12 - 12.1 - Noca da Portela - Osvaldo Alves Pereira - 12/12/1932 - Leopoldina, MG e 12.2 - Wagner Tisso
12.1) Noca da Portela - Cantor. Compositor. Instrumentista. Começou a compor aos 15 anos de idade para a Escola de Samba Unidos do Catete, vencedora do carnaval com o samba-enredo “O Grito do Ipiranga”, sua primeira nota dez. Permaneceu na Ala dos Compositores desta escola por mais três anos. O pai, o professor de violão Ernesto Domingos de Araújo, não o incentivou a seguir a carreira artística, preocupado com o futuro financeiro do filho. Morou em São Cristóvão, onde conheceu a sua futura esposa, Conceição, musa de suas músicas românticas, como ele próprio faz questão de ressaltar. Ex-militante do PCB, ex-feirante, também produtor musical da gravadora RCA Victor. Estudou violão e teoria musical na Ordem dos Músicos do Rio de Janeiro. Em 2004 apresentou um programa de samba na Rádio Viva Rio, no Rio de Janeiro, logo depois extinto. Seu filho, Noquinha da Caprichosos, segue os passos do pai como compositor de sucesso. No ano de 2006, a convite da então governadora Rosinha Mateus Garotinho, assumiu a Secretaria da Cultura do Estado, tendo como um de seus assessores o parceiro e também músico Riko Dorileo.Em 1958, atuou, como cantor e compositor, no Trio Tropical, com o qual viajou por Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. Nesta época, participou da fundação da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, do bairro de São Cristóvão. Para esta escola, compôs diversos sambas-enredo vencedores em seus concursos, dentre eles “Apoteose da Academia Militar das Agulhas Negras”, “Os Imortais da MPB”, gravado por ele mesmo na RCA Victor, “Rio, carnaval e batucada” e “Vida e Obra de Cecília Meirelles”, gravado por Jamelão pela Continental. No ano de 1966, Paulinho da Viola o convidou para atuar como violonista no show “Carnaval para principiantes”, no Teatro Opinião e, mais tarde, levou-o para o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Portela. Daí em diante, ficaria conhecido como Noca da Portela. Ingressou na Ala dos Compositores formando o Trio ABC da Portela com Picolino e Colombo, dois sambistas, também, pertencentes à mesma ala. O trio apresentou-se em festivais e shows por todo o país. De acordo com as palavras do próprio Noca, “O samba é o meu passaporte”. O trio inscreveu duas composições no “II Concurso de Música de Carnaval”, organizado por Ricardo Cravo Albin, então presidente do Conselho Superior de MPB, do MIS. A primeira composição foi “Portela Querida”, defendida por Elza Soares, que a gravou com sucesso na Odeon, e a segunda foi “É bom assim”, interpretada pelo cantor Gasolina. Participou também do grupo de samba Os Autênticos, entre os anos de 1966 e 1968, integrado ainda por Mauro Duarte, Adélcio Carvalho, Eli Campos e Walter Alfaiate. Em 1969, classificou-se em 1º lugar no “Concurso de Carnaval”, do Teatro Municipal de São Paulo, com a música “Chorei, sofri, penei”. Compôs em 1971 “Festa do arraiá”, em parceria com Jackson do Pandeiro. Em 1976, ganhou o samba-enredo da Portela com “O Homem de Pacoval”. Ainda neste mesmo ano, Beth Carvalho, no LP “Mundo melhor”, gravou “Meu escudo” (c/ Délcio Carvalho). Compôs, com Martinho da Vila, “Nem a lua” (1978) e, com Nélson Gonçalves, “Aos pés do altar”. Em 1980, participou do disco “Canto de um povo”, de Délcio Carvalho, no qual interpretou, com o anfitrião, duas faixas: “Ausência” (Délcio Carvalho, Noca da Portela e Barboza da Silva) e “Farinha pouca”, em parceria com Zé do Maranhão e Délcio Carvalho. No ano de 1982, em parceria com seu filho Noquinha (Gilmar Vilela Pereira, usando pseudônimo Gilpert), compôs o samba “Virada”, interpretado por Beth Carvalho. Em 1985, a Portela venceu o carnaval com o seu samba-enredo “Recordar é viver”.
