Notícias Petroleiras e outras, estes são os nossos módulos. |
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Vinheta |
Agradecimentos ao Dr Bruno Barcia por atender nosso convite e considerar de extrema relevância o tema, que é mais uma covardia que estão aplicando contra as viúvas. EDITORIAL- Edital de convocação para assembleia geral extraordinária do Sindipetro-RJ que ocorrerá de 03 a 14 de setembro de 2020. |
Módulo I O capital, o governo e a morte |
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10/09/2020
http://twitter.com/profivanluiz
https://www.facebook.com/profile.php?i
Ivan Luiz Jornalista – Reg. CPJ 38.690 - RJ –1977. |
Módulo II - Como o dinheiro grande corrompe nossa política (e como corrigir) |
Módulo III - Dependência e Morte |
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Módulo IV Lutas e Revoluções na América Latina Seculos XIX, XX e XXI - Destaque: Porque falamos da Revolução na América Latina? |
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Módulo V - Homenageados na cultura brasileira, destaque para Pena Branca 4, |
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Módulo VI Relação completa dos aniversariantes de 04 a 10/09 |
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Momento Furtado na abertura e encerramento | |
Homenagem Especial: |
Obrigado aos visitantes internacionais
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Posso Entrar?
Antonio Furtado
Por favor, com licença
Posso entrar em sua casa?
Dos pés vou tirar os sapatos
Se assim for consentido
Na cadeira descansarei o cansaço do corpo
Igualmente as pernas esgotadas de tanto andar
Vamos conversar sobre vários assuntos
O momento atual, dificuldade em enfrentá-lo
Poderia me dar um copo de água?
A lamentação do lado de fora
No corredor, bem afastada
Direi apenas quanto das alegrias
Meus olhos só viram a satisfação
Nos semblantes das pessoas
Foram muito poucas as vezes que viram
Na face de alguém o cair de uma lágrima
Foram vários os caminhos por eles percebidos
Neles havia a possibilidade da esperança
Mas, a solidão também ali rondava
Meus olhos choraram unicamente de prazer
Falei demais?
Muito obrigado pela água
E a sua paciência em escutar-me
Você não tem dimensão do bem que me fez
Obrigado
Antônio Furtado
EDITORIAL:
02 set, 2020 Assembleias
do Sindipetro RJ – de 03 a 14/09
Postado
17:34h em ACT, Destaque
1
Vamos
REJEITAR a proposta e organizar a luta contra a privatização e em defesa da
AMS, dos direitos e dos empregos!
As
assembleias acontecerão presencial e virtualmente
Para
estas assembleias o indicativo do Sindicato é a REJEIÇÃO da proposta de
ACT apresentada pela direção da Petrobrás que congela salários, aumenta a
relação de custeio da AMS e retira direitos, preparando a empresa para a
privatização.
Orientações
iniciais
Para as
assembleias online, todos deverão se inscrever previamente, cadastrando ou
atualizando seus dados no site do sindicato.
As
presenciais serão feitas nas trocas de turno. Aqueles que porventura não sejam
alcançados pelas presenciais, devem participar das virtuais.
Os
aposentados votarão por telefone celular (este número será onde cada um
receberá sua senha) ou na respectiva assembleia virtual.
Os não
associados da ativa obrigatoriamente deverão se cadastrar no site do sindicato.
Os associados da ativa também deverão se inscrever, atualizando seu cadastro.
No
cadastro, você deverá informar/atualizar seu imóvel e lotação, além dos dados
pessoais e respectivos documentos comprobatórios, para então receber o link da
assembleia correspondente.
Os
aposentados e pensionistas terão sua participação garantida via telefone, com
uso da tecnologia URA (Unidade de Resposta Audível). Após o cadastramento o
inativo ou pensionista receberá o 0800 e a senha para votação através de e-mail
ou SMS. No dia da votação sua identificação será feita pelo CPF, data de
nascimento e senha (a recebida no cadastramento).
Infraestrutura
para as assembleias
Por
excepcionalmente estarem limitadas as condições de realização das assembleias
presenciais, o Sindipetro-RJ realizará um processo de assembleias virtuais que
abrangerá toda a categoria com direito a voto, com a preocupação de que este
seja confiável e transparente – para isso, haverá uma etapa que envolve a
atualização cadastral e devida habilitação dos participantes.
