandonou as quadras na década de 70 e se tornou comentarista esportiva em TV's por assinatura. O mais recente reconhecimento à sua carreira foi batizar a quadra central do Centro de Tênis Olímpico, no Rio de Janeiro.
20. Cristina Ortiz (1950) - Pianista
Nascida na Bahia, Cristina Ortiz foi criança prodígio no piano. Ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro e aos 11 anos se apresentou sob regência do maestro Eleazar de Carvalho.
Conseguiu uma bolsa para estudar em Paris, aos 15 anos, onde foi aluna da célebre pianista brasileira Magda Tagliaferro (1893-1986).
Após sua estada na capital francesa foi para os Estados Unidos estudar com Rudolf Serkin (1903-1991). Ali seria a primeira mulher e a primeira brasileira a vencer o Concurso Van Cliburn, em 1969, que é realizado a cada três anos. Somente 30 anos mais tarde outra mulher ganharia este prêmio.
No anos 80 era a única mulher que figurava na série "Os Pianistas" promovida pela Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) no Rio de Janeiro.
Gravou mais de 30 discos como solista ou acompanhada de orquestras. Já deu master class na Julliard School of Music, em Nova York e na Real Academia de Música, em Londres. Atualmente, além de concertista, reúne todos os verões jovens pianistas na sua casa no sul da França para dividir sua experiência musical.
21. Ana Cristina Cesar (1952 - 1983) - Poeta e tradutora
Ana Cristina Cesar nasceu no Rio de Janeiro e foi uma das poetas mais importantes dos anos 70. Criada num ambiente intelectual, o pai fundou a editora Paz e Terra e a mãe, professora. Aos seis anos ditou seu primeiro poema e aos dez organizou sua memória poética.
Fez um intercâmbio na Inglaterra que marcaria seu encontro com a poesia de língua inglesa. Cursaria letras na PUC/RJ, num momento em que esta universidade fervilhava politicamente com o fim da ditadura militar.
A poesia de Ana Cristina se insere no movimento da poesia marginal e da Geração Mimeógrafo. Mais do que a musa desse grupo, a poeta foi uma grande criadora. Os versos de Ana Cristina refletem sua intimidade e conseguem contatar o leitor
Intensa e ansiosa por escrever sempre mais, Ana Cristina lançou em vida “A Teus Pés” e “Luvas de Pelica”. Cometeu suicídio aos 31 anos, o que apenas contribui para alimentar o mistério sobre a vida da escritora.
A autora foi a segunda escritora a ser homenageada na Feira Literária Internacional de Paraty.
22. Raimunda Putani Yawnawá (1980) - Pajé Yawnawá
Raimunda Putani Yawnawá é uma índia que pertence ao povo Yawnawá e nasceu na Terra Indígena do Rio Gregório, no Acre.
Junto com sua irmã, Kátia, foi educada na cultura indígena e dos brancos. Ambas falam o português com facilidade.
Foram as primeiras mulheres da sua tribo a se oferecerem para o duro treinamento de se tornarem pajés. Tiveram que ficar um ano isoladas, comendo alimentos crus e sem beber água, somente um líquido à base de milho.
Desta maneira, puderam fazer o juramento à planta Rarê Muká, considerada sagrada nesta cultura porque abre a mente para o conhecimento e para a cura. As indígenas se tornaram uma espécie de embaixadoras da cultura Yawnawá.
Raimunda Putani recebeu o reconhecimento do Senado brasileiro ao ser distinguida com o Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz.
23. Daiane dos Santos (1983) - Ginasta
A ginástica artística no Brasil se divide antes e depois de Daiane dos Santos. A ginasta gaúcha foi descoberta criança quando brincava numa praça da cidade. Começou a se dedicar com afinco e foi a primeira atleta brasileira a conquistar o ouro no Campeonato Mundial de Anaheim (Estados Unidos) em 2003.
Naquela época, não era concebível que os brasileiros participassem da ginástica artística. No entanto, com a nova geração de atletas, pela primeira vez, o Brasil conseguiu se classificar por equipes nas Olimpíadas de Atenas (2004).
Nas Olimpíadas de Pequim (2008), a expectativa em torno ao desempenho de Daiane Santos era imenso. O Brasil, pela primeira vez, foi à final por equipes e Daiane chegou a final no solo individual. Infelizmente, a atleta cometeu um erro e terminou em sexto lugar.
Daiane Santos conseguiu seus melhores resultados na prova de solo e ali desenvolveu coreografias ao som da música brasileira.
Dois movimentos da ginástica são batizados com seu nome e ela abriu caminho para que homens e mulheres brasileiros sonhassem com a ginástica artística.
Atualmente, a ginasta é empresária e participa de vários projetos que divulgam o esporte.
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