12.2) Wagner Tiso - Wagner Tiso Veiga - 12/12/1945 - Três Pontas, MG - Compositor. Instrumentista (pianista e tecladista). Maestro. Arranjador. Diretor musical. Oriundo de família musical. Autodidata, aperfeiçoou seus estudos, mais tarde, com Paulo Moura. Fundou a casa noturna Wagner Tiso Jazz Club, em Búzios, Região Litorânea do Estado do Rio de Janeiro. Iniciou a carreira profissional em 1958, como integrante do conjunto Ws Boys (título alusivo às iniciais de seus componentes), juntamente com Waltinho, Wilson, Wanderley e Milton Nascimento (que se apresentava como Wilton). Com o grupo, gravou um compacto simples que registrou, pela primeira vez, uma composição de Milton Nascimento, “Barulho de trem”. Entre 1962 e 1964, ainda residindo em Belo Horizonte, fez parte do Berimbau Trio. Mudou-se, em seguida, para o Rio de Janeiro, onde gravou um disco como integrante do conjunto Sambacana. Atuou, em 1964 e 1965, com o conjunto de Edison Machado e, de 1965 a 1967, com Paulo Moura. No ano de 1968, participou, como compositor, do “IV Festival da Música Popular Brasileira” (TV Record), com a composição “O Viajante”, interpretada por Taiguara. Nessa época, acompanhou vários artistas como Ivon Cury, Maysa, Cauby Peixoto e Marcos Valle. No ano posterior, em 1969, compôs, com Milton Nascimento, a trilha sonora de “Os Deuses e os Mortos”, filme de Ruy Guerra que representou o Brasil no “Festival Internacional de Berlim”. Neste mesmo ano fundou, juntamente com Robertinho Silva (bateria), Tavito (violão de 12 cordas), Luis Alves (baixo), Laudir de Oliveira (percussão) e Zé Rodrix (órgão, percussão, voz e flautas), o conjunto Som Imaginário, com o qual atuou em shows e gravações ao lado de Milton Nascimento. Lançou com o grupo os discos “Som Imaginário” (1970), que registrou sua composição “Morse” (c/ Zé Rodrix e Tavito); “Som Imaginário” (1971), que incluiu suas músicas “Gogó” (O alívio rococó) e “A nova estrela”, ambas com Frederiko; e “Matança do porco” (1973), contendo exclusivamente composições de sua autoria como “Armina”, “A matança do porco” e “Bolero” (c/ Robertinho Silva, Tavito, Luiz Alves e Mil), entre outras. Nesta época, escreveu arranjos para Milton Nascimento, Johnny Alf, Gonzaguinha, Paulo Moura e Som Imaginário, entre outros. Em 1974, participou da gravação dos LPs “Flora Purim em Montreux”, na Suíça, e “Native dancer”, de Wayne Shorter, em Los Angeles. Foi eleito, pela crítica especializada, o “Melhor Arranjador” de 1974 e de 1975. Escreveu, em 1977, a trilha sonora de “Lyra do Delírio”, filme de Walter Lima Júnior. No ano seguinte, em 1978, gravou seu primeiro disco solo, “Wagner Tiso”, contendo “Monasterak” (Nivaldo Ornellas), além de composições próprias como “A Igreja majestosa” (c/ Nivaldo Ornellas), “Choro de mãe” e “Mineiro pau” (c/ Milton Nascimento), entre outras. Em 1979, lançou o LP “Assim seja”, registrando “Bela Bela” (Milton Nascimento e Ferreira Gullar), além de músicas de sua autoria como “Sete tempos”, “Joga na bandeira” e a faixa-título (c/ Milton Nascimento e Fernando Brant), entre outras. No ano seguinte, em 1980, musicou “Poema sujo”, de Ferreira Gullar. Ainda em 1980, lançou o LP “Trem mineiro”, contendo “Os pássaros” (Milton Nascimento), além de músicas próprias como “Banda da Capital” (c/ Nivaldo Ornellas), “Armina” e a faixa-título, entre outras. Gravou, em 1981, o LP “Toca Brasil – Arraial das Candongas”, contendo “Chuva de agosto”, de Nivaldo Ornellas, além de músicas de sua autoria, como “Balão” (c/ Luiz Alves e Kledir Ramil), “Toca Brasil”, “Arraial das Candongas” e “Nascimento”, entre outras. Também nesse ano, compôs a trilha sonora de “Inocência”, filme de Walter Lima Júnior. Em 1982, lançou o LP “Wagner Tiso – Ao vivo na Europa” e musicou o filme “Jango”, de Sílvio Tendler. No ano seguinte, em 1983, gravou, com César Camargo Mariano, o LP “Todas as teclas”. No repertório, composições próprias como a faixa-título e “Norte”, ambas com César Camargo Mariano, e “Inocência”, além de “Curumim” (César Camargo Mariano), “Serra da Boa Esperança” (Lamartine Babo), “Cravo e canela” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) e “Isnt she lovely” (Stevie Wonder), entre outras. Ainda em 1983, participou da “Noite Brasileira”, no “Festival de Montreux”, ao lado de Alceu Valença e Milton Nascimento. O show foi gravado ao vivo e lançado em LP. Compôs, em 1984, a trilha sonora do filme “Chico Rei”, de Walter Lima Júnior, lançada em LP pela gravadora Som Livre anos depois. Em 1985, gravou o LP “Coração de estudante”, contendo “Clube da esquina” (Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges), além de suas composições “Nave cigana”, “Giselle” e a faixa-título (c/ Milton Nascimento), um de seus maiores sucessos como compositor. Ainda nesse ano, lançou o LP “Os pássaros” e compôs a trilha sonora para o documentário de Sílvio Tendler, “Carta aos Credores”. |
13 - Cátia de França - Catarina Maria de França Carneiro - 13/12/1947 - Compositora. Cantora. Instrumentista. Escritora. Desde pequena se interessou por música. Ainda jovem, aprendeu a tocar piano, violão, sanfona, flauta e percussão. Trabalhou como professora de música. Por essa época, meados da década de 1970, começou a compor com seu primeiro parceiro, o poeta Diógenes Brayner, participando de diversos festivais. Em 2005 radicou-se em São Pedro da Serra, na cidade de Friburgo, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. No ano de 2006, recebeu da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba a “Medalha Augusto dos Anjos”, de reconhecimento artístico e cultural. No ano seguinte, em 2007, recebeu o “Prêmio de Maestra das Artes”, também concedido pelo Governo do Estado da Paraíba. Como escritora publicou cordéis, tais como “A Peleja de Lampião Contra a Fibra Ótica” e “Saga de Zumbi”, que foi publicado em oito volumes; e livros de temática infanto-juvenil, como “Falando da natureza naturalmente”. Lançou também os livros “Manual da Sobrevivência” e “Cátia de Fança: A vida na prosa rimada, a alam livre nos versos” e ainda, “Acredito que o mundo será melhor” (inédito). No ano de 2019 a Lona Cultural Cátia de França, inaugurada no Km 9, da estrada Muri/Lumiar recebia diversos artistas nacionais, em um espaço criado em sua homenagem. No final da década de 1960 viajou para a Europa, integrando um grupo folclórico. Em 1970, ao voltar para o Brasil, gravou um compacto duplo com algumas músicas vencedoras de festivais estaduais da Paraíba. Logo depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu músicos e compositores radicados naquele estado, como Zé Ramalho, Shangai, Amelinha e Sivuca. No ano de 1979, lançou seu primeiro LP “20 palavras ao redor do sol”, pela gravadora Epic/CBS. Neste disco, em que faz melodia para poemas de João Cabral de Mello Neto, incluiu diversas composições de sua autoria, como “Ensacado”, com o poeta Sergio Natureza; “Djaniras”, com Shangai e Israel Semente; “Eu vou pegar o metrô”, com Lourival Lemes e as duas composições que a tornariam mais conhecida do grande público, “Coito das araras” e “Kukukaya (Jogo da asa da bruxa)”, ambas de sua autoria e posteriormente regravadas por Amelinha e Elba Ramalho. No ano seguinte, em 1980, lançou o disco “Estilhaço”, pela gravadora Epic/CBS, do qual destacou-se o sucesso nacional: “Estilhaço”, de sua autoria, com letra do poeta Flávio Nascimento. Ainda desse disco constam “Porque é da natureza”, com Abel Silva; “Meu boi surubim”, sobre citações de Guimarães Rosa; “Não há guarda-chuva”, sobre poema de João Cabral de Mello Neto e “Menina passarinho”, de sua autoria, alusão a “Menino passarinho”, de Luiz Vieira. No ano de 1985 gravou pela Continental o LP “Feliz demais”, incluindo de sua autoria, “Outro rosto”; “Serenas águas” e “Considerando”. No ano posterior, em 1981, lançou o LP “Olinda”, pelo selo Lança Discos, com a participação