Foram contratadas
duas empresas especializadas para as assembleias virtuais, no intuito de montar
a infraestrutura suficiente para a participação de todos os interessados
previstos em nossos estatutos e nossa base territorial.
Cronograma
A
inscrição para a assembleia de sua unidade deverá ser feita pelo site do
Sindicato, dentro do cronograma que está sendo fechado com os provedores
contratados.
Nesta
quarta (02/09/2020) publicamos o edital convocando as mesmas, na quinta (03/09/2020)
as instruções, calendários e links necessários.
Fonte: https://sindipetro.org.br/assembleias-do-sindipetro-rj-de-03-a-14-09/
Topo
Destaque para
Módulo
I
O
capital, o governo e a morte
03 Setembro
O
ministro Paulo Guedes é um banqueiro, não um homem público
O Brasil tem cerca de
2,8% da população mundial, mas registra aproximadamente 15,6% do total de
contaminados pela Covid-19 e 14,5% dos óbitos. Essa desproporção de sofrimento
e mortes é a marca registrada do atual governo, junção do capital com parte
significativa dos militares, encabeçado pelo capitão reformado.
O presidente da
República e seu governo são os principais instrumentos do genocídio que vem
causando milhões de contaminados e milhares de mortes no Brasil, mas não são os
maiores responsáveis. O capital e a elite que o detém estão por trás desses
trágicos números. Pesquisa da Oxfam Brasil é elucidativa ao apontar que 42
bilionários aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões, cerca de R$ 177
bilhões, apenas no período da pandemia.
Muitos governadores,
prefeitos, parlamentares, parte do Judiciário, a mídia empresarial e setores
conservadores da sociedade são corresponsáveis por tamanha tragédia; alguns por
ignorância, outros por falta de escrúpulos, muitos pelos dois motivos.
"Com o Supremo e com tudo", como antes disse o ex-senador Romero Jucá
(MDB), acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
O atual governo tem
muito em comum com a ditadura oriunda do golpe de 1964, realizada com tanques e
baionetas, utilizando "Deus, a família e a propriedade" como slogan,
e o temor da "ameaça do comunismo", tendo por trás as malas de
dólares do capital. Desta feita, o golpe começa com a operação Lava Jato, o
impeachment da presidente Dilma, a prisão do Lula, as notícias falsas, a fuga
dos debates, uma "facada" pra lá de suspeita.
O resultado é o descaso
para com a saúde e a vida dos brasileiros, o brutal favorecimento ao grande
capital em detrimento do país e do seu povo.
No primeiro ano deste
governo, a prioridade foi a reforma da Previdência, retirando direitos dos
trabalhadores, aposentados e pensionistas, comprometendo o futuro da juventude.
O beneficiário é o mesmo de sempre, o capital, que aumenta sua mais-valia,
garante mais recursos públicos para lucrar via dívida pública, abre mercado
para os fundos privados de aposentadoria e por aí vai.
De lá pra cá os ataque
se sucederam, falta espaço para listar todos, abordemos apenas alguns deste ano:
O ministro Paulo Guedes
é um banqueiro, não um homem público. Sua atuação não privilegia o bem do país
e do seu povo, mas sim o lucro do grande capital.
Em março, no começo da
pandemia, o governo assegurou R$ 1,2 trilhão como garantia de liquidez para o
sistema financeiro. Além disso, reduziu de 20% para 15% a alíquota de
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada dos bancos, referente
aos resultados de 2019. A informação é do jornalista Breno Costa, no Brasil
Real Oficial.
Segundo a reportagem,
"os bancos pagarão uma taxa menor sobre seus lucros registrados no ano
passado. Apenas os quatro maiores bancos do país (Itaú Unibanco, Bradesco,
Banco do Brasil e Santander) tiveram lucro de R$ 81,5 bilhões em 2019 – um
recorde nominal, com crescimento de 18% na comparação com o registrado em
2018". Cabe destacar que os recursos da CSLL são destinados à Seguridade
Social, onde está alocada a Previdência Social.
Mais um capítulo com a
ida do ex-secretário Mansueto Almeida para o BTG Pactual, após o banco comprar
uma carteira do Banco do Brasil que vale cerca de R$ 3 bilhões por pouco mais
de 10% de seu valor – R$ 371 milhões.
Nos últimos dias, o
Banco Central autorizou transferir para o Tesouro R$ 325 bilhões para ajudar no
serviço da dívida pública, ou seja, ceder à pressão do sistema financeiro
privado, que exige condições ainda mais lucrativas.