da Banda Azimuth. Em 1995, teve sua composição “Quatro Cravos”, em parceria com Jarbas Mariz, gravada por Gereba, no disco “Gereba Dance”, que foi gravado na Alemanha, pelo Selo Gereba Produções. Três anos depois, em 1998, lançou o CD “Avatar”, pelo selo CPC Umes. O CD contou com produção de Ricardo Anísio e participação especial de Chico César, Xangai e Quinteto de Cordas da Paraíba. O disco incluiu “Rogaciano”, “Apuleio” e “Antoninha me leva”, as três, em parceria com o poeta pantaneiro Manoel de Barros. Ainda neste disco, além de músicas inspiradas na literatura de José Lins do Rego, interpretou novas versões para seus dois maiores sucessos: “Coito das araras”, “Ponta do Seixas” e “Kukukaya”. Em 2005, lançou o CD “Cátia de França canta Pedro Osmar”, interpretando músicas de Pedro Osmar. O disco trouxe da artista em trabalho inédito no papel de intérprete. Tendo realizado diversos shows em todo país e referenciada pelo jornalista Assis Ângelo como personalidade importante na promoção da música e da cultura regional do país, integrante da ONG e do “Projeto Malagueta”, que trabalha com o objetivo de divulgar o acervo histórico, turístico, cultural e musical da Paraíba, tendo parceria com órgãos como o SESC da Paraíba, o Governo do Estado, e a Secretaria de Educação e Cultura, entre outros. Neste memso ano finalizou o CD “Hóspede da natureza”, nunca lançado, e com vãrias composições inéditas. No ano posterior, em 2006, apresentou-se no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, com repertório composto de composições inéditas e de várias fases de sua carreira, demonstrando a variedade de elementos contidos em sua obra. Em 2013 fez turnê por várias escolas públicas do Estado da Paraíba, patrocinado pela Secretaria de Educação da Paraíba. Em 2014, lançou o CD “No Bagaço da Cana um Brasil Adormecido”. O repertório foi composto a partir de textos de José Lins do Rego, retratando o ciclo da cana de açúcar no nordeste brasileiro. O lançamento do disco ocorreu no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, RJ. Na ocasião, além de músicas inéditas do disco, interpretou sucessos de sua carreira, como “Kukukaya”, “No Coito das Araras” e “Estilhaços” (c/ Flávio Nascimento). Em 2016 apresentou-se em vários espaços de São Pedro da Serra, na cidade de Friburgo, Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano lançou CD “Retratando Boias-Frias”, com acompanhamento da Orquestra Sinfônica Arte Mulher, um conjunto integrado somente por mulheres executando todos os instrumentos, com arranjos e regências de três maestros. |
14 - Mumuzinho - Márcio da Costa Batista - 14/12/1983 - Rio de Janeiro, RJ - Ator. Cantor. Criado em Magalhães Bastos, Zona oeste do Rio de Janeiro, recebeu o apelido de “Mumuzinho” por causa do sambista e humorista Mussum, com quem seu irmão mais velho, o “Mumu”, era parecido. Seu pai, o motorista Lenildo Amaro, era cantor gospel. Formou-se em artes cênicas pelo Grupo Teatral Nós do Morro.Atuou em diversos filmes nacionais, dentre os quais “Xuxa Pop Star” (2000), “Cidade de Deus” (2002), “Cidade doa Homens” (2007) e “Tropa de Elite” (2007). A partir de 2007 fez diversos shows de abertura das apresentações de artistas como Belo e Exaltasamba. Em 2008 foi chamado por Dudu Nobre para ser um dos vocalistas de apoio da sua banda. Frequentava pagodes na casa de Alcione, Regina Casé e do empresário José Maurício Machline. Em 2011 lançou pela internet o CD “Transpirando amor”, que contou com a faixa “Curto-circuito”. A convite de Zeca Pagodinho, participou da gravação do DVD “Quintal do Pagodinho”, no qual interpretou a música “A voz do meu samba”, parceria sua com André Renato. Foi contratado pela Rede Globo de televisão como integrante do programa “Esquenta” da apresentadora Regina Casé. Em 2012 começou a gravar a minissérie “Preamar” do canal HBO. Nesse mesmo ano lançou, pelo selo Universal Music, o CD “Dom de Sonhar”, produzido