Na Saúde, a estratégia
do capitão reformado, desde o início, foi tomar todas as medidas – e omissões –
possíveis para que o vírus circulasse entre a população, na expectativa por uma
"imunidade de rebanho" ao custo de milhares ou milhões de vidas,
quantas sejam necessárias.
O presidente retardou
como pôde o repasse financeiro aos estados e municípios, e, sob o general
Pazuello (seu terceiro ministro da Saúde desde o início da pandemia, por
aceitar o receituário de medicação sem comprovação científica e se calar sobre
a necessidade de isolamento social), a fonte secou ainda mais, misturada à corrupção
de alguns governadores e secretários de Saúde estaduais, os mesmos que ajudaram
a eleger o capitão e caíram em desgraça por almejarem a cadeira presidencial.
As privatizações em
ritmo acelerado demonstram a sanha do ministro da Economia para beneficiar o
capital. Uma prova clara disso: o lucro total das principais empresas estatais
em 2019 foi de cerca de R$ 90 bilhões (Banco do Brasil R$ 18,16 bilhões, Caixa
R$ 21,1 bilhões, Petrobras R$ 40,1 bilhões e Eletrobras R$ 10,7 bilhões). Ainda
assim, todas estão na mira do banqueiro. Lembra a chamada Privataria Tucana, ocorrida
durante o período FHC, denunciada pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que
resultou em prejuízo de R$ 2,4 bilhões para o povo brasileiro, segundo
reportagem da Carta Maior. Esse valor corrigido chega a números
estratosféricos.
A Eletrobras lucrou R$
24 bilhões nos últimos dois anos, tem R$ 44,5 bilhões a receber até 2028 e R$
15 bilhões em caixa, mas o governo quer vendê-la por R$ 12,5 bilhões, denuncia
o deputado Gláuber Braga (PSOL-RJ).
O golpe de 2016, em
medida considerável, foi feito para quebrar as pernas da Petrobras e sua
crescente influência no mercado internacional de petróleo. Desde as revelações
de Eduard Snowden e o até hoje muito mal explicado roubo de laptop da ANP que detinha
informações estratégicas, sabe-se do interesse vital dos EUA de submeter a
empresa e as reservas brasileiras aos ditames diretos do Salão Oval da Casa
Branca.
Não à toa, concluído o
impeachment de Dilma, a primeira coisa que José Serra fez foi correr para os
corredores da Shell.
A Petrobras vem sendo
desmontada quando consideramos a cadeia do petróleo em sua totalidade – da
produção, passando pelo refino, até a distribuição. Além de "destruir"
a empresa, resta aos consumidores finais dos derivados do petróleo – e não
apenas a gasolina no posto – à submissão aos preços internacionais a um câmbio
no qual o real está completamente desvalorizado.
Nos últimos dias o
Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda do que restava ao país
da BR Distribuidora, 37,5% do capital. No ano passado, 30% das ações que eram da
Petrobras foram vendidas. Detalhe: em 2018 o lucro da BR Distribuidora foi de
R$ 3,2 bilhões.
No início de agosto o
governo editou a Medida Provisória 995, em regime de urgência, que permite o
desmembramento e venda das áreas estratégicas da Caixa. É a mesma política
adotada na Petrobras: fatiar, vender as áreas mais lucrativas e depois
privatizar o que restar.
Não apenas as privatizações
a preço de banana marcam o atual governo. A liberação das queimadas e garimpos
ilegais, o entrave ao trabalho dos fiscais do Ibama, fazem parte de uma
iniciativa que só pode ser chamada como "Projeto de Desertificação"
do Brasil – e não apenas na Amazônia. O Cerrado, berço das principais bacias
hidrográficas do país, já está a perigo há muito, e a recente queima do Pantanal
demonstram que o agro não é pop.
A alta no desmatamento
alcançou 101% entre a posse do atual governo e este ano, com 9.205 quilômetros
quadrados somente em 2020, com elevação de 34% sobre o ano passado. O destaque
é que o Brasil fracassou no cumprimento da lei do clima, cuja meta para este
ano era de no máximo 3.925 quilômetros quadrados de desmatamento.
A privatização da vida
passa pelo novo marco legal sobre água e saneamento, traz problemas não apenas
atuais, mas de longo prazo. O acesso à água potável já é, em relatórios do
Pentágono farta e desavergonhadamente divulgados, um dos grandes fatores de
conflito eminente entre os povos e nações, em futuro não muito distante.
A concessão da água a
empresas como a Coca-Cola em um país com os dois maiores aquíferos do planeta,
nestas condições amplamente conhecidas, é crime de lesa-pátria, que pode levar
o seu próprio povo à morte por privá-lo deste item essencial à vida.
Não bastasse esta questão
maior, no curto prazo o que virá será a entrega a preço de banana para a
iniciativa privada ter acesso aos principais ativos, e o saneamento das
populações mais vulneráveis ficar à mercê de um estado que não pretende
tirá-las das condições de vida da Idade Média.
Sobre os trabalhadores,
a proposta de uma carteira verde-amarela e a retirada de direitos (FGTS,
Previdência, férias, 13º) com a instauração da modalidade de pagamento por
horas trabalhadas visa consolidar a terra arrasada e a "uberização"
não apenas para as novas vagas – seus filhos, seus netos – mas também para os
empregos atuais – quem garante que o empresariado não fará recontratações, como
as modalidades de prestador de serviço, de "PJ" e MEI
(microempreendedor individual) já deram provas mais que abundantes?
A População
Economicamente Ativa (PEA) do Brasil é de cerca de 83 milhões de pessoas, 40%
do total da população. Com o desemprego em 13,3%, correspondente a cerca de 13
milhões de pessoas (segundo trimestre deste ano), o menor número de
trabalhadores com carteira assinada de toda a série histórica, somados a 30
milhões de subutilizados (horrível definição) alcançamos o total de 43 milhões
de pessoas em situação degradante.
Junte-se ao quadro o
cenário de um movimento sindical em grande parte decadente e depauperado, sem
recursos para promover mobilizações devido ao fim do imposto sindical e ao
peleguismo reinante desde a década de 1990, e o que se tem é um achatamento
colossal da renda do trabalho, a mesma que já é e tende a ser ainda mais
sobretaxada com a reforma tributária apresentada nos últimos dias.
Um dos últimos ataques
foi aos servidores públicos em nível federal, estadual e municipal, com o
congelamento dos seus salários até 2021. Segundo o DIEESE, "dados reais e
acessíveis ao público comprovam que não há servidores demais no Brasil e que a
folha salarial deles não representa risco de colapso das contas públicas da
União".
Para Max Leno de
Almeida, supervisor técnico do DIEESE no Distrito Federal, o "levantamento
da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra o
Brasil entre aqueles que têm menos servidores públicos em relação ao total de
pessoas empregadas e em relação à População Economicamente Ativa (PEA)".
"A máquina pública não é inchada", afirma o economista.
Um país não são apenas
linhas traçadas em um mapa, mas sim o seu povo, sua terra, suas riquezas, sua
produção, sua cultura, um amplo universo que não pode ser restrito e vilipendiado
por governos de plantão. Collor, FHC e agora o atual presidente, entre outros,
na verdade não representam as aspirações do nosso país, mas sim os interesses
de uma elite dominante, calcada em um sistema putrefato que beneficia apenas o
capital.
Se um Estado não serve
ao povo, esse Estado não serve para o povo. É tempo de dar um basta!
Afonso Costa
e Paulo Schueler são jornalistas.
Como o dinheiro grande corrompe nossa política (e como corrigir)
Por Robert Reich - 04/09/2020 13:52
Créditos da foto: (Reprodução/Common Dreams)
O dinheiro corporativo está dominando nossa democracia.
É difícil fazer qualquer coisa - aumentar o salário mínimo, reverter a mudança
climática, obter Medicare for All (Saúde Universal), acabar
com as mortes por policiais, lutar contra o racismo sistêmico, reduzir nosso
exército inchado - enquanto o dinheiro grande controlar nossa política e ditar
quais políticas são e não implementadas.
A pandemia deixou isso mais claro do que nunca. A Lei CARES, aprovada no final
de março quando nossa resposta à pandemia começou, silenciosamente forneceu
enormes benefícios para os norte-americanos ricos e grandes corporações. Uma de
suas disposições distribuiu US$ 135 bilhões em redução de impostos para pessoas
que ganham pelo menos meio milhão de dólares, o 1% mais rico dos contribuintes
norte-americanos.