por Bruno Cardoso, Sérgio Jr. e Lelê, integrantes do grupo Sorriso Maroto. O disco inclui algumas das músicas lançadas no CD “Transpirando amor”, como “Curto-circuito” (Claudemir e Felipe Silva), “Te amo” (Carlos Caetano e Adriano Ribeiro), “Mande um sinal” (André Renato e Felipe Silva), “Se eu tivesse o poder” (André Renato e Leandro Fabi) e “Calma” (Felipe Silva e Claudemir); regravações como a de “Minha Rainha” (Rita Ribeiro e Lourenço Cavalcante Neto), e a inédita “Dom de sonhar” (Péricles). Sua gravação da música “Curto circuito” (Felipe Silva e Claudemir), entrou para a trilha sonora da novela “Sangue Bom” (2013), da Rede Globo. Em 2013 lançou, pelo selo Universal Music, o CD/ DVD “Mumuzinho Ao Vivo”, registro de show apresentado na casa A Seringueira, em São Paulo, com participação especial de Arlindo Cruz, Péricles e Alexandre Pires. O disco, produzido por Bruno Cardoso e Lelê, contou com músicas inéditas como “Combinado” (André Renato e Mumuzinho), “Choque de ordem” (André Renato e Charlles André), “Já faz tempo” (Felipe Silva), entre outras. Participou do show “Um barzinho, um violão – Anos 80”, realizado no Salão Segóvia do Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro, com vários artistas interpretando temas de novelas dos anos de 1980, para a gravação de CD e DVD homônimos, no qual gravou as músicas “Judia de mim” (Wilson Moreira e Zeca Pagodinho) e “Enredo do meu samba” (Jorge Aragão e Dona Ivone Lara). Participou do “Sambabook Zeca Pagodinho”, lançado nos formatos CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em 2014. Na ocasião, interpretou “Falsa alegria” (Alcino, Monarco e Zeca Pagodinho). Em 2015 lançou, pelo selo Universal Music, o CD “Fala meu nome aí”, produzido por Bruno Cardoso e Lelê, com participação de Zeca Pagodinho em “Fala meu nome aí” (André Renato, Gilson Bernini e Mumuzinho) e da atriz Carolina Dieckmann em “Desejo de amar” (Gabú e Marinheiro). Em 2017 estreou como comediante no papel de Mussa, antigo Mussum, na nova versão do programa “Os Trapalhões”, idealizada pela Rede Globo em parceria com o canal Viva. Em 2018 foi o campeão do quadro “Show dos Famosos”, do programa “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, em que homenageou Dona Ivone Lara. Nesse mesmo ano gravou o DVD “A voz do meu samba” na Ilha do Itanhangá, no Rio de Janeiro, com a participação de Alcione, Dildinho, Dudu Nobre, Xande de Pilares, Nego do Borel, e do grupo Vou no Sereno. Em 2020 lançou, pelo selo Universal Music, o EP “Mantra”, com seis faixas inéditas, sendo essas “32 de fevereiro” (Elizeu Henrique, Cleitinho Persona e Lucas Morato), “Deus não erra” (Elizeu Henrique, Cleitinho Persona e Rodrigo Oliveira), “Guerra de almofada” (Príncipe, Brunno Gabryel e Rodrigo Oliveira), “Mantra” (André Renato), “Me convenceu” (André Renato e Marquinho Índio) e “Oh nosso amor aí” (Claudemir, Mario Cleide, Rafael Delgado, Silvio Neto e Rosana Silva). Nesse mesmo ano lançou o EP “Live do Mumu – Vol. 1”, gravado ao vivo em apresentação realizada durante o período de quarentena – devido à pandemia do vírus Covid-19 – em seu canal de vídeos na internet. Em 2021 lançou, pelo selo Universal Music, o CD “Playlist”, com sete faixas inéditas, dentre as quais “Um cara apaixonado” (André Lemos e Elizeu Henrique) que gravou em dueto com o cantor Bruno Cardoso. Em 2022 lançou o registro audiovisual “Resenha do Mumu”, produzido por Bruno Cardoso e Lelê. O show, captado no Rio de Janeiro, contou com as participações especiais de Dilsinho, Ferrugem, Luísa Sonza, Molejo, Renato da Rocinha e Tiee. |