Esses US$ 135 bilhões são três vezes mais do que os desprezíveis US$ 42 bilhões
alocados na Lei CARES para programas da rede de proteção, como ajuda alimentar
e de moradia. É pouco menos que o montante de US$ 150 bilhões destinado aos
governos estaduais em dificuldades e muito mais do que os US$ 100 bilhões que
estão sendo gastos em hospitais superlotados e outros serviços de saúde pública
cruciais.
Enquanto os norte-americanos ainda sofrem com o desemprego em massa e a
devastação da pandemia, os lobistas estão rastejando por todo o Capitólio e a
Casa Branca em busca de subsídios contínuos para os ricos e para as corporações
- enquanto exigem o fim da assistência suplementar para os trabalhadores
médios, os pobres e os desempregados.
É a corrupção em ação, amigos. Que, a cada rodada, mina nossa democracia.
Pergunte a si mesmo como, durante uma pandemia global, o patrimônio líquido
total dos bilionários dos EUA subiu de US$ 2,9 trilhões para US$ 3,5 trilhões,
quando mais de 45,5 milhões de americanos pediram seguro-desemprego.
É pela capacidade deles? Pela sorte deles? Por seus insights? Não. São seus
monopólios, possibilitados por seu domínio sobre a democracia norte-americana
... monopólios como Amazon, Google e Facebook, que se tornaram ainda maiores
durante a pandemia.
É também pelo acesso a informações privilegiadas para que possam ter um bom desempenho
no mercado de ações, como o senador Richard Burr, presidente do comitê de
inteligência do Senado, e a senadora Kelly Loeffler, cujo marido, casualmente,
é presidente da Bolsa de Valores de Nova York. Ambos receberam informações
completas sobre os prováveis efeitos do coronavírus em fevereiro passado e
prontamente se desfizeram de suas posições em ações de empresas que seriam mais
atingidas.
E pelos cortes de impostos e subsídios que eles espremeram do governo.
Você está pagando por tudo isso - não apenas como contribuinte, mas como
consumidor.
Quando se segue o caminho do dinheiro, pode-se ver claramente como todos os
aspectos da vida norte-americana foram corrompidos.
Veja o exemplo de medicamentos sujeitos a receita médica. Gastamos dezenas de
bilhões de dólares em prescrições todos os anos, muito mais por pessoa do que
os cidadãos de qualquer outro país desenvolvido. Agora que milhões de
norte-americanos estão desempregados e sem seguro, eles precisam mais do que
nunca de medicamentos controlados a preços acessíveis.
Mesmo assim, os preços dos medicamentos necessários aos pacientes com
coronavírus estão disparando. A gigante farmacêutica Gilead está cobrando US$
3.120 por seu remédio para COVID, Remdesivir, embora o remédio tenha sido
desenvolvido com uma dotação de US$ 70 milhões do governo federal paga pelos
contribuintes norte-americanos.
Mais uma vez, a Big Pharma [o grupo das grandes da indústria farmacêutica] é
posicionada para lucrar com o dinheiro do povo. E elas escapam impunes porque
nossos legisladores dependem de suas doações de campanha para permanecerem no
poder.
Enquanto você assiste a isso, Mitch McConnell está ativamente bloqueando um
projeto de lei elaborado pelos republicanos do Senado para reduzir os preços
dos medicamentos - depois de receber mais de US$ 280.000 de empresas
farmacêuticas, até o momento, nesta temporada de eleições.
A Big Pharma é apenas um exemplo. Esse ciclo vicioso é encontrado em
praticamente todos os setores, e é por isso que continuamos a nos encontrar com
políticos que não pensam em nossos melhores interesses.
Então, como podemos tirar o dinheiro grande de nossa democracia?
Um bom ponto de partida pode ser encontrado no pacote de reforma abrangente
conhecido como H.R. 1 - a Lei Para o Povo. O projeto fecha lacunas que
favorecem as grandes corporações e os ricos, torna mais fácil para todos nós
votarmos e fortalece o poder dos pequenos doadores por meio do financiamento
público das eleições - um sistema que complementa, com US$ 6 de recursos
públicos, cada US$ 1 de pequenas doações.
A Lei para o Povo também impediria congressistas de atuarem em conselhos
corporativos, exigiria que os presidentes tornassem públicas suas declarações
de impostos e faria com que os nomeados pelos executivo se recusassem a
trabalhar em casos em que houvesse conflito de interesses.
Esses são apenas alguns exemplos de soluções tangíveis que já existem para
controlar a corrupção sem precedentes e impedir a queda dos EUA em direção à
oligarquia - mas há muito mais que podemos e devemos fazer.
O importante a lembrar é que a apropriação do dinheiro de nossa democracia nos
impede de fazer avançar todas as políticas que precisamos para reformar nosso
sistema racista e opressor e criar uma sociedade que trabalhe para muitos, não para
poucos.
*Publicado originalmente no site do autor | Tradução de César
Locatelli
Módulo III
Dependência e Morte
Fonte:
Topo
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Data |
Módulo IV - Lutas e revoluções Populares na América Latina nos
séculos XIX, XX e XXI |
Porque falamos da Revolução na América Latina? 8 de Dezembro de 2017, por Elaine Santos
Em meio às discussões acerca das possibilidades de
pedagogia decolonial e descolonial a partir das ideias da professora Catherine
Walsh, pesquisadora, professora e diretora do Doutorado em Estudos Culturais
Latino-americanos da Universidade Andina Simón Bolívar do Equador (Quito), que
retoma as ideias de Freire e Fanon e por meio de um jogo semântico aponta
possibilidades criativas de transformação, de intervenção, resolvemos falar da
Revolução Latino-americana. No trabalho de Catherine [4] ela nos traz uma
introdução bastante rica e comprometida com a América Latina, recuperando o
peruano Felipe Gaumán Poma de Ayala e sua luta a favor dos indígenas,
combatendo as injustiças e a violência dos colonizadores.
Catherine também disponibiliza sua obra de forma gratuita e virtual, um mecanismo de popularizar e capilarizar formas críticas de análise, algo pertinente e importante considerando que os acessos à maioria da população são cada vez mais escassos. O trabalho da professora enfatiza nas [grietas] (fendas) do sistema como forma de luta e ação, uma pedagogia da práxis.
Entretanto, a visão pertinente numa América Latina dotada de tamanha abrangência étnica deveria ser abrangida em um potencial de transformação que perpassa o reconhecimento de classe como potencialidade revolucionária a partir do que é entendido por latinidade. Isso significa que os povos indígenas, afrodescendentes entre outros que fizeram parte da composição do povo brasileiro, peruano, boliviano, venezuelano, equatoriano... não poderiam ser vistos de forma esgarçada, fracionada. O jogo semântico de transformação aqui não tem como intuito ganhar unilateralidade, mas sim envolver uma gama de problemas específicos a um continente outrora colonizado, onde o avanço do capital salientou a diferença, seja na condição de acesso informacional, de necessidades da básica subsistência, pela cor de pele ou de gênero. É desta forma que a palavra Revolução ganha substancialidade e clareza abaixo da linha do Equador.
E por que falamos da Revolução? Porque dada a nossa origem de classe, de mulher negra periférica, de homem periférico, de filho de agricultores temos em comum o vínculo que nos une, viemos de baixo, da subalternidade e queremos uma transformação radical. Nunca pensamos num socialismo a imitar o Europeu, ao contrário, aprendemos a reivindicar a Revolução todos os dias em todos os espaços, na fila do pão, no café da manhã, nos canaviais, na falta de condição que nos foi imposta e foi assim que resistimos em todas as nossas ações, mesmo as menores, garantindo que o contraponto existisse e não sucumbíssemos. Também porque sabemos que o capitalismo, este que nos joga para fora a todo o momento, tolera muito bem as iniciativas progressistas inofensivas e estas não prolongam a nossa existência. Avançamos um passo, retrocedemos dez.
Contudo, as reformas não são ruins, mas elas devem
apontar ao coração do sistema já que o capital usa do reformismo em seu
benefício, como bem disse Roque Dalton [5] , a efetividade do reformismo pode
amansar qualquer iniciativa de rebeldia, de jovens feministas e de todos os
explorados. Quando a esquerda revolucionária abandonou o campo da economia e
passou a tratar apenas do político, do cultural e de muitos outros modismos que
existem por aí, fomos abandonados, isto porque o capitalismo é política,
economia e também relações sociais.