15 - Gisa Nogueira - Adalgisa Maria Nogueira Machado - 15/12/1938 - Rio de Janeiro, RJ - Cantora. Compositora. Filha de Dona Neuza, cantora amadora, e de João Batista Nogueira, advogado e músico que pertenceu ao Regional de Rogério Guimarães, e chamado por Pixinguinha de mestre no violão. Criada no subúrbio carioca do Méier. Irmã e parceira do cantor e compositor João Nogueira e mãe do cantor Didu Nogueira. Em 1974 ingressou na ala de compositores da Portela. Em 2008 fez exposição de seus quadros no Centro de Referência da Música Carioca, no Rio de Janeiro. Em 1971, Clara Nunes gravou, de sua autoria em parceria com João Nogueira, “Meu Lema”. No ano de 1973, Beth Carvalho incluiu “Clementina de Jesus”, de sua autoria, em seu disco “Canto por um novo dia”, lançado pela gravadora Tapecar. No ano seguinte, ingressou na Ala de Compositores da Portela. Neste mesmo ano de 1974, no LP “Pra seu governo”, Beth Carvalho interpretou “Me enganou”. Ainda neste ano, João Nogueira, no LP “E lá vou eu”, incluiu “Eu sei Portela” e “Meu canto sem paz”, parcerias de ambos. Ainda em 1974 levada por Lygia Santos, filha de Donga, gravou a faixa “Quando uma estrela sorri” (Donga, Villa-Lobos e David Nasser) no LP “A música de Donga”, disco do qual participaram Elizetth Cardoso, Altamiro Carrilho, Abel Ferreira, Dino, Meira, Canhoto, Marçal, Jorginho do Pandeiro, Joel Nascimento, Elizeu Félix, Luiz Paulo da Silva, Leci Brandão, Almirante e Paulo Tapajós, além do próprio Donga em algumas faixa e em trecho do depoimento dado pelo compositor ao MIS (Museu da Imagem e Som do Rio de Janeiro em 1969). Em 1975, Beth Carvalho gravou uma outra composição de sua autoria “De novo desamor”, no LP “Pandeiro e viola”. Neste mesmo ano gravou duas faixas no LP “Tem gente bamba na roda de samba”, coletânea produzida por Reginaldo Bessa para a gavadora Continental. No ano de 1976, gravou pela Top Tape um compacto simples com duas músicas de sua autoria. No ano posterior, sua composição “Samba do amor” (c/ Mauro Duarte e João Nogueira), foi incluída no disco “Espelho”, de João Nogueira. Lançou o primeiro LP “Saldo positivo” em 1978, pela gravadora Odeon, no qual interpretou de sua autoria “Opção”, “Verdade aparente”, “Olhando seu retrato”, “Peito magoado”, “Incoerência”, “Me ganhou”, “Coração insensato” e “Saldo positivo”, faixa que contou com a participação do irmão João Nogueira. Neste mesmo ano, Celeste interpretou de sua autoria “Mandamento”, no LP “Laço de cobra”, pela gravadora EMI-Odeon. Ainda em 1978, “Terno branco”, de sua autoria, foi gravada por João Nogueira no LP “Clube do Samba”. No ano de 1980, ao lado de Dona Ivone Lara e Leci Brandão, fez turnê por várias cidades do Brasil pelo “Projeto Pixinguinha”. No ano seguinte, pela gravadora Odeon, lançou outro compacto simples. Participou do LP “Donga-Marçal”, lançado pela gravadora Continental. No ano de 2001, participou do show e gravação do disco ao vivo em homenagem a João Nogueira. Neste espetáculo, apresentado na casa de show Tom Brasil em São Paulo, interpretou “Meu canto sem paz”, uma de suas parcerias com o irmão. Participaram também do disco Emílio Santiago, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Arlindo Cruz & Sombrinha, Chico Buarque, João Bosco, Diogo Nogueira, Didu Nogueira e Dona Ivone Lara. Neste mesmo ano, com direção de Túlio Feliciano, foi apresentado no Canecão no Rio de Janeiro o show “Um sonho através do espelho”, contando basicamente com os mesmos artistas. Suas composições foram gravadas por intérpretes de renome, como Clara Nunes (Opção e Amor desfeito), e João Nogueira (Meu canto sem paz, Eu sei Portela, Terno branco e Samba de amor), além de Eliana Pittman (Deus de barro), Elza Soares (Canoa furada), a cantora Celeste (Mandamento), Sônia Santos (Guerreira) e Marília Beviláqua (Canto de nossa gente). Em 2003, no show “Nogueira canta Nogueira” no Carioca da Gema, ao lado de Didu Jogueira e Diogo Nogueira prestou homenagem ao irmão João Nogueira. Em 2008 fez show no Centro de Referência da Música Carioca, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Participou da gravação do “Samba Book – João Nogueira”, lançado em CD, DVD e Blu Ray pela Musickeria em 2012, no qual interpretou as faixas “Wilson Geraldo, Noel” e “Clube do samba”. |