Mariátegui, em 1928, tentava estabelecer conectividade com o povo peruano indígena, dizia que muitas das terminologias usadas como “esquerda”, “revolução”, “renovação” só podem ser novas se a nova geração for absolutamente adulta e criadora no mundo. Mariátegui nos retirou desta ilusão que é sustentada por toda a falsa esquerda em abrangência mundial, que julga ser possível chegar a uma sociedade mais igualitária através somente da política. Esta inocente ou inventiva concepção deturpa, tira de foco as armas de seu alvo. E isto não significa fazermos apologia às revoluções burguesas europeias, tratamos de uma luta nossa, uma luta anti-imperialista.
Desistir da Revolução, da possibilidade de mudar e
de uma mudança para todos e todas, e não somente para alguns, é acreditar que a
história é duração, como bem falou Mariátegui, na desconhecida Revista Amauta.
Nosso autor, um dos primeiros revolucionários a tentar compreender, a partir de
uma análise materialista da história, a América Latina, afirmou neste número,
que nada vale gritar sozinho. Por mais alto que seja o som e por mais eco que
faça, nada mudará, o que vale é uma ideia que potencializa a ação, que seja
germinal.
Por outro lado, ninguém tem o direito do nos fazer
sentir vergonha do que somos pautando a tese de empreender esforços apenas nas
pequenas causas, nas fendas do sistema. Recusamo-nos a pautar nossas ações
desta maneira, porque isto tornaria nossa existência inútil, nosso futuro
ausente e nebuloso. Para além do fato de que pequenas ações são premissas de
quem descende da resistência dos lutadores latino-americanos, o desafio no qual
vivemos é exatamente o de ir além, com o intuito de, aproximarmo-nos cada vez
mais do real, ir limpando o terreno para trilhar um rumo adequado cujos
dispêndios de nossas energias sejam em ações contra o capital e a favor da
humanidade.
Notas
[1] Socióloga, doutoranda em Sociologia no
Centro de Estudos Sociais.
[2] Sociólogo – Doutorando em Sociologia Política
na UFSC e realiza estágio no Centro de Estudos Sociais.
[3] Sociólogo, Doutorando em Urbanismo na
PUC-Campinas e realiza estágio no Centro de Estudos Sociais.
[4] WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías
decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo
I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013. 553 p
[5] Un libro rojo para Lenin
Topo
Módulo_V - Módulo Destaque Cultural - Topo
Pena Branca
- José Ramiro Sobrinho
Adelzon Alves
Zé Menezes -
José Menezes de França
Martinália -
Martinália Mendonça Ferreira
Sinhô - José
Barbosa da Silva
Ana Carolina
- Ana Carolina Souza
Maria Rita -
Maria Rita Mariano
Viúva
Guerreiro - Serafina Augusta Mourão do Vale
Paulinho
Mocidade - Paulo Costa Alves
Módulo VI - Relação completa dos aniversariantes da semana. Topo
Intervalo
compreendido do dia 04 a 10/09
Momento Furtado - Encerramento
Seria?
Em uma manhã comum, vesti a fantasia da ilusão
Na longa passarela da vida, dancei até a exaustão
Com a triste desilusão para tentar descansar
O cansado corpo nos braços da agonia
Que toda sorridente, levou-me até Morfeu
Cochilei, antes, porém notei bem próximo
Falando baixinho, sussurrando, estava a saudade
Viajei a palma da mão da recordação
Andei pelos caminhos das profundas cicatrizes
Ficaram as marcas que feriram a alma
Vi nessa viagem, bem distante
A passagem do sentimento esperança
Tentei estender as mãos para alcança-la
O tempo rápido evitou o contato
Ela seguiu outros rumos, uma música soava a distância
Revivendo mágoas doidas, pés doloridos
Pernas cansadas, corpo esgotado
No baile, o par era saudade
Saímos a rodopiar ao vento
Antônio Furtado
Olá, sou o professor Ivan Luiz, jornalista, bacharel em geografia, petroleiro e diretor do Sindipetro RJ. Minha missão é contribuir com conhecimento, informação, reflexões e soluções para que nós, cidadãos brasileiros, tenhamos maior qualidade de vida com dignidade e respeito. Quer conhecer mais sobre minha trajetória e meus projetos? Então acesse minhas redes sociais. Os canais são abertos para que somarmos forças. No Facebook https://m.facebook.com/spmsindipetrorj/ e no YouTube https://www.youtube.com/channel/UCMrtORKaHE9jwZenjmFdwXg?view_as=subscriber se inscrevam para aumentar o nosso alcance... Obrigado!
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